O Sincronicídio

O Sincronicídio Shiva




Resenhas - O Sincronicídio


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Juan 13/06/2023

Quem nesse livro não foi enrabado ou deixou de enrabar alguém? Assim, é um bom livro no geral, mas minha impressão é que ele começou sério mas a tensão foi suavizando no meio e em algumas partes ele ficou até meio tosco. O final não me desce, o último capítulo me fez questionar pq eu li todas essas páginas do livro pra chegar naquele desfecho sem sentido. Enfim, apesar de tudo, o autor escreve bem e tem um bom ritmo pra narrativa; inclusive, ele, o Fábio Shiva, me adicionou como amigo aqui no Skoob e eu li o livro por curiosidade do que vi na página dele.
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Fabio Shiva 01/12/2021

só para quem gosta de sexo, morte e revelações transcendentais…
Em agosto deste ano participei de um podcast da Editora Caligo, celebrando os 8 anos de lançamento do livro “O Sincronicídio: sexo, morte & revelações transcendentais” (https://youtu.be/S-abB--K-u8). Foi uma conversa muito divertida, que rendeu boas risadas, mas lá pelas tantas a querida Bia Machado, editora da Caligo, resolveu me chamar na chincha, cobrando a entrega (inúmeras vezes adiada) da versão digital do livro. Sou muito grato por essa carinhosa chamada, que me fez tomar tenência e finalmente dar conta do recado. Como todo escritor bem sabe, tem certas coisas que só saem sob pressão…

Uma vez que eu teria que encarar as mais de 500 páginas repletas de figuras do livro físico para convertê-las em um e-book, resolvi fazer logo o serviço completo, aproveitando para revisar mais uma vez o texto. Desde que finalizei a primeira redação do livro em 2011, essa deve ter sido a enésima segunda revisão que fiz em “O Sincronicídio” (sendo que a anterior foi feita por volta de 2015, ou seja, há cerca de 6 anos). Não me surpreendi em encontrar, aqui ou ali, algo que senti vontade de modificar. Estranho seria ler um texto escrito por mim sem querer mexer em nada. O que me causou surpresa mesmo foi o tanto de novas reflexões e descobertas que essa leitura me proporcionou. São esses pensamentos que quero compartilhar aqui, por acreditar que podem ser úteis não só a outros escritores, como a todos que se interessam pelos bastidores da literatura.

Um grande romance policial… só que não!

Desde que “O Sincronicídio” foi lançado, em 2013, graças a Deus já perdi a conta das vezes em que falei do livro em entrevistas, palestras, lives e em qualquer outra oportunidade, cabível ou não. Em todas essas ocasiões eu sempre repetia, com pequenas variações, uma determinada fala que era mais ou menos assim: “o livro presta uma grande homenagem ao romance policial, fazendo referência aos principais estilos do gênero, desde o ‘whodunit’ da história clássica de mistério até a escatologia dos romances mais modernos, passando pela pancadaria e sensualidade do ‘noir’.” Pois acredite quem quiser, mas só agora me dei conta do quanto essa é uma definição pobre e fundamentalmente traidora de meu próprio livro.

“O Sincronicídio” é realmente a deliberada mistura das muitas nuances do romance policial, gênero que amo de paixão desde meus 11 anos, quando fui traumatizado irreversivelmente pela leitura de “O Caso dos Dez Negrinhos”, de Agatha Christie (fiquei uma semana sem dormir direito, tremendo de medo debaixo do lençol). Um dos referenciais icônicos que fiquei especialmente orgulhoso de ter conseguido inserir em minha história foi o chamado “mistério do quarto fechado”, muito em voga durante a era dourada do romance policial, chegando a existir um escritor especializado nesse tipo de narrativa: John Dickson-Carr.

Contudo “O Sincronicídio” é bem mais que uma história policial, apresentando muitos outros elementos, sendo que alguns deles seguramente seriam considerados transgressões às famosas “regras do romance de mistério”. Lembro que cheguei a cunhar um mote para me nortear na concepção da trama:

“As bodas alquímicas entre Isaac e Agatha, com as bençãos de Padre Hermann.”

Ou seja, esse livro nasceu com a proposta de ser uma mescla de ficção científica (simbolizada pelo noivo Isaac Asimov) e romance policial (representada pela noiva Agatha Christie), com toques de espiritualidade (aqui entram as bençãos de Hermann Hesse). Seria exaustivo listar aqui, mas coloquei no livro incontáveis referências mais ou menos explícitas a essa trindade Asimov-Christie-Hesse.

Fora isso, de cara temos a estrututura dos capítulos, que surgiu a partir da aplicação de um problema clássico de xadrez, o “Passeio do Cavalo” (como fazer a peça do Cavalo percorrer todas as 64 casas do tabuleiro de xadrez sem repetir nenhuma?) aos 64 hexagramas do “I Ching”, o milenar oráculo chinês. O “Livro das Mutações”, aliás, é outra de minhas (muitas) obsessões, que antes do livro inspirou também a concepção do jogo multimídia inserido como faixa bônus na ópera rock “VIDA: The Play of Change”, da banda Imago Mortis (https://youtu.be/1sUIUyCTLnk).

Só por essa doideira de misturar xadrez com I Ching não daria para chamar esse livro simplesmente de romance policial. Mas ainda tem muito mais: viagens no tempo, seres reptilianos, uma corporação secreta empenhada em dominar o mundo… além de uma tal de moedinha invisível que é colada na base da coluna vertebral, transformando as pessoas em autênticos robôs (escravos, na acepção original da palavra “robôs”). Isso para não falar das mais bizarras cenas de sexo que fui capaz de imaginar, e que até hoje me fazem corar de vergonha quando fico sabendo que determinada senhorinha ou outra pessoa “respeitável” está lendo o livro!

(Aliás, para quem se escandalizou com tanta putaria da grossa, fica aqui a chave do enigma: todas as cenas de assassinato foram escritas com a sensualidade associada a cenas eróticas, enquanto as cenas de sexo receberam o narrativa brutal normalmente reservada à descrição dos crimes de morte.)

