A Arma Escarlate

A Arma Escarlate Renata Ventura




Resenhas - A Arma Escarlate


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Luana 25/05/2021

LEIAM
Apenas PERFEITO pra matar a saudade do mundo bruxo ja conhecido, e acabar se apaixonando por todo esse universo novo aqui no Brasil, com a nossa escola em um lugar incrivel, com nossa diversidade, nosso folclore, nossos sotaques, nossa história, enfim perfeito ??

De cara vc se apaixona pelos personagens. Uns fazem merda pra caralho mas vc sempre fica na torcida pra q eles consigam se resolver, uns que são uns nenens e vc quer proteger de todo o mal, e tudo isso em um ambiente que a gente conhece e que a gente se pergunta de como seria desde a leitura do primeiro livro de harry potter.

Acho q a escritora desenvolveu tão bem esse novo cenário do universo que nós já conhecíamos, mas de um jeito tão único e tão brasileiro, sabe? Apresentando tb os problemas do mundo não-bruxo, como o que o Hugo e sua mãe enfrentavam na favela, envolvendo tráfico e tals.

Acabei demorando pra ler esse livro por pura falta de tempo, pq o livro em si é super interessante, não me lembro de nem uma parte que foi ?arrastado?

Enfim, se vc gosta do universo bruxo e tem saudade, leia que vc não vai se arrepender??

To meio desesperada pra ler o próximo
socorro?
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Mariah 20/11/2013

Resenha tirada do Blog da Vecchi
Essa resenha eu demorei mais a fazer porque foi um pouco complicado assimilar meus sentimentos com relação ao livro. Vou explicar!

O livro é baseado na história de Harry Potter da incrível J. K. Rowling. Na verdade as duas histórias acontecem em paralelo. A autora brasileira se perguntou: Como seria uma escola de bruxaria no Brasil? E assim começou a dar vida aos bruxos brasileiros.

Entre eles há nosso personagem principal Idá Aláàfin, que nasceu de dois Azêmolas (também conhecidos como mequetrefes ou trouxas) e cresceu na favela Santa Marta. Aos 13 anos, no meio de um tiroteio, recebe uma carta revelando que ele é um bruxo e a partir daí descobre um novo mundo.

Mas não se preocupem o livro não é uma cópia de Harry Potter (estava com medo que fosse antes de começar a ler). A Arma Escarlate consegue ser original apesar de ser baseado em uma fantasia já criada e que já está fixada em nossas mentes. Renata Ventura traz uma escola de bruxaria nos padrões brasileiros, com a nossa cultura e folclore.

Hugo Escarlate – novo nome de Idá – é o oposto daqueles personagens bonzinhos que pensam sempre nos outros antes de si mesmo. Ele é teimoso, irresponsável e não aceita levar aforo pra casa. Mesmo assim ele faz amizade com os pixies (os personagens mais legais!). E com a ajuda deles consegue resolver muitos de seus problemas. Como por exemplo, lidar com o chefe do tráfico do morro Dona Marta que ameaça ele e sua mãe constantemente.

Entretanto, as soluções para os problemas só aparecem depois de ele fazer muita besteira, muita mesmo! É tanta burrada que acabei ficando com raiva dele em certo momento da história. E gostei disso (depois)! Ficar com raiva do principal é algo diferente do que estou acostumada.

Uma das coisas que gostei muito foram as sutis referências aos acontecimentos no Reino Unido, como a morte de Dumbledore, Voldemort tentando dominar a Europa, até sobre a própria J.K. Rowling.

Para os fãs de Harry Potter aconselho se desligar um pouco da narrativa da britânica; o livro da Renata também é uma aventura e também tem mistério, porém em um ritmo diferente. Comecei a ler esperando a mesma cadência da Rowling, para só depois perceber que a autora criou um ritmo próprio na narrativa. E isso não é ruim, apenas diferente!

