Macário & Noite na Taverna

Macário & Noite na Taverna Álvares de Azevedo




Resenhas - Macário e Noite na Taverna


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Diego 09/06/2021

Uma coletânea de contos que não é
As duas obras, Macário e Noite na Taverna parecem se encaixar bem, embora tenham dois estilos bastante diferentes.
Macário parece uma peça ao estilo faustiano, enquanto Noite na Taverna é um encontro de homens contando histórias ocorridas em suas vidas, todas de fundo sombrio e amoral. É interessante vermos a perfídia dos personagens nas passagens descritas. São histórias que incomodam a gente.
Ambos os títulos, reunidos neste livro, demonstram uma característica de erudição e intertextualidade, o que eu acho bem agradável, no autor.
Para encerrar, o livro contém um posfácio bastante erudito.
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Dayane.Franca 26/01/2024

Um livro excelente
É um livro que se não fosse o clube do qual participo não leria. Confesso que o começo é bem difícil, linguagem complicada, mas depois vai ficando fácil e o final surpreendente. Um pouco mórbido eu diria, mas gostei bastante.
Giih 26/01/2024minha estante
Oie, Boa noite!
Qual o clube de leitura que você participa?


Dayane.Franca 26/01/2024minha estante
Clube dos pensadores, organizador Samer Agi, são 12 livros clássicos em um ano. Tem cronograma para cada livro e aula sobre as metas dos capítulos lidos. É bem legal pra quem quer ler clássicos. A interpretação é como enxergar/aplicar os ensinamentos do livro na vida de hoje, bem legal ?




Marcinhow 22/05/2021

Ah, a imaginação juvenil...
Noite na Taverna, sem sombra de duvidas foi um marco para o cânone da literatura nacional.
Homens libertinos muito bêbados inventando um monte de história pra impressionar um ao outro... nada muito diferente de uma conversa de mesa de barzinho com elementos semelhantes nos dias de hoje.
Álvares de Azevedo com sua escrita ultraromântica nos presenteia com essa obra do gótico nacional.
Claro, há pontos que não são lá muito positivos, principalmente nos dias de hoje, devido a forma com que a mulher é tratada durante todo o livro.
Já o final, nota máxima, tratando-se de um clássico tão antigo, eu já sabia de muita coisa, mas em nenhum momento imaginei o final que a história teve, me pegou de surpresa e fechou o livro com chave de ouro.
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Guilherme.Oliveira 26/02/2024

Optei por fazer esta leitura por ser organizado em pequenas histórias dentro de uma maior.
O livro é pequeno, e fui lendo aos poucos.
A escrita é ótima e as histórias fúnebres...
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Jooh 23/04/2021

Noite na taverna e Macário
Eu nao gosto muito desses tipos de livros, mas esses até que foram bons,gostei da leitura msm sendo um poico demorada, vale a pena a ler.
Se fosse pra eu descrever esse livro em poucas palavras eu iria colocar "homens que gosta de cadáveres de mulheres"
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Bela 23/04/2022

Noite na Taverna - Álvares de Azevedo
Sobre o Livro
Maior nome do ultrarromantismo brasileiro, Álvares de Azevedo reúne em Noite na Taverna uma antologia de contos de teor gótico nos quais um grupo de amigos reunidos em um bar começam a narrar histórias escabrosas que supostamente aconteceram em suas vidas.

“Morrer! é a cessação de todos os sonhos, de todas as palpitações do peito, de todas as esperanças! É estar peito a peito com nossos antigos amores e não senti-los!

Passeando por temáticas infames como necrofilia, incesto, orgias, assassinatos, sequestros, canibalismo e muitas traições, os contos se conectam pelo ambiente do bar em que as histórias são narradas, no qual os amigos passam a palavra uns pros outros e iniciam a próxima rodada de narração de histórias. De paixões desencadeadas a partir de encontros obscuros em cemitérios até adultérios que resultam em crimes sangrentos, Noite na Taverna se propõe a narrar o absurdo em cada conto sórdido da antologia.

Minha Opinião
Álvares de Azevedo sempre foi um dos autores que mais apreciei estudar nas aulas de Literatura da escola. A poesia “do mal do século” – como sua geração literária ficou mais conhecida – foi uma das mais lidas na minha adolescência e o fato de a vida do autor ter sido tão breve, o que por consequência alimentou muito do imaginário místico de sua rápida produção literária, sempre o tornou uma figura muito comentada por leitores e mesmo por críticos. Em uma análise histórica da produção do autor, o sociólogo e pesquisador literário Antônio Candido comenta um fator bem interessante sobre a produção de Azevedo:
“Se o romantismo, como disse alguém, foi um movimento de adolescência, ninguém o representou mais tipicamente no Brasil”.