Mas o que será que estava passando pela minha cabeça quando decidi rotular “O Sincronicídio” como um romance policial?


Como publicar seu primeiro livro no Brasil

Calma, que eu explico! Levei quatro anos escrevendo e dois anos tentando publicar “O Sincronicídio”. Esse tempo todo que gastei na escrita é devido a um simples motivo: por ser o meu primeiro livro, eu queria fazer algo sensacional. Não por uma questão de vaidade (sinceramente), mas de vocação: queria descobrir, como Chico Buarque antes de mim, “se nasci pra enfrentar o mar ou faroleiro”. Eu desejava saber, de todo coração, se havia ou não em mim o material de que são feitos os escritores. Foi por isso que caprichei tanto nesse primeiro livro.

E foi justamente esse capricho todo que me fez passar os dois anos seguintes batendo de porta em porta em busca de uma editora. Pois a cada negativa que eu recebia, fui aos poucos entendendo o que estava dificultando a publicação:

– Seu livro tem páginas demais.
– A trama é muito complexa.
– Esse negócio de xadrez, de I Ching, isso assusta os leitores.
– Onde já se viu, anunciar desde o primeiro capítulo que o herói morre no fim?
– Não tem um livro mais fininho, não?

É por essas e outras que sinto gratidão imorredoura pela coragem de Bia Machado, que fez de “O Sincronicídio” o primeiro livro publicado pela Caligo Editora. E por todo apoio e incentivo de minha querida amiga Elda Araujo, que não me deixou desacreditar de mim.

Mas todas essas rejeições acabaram me deixando meio cabreiro, achando que o leitor era um bicho mais assustadiço que um camundongo, mais medroso que um coelhinho e mais preguiçoso que… bem, que um bicho-preguiça! Fiquei firmemente convencido de que ao menor sinal de desafio ou esforço intelectual, meus leitores em perspectiva fugiriam espavoridos, abandonando-me à triste sina de autor que ninguém lê.

E foi por isso que fui deliberadamente ocultando a exuberância de meu livro, simplificando e resumindo, de forma a fazer a obra caber no relativamente inofensivo epíteto de “romance policial”. Só me dei conta disso agora, e finalmente entendi uma fala do querido amigo escritor Sergio Carmach, que futuramente iniciaria a linda aventura da Verlidelas Editora, onde tive a ventura de publicar meu segundo romance, “Favela Gótica” (https://www.verlidelas.com/product-page/favela-g%C3%B3tica), entre outros. Conheci Sergio justamente em 2013, quando estava lançando “O Sincronicídio”. Ao ver o book trailer (https://youtu.be/Vr9Ez7fZMVA) do lançamento, ele comentou: “Ficou muito bom, mas não faz jus ao livro”.

Por fim, a redenção!

E hoje, então, percebi que eu mesmo também não fiz jus a “O Sincronicídio”. Tentando tornar meu primeiro filho agradável ao gosto mediano das pessoas, fui injusto com ele, negando a sua principal virtude: a originalidade. Hoje, 8 anos depois, já guardo em meu coração a resposta à pergunta existencial de Chico: sim, nasci pra enfrentar o mar. Graças a Deus, sei que sou um escritor em cada célula de meu ser. Continuo almejando ser lido e entendido, que é uma das alegrias mais sublimes que pude experimentar nesta vida. Mas agora sei que agradar ao leitor acima de tudo nunca poderia ser a meta principal de um escritor com meu tipo específico de vocação. Escrevo para descobrir, em mim mesmo, tudo o que há de ruim e que não presta. Assim espero me tornar, pela escrita, uma pessoa melhor. Com um pouco de habilidade e muita sorte, o leitor também se beneficia desse processo de iluminar sombras. Mas isso depende, em larga medida, da disposição de quem lê (ou não).

E é por isso que hoje me permito essa redenção com meu primogênito. Se o livro é bom ou ruim, não me cabe dizer (embora eu continue achando ótimo!). Mas posso encher a boca para dizer, com todas as letras: “O Sincronicídio” é um livro único, diferente de todos os outros.

Gratidão por isso.


O SINCRONICÍCIO (e-book):
https://www.amazon.com.br/dp/B09L69CN1J

O SINCRONICÍCIO (livro físico):
https://caligo.lojaintegrada.com.br/o-sincronicidio-fabio-shiva


https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2021/12/so-para-quem-gosta-de-sexo-morte-e.html


site: https://www.facebook.com/sincronicidio
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Comenta Livros 28/06/2021

Diferente de tudo que já li
Um livro que você lê e nem imagina que ele toma rumos imagináveis.

site: https://comentalivros.com/sincronicidio-fabio-shiva/#.YNog8BGSnIU
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Helder 02/06/2017