Por último, parabenizo a Renata Ventura por seu incrível talento e coragem, por se aventurar dessa literatura que muitos de nós amamos! Particularmente, achei a ideia genial!



site: http://blogdavecchi.blogspot.com.br/
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Boonie 16/11/2021

Me encontro totalmente Escarlatizada
Foi muito bom ver a riqueza desse universo bruxo que eu amo tanto dentro da cultura brasileira. Dá pra ver o cuidado que a autora teve em cada palavra, cada crítica social, cada linha de pensamento do Hugo. Mesmo acontecendo milhões de tretas, eu senti muito conforto, como se estivesse lá na Korkovado, até sonhei um dias desses que tava num rolê com Pixies!! Os personagens são todos incríveis, até os chatos insuportáveis dos Anjos, vc consegue ver o quão complexo eles são e isso torna tudo infinitamente mais interessante. Ansiosa pra ler os próximos livros dessa saga maravilhosa
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Bruno 14/01/2014

Superou até as expectativas que surgiram durante a leitura!
O primeiro motivo que me levou a comprar o livro foi provavelmente o mesmo motivo que alguns tiveram: O fato de eu gostar de Harry Potter.
E ao comprar o livro ficava me perguntando do que seria do personagem dali para frente, se ele conheceria um Rony ou uma Hermione.
Mas a coisa mudou. Primeiro indício: Hugo, o personagem principal, tem uma mãe. E ele a valoriza muito. Então, assim como ele se preocupa com a mãe, o leitor também se preocupa.
Segundo: Os personagens são tão cativantes que você só quer saber o que será da relação deles com o Hugo e esquece completamente de Harry Potter. É aquela velha questão do acolhimento brasileiro, que dizem ser grande.
Talvez alguns personagens, como o bom e generoso Capí, sirva de exemplo pros leitores de como se deve ser.
O que mais gostei do livro: Ele trata da difícil rotina dos moradores da favela. E o principal: Como isso muda o psíquico do personagem.
Ao longo do roteiro o leitor terá todas as sensações que se tem numa história bem escrita de roteiro criativo. E essas histórias são poucas.
A pior parte: O livro simplesmente acaba. Mas o segundo volume vem aí!!!
E tem um grupo para o livro no facebook chamado armada escarlate Brasil. É interessante os comentários que há por lá.
Se você gostou de:
- Harry Potter
- Eon, o décimo segundo dragão
- Oksa Pollock e o mundo invisível
- As crônicas de nárnia
- O senhor dos anéis
- Sobre Roderer
- Jogos vorazes
- Cruzando o caminho do Sol
- Percy Jackson
Também irá adorar A arma escarlate!
Claudinei Menez 14/01/2014minha estante
UUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!




Marcia 27/05/2020

Começo lembrando que não gosto de histórias que poderiam ser reais. Por isso, escolho fantasia como gênero de leitura, por isso o texto me decepcionou, mas pra quem gosta de ficções quase reais é um bom livro. A autora tem bom fluxo de escrita, teve jogada de gênio em mostrar a magia da nossa cultura, mas, para meu gosto, mostrou drama demais pra uma história de fantasia, muitos problemas reais narrados exatamente como são de verdade. Faltou algo que nos transporta-se pra um mundo de fantasia. Personagens nada cativantes, muito pelo contrário, o protagonista é um garoto explosivo com síndrome de vítima irritante, a galera "legal" não passa de um bando de rebelde que se aproveita da causa pra agir com desrespeito, irresponsabilidade e vandalismos. E o único personagem direito a história é tão perfeitinho que parece mais a personificação de Jesus Cristo. Além de achar desnecessário a semelhança com HP, quase parei a leitura pela impressão fortíssima de estar lendo uma Fanfic. Não gostei do excesso de críticas sociais, poderia ter elencado umas 2 ou 3 para explorar e deixar as outras para os livros seguintes. Não gostei do exagero da revolta contra as influências europeias Enfim, eu não vi motivos para continuar a leitura da série, mas indicaria como um ótimo livro pra amigos que gostam do gênero.
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Jorge Castro 09/02/2014

