Resenhas - Os prazeres e os dias

Matheus Nunes 30/06/2016

Os Prazeres e os Dias, ou: Como Proust conheceu si mesmo como escritor.
Os Prazeres e os dias, de Marcel Proust, é a reunião dos primeiros trabalhos do Marcel com a sua escrita, o seu alto conhecimento como escritor, e também podemos dizer um dos seus maiores arrependimentos. Sofrendo com pouquíssimas resenhas, elogios apenas de amigos próximos, ataques de inimigos até então desconhecidos, como ocorreu em 3 de Fevereiro de 1897 com um artigo muito polemico no Le Journal. Como conta bem o Biografo oficial de Proust, George D. Painter, isso ocorreu: "Por um golpe injusto do destino, quando Proust já começara a esquecer o fracasso de seus contos e só pensava na futura gloria de Jean Santeuil."

Neste livro tão pequeno e ao mesmo tempo tão grande por sua mensagem, já se pode notar todo o Simbolismo poético do Proust, seja no triste: VIOLANTE ou MUNDANISMO, ou na critica a sociedade parisiense em: Mundanismo e Melomania de Bouvard e Pécuchet, ou nas incríveis homenagens aos seus ídolos em: Retratos de Pintores e Músicos.

Mas na minha opinião Marcel Proust se revela por completo em: A confissão de uma Moça (onde já começa a ser trabalhado toda a ideia da indiferença, do Tempo Perdido e da sua força irreversível, do amor entre Mãe e Filho(a), da Culpa, e etc.), Os Lamentos, Devaneios Cor do Tempo, e no incrível conto: O Fim do Ciumes, onde já se pode notar as ideias do autor sobre o tão explorado Ciumes que vem atona na Busca do Tempo Perdido, em 1913, acompanhado pelos casais emblemáticos: Swann e Odette e logo depois com Marcel e Albertine.

Incrível, Belo, Poético, Marcante, Reflexivo, Imitável = Marcel Proust.

"“Os paradoxos de hoje são os preconceitos de amanhã, pois os mais repugnantes preconceitos de hoje tiveram um momento de novidade em que a moda lhes emprestou a sua frágil graça.” (Pagina: 162)