Queria muito ter gostado, mas não rolou.
Fiquei muito interessado quando descobri este livro aqui pelo skoob. Um romance de suspense nacional com começo, meio e fim. Escrito e editado quase de maneira independente. Merece respeito, portanto fiz questão de comprar o livro para ler.
O início é muito interessante. O autor consegue criar cenas e climas, e a maneira não linear de narrar o livro também aguça nossa curiosidade, cheio dos estereótipos de um livro policial. Este é o livro 1, digamos assim.
Alberto é o policial bonzão que é chamado para investigar um crime muito estranho onde um casal é encontrado morto em um motel numa banheira cheia de excrementos. Em paralelo a isso, num restaurante acontece uma chacina. A cena do crime traz uma lembrança de um crime antigo não resolvido por Alberto e de repente aparece uma mulher fatal que se diz apaixonada por ele e lhe mostra um livro, onde toda a sua vida está descrita, com detalhes que somente nós leitores e o próprio podiam conhecer e com o título Alberto vai morrer
Até aí estava tudo muito bom e interessante, e a estória fluía com o pé no chão.
Até que acontece um novo crime relacionado a uma pessoa próxima ao nosso detetive e ele descobre uma moeda. Começa então o que chamo de livro 2.
Neste momento passamos a ler um outro livro, que aparentemente parece interessante, mas que infelizmente não chega a lugar nenhum, chegando a ser pedante diversas vezes. Tem livros onde os autores conseguem incluir conhecimentos e estes se amarram a narrativa, e até nos fazem querer ir ao google para pesquisar o que ali existe de verdade. Aqui, para mim, isto não ocorreu. Parecia simplesmente que o autor queria me mostrar que era erudito, e só me dava vontade de pular páginas e chegar ao que interessava. E me desculpe o caro autor do livro, mas haja baboseiras. O que era para ser sexy e instigante, me deu tedio. O livro que era policial, passa por um romance histórico de formação quando conta a vida dos amigos estudantes de Rogerio e de repente vira um livro de ficção cientifica com uma estória muito estapafúrdia, e foi aí que me perdeu como leitor, pois não consegui comprar a estória daquelas moedas de jeito nenhum.
Foi difícil chegar no final e confesso que isso me entristeceu. Queria muito ter gostado do livro.
Sobre a narrativa relacionada ao I-Ching ou ao Xadrez, ou os capítulos com numeração diferentes, não me agregaram nada. De repente não tenho o nível intelectual necessário para entender alguma destas citações. De repente eram só firulas mesmo para tudo ficar com cara de mais inteligente. Não precisava de nada disso. A estória estava seguindo bem.
Infelizmente, para mim, não foi desta vez que encontrei um livro brasileiro que tenha mexido comigo. Uma pena.
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Paulo Sérgio 17/12/2015

O livro que mais me marcou este ano!
A história é, basicamente, sobre o último dia do inspetor Alberto Teixeira. O narrador, que o conhece como ninguém, conta os últimos passos do inspetor que tenta desvendar uma série de assassinatos. E, ao longo dos acontecimentos, o leitor vai sendo conduzido até se dar conta de que o que interessa mesmo é a história do próprio narrador.

Assim como no jogo do xadrez, o livro tem muitas peças e muitas possibilidades. Já nas primeiras páginas, eu tive uma leve preocupação de que eu fosse me atrapalhar com os muitos personagens e lembranças. Aos poucos, o autor foi ganhando a minha confiança, pois a cada fato novo ele provava que sabia para onde conduzir as ideias. O que mais me surpreendeu depois foi perceber que a história inteira estava bem clara e simples na minha cabeça. De alguma forma, tudo fazia muito sentido e eu consegui pensar em todos os fatos em ordem cronológica, já que no livro eles não acontecem assim.

O Sincronicídio surpreende nas motivações dos personagens e é a grande sacada. É muito interessante descobrir como aconteceu a relação entre o personagem Bodoni e o narrador e as consequências de seus atos ambiciosos. Surgem, então, os gêmeos Júlia e Kim com um plano sinistro que espalha dor, acarreta em mortes e tem o intuito maior de provocar o caos.

O livro aprofunda questões da existência do homem e a sua capacidade de se tornar um ser superior. É interessante ver como a evolução da mente pode ser o início do fim, já que o homem se torna escravo do poder e é capaz de tudo para consegui-lo. Bom, sem querer dar spoiler, posso só dizer que um trovão fará os personagens refletir sobre isso por muitos e muitos e muitos tempos e que nada, absolutamente nada, é apenas coincidência. 😉

Que experiência incrível. Fábio é um autor cativante e original. Sua narrativa é extremamente simples e ao mesmo tempo cheia de significado. De maneira muito talentosa, amarra muito bem toda a história de O Sincronicídio e acabei aprendendo muito com ele. Indico o livro para quem gosta de ser desafiado a sair da zona de conforto. Não é um livro com mais do mesmo. Ele é forte candidato para ser uma das suas melhores leituras assim como foi pra mim.

Quando o Fabio Shiva ler esta resenha, quero que saiba que é merecedor de muito sucesso. Imagino o quão trabalhoso foi escrever esse livro. Li uma entrevista dele no blog do meu amigo Ben onde comenta que levou cerca de 4 anos pra finalizar. Imagina se não ia fazer algo muito bom!

site: http://www.paulosergiomoraes.com.br/blog/
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Portal JuLund 08/10/2015

O Sincronicídio, Resenha, @CaligoEditora
Através do livro O sincronicidio, conhecemos Alberto Lino Teixeira, Investigador de policia em Rio Santo. Mas a parte mais interessante do inicio deste livro não é o inspetor, na verdade o mais instigante é o narrador, que se autoproclama o vilão.

“Para que o enredo funcione, contudo, resta ainda que alguém se apresente. Esse alguém deve representar, necessariamente, a força igual e contrária à força do herói. É preciso que exista, em resumo, o antagonista. Somente ao enfrentar seu adversário é que o herói se justifica.
Pois muito bem, para cortar caminho: esse alguém sou eu. Eu, o narrador. Eu, o observador onisciente. Eu, o adversário. Eu. Eu. Eu.
E é por isso que me propus a contar essa historia, a história do ultimo dia de Alberto Teixeira. Porque essa também é a minha história.”

Leia a resenha completa em:

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/o-sincronicidio-resenha-caligoeditora-2
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fabio.bahia.167 10/05/2015

Resenha do livro “O Sincronicídio” de Fábio Shiva
O Sincronicídio, livro do escritor Fábio Shiva (520 pág., Caligo – 2013)

Antes de iniciar a leitura de O Sincronicídio, confesso que estava revestido do preconceito quanto ao gênero policial, do estereótipo de literatura pobre em linguagem, destinada ao publico massivo e pouco reflexivo ou contemplativo, linguagem presente mesmo nas obras clássicas de Conan Doyle e Agatha Christie. Havia também o pudor quanto ao explicito sexual, geralmente vulgar e grotesco. Não confessei isso nem mesmo ao autor em nossas conversas e se agora o faço é com o intuito de desmistificar a um novo leitor previamente munido dessa carga negativa, além disso pela surpresa que tive, grata surpresa devo dizer.