Conheça a Korkovado você também!
Sendo um dos livros que mais me interessaram durante toda a minha vida, é difícil escrever algo sobre A Arma Escarlate sem permitir com que meu lado de fã pisoteie minha parte crítica. Mas, mesmo assim, eu não poderia deixar de expressar com palavras o quanto esta obra me agradou.
A história começa na favela da Dona Marta, no Rio de Janeiro, acompanhando os passos cansados de um jovem garoto sem esperanças. Com uma jura de morte vinda de um traficante local, Idá Aláàfin vê como única chance a possível escola de magia cujo convite chegara às suas mãos pouco tempo antes. Precisava escapar, conseguir meios de se recuperar e tornar-se forte o suficiente para que sua família saísse da mira do traficante.
Mesmo sem confiar plenamente na existência da Nossa Senhora do Korkovado, a escola de magia e bruxaria, ele tinha de tentar. Ficar parado não ajudaria de muita coisa e, de qualquer forma, era necessário que se afastasse da favela por uns tempos.
É então que, em meio aos arcos da Lapa, nasce uma nova história, um novo garoto, e uma nova fonte de confiança para Idá... Não, Idá havia morrido.
Uma nova fonte de confiança e poder para Hugo Escarlate.

Uma das coisas que mais me interessaram no livro foi a forma como, no decorrer do tempo, vemos a forma como Hugo/Idá têm de se adaptar ao seu novo mundo e, ainda assim, pensar em formas de salvar sua mãe e avó no momento em que surgisse a chance. O garoto é um rapaz de personalidade forte e que ainda está passando pela fase em que aprende a separar umas coisas das outras. Não é difícil vê-lo agir mal perante um dos amigos quando não consegue uma resposta para seus empecilhos e isso torna a criação de Renata perfeitamente humana.
Oras, quem aqui já não aderiu a grosseria em momentos de tensão, levantando a voz para pessoas que talvez nem tivesse a ver com o seu problema?

Aliás, não existe um personagem mal desenvolvido no enredo. Encontramos desde um garoto pacífico e calmo até uma mulher de ego inflado e personalidade mesquinha. Não se identificar com algum dos personagens torna-se praticamente impossível.

O livro nos traz bastante da realidade brasileira e, mesmo que alguns critiquem o livro por isso - as pessoas não gostam de ouvir a verdade - tenho a obrigação de dizer que as críticas sociais de Renata durante o livro nos fazem pensar que, após todos esses anos, já que o livro se passa em 1997 -, nenhum dos problemas que encontrávamos no país foram resolvidos. "Talvez" até tenham piorado.

Outra coisa que me encantou foi o fato de os feitiços serem pronunciados em tupi. O modo como Renata valoriza nossas raízes torna, para aqueles que ignoram as mesmas, uma tarefa mais fácil de fazê-lo. Pois, com o livro, podemos ver como a cultura - ou a mistura de - de nosso canto é extremamente linda e única. E, pelos deuses, o que era aquele professor de macumba? Como me inscrevo nas aulas dele, Ventura?

Enfim. A história nos trás o clima mágico que acompanhávamos em Harry Potter e, ainda assim, introduz uma visão única de como funcionam aqueles elementos em nosso país. Aproveitando-se de nossa história, nossas lendas e nossas características sociais, Renata Ventura abre-nos um universo totalmente novo que você, com toda certeza, desejará poder conhecer com os próprios olhos.

Peguem suas varinhas, bruxos e bruxas, a magia aqui começou a florescer! E, dessa vez, ela tem as cores do Brasil.
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Platina23 08/03/2014

Os Humanos apodrecem tudo o que tocam
Depois de J. K. Rowling revolucionar a literatura e quebrar o padrão de que "nenhuma criança leria 200 páginas", várias mentes no mundo começaram a sonhar com os salões e as aulas em Hogwarts. E, durante uma entrevista, a autora foi questionada se faria uma escola de bruxaria em outro país. E ela negou, porém deu permissão para que outros fizessem.

