Leite derramado

Leite derramado Chico Buarque




Resenhas - Leite derramado


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Felipe Albiero 27/05/2011

Deveras cansativo.
Imagino que criei expectativa demais acerca deste livro. Decepcionei-me.

Um velho falastrão em pleno leito de morte, uma tagarelice sem fim. Estórias, histórias e o conteúdo? Nada muito proveitoso... Para quem busca sempre por algo de cunho mais reflexivo, passe longe deste livro. A medida que eu lia, pensava: "Espero que na próxima página a história ganhe fôlego e aconteça algo interessante".

Quando mais eu esperava que acontecesse algo, mais o velho falava, falava e falava - sem nada dizer, enveredando-se por um devaneio sem fim e tornando a obra cada vez mais obtusa. Até que fui fiel a mim mesmo e parei a leitura na página 40.

Acredito que um livro com conteúdo idêntico, porém escrito por "Astrogildo da Silva", não angariaria tantos fãs.

'Chico, devolve o jabuti!'


Grande abraço a todos.
Heidi Gisele Borges 16/01/2010minha estante
Também concordo com a sua resenha! Consegui ir até o fim, mas sinceramente foi um sacrifício absurdo. Não vi lógica na história ainda. ^.^


Sibele14 31/07/2010minha estante
Também não gostei muito do livro só li até o fim por uma questão de honra digamos assim, achei um livro chato, ilógico uma hora ele estava aqui no presente logo em seguida ele tava lá no início do século confuso demais.


Monique Pacheco 09/05/2012minha estante
Faço minhas suas palavras. Esse livro não me acrescentou em nada. Criei tanta expectativa por ser o Chico e me frustrei. Que ele devolva o Jabuti e se limite a compor apenas.
Esse livro me lembrou uma frase de Carlos Drummond de Andrade:
"Há livros escritos para evitar espaços vazios na estante."


Cris 11/11/2014minha estante
Concordo com todos vcs!So fui ate o fim tb por questao de honra hahaha


Bernadete 17/04/2015minha estante
Concordo plenamente, coloquei expectativas demais, cansativo.




Ulysses 23/05/2011

Um livro para beber
Chico Buarque era um ídolo meu por suas composições. Não deixou de ser, mas devo admitir que com este livro ele conseguiu alcançar um outro nível lírico dentro de meu coração. O livro é o relato de um homem moribundo que vai traçando suas memórias de modo complexo e confuso, porém de maneira bela e elegante.
As histórias de sua família e a de sua vida vão brotando das páginas do livro e nos atingem do mesmo modo que atingem o narrador: Rápidas, fortes e completamente passionais. Creio que Chico Buarque escreveu seu melhor romance com este livro.
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Daniel 14/04/2011

Aquém das Expectativas
Gostei muito de Budapeste - primeiro livro que li de Chico Buarque. No entanto, como disse outro leitor, ele parece ter "derramado leite fora da caneca". Apesar de exímio escritor, à mim, Leite Derramado não convenceu, e fui obrigado a deixá-lo de lado.
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Carlos Wilker 09/04/2011

Memórias, histórias antigas que atravessam os anos, lembranças perdidas. Muitos livros bons já foram escritos nesse contexto, e Leite Derramado consegue, com algum louvor, ser um representante desse gênero que conta já com tantos títulos célebres. Há aqui o inusitado do estilo :tudo se mistura, passado e presente, com uma fluência gostosa de um velho contando suas histórias (e não deixa de ser uma boa história, apesar de um sem-novidades; a novidade aqui, repito, fica por conta da escrita).
Alguém mais ficou com depressão no final? Nostálgico, talvez?
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rezinhanit 25/03/2011

Decepção !
Como a forma de se expressar por diversos meios, tb demonstra suas diferenças !
Sou apaixonada pela maneira como o Chico transmite emoções em suas letras e no entanto, como essa mente brilhante se perde neste livro.
Leitura arrastada, de difícil interpretação devido ao exagero nas suas divagações.
Em um momento vc tem a sensação de que se achou e que entendeu o enredo do livro, mas logo a seguir, percebe-se que está perdido outra vez. Cheguei a cogitar a possibilidade da minha ignorância literária, tentando pela segunda vez a mesma leitura, mas desisti. Não li outros livros para compará-los a ponto de modificar a impressão que tive em relação a esse, mas ainda prefiro suas músicas.
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Bit 28/02/2011

monólogo
Um homem muito velho está num leito de hospital. Membro de uma tradicional família brasileira, ele desfia, num monólogo dirigido à filha, às enfermeiras e a quem quiser ouvir, a história de sua linhagem desde os ancestrais portugueses, passando por um barão do Império, um senador da Primeira República, até o tataraneto, garotão do Rio de Janeiro atual. Uma saga familiar caracterizada pela decadência social e econômica, tendo como pano de fundo a história do Brasil dos últimos dois séculos. A imagem de capa do livro foi desenvolvida em duas versões - nas cores branca e laranja
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Flávio 29/01/2011

P/ quem procura uma grande história, acho melhor já ser avisado: não se trata de uma grande história, c/ reviravoltas, suspense e de uma maneira que te prenda até o final, como é a maioria dos livros de ficção atualmente.