Fábio respondeu às minhas desconfianças com texto rico em tetalhes, lúdico, e de um brilhantismo inegável que fazem do Sincroinicídio um incrível exemplo da moderna literatura policial e além, se comparado por exemplo ao atual e aclamado autor Robert Galbraith ( autor de O Bicho da Seda) e seu detetive Cormoran Strike, digo que nem esse autor tem tramas tão elaboradas e abrangentes, nem seu detetive ainda sucumbiu ao fatalismo como ocorreu ao Inspetor Alberto Teixeira, anunciado desde o inicio. Um fato incomum visto que autores do gênero são tendenciosos a criar um ícone para novas heroicas aventuras.
A Rigor do gênero temos as constantes surpresas e reviravoltas a cada capítulo, ilustrados por lances de xadrez.

Com uma narrativa empolgante, mas também detalhista e onisciente até certo ponto, me fizeram construir não imagens estáticas, mas sim um verdadeiro filme. Acredito que permitiria uma excelente adaptação para uma película.

Sou uma enxadrista apaixonado. O advento do xadrez nesse livro me fascinou, em linguagem enxadrística o definiria como uma defesa do gênero “a La siciliana” (uma defesa incorruptível por vários lances e que propicia base para progressão e um ataque feroz). Animou-me também a conhecer mais sobre o I Ching.

Como sempre diz meu xará ator de o Sincronicídio:

VIVA A LITERATURA NACIONAL!

Fábio Bahia (autor de Ferramentas dos Deuses – Contos Fantásticos)
https://www.facebook.com/ferramentadosdeuses


site: https://www.facebook.com/ferramentadosdeuses
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Jean 17/01/2015

Uma releitura dos romances policiais clássicos.
Veja a resenha completa no link
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O livro de hoje, acho que me emociona falar um pouco dele e de quem escreveu, pelo fato de ser brasileiro e baiano (aewooo uehauehauhe). Sim, "O Sincronicidio - Sexo, morte e revelações Transcendentais", foi escrito pelo maravilhoso Fabio Shiva, que assim como eu é soteropolitano e músico (cof cof, sou quase), e tem o tema que amo de paixão: romance policial. E sem esquecer que ele se tornou um grande amigo e parceiro do blog.

A principio, achei estranho um romance policial ter 500 páginas, sim, o fato era que esse livro é diferente de tudo que li na vida, algo completamente novo, uma maneira de escrever totalmente diferente do convencional, por horas via o livro falando do próprio livro, e vice-versa, isso demonstrou tamanha genialidade do Fabio Shiva, que misturou o I Ching (um tipo de Horoscopo Chines), com xadrez e o padrão de folhetim.

Tendo como personagem principal o inspetor Alberto Teixeira, o livro viaja num verdadeiro jogo mortal. Jogo tão alucinante que me fez o ler em 7 dias (ou melhor, 7 madrugadas haha). Já a maneira que se discorre o enrendo, dá para perceber, que por momentos nada se parece com Sherlock Holmes (Arthur C. Doyle) ou Hugo Poirot (Aghata Christie), talvez lembrei um pouco de Dan Brown e seus momentos de tensões que nos faz sentir o livro na alma.

Sim, sobre os crimes, eles nunca deixam de ocorrer, porém o mais importante na história, não é o desvendamento do crime, e sim o próprio crime em si.


Não há meras coincidências.
Tudo é coincidência.

Coincidência ou não, esse livro me fez desprender um pouco dos meus gostos pessoais a respeito de temas, talvez pelo próprio mistério que causa o título, e talvez também, o fato de eu ter começado a ler, sem ter feito conclusões antecipadas, isso me fez admirar uma obra prima que poucos tiveram a oportunidade de ler. O Sincronicídio é um livro único.

site: http://blogpensamentosirreais.blogspot.com.br/2015/01/resenha-o-sincronicidio.html
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Challis 31/12/2014

Uma série de assassinatos brutais intriga a polícia de Rio Santo. E meio a muito suspense, sexo e misticismo, apenas um homem mostra-se capaz de identificar um ponto em comum entre tantos crimes e desvendar o mistério por trás de O Sincronicídio. E é por isso que Alberto Teixeira, inspetor da Delegacia de Homicídios, está marcado para morrer.
Entre tantos e tantos livros de suspense policial já publicados, não imaginava que ainda iria me surpreender em relação a originalidade de alguma obra. Mas foi justamente o que aconteceu com O Sincronicídio, livro de estreia do autor brasileiro Fabio Shiva. Não é apenas por causa do enredo cheio de mistérios e tensões bem enlaçadas, mas também pela forma como tudo isso foi entregue ao leitor.
A organização e edição da obra é realmente bem peculiar. No decorrer dos 64 capítulos o leitor também vai se aventurar por um "Passeio do Cavalo" através dos hexagramas do Livro das Mutações - I Ching.
Além disso, a linguagem fluida e bem esculpida torna a leitura muito mais leve. Considerando que o livro tem mais de 500 páginas e sua história se desenrola em apenas um dia (como Ulisses e Mrs. Dalloway), é de se surpreender que em nenhum momento percebi algo cansativo na narrativa.
Isso porque a obra foi escrita bem ao estilo dos folhetins: ao fim de cada capítulo, um novo mistério.

"Hábitos podem ser perigosos. Podem tornar o comportamento de um homem previsível. E o que é possível prever é possível controlar." (pg 92)

Mas o que com certeza me chamou mais a atenção foi o apelo do autor para questões transcendentais, pois cada vez mais vemos escritores de suspenses abandonando características como essa e optanto por romances mais diretos e convencionais. Com isso, o livro ganhou ainda mais originalidade.

