Os Caminhos para a Modernidade

Os Caminhos para a Modernidade Gertrude Himmelfarb




Resenhas - Os Caminhos para a Modernidade


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Vanessa.Cristina 22/04/2024

Para além do Iluminismo francês
Este livro traz luz sobre a existência de outras ideias iluministas para além dos filósofos franceses. Ela mapea as ideias dos principais pensadores da Grã-Bretanha, França e Estados Unidos. Em resumo, o que predominou em cada um deles foi "sociologia da virtude" (Grã-Bretanha), "ideologia da razão " (França) e "política da liberdade" (América).

Livro muito relevante para compreender o Iluminismo para além dos ideias da Revolução Francesa (o que é muito reducionista). E mesmo assim, a Revolução Francesa não pode ser traduzida como reflexo dos Philosophes. A autora mostra que os filósofos franceses que viveram antes da Revolução não idealizaram mudanças da maneira como ocorreu.
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Rafael 27/11/2015

Os iluminismos que ecoam na contemporaneidade ocidental
No livro Gertrude faz um panorama entre três iluminismos: o inglês, o francês e o americano. E como essas vertentes – tendo características positivas ou negativas - ecoam na contemporaneidade dentro da tradição ocidental.

Ela dedica mais tempo ao capítulo sobre o iluminismo inglês, intitulado “sociologia da virtude”; principalmente, por conter os valores morais de qualquer sociedade civilizada: a benevolência, a compaixão, a solidariedade. Não era uma sociedade que queria revoluções drásticas, mas aceitava reformas. Um país, portanto, formado com base na religião, no comércio e na liberdade.

O iluminismo francês intitulado “a ideologia da razão” tinha o intuito de formular o “novo homem”. Através dos teóricos franceses como Rousseau, Voltaire, Condorcet, esse “novo homem” deveria ser anticristão; ele ser o seu próprio legislador. Era uma teoria, portanto, que acreditava na regeneração da espécie humana (na perfectibilidade humana), na utopia. No entanto, o resultado foi de cabeças sendo decapitadas por Robespierre na revolução francesa.

Já o iluminismo americano, intitulado “a política da liberdade” nasceu das bases da legislação inglesa: às instituições, os valores permanentes, à liberdade individual. Unido a isso, principalmente, através dos federalistas, é que se instituiu a política norte-americana. Com isso, hoje, vemos uma sociedade com liberdade individual, de imprensa, econômica, religiosa. Um país, portanto, com uma tradição de liberdade individual.

Assim, o livro elenca os três iluminismos de forma magistral, de forma muito prazerosa. Mas o quê realmente sobra de importante para a modernidade é, sobretudo, o iluminismo inglês e o americano. São esses que trouxeram o legado da tradição ocidental: os valores permanentes e a liberdade individual.
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