No entanto, o grande barato é a forma como a história é passada. A começar, narrativa em 1ª pessoa é sempre difícil confiar no narrador. E quanto mais a história anda, vc percebe que ele guarda alguns segredos, sente um preconceito implícito em suas falas, que é amenizado pelo modo de dizer. Ele conta toda história, mas à sua maneira: indo e voltando, omitindo o que não lhe agrada, descrevendo os acontecimentos de uma maneira tendenciosa. E isso faz do livro uma experiência muito legal.

É uma leitura um pouco puxada, mas me agradou muito.
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Luiz 18/01/2011

Maravilhoso
O livro conta a saga de uma família através das memórias de um ancião. A narrativa cambaleia como se fosse a mente de um velho mesmo. Os cenários se misturam, a sequencia dos fatos se embaralham. A fantasia se mistura com a verdade. E apesar disso não se trata de uma leitura difícil. Ao contrárIo, o enredo vai tomando forma como se fossemos aos poucos juntando as peças de umm quebra cabeçaa e desvendando com a maior facilidade do mundo a subjetividade da mente de uma pessoa centenária. Poético, profundo, histórico. Muito bom o livro. Recomendo.
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Aninha 15/01/2011

Lembranças...
"...mas se com a idade a gente dá para repetir certas histórias, não é por demência senil, é porque certas histórias não param de acontecer em nós até o fim da vida." (página 184)

Imagine um senhor bem velhinho, com mais de 100 anos, debilitado numa cama de hospital, relembrando sua vida...É disso que se trata esse livro. Só que, como se trata de Chico, tudo ganha ares poéticos...até o estado de vida em que se encontra o pobre ancião.

Eulálio vem de uma família tradicional, que teve barão e senador na linhagem e, no decorrer da vida, foi perdendo tudo: sua jovem esposa Matilde, seus bens, sua casa, sua saúde...

As lembranças de Eulálio se transformam num monólogo dirigido às enfermeiras que cuidam dele, à filha idosa e a quem quer que apareça por lá.

Ele vai e volta no tempo, intercalando passado e presente. Fala do tataravô e do tataraneto e, de repente, reclama de sua situação atual no hospital.

Matilde, a jovem esposa que o abandona após o nascimento da filha, é o tema recorrente dos bons e maus momentos da sua vida. A paixão avassaladora, o nascimento da filha, os passeios à praia, as danças da mulher, tudo ganha um tom saudosista na fala do querido personagem.

É interessante notar que tanto os pais/avós, como os netos/bisnetos herdam o nome Eulálio e, às vezes, dá até uma certa confusão em saber "quem é quem". Lembrou-me Cem Anos de Solidão, de Gabriel Garcia Marquez, que repete os nomes nos filhso/netos à exaustão!

O livro é belo, engraçado, reflexivo...uma leitura obrigatória, enfim!
http://cantinhodaleitura-paulinha.blogspot.com/2010/11/leite-derramado.html
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Silvia 27/12/2010

Meio chatinho no começo, mas depois vai.....
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Felipe 18/12/2010

Sempre em alto nível
Chico Buarque é um dos grandes nomes de nossa música, autor de obras-primas. Não seria justo que se exigisse igual qualidade de sua literatura. Porém, o nível que o Chico escritor consegue em “Leite Derramado” não deixaria o Chico compositor envergonhado.

O livro tem como protagonista um moribundo, Eulálio Assumpção, que narra suas lembranças a um ouvinte não definido ou categorizado. Suas memórias são confusas, como era de se esperar de um moribundo. Ele tem fixação com a sua esposa, Matilde, da qual o narrador revela aos poucos o destino e mesmo assim deixa o leitor confuso sobre as versões dos fatos, teria Matilde morrido de doença como hora o narrador deixa a entender, ou de acidente com seu suposto amante como em outro momento fica subentendido. A própria procedência aristocrática que o narrador declara de sua família fica sob suspeita quando se percebe que pode ser tudo invenção de um narrador velho que quer chamar a atenção de um ouvinte. Outro lance que faz o leitor suspeitar que tudo não passar de memórias de um passado inexistente é quando por duas vezes, seus descendentes deixam filhos póstumos, quando um deles morre nos porões da ditadura e outro assassinado por um marido ciumento, que teria sido a mesma forma que o pai do narrador teria morrido.

Porém, mesmo que a história, em suas várias versões conflitantes, seja invenção da cabeça do narrador ela é uma boa história familiar. Envolve várias gerações dos Assumpção, desde sua filha única, Maria Eulália, que fora abandonada por sua mãe e criada pelo narrador, sua ascendência supostamente aristocrática com auge durante a república velha e seus descendentes que chegam ao Rio atual onde um deles é preso por tráfico de drogas. Todos as intrigas familiares estão lá, amores, ciúmes e sentimentos mal resolvidos.