Como o trecho do crítico aponta: Azevedo era um autor romântico e de uma fase desse período literário que estava imersa em referências ultrarromânticas e góticas que há muito podiam ser vistas em Lord Byron e Alfred de Musset. Também como informa o trecho, Álvares de Azevedo era jovem, um adolescente quando escrevia e um recém adulto quando faleceu aos 20 anos. Com uma vida tão curta e marcada por poesias, contos e peças tão intensas e infames, não é difícil entender porque ele representara tão bem o “romantismo como movimento de adolescência”: sendo tão jovem, Azevedo não precisava que situações reais absurdas acontecessem para sentir emoções intensamente e nem precisava viver na infâmia para escrevê-la. A ousadia, a intensidade e o moralismo culpado, típicos de jovens da época, se apresentam em seu texto naturalmente e Noite na Taverna é um exemplo disso e um marco na literatura brasileira de diferentes formas.

Escrito em formato de contos, Noite na Taverna é uma antologia de ritmo frenético, rápida de ler e que por estar inspirada na estética do gótico literário, lembra muito produções europeias da época. É conhecido entre os estudiosos que Azevedo tinha grande consideração pela produção do poeta francês Alfred de Musset, mas muito da sua escrita gótica é associada com Byron: a presença de temas imorais como orgias, necrofilia, relações incestuosas e adultérios violentos é muito mais comum nos poemas do escritor inglês. Inspirada em maior ou menor grau nesses dois autores, Noite na Taverna se tornou um ponto muito importante para o terror e o fantástico na produção literária nacional: em meio a tantas produções nacionalistas de cunho realista ou histórico que a época de Álvares de Azevedo produzia, o autor foi um ponto fora da curva ao trazer os castelos escuros, o ambiente noturno, as referências constantes a morte e ao teor dúbio entre realidade e místico.

Nos contos de Noite na Taverna encontramos uma dinâmica rápida, modelada para provocar o choque: o primeiro conto já começa em um cemitério e apresenta a paixão obsessiva de um rapaz por uma moça pálida que encontrou andando por ali. Com um final que tinha por objetivo ser assustador, o conto é uma fagulha do que o resto da coletânea vai apresentar e o teor de infâmia só fica cada vez mais forte até culminar em um final que interliga a realidade dos amigos no bar com o que seus contos relatavam. A ambientação é múltipla também: quando os contos começam, claramente há uma mudança de ambiente e muito do cenário evoca clima e ambientes mais europeus do que brasileiros. Só voltamos para o país quando os contos terminam e os amigos comentam convidam o próximo da mesa a contar sua história. Por ser tão frenético, o livro passa realmente a sensação de que estamos na mesa de bar junto com eles.


Filme nacional de 2014 inspirado em a Noite na Taverna
“O que é a existência? Na mocidade é o caleidoscópio das ilusões: vive-se então da seiva do futuro. Depois envelhecemos: quando chegamos aos trinta anos, e o suor das agonias nos grisalhou os cabelos antes do tempo, e murcharam como nossas faces as nossas esperanças, oscilamos entre o passado visionário, e este amanhã do velho, gelado e ermo – despido como um cadáver que se banha antes de dar à sepultura! Miséria! Loucura!”

Apesar da ousadia das temáticas e da escalada rápida que temos do primeiro conto para temas ainda mais espinhosos que se seguem, Noite na Taverna não deixa de conter os moralismos de seu tempo e é notável a presença narrativa da culpa. No livro, acontece a comum criação de personagens femininas que encarnam estereótipos de gênero muito presentes nas produções escritas do século XIX: mulheres anjos são as presenças femininas virginais e puras que são ameaçadas pela corrupção masculina e mulheres demoníacas são a figura feminina impura, geralmente presentes como as cortesãs, prostitutas ou adúlteras que corrompem o espaço ao seu redor e enlouquecem o personagem masculino. Poucas são as personagens que escapam dessa elaboração narrativa comum, mas uma em especial chama a atenção: a espanhola Ângela, do conto narrador por Bertram é a única personagem feminina que não tem um final violento em que acabe morrendo.

Sua construção chama a atenção porque apesar de ser uma personagem que enquadra-se no estereótipo da personagem feminina impura que causa a ruína do personagem masculino, Ângela ainda tem uma participação um tanto inovadora, principalmente considerando a época em que o livro foi escrito. No fim, os contos, por mais infames que sejam, não escapam do próprio juízo moral de seu tempo e cada transgressão é punida com tanta violência quanto como foi cometida, principalmente para as personagens femininas transgressoras. Perceber esses detalhes narrativos ajuda muito a entender o próprio terror nacional contemporâneo, em que, apesar de muitas coisas terem mudado e a presença feminina na ficção de terror ter finalmente ganhado maior profundidade, ainda é comum encontras estereótipos de gênero similares.

