O Amante de Lady Chatterley

O Amante de Lady Chatterley D. H. Lawrence




Resenhas - O Amante de Lady Chatterley


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Jullyan.Garcia 07/11/2023

O escândalo do gozo ou a poética do amor??
"Meu Deus, meu Deus, não há fim à baixeza animal das mulheres?" (Para uma pessoa que como eu já vem estudando a condição feminina nas obras literárias desde o começo da graduação em letras, não fica surpresa com essa pergunta feita quase no final da obra.) Uma frase que só coloca mais lenha na fogueira da culpabilidade feminina no que tange as coisas erradas que acontecem na sociedade. Ora! Temos Eva que não nos deixa mentir. Mas o que mais me chamou atenção foi o feminismo, sendo trabalhado com essência e vontade. O autor provavelmente não queria isso, mas ele conseguiu construir uma mulher, que nasceu pra ser realmente uma mulher, dona do seu corpo e de suas atitudes.
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Manu 02/11/2023

Leitura envolvente ?
Achei o conteúdo super atemporal, apesar de vários aspectos que eram considerados bem comuns na época em que foi produzido. É uma história de amor bem mais emocional que carnal, como muitos esperam, pois uma coisa não exclui outra, como a história deixa deduzir e eu também concordo.
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BArbara454 23/10/2023

Bom conhecer
Toda a história do livro, o fato de ter sido proibido me deixou curiosa pela narrativa.
Obviamente as questões escandalizantes para a sociedade do século passado não me escandalizam da mesma maneira, então acho importante levar isso em consideração.
Dito isso, fiquei surpresa do tanto que achei o guarda caça desinteressante e até o romance em si, acho que é mais uma questão pessoal, mas não enxergo um casal que se ama de verdade, para mim é mais uma questão de paixão..
Outra coisa que não esperava é o tanto que abordam pautas sociais, TODA hora enfiam isso, até na hora do sexo, achei isso um pouco repetitivo.
Definitivamente vai ter gente que vai amar de paixão o livro, eu não fui uma dessas pessoas, preciso assumir que preferi a adaptação do filme recém lançado.
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georgea 21/10/2023

É tão íntimo que me senti constrangida.
Constance foi um passo de partida para vários movimentos sociais que são hoje muito importantes.

Depois de assistir todas as três adaptações do cinema, eu senti uma tremenda urgência de comprar o livro. Pois estava completamente obcecada por Constance e Mellors e seu intenso romance.

Fiquei chocada, para falar a verdade. O livro é muito mais do que poderia imaginar. A intimidade deles é suprema, sem máscaras, sem atuações, sem esforço. Parece que eles são uma só pessoa caminhando em corpos diferentes.

Eram tão íntimos um com o outro que eu me senti constrangida, parecia que eu estava invadindo sua privacidade.

Apesar de haver muitas falas engraçadas e comentários cômicos, eu não sei se o intuito era parecer engraçado. Na verdade, acho que o autor procurava transparecer essa extrema intimidade por comentários estranhos, então a gente fica nessa de "será que eu rio aqui?".

Inclusive, gostaria de expressar a minha admiração pelo autor por ter tido a coragem de publicar uma obra dessa, que na época poderia ser escandalosa demais.

O livro não foi bem recebido pela sociedade, quando publicado. Tanto que foi banido internacionalmente por muitos anos. Os temas abordados nos fazem questionar a impureza dos homens, a exploração da mesma espécie.

Além de explorar a liberdade sexual da mulher, e fazer várias críticas à revolução industrial e suas leis trabalhistas. Mellors se mostra um verdadeiro socialista muitas vezes. Então você pode tirar a conclusão do porquê a obra não foi bem recebida.

Apesar de eu não concordar em julgar um clássico por suas questões sociais defasadas, aqui vai um adendo ao o que eu repreendo: há frases homofóbicas, racistas e machistas, e achei a escrita arrastada. Houve muitas partes que julguei desnecessárias para a construção da história.