O romance começa devagar, mas aos poucos vai envolvendo o leitor a entrar nas memórias do narrador moribundo. A curiosidade sobre o que teria acontecido com Matilde, esposa do narrador, dá toques de suspense ao livro, incluindo a dúvida se ela teria ou não o traído (alguma semelhança com Dom Casmurro?). E no final a grande ironia da obra, seriam verdadeiras as memórias do narrador? Devido à idade dele, segundo ele 100 anos, nem o próprio poderia com certeza afirmar se o que relata de fato ocorre ou é tudo fruto de sua imaginação.

O texto de Chico não chega a empolgar o leitor, mas sem dúvida é de grande qualidade e trata-se de um bom livro com um enredo bem estruturado e narrado de forma a parecer ser contado por uma pessoa quase centenária. Um livro que não chega a qualidade da música composta pelo autor, mas fica longe de decepcionar.
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Armando 06/12/2010

O que torna um livro como esse ser o vencedor do prêmio Jabuti? Talvez mais pelo autor do que pela obra em si. O tema já é excessivamente batido (um homem moribundo em um leito de hospital conta suas memórias de tempos áureos). O texto é morno, pouco criativo (até mesmo preguiçoso nesse sentido), e o tema é absolutamente desinteressante. Traz algumas passagens bem escritas (como recorrências no relato denunciando que o velho já estava insano). Mas não se trata de um livro formidável ou realmente merecedor.
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Pandora 03/12/2010

avô rico, pai nobre, filho pobre, tudo junto e misturado, numa vibe meio Alzheimer, mas que te prende até o final
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Francine 23/11/2010

O livro Leite Derramado, do bom músico Chico Buarque
Chico Buarque é um excelente músico, um excepcional letrista, mas ele não é um bom escritor. Leite Derramado faz sucesso porque é de Chico Buarque. Se fosse um livro escrito por um simples mortal, seria mais um livro num canto escondido de uma prateleira de uma livraria qualquer. E não digo isso porque o considero incapaz de ser um bom escritor, mas sim porque ele sempre causou muita expectativa em toda a sua produção artística e então Leite Derramado é um pouco decepcionante, ele poderia ter feito muito melhor.

O livro tem como personagem principal Eulálio d’Assumpção, um velho que está à beira da morte num hospital, ele é o narrador, e conta “causos” de sua vida no Rio de Janeiro e de seus parentes mais antigos, querendo mostrar que sua vida foi muito boa, que ele vem de uma linhagem aristocrata, burguesa, mas que agora está morrendo sozinho num hospital público, mesmo com o sobrinho (traficante) e a filha (evangélica) o visitando com frequência. É um retrato da sociedade decadente brasileira e nesse ponto elogio Chico Buarque pela composição de sua história inventada com vários fatos importantes na história do mundo: a vinda da família real portuguesa ao Brasil, o craque da bolsa de Nova York, a segunda grande guerra mundial e a ditadura militar no Brasil.

O enredo é bom, porém comum (não há novidade alguma em contar uma história fora da ordem cronológica) e, por ser um romance, faltou profundidade aos personagens, tudo é muito superficial, e, consequentemente, o velho no hospital não causa nenhuma grande reação ao leitor, não há empatia. Há também a esposa do velho centenário, Matilde, que não tem absolutamente nada de original, pois é uma versão leviana de Capitu: o narrador durante todo o livro fica “pincelando” a idéia dessa personagem ser ou não traidora. Certeza que ela também tinha olhos de ressaca.

Em pouquíssimas passagens Chico Buarque revela-se um bom fazedor de prosa poética, não que isso seja primordial na literatura, mas considero importante que havendo isso ou não, seja constante, diferentemente do que ele consegue fazer com a música; impossível não comparar.

Chico Buarque caminha bem entre várias vertentes da arte, mas não entre todas com a mesma qualidade, amém, ele é humano. Porém Chico Buarque tornou-se uma marca poderosa, pois faz mais sucesso que suas próprias criações; o criador mais famoso que a criatura. Digo isso porque Leite Derramado não é um livro para ganhar prêmios literários importantes (Jabuti 2010, Portugal Telecon 2010), não é um livro para os jornais e revistas aclamarem como se fosse uma obra-prima, é apenas um livro bem escrito, é apenas uma história. Há livros melhores sendo escritos no Brasil, quero muito acreditar nisso. Há livros melhores!

Francine Ramos
http://acontadora.wordpress.com/2010/11/17/leite-derramado/
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Pandora 16/11/2010

Gosto tanto do Chico escrevendo livro quanto música. E Leite Derramado foi o romance dele de que mais gostei: achei leve, interessante, a narrativa flui...
Jessica 02/05/2011minha estante
Já leu Budapeste? :))


Pandora 12/11/2011minha estante
Lerei, com certeza!!! :))




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