De todo modo, Noite na Taverna é uma produção extremamente rica para quem tem interesse em conhecer melhor da produção nacional brasileira e ver as bases de muito do que hoje é produzido no fantástico nacional. O livro ainda tem a vantagem de ser curto, rápido e dinâmico, os contos fluem muito bem e são um gostinho simples, mas bem interessante de como o terror brasileiro lidava com pautas que são polêmicas mesmo hoje.

site: https://resenhandosonhos.com/noite-na-taverna-alvares-de-azevedo/
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Gabi 14/03/2021

Noite na taverna e Macário - Álvares de Azevedo.
Noite na taverna - adorei a leitura, cada capítulo tem a essência de ler um "conto" diferente. Mas claro, todos acabam se interligando no final. Me surpreendi com o final e acredito que também vão se surpreender.

Macário - No começo estranhei a leitura. A sensação que tive era que estava lendo o roteiro de uma peça. Depois, acabei me acostumando. Não entendi muito bem a história, acredito que com tantos diálogos acabou se tornando confuso o enredo.
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Vininini 21/10/2022

Ultrarromantismo
Sinceramente não sei qual a relevância desse movimento pra literatura. É o jovem sendo jovem: romântico e deprimido, mas com o agravante de alguns crimes hediondos.
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Caroline 13/04/2021

Infelizmente eu tenho certeza que cairia fácil no papinho desse homem mediano de caráter duvidoso que é Macário.
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@bibliotecagrimoria 26/04/2020

Sombrio
Já é a quarta vez que leio Noite na Taverna. Um dos meus livros prediletos, sem dúvida, que dispensa apresentações. Retratando, de forma um tanto poética, as vontades, os vícios e a morbidez da condição humana. Já Macário, foi minha primeira leitura. A obra em si é inacabada, a influência de Fausto, de Goethe, é visível. No entanto, não é uma obra cuja narrativa seja das melhores do autor.
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minyleituras 04/02/2024

Um show de perversidade
Não achei que ia me conectar com a história de início, talvez porque em Noite na taverna o autor tenha colocado muitas referências a filósofos e autores que não estou familiarizada, mas assim que passei do primeiro capítulo, mudei totalmente de ideia.
Fico tão feliz quando encontro o horror em um clássico nacional, nesse livro o que mais vemos é isso: horror, erotismo e perversidade. É algo chocante até para alguém que o lê diretamente do século XXI, como eu.

Em Noite na taverna vemos o encontro de 5 amigos em uma taverna, que, completamente bêbados, começam a contar suas histórias de vida mais sombrias e imorais. Em algum momento, nós, leitores, podemos ter a sensação de que aquilo virou uma competição, os amigos parecem competir e se orgulhar de suas perversidades. Digo que fiquei chocada, pois, o livro retrata os crimes mais repugnantes que podemos pensar, tendo histórias de assassinato, incesto, canibalismo, necrofilia, e por aí vai.

Sinceramente estou muito satisfeita com essa leitura, e se você tem uma inclinação para leituras com horror, deve mesmo se esforçar para passar do primeiro capítulo, porque vale a pena.
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Yas 05/07/2020

O livro representa muito bem a segunda geração do romantismo, repleta de escapismos, com fortes influências do byronismo e idealização da figura feminina. Cenas fortes e macabras, entretanto uma representação da tendência social da época, que ainda tem reflexos na mentalidade da sociedade atual.
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anonimoBR 17/01/2021

Eros e Thanatos
Obra repleta de um hedonismo tenaz batizado com diversas depravações e perversões, marcando personagens perdidos ao tentar atingir uma suposta satisfação plena, que nunca será atingida, podendo até relacionar parcialmente com a irracionalidade impulsiva do ID, instância psíquica descrita por Freud e a psicanálise, que sempre busca a obtenção do deleite absoluto, que no entanto é impossível, também havendo um interjogo interessante entre as pulsões de vida e morte relatadas também por essa abordagem psicológica.

Noite na taverna se divide em contos que se ligam parcialmente em dados momentos, há ênfase nas paixões fervorosas e perversas descritas pelos personagens ébrios.


Já em Macário há um predomínio de certa escrita filosófica, debatendo diversos aspectos da natureza humana enfatizando novamente a sua perversidade e melancolia. A única coisa que não me agradou tanto foi o segundo ato, que não foi tão imersivo e interessante quanto o primeiro, mas continua sendo, de um modo geral, uma obra excepcional e riquíssima.
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Gabryely2 07/12/2021

Um livro doido.
Achei a leitura até que fluída e rapidinha.
Mas com certeza è um livro bem doido.
Meu primeiro contato com esse tipo de literatura foi através desse livro e posso dizer que foi uma experiência até que interessante.
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Joao.Gabriel 14/12/2023

Gostei das duas obras. Dei uma pesquisada sobre o autor e tudo mais, também, o que me fez ter uma noção maior do concebimento de tudo.
Em alguns momentos, achei Noite na Taverna um pouco enrolado e pedante; mas isso se deve a época e estilo do autor. Ainda assim, não me agradou tanto, apesar de eu entender o motivo.
Macário é mais simples na escrita, mas certamente mais metafórico e profundo. Dos dois, prefiro o último.
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