Viagem solitária

Viagem solitária João W. Nery




Resenhas - Viagem Solitária


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Théo 18/03/2024

é a quarta vez que leio, e a cada nova leitura travo outros e mais profundos diálogos com essa narrativa. obrigado por tudo, João!
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Caio847 13/03/2024

Muito Obrigado, João.
João foi o primeiro homem trans a fazer a cirurgia de redesignação de gênero no Brasil (que se tem registro).
Como é engrandecedora a sensação de ler um livro se sentindo de igual para igual com o autor, muitas das vezes achando nos conflitos dele questionamentos para suas próprias questões.
Esse livro, que é mais uma experiência do que um livro em si para quem é trans, narra perfeitamente o conflito que ocorre em uma mente transgênero. João nos narra desde sua infância, com a transsexualidade sempre como ponto central mas com leves temperos de sua vida cotidiana ou acontecimentos a parte que nos fazem feliz por termos nos apegado a ele e porque nós lembra que embora a caminhada seja árdua, somos regularmente lembrados do porque ainda é um caminho bonito.
João realmente andou para que eu e outros homens trans brasileiros pudéssemos correr, ele com sua incansável e admirável busca por seus direitos e grande habilidade de achar as pessoas corretas pelo caminho moldaram muitos valores que deixam a vida de pessoas trans hoje menos complicadas.
João é a memória de que devemos ser quem somos acima de tudo, nos lembra que embora nossa vida possa parecer desgastante nós só temos ela, e não devemos disperdiçá-la tentando nos encaixar onde não nos cabe.
"Todo o mundo nasce nu, o resto é drag"
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Dudu    24/01/2024

Uma viagem solitária
Esse livro me lembrou muito "How to be ace" pois da mesma forma, aqui o autor relata como foi crescer se sentindo desconexo do mundo, e apesar de hoje conseguir ser rotulado com "sou isso ou aquilo" a nomenclatura utilizada e comum nos dias de hoje era uma verdadeira novidade naquela época.

João, como diz logo no início do livro, foi o primeiro trans que apareceu na "mídia" brasileira.
E apesar de que quando ele precisou fazer a troca de documentos assim que conseguiu realizar algumas das cirurgias ? nascendo, quase literalmente, pela segunda vez ? perdeu seu diploma de psicologia e tudo daquilo que ele havia construindo anteriormente, começando uma outra vez quase do zero.

Talvez por ter estudado psicologia, talvez por ter sido professor, ele sabe expressar muito bem seus sentimentos e as situações pela qual teve que passar. Nessa quase biografia, ele fala sobre sua infância, seus sentimentos, sobre as dificuldades que sofreu, do bullying, dos preconceitos e também sobre os bons momentos que sua vida teve até a escritura do livro.

Acho que ninguém melhor para falar das dificuldades que sofre uma pessoa trans do que a própria pessoa. Eu peguei esse aleatoriamente na biblioteca da escola, e posso dizer que com certeza valeu a pena. E pretendo ainda ler o outro livro dele "Erro de pessoa".
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Gui 17/01/2024

"Leiam-no e humanizem-se"
A forma como Antônio Houaiss descreve o livro e é título desta resenha para mim resume bem o sentimento principal ao ler o livro. Não importa muito a convicção pessoal do leitor sobre a questão das identidades de gênero; se ele se permitir mesmo conhecer a história do outro e ter alguma empatia, irá sensibilizar-se.
João Nery é um homem de coragem, que mostrou ao mundo as facetas do falso moralismo e da hipocrisia, ao mesmo tempo em que não se furtou a dar detalhes sobre todos os seus procedimentos cirúrgicos sem qualquer receio.
Que pena que a maior parte de quem lê é de pessoas que estão na mesma condição ou são empáticas à causa. Seria livro importante para quem se recusa a enxergar o outro.
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Fagner51 31/12/2023

Uma jornada de autodescoberta
"Viagem Solitária", do autor João W. Nery, é uma obra que mergulha profundamente na jornada de autodescoberta de um homem trans em um período marcado por preconceitos e desafios. Nery, com uma prosa cativante e honesta, compartilha suas experiências de vida, desde a infância até a transição de gênero, explorando suas emoções, lutas e triunfos. A narrativa tocante e corajosa deste livro oferece não apenas uma visão íntima da transição de gênero, mas também um retrato inspirador de resiliência e autenticidade.
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yas 18/12/2023

Foi lindo, um prazer ter lido esse livro, bem intenso. As experiências se percebem bem menos solitárias, porque me vejo em várias linhas, mas as formas de lidar com os obstáculos que a vida impõe àqueles que fogem dos grilhões são diversas e os caminhos que escolhi até aqui me fazem questionar se eu preciso continuar vivendo como eu vivo, se existem outros caminhos pra mim, e pessoas como eu, provavelmente sim. Levarei comigo os fragmentos que mais me tocaram, pensando em João como um amigo íntimo que nunca tive e usando-o como inspiração nos dias que eu precisar ser forte como João foi.
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Luana Fuzzo 05/11/2023

Autobiografia de João W. Nery, com leitura fácil, gostosa e envolvente.

O livro traz a "trans-formação" de Joana em João, desde sua infância, tendo enfrentado momentos de dificuldade durante todo o processo. Ainda, mostra o convívio com seus familiares e conhecidos, inclusive momentos de preconceito existente, infelizmente, até hoje na sociedade.

João foi um marco neste contexto, dando amparo aos seus semelhantes.