Dentre as várias mentes pensando em escolas em seus respectivos países, uma carioca chamada Renata Ventura resolveu trazer a mágica para o Brasil. Dessa ideia surge A Arma Escarlate.

É claro que uma escola brasileira não teria toda a rigidez de um escola inglesa, ou sua perfeição. Teria falta de verba, professores, interesse por parte dos alunos, entre outros problemas que vemos na televisão, diariamente ou convivemos com isso. Além é claro de serem cinco espalhadas pelas regiões brasileiras já que o país é muito grande(excelente ideia Renata!).

Renata Ventura tenta nos introduzir em questões políticas e sociais com as quais lidamos desde muitos anos. Ela te sacode e dá um tapa na cara como se dissesse: " É isso que todo mundo tenta esconder! Abra os olhos!". E isso não são em momentos isolados no livro, é em sequência, até um ponto onde eu mesma estava entrando numa depressão literária que eu só encarei igual quando terminei de ler o primeiro volume de As crônicas de gelo e fogo do Martin.

Outra característica interessante e que difere muito de Harry Potter são os personagens. Eles não são tão certinhos e puros como em HP, eles erram, mentem, enganam, desconfiam, são orgulhosos e sentem tanta raiva a ponto de se vingar na mesma hora. Nesse ponto eu achei que foi bem melhor pois dava mais profundidade e densidade na hora de você tentar imaginá-lo. Cheguei até a comparar eles com meus amigos de tão realistas que pareciam as falas de alguns deles!

Também achei legal o uso da astrologia na parte de caracterização psicológica dos personagens. E isso é a cara do brasileiro! Em sites de relacionamento, quando duas pessoas se conhecem...uma das primeiras questões é a data de aniversário, e logo em seguida o signo correspondente! Eu mesma sou assim e adorei isso no livro!

Não preciso nem citar o quanto de cultura nacional existem nesse livro, a começar pelo fato dos feitiços serem todos em línguas indígenas ou africanas(marco da miscigenação brasileira), também temos o folclore ganhando novas dimensões, até trechos de MPB foram colocados entre as várias aventuras dos personagens, sempre fazendo menção ao que estava acontecendo, e também tivemos a criação de um novo esporte que se assemelha muito a um futebol tridimensional e de um novo uso para a vassoura.

Para melhor conhecer o brasil e todas as suas peculiaridades, Renata usa um sistema de integração de personagens e fãs muito interessante. A começar pelo próprio site da série(http://escarlate.net/blog/ ), onde no perfil de alguns personagens existe o link de seu perfil no Facebook. Ela também usa muito o Skoob(eu mesma já falei com ela assim que eu entrei e ela foi muito gentil e educada) perguntando sobre o lugar em que você mora.

Enfim, o livro é ótimo! Ele não é infantil, possui personagens de menor( a maioria está abaixo dos 19), mas não mais crianças devido a realidade de onde eles moram e o que enfrentam. De tanto sucesso entre adultos e adolescentes, o livro está na segunda edição( segunda capa da esquerda para a direita acima), e tem segundo volume previsto para esse ano ainda com o título de A Comissão Chapeleira, ainda sem capa ou sinopse, mas a própria Renata está divulgando nas redes sociais algumas informações sobre o que vai rolar nessa nova etapa.

Acabei não falando muito da história, como vocês já devem ter percebido. Mas isso foi uma escolha minha, já que eu realmente estou apavorada de soltar algum spoiler e acabar com a graça da leitura de vocês, então acabei falando só mesmo da parte estrutural do texto e das características da escrita da autora que marcaram a minha leitura.

