Rafa 22/04/2015Arrastando as AlpargatasEnquanto eu tenha gostado bastante do ritmo do primeiro livro, desse segundo, tenho algumas reclamações a fazer.
O livro começa de onde parou no primeiro volume. Saídos do labirinto, os sobreviventes estão supostamente salvos. Porém, é claro que a vida deles não seria tão fácil assim. Depois de uma noite bem dormida, o terror começa novamente.
Dessa vez, com uma maior quantidade de informações e maior presença da organização que os pôs no labirinto. Agora, eles estão conscientes de que existe um grupo B, que passou pelas mesmas provações do labirinto. Teresa é retirada do grupo e em seu lugar, um novo garoto chega, o Aris.
Informados por um velho, agora eles tem que passar por um deserto até chegar no refúgio. Eles tem o prazo de alguns dias (duas semanas se não me engano) para chegar até lá. Ah, e mais um detalhe, eles estão infectados com o fulgor, doença que vai consumindo o cérebro aos poucos.
Então, o ritmo continua rápido. Porém, eu acredito que a explicação para todas essas provas terá de ser INCRÍVEL, para justificar todas as peripécias desse livro. Todas as desgraças possíveis e imagináveis acontecem numa sequência quase sem fim.
As coisas vão se atropelando, uma na sequência da outra, que, sinceramente, cansei de ação. Queria mais explicações, menos batalhas, menos sangue, menos traições. Enjoou, sabe? É tanta coisa sem sentido acontecendo, que a essência da história se perde.
É claro que estou curiosa para ler o próximo livro, porém, como já disse, a explicação tem que ser absolutamente incrível para me convencer de que o que aconteceu nesse livro foi necessário.
Um ponto positivo, foi esse tal grupo B. Ele é composto de maneira oposta ao grupo A, ou seja, com várias meninas e um menino só. Em comparação, todas as experiências foram compartilhadas pelos dois grupos. Pela metade do livro, há uma maior aproximação dos grupos e coisas interessantes acontecem.
Além disso, foi legal sair do ambiente controlado do labirinto para a "vida real". Esse deserto onde eles estão é o mundo "normal", habitado por pessoas "normais". Então, dá um gostinho do que anda acontecendo no mundo e dá margem para imaginarmos qual é o objetivo de todas essas provas.
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