No entanto, eu o considero uma ótima leitura, um clássico de qualidade. Nos faz refletir sobre vários temas complexos e nos afunda em êxtase junto com Connie e Mellors. Já estou vendo de comprar uma edição mais moderna.
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Jkellyds 20/10/2023

Não gostei. História maçante demais.
Não sei como terminei de ler esse livro. Protagonistas extremamente chatos e a história maçante.
A mulher troca o marido insuportável por outro idiota, grosseiro... e ainda retrata ele como "homem de verdade".
Não indico, livro muito longo para uma história fraca.
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Justbii 14/10/2023

O Amante de Lady Chatterley foi uma leitura que eu estava super ansiosa pra ler, foi o escolhido para começar meu novo desafio "30 livros antes dos 30" e infelizmente não foi tudo o que eu esperava. A história seria muito melhor se focasse mais no triângulo amoroso, mas a maioria das vezes era um monólogo sobre a luta de classes, dinheiro e trabalho. A personagem da Connie é muito rasa e em muitos momentos grudenta e carente demais, tanto ela quanto Mellors eram personagens que poderiam ser bem mais aproveitados.
Mas é isso valeu a experiência da leitura de mais um clássico.
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Marcos606 11/10/2023

A grandeza de O Amante de Lady Chatterley reside num paradoxo: é simultaneamente progressista e reacionário, moderno e vitoriano. Olha para trás, em direção a uma formalidade estilística vitoriana, e ao mesmo tempo parece antecipar a moralidade social do final do século XX no seu envolvimento franco com assuntos explícitos e palavrões. Poderíamos dizer que o romance é formal e tematicamente conservador, mas metodologicamente radical.

A afirmação mais fácil de provar é que o Amante de Lady Chatterley é “formalmente conservador”. Existem poucas diferenças evidentes entre a forma do romance e a forma dos romances do alto período vitoriano escritos cinquenta anos antes: em termos de estrutura; em termos de voz narrativa; em termos de dicção, com exceção de poucas palavras "profanas". É importante lembrar que foi escrito no final da década de 1920, uma década que testemunhou extensa experimentação literária.

A década de 1920 começou com a publicação do romance formalmente radical Ulisses, que preparou o terreno para importantes inovações técnicas na arte literária: fez uso extensivo da forma de fluxo de consciência; condensou toda a sua ação em um único período de 24 horas; empregou inúmeras vozes e perspectivas narrativas. O Amante de Lady Chatterley age de muitas maneiras como se a década de 1920, e na verdade todo o movimento literário modernista, nunca tivesse acontecido. A estrutura do romance é convencional, traçando um pequeno grupo de personagens durante um longo período de tempo em um único lugar. O narrador bastante enfadonho geralmente fala com a familiar onisciência de terceira pessoa do romance vitoriano. E os personagens tendem à planicidade, à representação de um tipo, em vez de falarem com suas próprias vozes e desenvolverem verdadeiras personalidades tridimensionais.

Superficialmente, pareceria que, se Amante de Lady Chatterley é "formalmente conservador", dificilmente pode ser chamado de "tematicamente conservador". Afinal, este é um romance que suscitou críticas de censura em todo o mundo de língua inglesa. É um romance que emprega palavrões liberalmente, de forma mais ou menos gráfica – isto é, graficamente para a década de 1920. É importante não avaliar o romance pelos padrões de palavrões e sexualidade gráfica que se tornaram predominantes na virada do século 21 - descreve sexo e orgasmo, e cuja mensagem central é a ideia de que a liberdade sexual e a sensualidade são muito mais importantes, mais autêntica e significativa do que a vida intelectual. Então, chamar O Amante de Lady Chatterley, um romance famoso e controverso, significa “tematicamente conservador”?