E eu realmente espero que vocês gostem, porque esse livro é uma prova de que todo mundo pode ter algo de especial, não importa de onde venha, e também prova que você escolhe de que lado quer agir ou como vai reagir a algumas coisa, porque, como a própria Gislene, uma das minhas personagens favoritas do livro diz:

"A gente SEMPRE tem escolha"

site: http://livrosenipon.blogspot.com/2014/03/resenha-arma-escarlate-renata-ventura.html
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petra11 27/03/2022

Magia nunca foi tão interessante
Cara q livro bom, a forma q a autora introduz o dia a dia na fantasia, que mostra a realidade brasileira e ainda por cima tem um plot incrível, com personagens criativos, interessantes e que vc sempre quer conhecer mais. Além da inclusão do folclore brasileiro, da cultura Áfricana e indígena, da crítica social. Superou todas minhas expectativas!
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Carina64 10/07/2020

Isso não é uma fanfic
Bem-vindos a Escola de Magia e Bruxaria do Korkovado!

Nascido e criado no morro Santa Marta, nessa história acompanhamos Hugo, dono de uma personalidade forte moldada pelos anos cercado por um cenário de violência, crimes e tráfico, aos treze anos através de um pombo, Hugo se descobre um bruxo. No entanto quando sua realidade como um quase iniciante no mundo da criminalidade se mistura com o mundo mágico e sua família é posta em risco, um grande mal do mundo não bruxo se infiltrará no mundo bruxo e só Hugo e seu discernimento do bem e do mal poderão frear que tragédias maiores aconteçam.

Inspirado em Harry Potter, os brasileiros finalmente ganham sangue mágico em um livro e de uma forma muito bem representada, e apesar da história se passar no RJ todas as partes do Brasil tem seu espaço nesse universo. Com seu pé atrás para tudo e todos e sempre querendo levar a melhor, Hugo adquire um tom de anti-herói e pode ser um protagonista difícil de se afeiçoar e compreender, mas é impossível terminar a leitura sem querer pôr um certo personagem num potinho.

Porém, algumas coisas me fizeram tirar uma estrela desse livro: muitas vezes foi difícil associar as ações do nosso protagonista com sua respectiva idade (mas, sempre procurava lembrar da sua realidade de vida e como um amadurecimento precoce se fez necessário), outro motivo foi a forma como crianças recém introduzidas na escola já possuíam um grande domínio das técnicas, feitiços e encantamentos desse mundo. E, por fim, o final..um desfecho que pra mim não fez jus ao baita problema que permeou todo a narrativa e pôde ser rapidamente solucionado em algumas páginas.

Mesmo diante das ressalvas foi um ótimo livro, que me deixou com uma saudade imensa de morar no Rio novamente...Que venham as continuações!
Leo | @chacomresenha 14/07/2020minha estante
Definição de fanfic é uma ficção criada por fans. Então sim, é uma fanfic.


Carina64 14/07/2020minha estante
Sim, eu entendo o que é uma fanfic, e talvez não tenha me expressado tão bem. Mas, não quis diminuir esse estilo de escrita. É só que, enquanto eu lia, eu parei de enxergá-la como tendo inspiração em HP, pq várias coisas da história são super originais




Angélica 25/03/2014

Renata Ventura conseguiu sintetizar bem todos os pensamentos que eu tinha quando eu ouvia a frase "uma escola de bruxaria no Brasil".
Sinto no personagem Hugo, morador da favela Santa Marta, todo um receio, um muro construído em volta de si para afastar a todos aqueles que tentam aproximar-se.
Devido à realidade vivida por ele, que cresceu sem pai, em meio ao tráfico de drogas, à pobreza e ao descaso, é quase natural que se comporte desta maneira. Isso não muda quando o menino descobre ser um bruxo.
Uma das coisas que me chamou mais a atenção em "A Arma escarlate" foi o fato de, ao contrário de Harry Potter, não ter simplesmente esquecido o mundo azêmola, nem sua família, mas de ter buscado no mundo da magia uma maneira (por mais desesperada que fosse) de proteger sua família.
Infelizmente, devido à barreira que ergueu diante de si, acaba fazendo escolhas erradas, muito erradas, tipo, pra caramba. O que é totalmente compreensível, mas não louvável.
Eu confesso que tive raiva do Hugo, até o fim, não torci para que se desse bem, porém não desgrudei do livro até saber o que ia acontecer, pois o que o Hugo tinha de egoísta, o Capí e o Atlas tinham de fofos, a Caimana e o Vini de Cool, e a Zô, bem... de Zô.

