Coruja 04/07/2015O Espião que Sabia Demais foi transformado em um excelente filme em 2011, com Gary Oldman no papel do protagonista, George Smiley. A história se passa no período da Guerra Fria e segue os passos de Smiley, um agente aposentado do serviço secreto britânico (MI6 ou Circus), enquanto ele tenta lidar com o abandono da esposa e encontrar um agente russo infiltrado na agência.
A escrita de le Carré é simples, mas elegante. A história é contada de forma fragmentada, entre lembranças, interrogatórios e investigações, que casam muito bem com o quebra-cabeça que o leitor junta com Smiley; o prosaico do cotidiano de uma agência governamental, com sua rotina burocrática e intrigas internas se contrapõe a alguns poucos e bem escolhidos momentos de tensão dramática.
A atmosfera do romance é muito bem construída e autêntica – não à toa, já que le Carré trabalhou tanto para o MI5 (que cuida de assuntos internos) quanto o MI6 (voltado para a política internacional). É um ritmo mais lento e mais crível que o do mundo de ‘Bond, James Bond’, então, não vá para ele pensando em explosões, mulheres, carros e martinis.
Estou aqui em casa com O Espião que Saiu do Frio, também dele, e vai ser o próximo volume para o próximo dia chuvoso livre que eu tiver.
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