Bem, é importante lembrar não apenas precisamente o que este romance parece defender, mas também o propósito dessa defesa. Não é propaganda de licença sexual e amor livre. Como o próprio DH Lawrence deixou claro em seu ensaio "A Propos of Lady Chatterley's Lover", ele não era um defensor do sexo ou da profanidade por si só. O leitor deve notar que o objetivo final dos protagonistas do romance, Mellors e Connie, é um casamento bastante convencional e uma vida sexual na qual seja claro que Mellors é o agressor e o parceiro dominante, na qual Connie desempenha o papel receptivo; todos os que argumentam que O Amante de Lady Chatterley é um romance radical fariam bem em lembrar a difamação que o romance lança sobre a primeira esposa de Mellors, uma mulher sexualmente agressiva.

Em vez do mero radicalismo sexual, a principal preocupação deste romance – embora também se preocupe, numa extensão muito maior do que a maior parte da ficção modernista, com as armadilhas da tecnologia e as barreiras de classe – é com o que Lawrence entende ser a incapacidade do moderno para unir a mente e o corpo. DH Lawrence acreditava que sem a compreensão do sexo e do corpo, a mente vagueia sem rumo no deserto da tecnologia industrial moderna. Um reconhecimento importante, é até que ponto a relação moderna entre homens e mulheres se assemelha à relação entre homens e máquinas.

Não só os homens e as mulheres necessitam de uma apreciação do sexual e do sensual para se relacionarem adequadamente; eles exigem isso até mesmo para viverem felizes no mundo, como seres capazes de manter a dignidade humana e a individualidade na atmosfera desumanizante criada pela ganância moderna e pelas injustiças do sistema de classes. Como observou o grande escritor Lawrence Durrell em referência ao Amante de Lady Chatterley, Lawrence era "ele próprio uma espécie de puritano. Ele queria curar, consertar; e as armas que ele selecionou para este ato de terapia foram as palavras de quatro letras sobre as quais uma batalha tão longa e idiota foi travada." Isto é: O Amante de Lady Chatterley foi concebido como um alerta, um chamado para longe do hiperintelectualismo adotado por tantos modernistas e para uma abordagem equilibrada em que mente e corpo são igualmente valorizados. É o método usado pelo romance que tornou o chamado de despertar tão radical – para a época – e tão eficaz.

Este é um romance com um propósito elevado: aponta para a degradação da civilização moderna e sugere uma alternativa para aprender a apreciar a sensualidade.
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Izamara Ferreira 10/10/2023

Desafia as normas sociais e tabus sexuais da época.
"O Amante de Lady Chatterley," escrito por D. H. Lawrence, é uma obra literária que causou grande controvérsia quando foi publicada pela primeira vez em 1928 devido ao seu conteúdo sexual explícito e à abordagem franca das questões de classe social e sexualidade. Hoje, é considerado um dos romances mais importantes do século XX, conhecido por sua profundidade e análise da natureza humana.

A história gira em torno de Constance Chatterley, uma mulher de classe alta que se casou com Sir Clifford Chatterley, um homem paralisado após uma lesão de guerra. A incapacidade de Sir Clifford de satisfazer as necessidades emocionais e físicas de Constance a deixa insatisfeita e solitária em sua mansão no campo. Quando Constance conhece Oliver Mellors, o guarda-caça da propriedade, uma atração intensa e proibida se desenvolve entre eles.
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Eduarda2103 07/10/2023

Poderia estar no AO3
Isso é literalmente uma fanfic nsfw de Anna Karienina? Tolstoi brilhou muito mais
não tive empatia pelo c0rn0 e a protagonista é uma chata.
tem fanfic muito melhor e tenho dito
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Cris 03/10/2023

?Amo as coisas naturais quase à loucura.?
?Quando a alma emocional sofre um choque violento que não mata o corpo, dá a impressão de recuperar-se ao mesmo tempo que o corpo.?

Impedido de ser publicado à época de seu lançamento, em 1928, pelas "palavras inapropriadas" e por tratar de sexo e traição de modo explícito, este romance chega aos dias de hoje como um clássico da literatura. Introdução de Doris Lessing, vencedora do prêmio Nobel.