É uma leitura fluída e gostosa e recomendo fortemente para os potter(open)heads e para quem procura um ótimo livro de ação, aventura e fantasia.
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Isa 14/07/2020

Se você achou bom, repense
Gostaria de deixar aqui um vídeo sobre esse livro, pros meus colegas de literatura que se animaram em ler pela ideia de ter uma fantasia como Harry Potter no Brasil.
A ideia? Muito boa
A escrita? Problemática
O contexto? Racista.
Assistam: ?a arma escarlate?, por Renata Ventura | RESENHA? no canal ?Usina de
Universo?.
Isa 14/07/2020minha estante
A plataforma desconfigurou, onde está ? São aspas. Mas da pra entender mesmo assim




themayreis 26/04/2022

E se tivesse um universo, tipo Harry Potter, no Brasil?
Pois bem, Renata Ventura foi lá e fez. E como fez, que experiência ao mesmo tempo avassaladora, facinante e viajante.

Hugo Escarlate é um adolescente carioca, morador do morro de Santa Marta que no meio de uma confusão em sua vida ele recebe uma carta que pode mudar tudo.

A construção de mundo desse livro é simplesmente incrível e absolutamente impecavel. Desde a formulação das palavras dos feitiços até a estruturação do mundo e das criaturas que a compõem, tudo é muito bem pensado.

Mas agora vamos a crítica, achei que a história demorou muito pra desenrolar e quando por fim começou a dizer pra que veio ela voou pro desfecho e achei um pouco corrido. Mas o que farei? Lerei o proximo porque sou dessas.

Minha edição desse livro é bem antiga kkkk de 2012, mas é do Novo Século e eu gostei bastante da edição, apesar de achar que a letra ser um pouco clara demais.
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Crônicas Fantásticas 21/10/2020

A Arma Escarlate
A Arma Escarlate
Por Yuri Barbosa

Título: A Arma Escarlate | Autora: Renata Ventura | Editora: Novo Século | Gênero: Fantasia | Páginas: 667 | Ano de publicação: 2011 | Nota: 4,0/5,0

Adolescente, preto e morador da Favela Dona Marta, no Rio de Janeiro. Este é Hugo, que de repente se vê como alvo do novo traficante da comunidade, o Caiçara, ao mesmo tempo em que a Polícia Militar protagoniza uma invasão e um massacre no morro. É justamente nessa noite fatídica que Hugo descobre ser um bruxo e foge de tudo para estudar na Escola de Magia Nossa Senhora do Korkovado. Vindo de uma criação evangélica, Hugo reluta em aceitar sua nova identidade mágica. No entanto, acaba usando a oportunidade para aprender magia o suficiente para voltar ao Dona Marta e se vingar de seu inimigo.

Estes são apenas alguns dos diversos e instigantes acontecimentos de A Arma Escarlate, livro que se inspira na saga do Harry Potter para reconstruir no Brasil um universo mágico próprio e rico das particularidades que formam nossa cultura. E eu já quero iniciar essa resenha afirmando, de uma vez por todas, que essa não é uma cópia, muito menos uma fanfic. A autora deixou várias pistas denunciando que ambas as histórias se passam no mesmo universo. Conforme a leitura avança, Hugo vai se distanciando de Harry e transformando-se num anti-herói com suas atitudes controversas.