"A pior coisa a respeito do passado é que ele não muda. Às vezes, sequer fica mais distante. Talvez o homem pense tanto no que já aconteceu movido pela triste esperança de modificar o ontem. Mas querer mudar os fatos passados é tão inútil quanto tentar escapar deles. O passado é que nem uma sombra, quanto mais fugimos mais ele nos persegue." (pg 157)

Com seu primeiro livro publicado, Fabio Shiva já mostrou levar muito jeito para a literatura policial. Com um enredo bem estruturado e inusitado e uma linguagem sutil e convidativa, O Sincronicídio faz o leitor participar ativamente de cada novo mistério. Certamente esta foi uma das melhores leituras deste ano!

site: http://www.acrobatadasletras.com.br/2014/10/resenha-o-sincronicidio-de-fabio-shiva.html
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@paty_bookaholic 16/08/2014

O Sincronicídio, Resenha
Através do livro O sincronicidio, conhecemos Alberto Lino Teixeira, Investigador de policia em Rio Santo. Mas a parte mais interessante do inicio deste livro não é o inspetor, na verdade o mais instigante é o narrador, que se autoproclama o vilão.

“Para que o enredo funcione, contudo, resta ainda que alguém se apresente. Esse alguém deve representar, necessariamente, a força igual e contrária à força do herói. É preciso que exista, em resumo, o antagonista. Somente ao enfrentar seu adversário é que o herói se justifica.
Pois muito bem, para cortar caminho: esse alguém sou eu. Eu, o narrador. Eu, o observador onisciente. Eu, o adversário. Eu. Eu. Eu.
E é por isso que me propus a contar essa historia, a história do ultimo dia de Alberto Teixeira. Porque essa também é a minha história.”

Desde o inicio da narrativa uma coisa está clara, e apesar de ser o “mocinho” o fato é que Alberto Teixeira irá morrer. Ele vai tentar desvendar uma série de assassinatos, que ele crê estarem envolvidos com outro assassinato, ocorrido dois anos antes, que tem um assassino confesso, mas que o Inspetor Teixeira sabe que não é o culpado, na realidade ele sabe quem são os culpados, mas por motivos alheios a sua vontade ele não pode acusar ou prender.
Temos toda uma visão incrível dos acontecimentos e apesar de o narrador não ser o próprio inspetor, algumas cenas são descritas como vistas pelo próprio Alberto Teixeira, com uma incrível precisão de detalhes que chega a ser bizarra. Muitas coisas são explicadas no decorrer da narrativa, algumas no presente outras no passado. Algumas coisas são feitas para confundir o leitor, e pode acreditar você vai ficar confuso.

“Quer dizer então que eu estou dentro de um livro. Que não passo de um personagem em uma história policial. É nisso que você espera que eu acredite?”

Então chegamos ao ponto importante, o quê realmente está acontecendo? Qual o objetivo dos assassinos e porque tudo parece voltar a se ligar ao inspetor Teixeira? Não se engane achando que vai desvendar esse mistério, é impossível “prever o futuro”, neste caso, tudo indica que há uma grande conspiração, mas o quem e o porque tudo isto está acontecendo é difícil de desvendar.

“E assim descobri que a inocência é como a esperança. Sempre resta um pouco mais para se perder…”

Um thriller emocionante se desenrola através das 520 páginas do livro, e todas essas páginas contam um só dia da vida do Inspetor Teixeira, o dia do Sincronicídio. Dentro deste fatídico dia temos muito sexo e morte, tudo envolto por um grande mistério.

“Um autêntico sincronicídio é um homicídio que extrapola seu potencial de repercussão exponencialmente, de forma a gerar ondas no tecido da realidade. O sincronicídio está para o homicídio assim como o cubo está para o quadrado. O sincronicída é aquele que mata 2 coelhos com uma só cajadada.”

Agora eu preciso confessar, quando peguei este livro para ler esperava só um romance policial como outro qualquer, bom de qualquer modo, mas simples. Mas quando mergulhei no livro, e eu mergulhei de cabeça nele, me vi totalmente encantada com a precisão e clareza , e apesar de não conseguir entender alguns termos não consegui parar de ler, li o livro em dois dias, não conseguia parar e quando parava ficava tentando imaginar qual seria o desfecho da história.

Eu como admiradora do xadrez adorei todas as menções do livro ao jogo,em cada inicio de “cena” aparece um movimento, em vários momentos se percebe que o livro foi concebido, a meu ver, como uma grande partida, onde os jogadores estão ocultos e tem jogadas que serão reveladas somente nos momentos mais propícios.

Em vários momentos fiquei realmente perplexa, tantos fatos e detalhes que podiam passar despercebidos são retomados e ligados a outros formando uma trama tão precisa que poderia ser real. Realmente a capa do livro não mente as revelações são transcendentais, agora aguardo muito ansiosamente o segundo volume da trilogia. Além de todo o esmero do autor com o livro propriamente dito ele se preocupou com a trilha sonora, que você pode conferir AQUI.
Enfim acho que devaneei um pouquinho demais desta vez, mas o mais importante é: leiam esse livro, vai mudar todas as concepções de romance policial que você possa ter.

Beijinhos da Paty ;)

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/o-sincronicidio-resenha-caligoeditora-2
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Simeia Silva 08/06/2014

Esse foi o livro mais diferente que li e que tenho na minha estante, achei ele tão original, que quando acabei, fiquei meio: haaaaa!
Hahahaha, sério, ainda não tinha lido nada desse tipo, já li e amo o gênero policial\investigativo, mas dessa forma tão up, nunca tinha lido não, esse é um dos que vou reler mais pra frente com certeza.

O livro tem a narração feita pelo vilão, coisa que me encantou, e no comecinho você já conhece o inspetor Teixeira, o momento em que você começa a saber sobre a investigação de um crime que ocorreu em um quarto de hotel. Por um momento, o inspetor percebe que a pista que ele encontrou na cena do crime, ele se toca que aquele crime é bem semelhante ao que ocorrera antes.E ele sabe que só ele poderá desvendar tudo, só ele sabe enxergar a relação entre eles. Em meio a isso tudo, ele descobre a história verdadeira sobre seu pai. que história será essa?

A narração desse crime, que é feita a todo momento pelo vilão, me deixou hiper, super, mega ansiosa para saber, como raios ele sabia tanto sobre o inspetor e sobre tudo que ocorria por ali.