Vale muito a pena sua leitura!
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luizdgv 18/07/2023

Viagem Solitária, de João W. Nery
Que livro! Muito emocionante acompanhar toda a trajetória do João, que, certamente, não foi fácil. Se hoje ainda há muita transfobia e desconhecimento acerca de mulheres e homens trans, imagina na década de 70/80? O livro nos faz refletir que ainda temos muito que aprender.
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Nazrat 03/07/2023

Uma conversa em forma de livro
Emocionante acompanhar a história de João Nery, a sensibilidade de sua trajetória e as dificuldades enfrentadas durante todo seu percurso. Um verdadeiro pioneiro no combate à transfobia e que se revela intimamente a cada parágrafo.
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Morais18 25/04/2023

Que história!?
Uma história incrível, contada de um modo sensível, mas real, dura, mas gentil, dolorosa, mas compensatoria. Viva João! Que homem, meus amigos, que homem...
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Delano Delfino 15/02/2023

A escrita de João é leve e envolvente te faz querer conhecer cada vez mais da sua história de vida. O que me pegou muito no início do livro foram as similaridades, preconceitos e perseguições sofridas sobretudo na época da escola. Apesar dele ter sido um homem trans hetero e eu um homem cis gay, temos muitas coisas em comum, essa é a magia das biografias o poder de você sair da sua bolha e poder ver o mundo através dos olhos do outro. Uma história de coragem de alguém que só quis viver a sua verdade.
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thomas 30/11/2022

cinco estrelas + um coração.
"Estava completamente a mão dos outros. O problema era meu; quem sofria e sabia do que se passava dentro de mim, era eu. No entanto, era uma equipe multidisciplinar 'especializada' que decidiria o que eu era, como me sentia"
- João W. Nery

4 anos. Eu levei 4 anos para ler esse livro. Iniciei aos 13, cheio de medos e inseguranças... Terminei agora, aos 17 anos, com um RG no meu nome e um pai me chamando de "meu filho lindo".
Não pense que sou preguiçoso ou que não tinha interesse de ler essa obra, muito pelo contrário, vibrei de felicidade quando achei esse livro perdido em uma banca perto de casa. Entretanto, toda vez que lia um capítulo, era como um soco no estômago capaz de trazer à tona tudo que sempre tentei reprimir.
Consolador na mesma medida que angustiante, na primeira parte do livro, João descreve o processo de auto-descoberta, um dos momentos em que mais chorei. Parágrafos no qual dizia sobre se sentir menos sortudo que um morador de rua, porque aquele sim, era um "homem de verdade", me fizeram fechar o livro e não tocar nele por meses. O "orgulho trans" é real, não tenho vergonha do que sou, mas a disforia não pode ser ignorada, e João não só explica como ele lidou com a dele, mas descreve todo o processo de viver apesar de.
Na segunda parte, após se descobrir, vem o momento: sair do armário para família e sociedade. Aqui eu senti raiva. Não fiquei triste, senti foi repulsa pelo ser humano, jurei ódio eterno a sociedade cis-normativa. Diferente de mim, Nery lidou com todo o tipo de transfobia da maneira mais honrosa possível. Ele não só entendeu quando alguns familiares se afastaram, como também os recebeu de braços abertos em seus envergonhados retornos. Outro momento de transfobia descarada que me fez chorar durante um bom tempo, foi a recusa do laudo médico para começar o processo de transição. Aqui meus amigos, foi quando senti vontade de me rasgar inteiro, me virar do avesso e desaparecer. Experenciei todos os relatos, senti todas as suas tristezas e felicidades, talvez seja por isso que esse livro tenha sido tão dificil de ler.
Viagem Solitária fala com uma exatidão dolorosa sobre a vivência trans e como ela é, de fato, devastadoramente, solitária. Eu tenho uma rede de apoio formidável, meu pai escolheu meu nome social, meu irmão me chama de "mano" e minha irmã sempre me escuta chorar (ou gritar) quando a transfobia desse mundo me toma a sanidade... porém, de trans para qualquer outro trans que esteja lendo, a solidão é F*DA.
Fico feliz de poder ter lido esse livro, apesar de resenha nenhuma seja capaz de descrever a montanha russa de emoções que senti em cada parágrafo, cada palavra. Obrigado.
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letAcia1172 05/06/2022

é possível sermos o que desejamos
esse é um livro autobiográfico de um homem trans. no entanto, muitas vezes, eu senti como se estivesse ouvindo um amigo falar sobre o que sente, sobre o que pensa, sobre as próprias vivências, sobre a própria história... enfim, o que eu quero dizer é que a história de joão w. nery é linda, e eu o admiro por ter tido a coragem de compartilhá-la e eternizá-la em uma obra literária.

"estes percorreres por aí à balda,
nestes saudosos antigos eus.
qual deles deixei no meio da estrada
e em que sombra,
me perseguem até onde sou?"

esse trecho, de um poema do próprio autor, está na epígrafe do capítulo 18, que traz a visão dos amigos trans de joão sobre "o homem grávido". acho que diz muito sobre o que é profundamente tratado no capítulo e na obra como um todo: as mudanças pelas quais passamos e a diferenciação do outro, ambas situações inalienáveis à experiência humana.

é isso. a vida é um constante processo de tornar-se. nessa dialética entram os eus que deixamos para trás, os eus que mantemos conosco não importa quanto tempo passe e os novos eus que surgirão. a verdade é que nunca estamos prontos, somos reféns da imutabilidade. (acho que viajei)
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Pericinoto 28/05/2022

Viagem solitária
Quanta angústia e solidão ao tentar entende o que era e depois ter que provar para os outros o que vc é
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