Poucos meses depois de seu casamento, Constance Chatterley, uma garota criada numa família burguesa e liberal, vê seu marido partir rumo à guerra. O homem que ela recebe de volta está paralisado da cintura para baixo, e eles se recolhem na vasta propriedade rural dos Chatterley. Inteiramente devotado à sua carreira literária e depois aos negócios da família, Clifford vai aos poucos se distanciando da mulher. Isolada, Constance encontra companhia no guarda-caças Oliver Mellors, um ex-soldado que resolveu viver no isolamento após sucessivos fracassos amorosos.

Último romance do autor, O amante de lady Chatterley foi banido em seu lançamento, em 1928, e só ganhou sua primeira edição oficial na Inglaterra em 1960, quando a editora Penguin enfrentou um processo de obscenidade para defender o livro. Àquela altura, já não espantava mais os leitores o uso de "palavras inapropriadas" e as descrições vivas e detalhadas dos encontros sexuais de Constance Chatterley e Oliver Mellors.
O que sobressaía era a força literária de Lawrence e a capacidade de capturar uma sociedade em transição.

Esta edição inclui o texto "A propósito de O amante de lady Chatterley", em que Lawrence comenta a controvérsia em torno do livro e justifica suas intenções literárias, e ainda uma introdução de Doris Lessing, vencedora do prêmio Nobel de literatura em 2007. Um apêndice e notas explicativas situam o leitor na geografia das Midlands e no vasto contexto social e político no qual a trama está inserida.
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Bê. 01/10/2023

O ano é 1928: Ouviu esse estrondo? É tabu sendo estilhaçado
Concluída a leitura, dá pra entender perfeitamente o motivo da sociedade de 1928 ter ficado escandalizada.
Achei de extrema coragem do autor criar uma história de amor baseada em adultério e cenas sexuais explícitas e sua tentativa de mostrar que a sexualidade não deve ser algo temido, oculto ou vergonhoso.
Além disso, o autor ousou, considerando a época, ao abordar durante a narrativa críticas a industrialização, a desumanização das massas proletárias, da concentração de renda e a postura das classes governantes.
Realmente, revolucionário.
Considerando à época, há também posicionamentos criticáveis em que percebemos como o machismo afeta até homens que se consideram ?progressistas?. O autor aparenta defender a existência de fêmeas ?transantes?, mas submissas, doces, sempre cheias de ternura.
Infelizmente, tudo isso é misturados e exposto de forma confusa, em parágrafos longos e prolixos.
Há momentos que fiquei impaciente, porque a narrativa não andava, eram apenas páginas e páginas de reclamação do clima, da paisagem, dos homens que não são homens, das mulheres ?voluntariosas?e etc..
Enfim, achei um pouco tedioso em certos momentos, mas no geral gostei da história, especialmente do avanço que foi retratar a força de uma mulher que ousa viver um amor por inteiro.
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Lua 01/10/2023

Lawrence é um belo escritor,não dá pra negar
Faço das palavras de Doris Lessing (que escreveu a introdução da Penguin) as minhas. "Tendo a guerra como a base emocional de todo o romance".

Fui achando que ia ser um super romance com a descoberta sexual da protagonista mas não é bem assim... infelizmente a protagonista acaba deitando pra macho e tem até uma dependência emocional ali,que nem vou entrar muito a fundo...

O fato é que, o livro tem passagens belíssimas,temas muito relevantes que são muito atuais... e mesmo o autor tendo um passado meio "duvidoso" por assim dizer,eu dei quatro estrelas porque sem dúvidas ele escreveu uma obra que mudou e muda visões de muitas pessoas até hoje!
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@dessa_carine 24/09/2023

Um livro interessante para quem gosta desse tipo de história, realmente eu li pois vi numa série que eu amo a personagem lendo e fiquei interessada.
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Babi.Abreu01 18/09/2023

Não é pra mim
Esse é o terceiro livro desse estilo/gênero (clássico "romântico), que leio, e definitivamente não é pra mim. Gosto de livros com plots, com muitas coisas acontecendo, eu gosto é do caos ?

*Para ler a resenha completa, acesse meu perfil no Instagram: @babibooks01
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