Achei em cada capítulo, cada linha, surpresas intrigantes que me deixavam estarrecida, ansiosa ( gente, ansiedade é o meu nome do meio,hahaha).Quando você pensa que a história irá seguir o padrão policial\investigativo,uma história comum, você fica boquiaberto, gente, quem ler esse livro ficará estupefato,hahaha, sério, fatos inesperados, resoluções diferentes de cada assassinato, o inesperado,pode-se dizer assim.

Achei uma graça, as ilustrações de cada capítulo e em algumas páginas, com peças de xadrez, deu um certo charme misterioso.

Achei o texto bem interessante e nada cansativo, você quer saber mais e mais a todo momento.

O livro não tem nada de clichês, desses que vemos nos romances policiais, muito pelo contrário, nele você vê um pouco de tudo, sexo, morte e revelações, e outras tantas maluquices que vocês nem imaginam... o autor teve um jeito todo especial na hora de escrever esse livro.

Imagina só se através de uma moeda fixada na base de uma coluna você conseguisse o melhor sexo da sua vida?Mas não se iluda, pois esse imenso prazer poderá sim, lhe trazer uma terrível consequência.

Os sentimentos de prazer, orgasmo, assassinatos, são narrados pelo olhar perspicaz do vilão, do narrador de toda história, e me deixou boquiaberta, hahaha, sério, fiquei assim, estupefata em algumas cenas narradas.

Não sei se será ou é um gênero que muitos irão gostar, mas achei bem interessante, como eu disse no começo da resenha, achei bem diferente de tudo que havia lido até hoje.

Eu poderia ficar aqui falando e falando sobre o livro, mas nada do que eu citar aqui, cada um que se interessou terá que ler a obra para ver e sentir as próprias emoções e tirar sua próprias conclusões.

Um quote:

"Haverá um desígnio oculto por trás da horrenda série de assassinatos que abala a cidade de Rio Santo? Apenas um homem em toda a força policial poderia reconhecer as conexões entre os diversos crimes e elucidar o mistério do Sincronicídio. Por esse motivo é que o inspetor Alberto Teixeira, da Delegacia de Homicídios, está marcado para morrer."


Mas leia o livro com atenção, porque se não prestar atenção, ficará perdido em meio as páginas.

O livro é o primeiro de uma trilogia ( não sabia e fiquei encantada para saber mais ), o segundo livro se chama: A Mais Tocada de Todos os Tempos.

Então é isso por hoje galera, espero que tenham ficado curiosos,hahahaha.

Há!Não poderia deixar de dizer que esse livro é para MAIORES de 18 anos, hahahaha, não me matem por isso.


Beijokas


site: ateliedoslivros.blogspot.com.br
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Fernanda 22/04/2014

[Resenha] O Sincronicídio – Fabio Shiva.
Este livro é maluco e super diferente de tudo que já li, o autor têm uma imaginação incrível.

O livro é recheado de sexo, morte e outras tantas maluquices. A história gira em torno de uma moeda que é fixada na base da coluna e proporciona ao seu usuário o melhor sexo de sua vida, mas este imenso prazer tem suas consequências. Assim, que utilizam da moeda sentem um prazer misturado com dor e drogas e isso faz com que seus usuários tenham orgasmo que nunca sonharam na vida. Um orgasmo intenso e imensamente prazeroso. É narrado pelo olhar do vilão e você fica de boquiaberta e olhos arregalados em certos momentos. É verdade, muitas vezes fiz cara de nojo rs. É tem umas coisas no estilo.

O Inspetor Teixeira entra na trama para investigar alguns assassinatos e acaba descobrindo mais do que ele imaginava. Uma das coisas que descobre é quem é o seu pai e o que esteve fazendo todos os anos de sua vida. Meio louco isso, não? Descobrir que seu pai não é quem diz ser!

O diferencial do livro é que em cada capítulo uma frase sobre I Ching e jogos de xadrez. Por esta razão devemos ler o livro com atenção para entender o porquê do nome. #Ficaadica!

Lendo os agradecimentos descobri que este é o primeiro livro de uma trilogia, e o segundo livro é intitulado A Mais Tocada de Todos os Tempos. Vem mais livro bom por aí.
Recomendo muito esta leitura!.

Fê :*

site: http://fernandabizerra.blogspot.com.br/
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Ben Oliveira 10/04/2014

Prazer e Qualidade Literária
Acabei de ler O Sincronicídio, do escritor Fabio Shiva. Me arrepiei na última página, só mais uma das doses de catarse que o leitor recebe ao longo do livro. A obra de 540 páginas foi publicada em 2013, pela Caligo Editora, de Campo Grande (MS). Com uma capa vermelha e preta e a imagem de uma peça de xadrez que por si só já são instigantes, a frase “Sexo, Morte e Revelações Transcendentais” são mais um convite para o leitor ter noção do que vem pela frente.

Desde o primeiro parágrafo do livro, o leitor já tem uma informação fundamental, o protagonista, o inspetor Alberto Teixeira irá morrer. “Ele dormia inteiramente nu, sem saber que era o seu último sono. Observando só o semblante adormecido, não seria fácil adivinhar a profissão de policial...”, só neste trecho inicial fui fisgado pelo autor e movido pela curiosidade: Quem é o policial? Por que ele vai morrer? Como ele vai morrer? Quando ele vai morrer?. Antes que o leitor da resenha se estresse, tenha calma, não é nenhum spoiler, a informação também é dada em sua sinopse e no texto da contracapa. Além das palavras iniciais, o primeiro capítulo de O Sincronicídio traz o número 51, “Trovão”, um trecho do I Ching, O Livro das Mutações, e a ilustração de um movimento das peças de Xadrez. Não se assuste se não entender, não é mera coincidência. Afinal, qual é a graça de descobrir tudo logo na primeira página?

Ainda na contracapa do livro, o leitor descobre que o livro se trata sobre uma série de assassinatos que acontecem na cidade de Rio Santo, localizada no Brasil. O protagonista, Alberto Teixeira é o herói, o único policial que poderá desvendar o mistério do Sincronicídio, e por isto ele está marcado para morrer. Para quem gosta dos livros da Agatha Christie, Edgar Allan Poe, Isaac Asimov, entre tantos outros autores, a obra do brasileiro Fabio Shiva impressiona com a criatividade.