De um lado, um bruxinho que cresceu dentro de um armário embaixo da escada. Do lado de cá, conhecemos Hugo, que cresceu num contêiner quente e abafado. Um ambiente opressivo, perigoso e aterrador, vendo amigos morrerem ou se viciando o tempo todo. Antes de saber que era um bruxo, Hugo chegou a cogitar entrar para o tráfico. Uma atitude precipitada, mas ele via ali a única oportunidade de crescer e dar uma vida um pouco melhor à sua mãe e avó. A obra é, em sua essência, uma crítica social, abordando temas como desigualdade social, racismo e até mesmo corrupção policial. Para compreender os caminhos e as decisões que o protagonista toma ao longo do romance, o leitor deve ter consciência desses problemas.

E como são controversas, essas decisões! Por todo o livro, o leitor se vê incapaz de apoiar muitas delas, sendo preciso muita empatia para seguir na leitura. A dura vida de Hugo lhe ensinou a não confiar em ninguém. E é essa falta de confiança que o leva a uma cadeia de acontecimentos que irá afetar profundamente a vida da Escola Korkovado. A frase “assim fica difícil te defender” toma proporções inimagináveis na segunda metade do livro, quando Hugo dá um tapa na cara do leitor a cada página virada. A partir daí, somente a esperança de que os outros bruxos da escola vão resolver tudo é o que nos mantém de olhos grudados no livro.

Aliás, os coadjuvantes da trama são dignos de menção, fazendo um perfeito contraponto à teimosia e falta de carisma do protagonista. Aqui eu tenho a audácia de afirmar que os Pixies, grupo de bruxos que flertam com o anarquismo, roubaram o protagonismo da história. Principalmente o Capí, um poço de bondade e simpatia, que não faria feio numa comparação com Dumbledore, mesmo sendo ainda um adolescente. Eles são quatro jovens muito diversos em suas personalidades, responsáveis pelos eventos mais controversos da Escola Korkovado. Seus rivais, os Anjos, também aprontam as suas do outro lado, dividindo as opiniões de todos. Além deles, a autora traz outros alunos e professores, e até uma diretora maluquinha, que dão mais leveza e racionalidade à dura trama de Hugo. Renata conseguiu dar a cada um deles seus próprios traumas e passados, e o merecido desenvolvimento.

Tão presentes e importantes quanto os personagens, é a ambientação da história. A Escola de Magia Nossa Senhora do Korkovado fica no Rio de Janeiro e atende a bruxos de toda a região Sudeste. Porém, a autora fez retrato mais fiel da diversidade que vemos por todo o Brasil. Temos personagens de vários outros pontos do país, bem como seus costumes, maneirismos e sotaques. Sendo assim, mineiros, gaúchos, paulistas e até argentinos se vêem representados, assim como negros, indígenas, ricos, pobres, políticos e até surfistas. Renata também deixou de lado elfos e fadas e reimaginou para o mundo mágico brasileiro criaturas como a mula-sem-cabeça e o boitatá. Além disso, há referências a religiões africanas e indígenas, bem como de feitiços em tupi-guarani e iorubá. Uma mistura linda de crenças e culturas, com discussões, muito pertinentes, sobre a valorização das nossas raízes.

A princípio, esta é uma história de um garoto de treze anos que busca se adaptar à sua nova condição de bruxo enquanto enfrenta o dia a dia e os perigos numa escola de magia. Contudo “A Arma Escarlate” é muito mais do que isso. É um suspense denso, instigante e controverso, que retrata tanto o cotidiano e as mazelas do brasileiro pobre, quanto sua riqueza natural e cultural. Ao leitor que decidir se aventurar por essas páginas, e eu desejo que muitos se decidam, eu posso apostar que as semelhanças com Harry Potter vão ficar bem distantes quando chegar às páginas finais. É nesse momento que você se apodera de “A Arma Escarlate” como mais um motivo para se orgulhar de ser brasileiro.

Leia mais resenhas em cronicasfantasticas.com.br

site: https://cronicasfantasticas.com.br/2020/09/15/arma-escarlate/
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