Definir O Sincronicídio não é tarefa fácil. Ao longo das páginas do romance policial o leitor encontra suspense, erotismo e filosofia. Fabio Shiva dá um show no livro, mostrando como a boa literatura pode aliar o prazer sem ser superficial e sem se tornar maçante. A densidade da obra fez com que eu lutasse com dois sentimentos dentro de mim: a vontade de descobrir logo o que aconteceria e o alívio de saber que ainda faltavam muitas páginas para a revelação final. O escritor consegue, literalmente, introduzir o leitor no universo de O Sincronicídio e envolvê-lo com as cenas de ação, sexo, conflitos dramáticos, questões filosóficas, entretendo e promovendo a reflexão, em uma tentativa de fazê-lo encontrar uma lógica, do início ao fim do livro, surpreendendo a cada minuto de leitura. Me peguei pensando na história até mesmo no momento em que ia dormir. Minha mente hesitava em parar de funcionar, desesperada por qualquer pista, qualquer conexão.

Através da intertextualidade e da metalinguagem, o leitor, principalmente se for um amante da literatura, fica fissurado com a maneira que Fabio Shiva escreveu O Sincronicídio. Logo no primeiro capítulo do livro, o narrador já alerta que ele é o observador onisciente, ou seja, é ele quem está contando a história e ainda informa que é o antagonista, o vilão, a força igual e contrária à do protagonista. Narrativa dentro de narrativa, o leitor viaja e desvenda gradativamente alguns dos mistérios, para descobrir qual é a relação entre os assassinatos, o protagonista e o antagonista-narrador.

O Sincronicídio é uma boa aula de escrita literária para autores iniciantes. Fabio Shiva utiliza tantos recursos literários de maneira tão natural, que o leitor nem se dá conta dos artifícios e a leitura flui deliciosamente. Durante as 24 horas de vida do protagonista, o leitor viaja pelo tempo, descobrindo mais sobre os personagens principais, suas motivações, dramas e problemas. Quando o leitor menos espera, as frases, títulos e ilustrações ao longo do livro passam a fazer sentido, as sombras da ignorância dão lugar à luz do conhecimento. E a fome do conhecimento, assim como a fome de livros, é inesgotável e só aumenta com o desenvolvimento.

Além das inúmeras possibilidades de interpretação de O Sincronicídio, o livro de Fabio Shiva vem a contribuir para chamar a atenção para a literatura nacional e a necessidade de valorizarmos mais os autores brasileiros, já que podemos encontrar obras de tanta qualidade literária quanto às de literatura internacional que ainda são vistas como prioridades tanto para as editoras quanto para as livrarias e muitos leitores. Tiro o meu chapéu para a Caligo Editora que decidiu apostar em O Sincronicídio para ser o seu primeiro romance publicado. Uma estreia maravilhosa! Também não posso deixar de agradecer a editora Bia Machado pela cortesia enviada de O Sincronicídio e pela oportunidade de parceria com o Blog do Ben Oliveira – lembrando que os blogs parceiros não são obrigados a resenhar de forma positiva os livros e este texto reflete a minha opinião.

É difícil falar sobre um livro que você gostou sem contar informações que podem estragar a surpresa do leitor. Sabe quando sabemos um segredo e estamos tão inebriados que precisamos compartilhar com alguém ou vamos explodir? Pois é, fiz o possível para não fazer nenhum spoiler nesta resenha. Ficção científica, fantasia, romance policial, suspense, erotismo, filosofia, I Ching, Xadrez, misticismo, religião, ideologia, luxúria, prazer, sexo, tudo isso e muito mais em O Sincronicídio. Espero que gostem!

Para quem já leu o livro e ficou com vontade de mais, Fabio Shiva avisa nos agradecimentos que O Sincronicídio foi concebido como o primeiro volume de uma trilogia e a segunda parte deve se chamar A Mais Tocada de Todos os Tempos. Mal posso esperar pelo segundo livro.

Sobre o autor – Fabio Shiva nasceu em Salvador, Bahia. Desde a adolescência entrou em contato com a escrita de contos e poemas. Já trabalhou como ghost-writer em livros de astrologia, revisor, além de ter exercido diversas profissões. É co-autor do livro de literatura / filosofia MANIFESTO – Mensageiros do Vento. Publicou o romance policial O Sincronicídio: Sexo, Morte e Revelações Transcendentais, em 2013, pela Caligo Editora.

Sobre a editora – A Caligo Editora foi criada em 2013, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Atualmente o catálogo da editora conta com o romance “O Sincronicídio” (Fabio Shiva) e a antologia de contos fantásticos “!” (Organizado por Rubem Cabral e participação de vários autores). Até Agosto de 2014 serão lançados o livro RedRum: Contos de Crime e Morte, A Forma da Sombra e uma obra da escritora Bia Machado.


site: http://www.benoliveira.com/2014/04/resenha-o-sincronicidio-fabio-shiva.html
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Stark or Snow 08/04/2014

http://vendedorderins.blogspot.com.br/2014/04/resenha-o-sincronicidio.html
O ultimo dia de um homem, essa é a proposta do livro O Sincronício de Fábio Shiva, um romance policial que desafia o leitor, logo de cara nas primeiras linhas você conhece o inspetor Alberto Teixeira que se apresenta em seu primeiro ato assim:

“Era um corpo desnudo que dava testemunho do homem em ação. Enfiado em um algum terno barato aos quais estava acostumado, sempre um numero acima, não deixava notar os músculos rijos, bem delineados, habituados a fadiga e ao esforço, cultivados por exercícios. Era o corpo sem roupas que revelava também as suas histórias de batalha, crivada em cada cicatriz” (pag 11)

De acordo seu dia vai se desenrolando, Alberto começa a ter insight de momentos passados e entra de cabeça no meio de um furação, misturando sexo, assassinato, psicologia, filosofia, teorias diversas e cultura antiga e popular.

Um livro instigante, acho que passei uma semana fazendo propaganda, de como o livro era bom, dando spoilers (o que não era legal), mas fiquei apaixonado pela história, pelo seu realismo na descrição dos personagens, nos seus mistérios, cada capítulo termina com uma pista, algo a desvendar, deixa o leitor cada vez mais instigado a buscar a verdade e saber o que acontece…

São 518 paginas de puro prazer, é um prato cheio pra quem gosta de um mistério bem realista, sem pudor, um livro no melhor estilo existencial, que te faz pensar e sorrir imaginando: “nossa eu faço isso todo dia de manhã’...

Com uma capa belíssima, rubro-negro, a estética do livro traz um xadrez, para que você possa fazer suas intervenções e interpretações das jogadas e dos capítulos, outro ponto que achei genial, é a numeração nos capítulos que faz um jogo bem legal com o que esta sendo lido, o xadrez e sua perspicácia.

Não sei bem como terminar essa resenha tenho muito para falar desse livro magnifico, mas ao mesmo tempo não quero estragar a surpresa do leitor, o que tenho a dizer é que não vai se arrepender de ler, que foi muito bem escrito, editado e publicado, que é impossível não se identificar com os personagens até com aqueles que vão deixar nauseados e ao mesmo tempo desnorteado, e vão se encantar com algumas passagens que são verdadeiros ensinamentos.

Quero agradecer a Fábio Shiva que com muito carinho autografou o meu livro e enviou junto com um CD contendo a sua historia, o primeiro capitulo em .pdf e a trilha sonora, o que torna o livro ainda mais interessante, ele já tem uma trilha sonora, com músicas muito boas, o que flui ainda mais a leitura, é isso ai pessoal vou colocar aqui o bookthriller pra você se viciar e querer ler o livro o quanto antes. Abraços!!
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Sergio Carmach 10/02/2014

Certos livros, quando terminados, deixam o leitor em um estranho estado de euforia, como se ele precisasse alardear aos quatro ventos o quanto gostou da história. Senti isso algumas vezes, em especial após ler Cem Anos de Solidão, livro com uma trama fantástica e um final incrível. O Sincronicídio fez brotar mais uma vez essa impressão em meu espírito de leitor; e me fez refletir: o que, afinal, têm em comum os autores capazes de despertar uma forte sensação com seus textos?

Ao autor não basta conhecimento para estruturar uma boa história (alguns simplesmente esparramam sua bagagem cultural pelo texto em nome de um egocentrismo vazio). Ele precisa saber integrá-lo à trama de forma sutil, relevante e sagaz, o que não é nada fácil. A tarefa se torna ainda mais difícil quando o escritor se aventura a misturar matérias aparentemente díspares entre si. Shiva não só consegue promover essa química improvável, mas também nos presentear com um texto cuja melodia se faz linda e evidente, uma verdadeira sinfonia de palavras. Ele mescla fatos reais (alguns desconhecidos do público em geral), verdades esotéricas, cultura geral (incluindo cultura alternativa), filosofia, tecnologia, conceitos trazidos por outros autores (como a psico-história, uma ciência fictícia para prever o futuro apresentada por Isaac Asimov e arguciosamente usada por Shiva), sexo (não se engane: toda a desbragada luxúria em O Sincronicídio tem real relevância para a trama; não há apelação), xadrez, I Ching etc., criando um universo absolutamente original e – por mais incrível que pareça – absurdo e crível ao mesmo tempo. É preciso certa dose de brilhantismo para bolar, sem furos, uma trama como essa; e ainda uma dose extra para contá-la de forma tão coerente e palatável. É de dar inveja... Respondendo enfim à pergunta no primeiro parágrafo: autores são capazes de causar êxtase quando criam histórias que unem conhecimento, originalidade e inteligência; e nisso Shiva mostrou ser mestre.

Mas... É possível escrever uma história tão rica e complexa sem parecer soberbo aos olhos do leitor? Sim, caso o autor conheça a melhor acepção da palavra simplicidade e saiba aplicá-la em sua escrita. Fabio, pela forma de redigir, demonstrou saber. Simplicidade não significa arremessar palavras a esmo no papel, como alguns parecem acreditar. A simplicidade – para ser qualidade, e não defeito – precisa ser moldada pelo talento. Simplicidade é ter elegância sem ser arrogante; é ser arrojado sem ser empolado; é ser claro e direto sem prejudicar a densidade do conteúdo; é despir-se de dogmas gramaticais sem, no entanto, agredir o idioma... Em suma – como bem nos ensina Shiva – simplicidade não é simploriedade.

Talvez seja falho classificar O Sincronicídio puramente como um romance policial, pois o texto vai além desse estilo; talvez também seja temerário apresentar uma sinopse muito abrangente da obra, pois resumir uma trama com tantas complexidades pode entediar o leitor. Eu, então, sintetizaria assim o livro de Fabio: “um romance que narra o último dia na vida do inspetor Teixeira, quando ele precisa desvendar assassinatos misteriosos que escondem uma realidade inacreditável, sui generis.” O book trailer oficial da obra optou por outra abordagem (infelizmente, na minha opinião) e começa afirmando: “Uma horrenda série de assassinatos revela um plano secreto para dominar o mundo.” A meu ver, o espírito da obra passa longe dessa frase, que limita o leitor a um aspecto menor do livro. Eu diria que o book trailer, a despeito de seu incrível visual, não faz jus ao texto de Shiva (o vídeo pode ser conferido mais abaixo).

O Sincronicídio é um livro primoroso em todos os aspectos: a qualidade gráfica é impecável, o conteúdo une intelectualidade e entretenimento, a forma é inteligentemente simples... Como eu já havia dito anteriormente, muitas passagens dessa inebriante obra são como um murro no estômago do leitor e, ao mesmo tempo, um bálsamo para a mente. E é com essa ideia que finalizo a resenha, utilizando uma frase encontrada no próprio livro: “a melhor maneira de transcender é transgredir” (p. 364).

http://sergiocarmach.blogspot.com.br/2014/02/resenha-o-sincronicidio.html
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