Vintém de cobre

Vintém de cobre Cora Coralina




Resenhas - Vintém de cobre


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Davils 05/04/2024

A beleza das coisas simples
A simplicidade sempre foi o que mais me encantou em Cora Coralina, e aqui seus poemas contam sua história, desde as dificuldades da infância, às mudanças do tempo e à velhice. É quase uma biografia. Pra mim, um registro histórico da condição infantil no século XIX e de Goiás, mas sempre muito bonito, profundo e atual.
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Vinícius Tyrone 19/06/2023

Cora tinha muita a nos dizer
Cora conseguia falar sobre o cotidiano de sua vida pacata e interiorana de uma forma tão atual e moderna. Nos trás pensamentos e observações que ainda nem são discutidos no dia de hoje, ela estava a frente de todos os tempos. Ela tinha muito a nos dizer. E nos disse muito. Obrigado Cora, Aninha.
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Stella F.. 13/09/2022

Aninha e seus causos
Vintém de Cobre – Cora Coralina – Editora Global – 2007
Temos em Cora Coralina uma poetisa tardia, apesar da publicação de um conto aos 14 anos. Nascida Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas na cidade de Goiás em agosto de 1889, casou-se e teve 4 filhos e posteriormente foi para São Paulo e só retornou para Goiás após 45 anos. Nesse meio tempo foi doceira.

É uma contadora de casos, uma tradição de sua cidade natal, antiga Villa-Boa de Goyaz, que foi capital do Estado. “O “contar casos” se constitui numa tradição familiar de nossos ancestrais que Cora Coralina faz reviver em sua obra com toda pujança de seu poder criador.” (pg. 7)

Como já dizia Carlos Drummond de Andrade: “Na estrada que é Cora Coralina passam o Brasil velho e o atual, passam as crianças e os miseráveis de hoje. O verso é simples, mas abrange a realidade vária.” (pg. 8)

Em seu livro Vintém de Cobre vamos conhecer um pouquinho da infância da poetisa, a falta de amor por parte de sua mãe, suas dificuldades no aprendizado e em consequência sua homenagem à mestra Silvina que abriu às portas das letras para a menina que todos achavam desenxabida, feia, sem jeito, molenga, associada sempre ao pai doente que morreu. “Foi pela didática paciente da velha mestra que Aninha, a menina boba da casa, obtusa, do banco das mais atrasadas se desencantou em Cora Coralina.” (pg. 18)

Mesmo com todos esses complexos e a falta de amor da mãe (sendo acolhida apenas por Tia Nhorita e sua bisavó), ela não desistiu, encontrou o seu caminho, o seu lugar ao sol, e foi vivenciando a natureza, o seu amor aos bichos e plantas, sua observação por tudo que estava ao seu redor, e por fim, mesmo sendo criticada e mal-vista por todos, casou-se e foi ganhar o mundo, só retornando bem mais tarde à sua cidade natal. Ela nos ensina que todos merecem uma redenção, uma oportunidade, que todos são importantes no desempenho da vida, desde o carroceiro, o plantador, o prisioneiro, todos somos humanos e passíveis de erro, e, portanto, de se arrepender e voltar a tentar ir pelo caminho certo.

Um assunto também muito caro à poetisa eram os castigos infantis, onde se sentia humilhada na frente dos adultos e na forma de versos vem uma crítica a essa educação que era exaltada como uma boa criação. “Esta senhora sabe criar os filhos... Isso se dizia quando da notícia de uma tunda de taca, dessas de precisar panos piedosos de salmoura, corretivos de faltas infantis de que a criança não tinha consciência. Humilhação maior, domínio sobre a criança, esta era não raro amarrada com fio de linha na perna da mesa, o sadismo sobretudo, da mãe. Não amarravam o menino traquinas, levado, dobravam a personalidade da criança.” (pg. 103)

Os versos são simples, muitas vezes parecem uma prosa tradicional, mas são belos e apresentam lições imprescindíveis para a vida. E não só de sofrimento é a poesia de Cora Coralina. Ela exalta sempre a Universidade, a Educação, O Professor, cobra atitudes dos governantes, acredita que o presidiário que trabalha vai ter um futuro e clama por providências em relação ao Nordeste (Os apelos de Aninha pg. 192). Enfim, ela está presente em todas as frentes. Depois de passear por todo seu sofrimento e suas conquistas escolhi os seguintes poemas como preferidos: Semente e Fruto; A Gleba me Transfigura; Aninha e suas Pedras; Ofertas de Aninha; Confissões Partidas; Exaltação de Aninha (A Universidade); Exaltação de Aninha (O Professor); Os apelos de Aninha; Bem-te-vi..Bem-te-Vi; O Poeta e a Poesia e Sombras. Mas recomendo a leitura de Menina Mal-Amada para entender melhor todo o sofrimento infantil de Aninha.

Enfim, foi uma delícia conhecer o universo dessa nossa poetisa consagrada!


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Guid 17/07/2022

Achei o livro escondido na estante da minha vó, Cora me acompanhou nos últimos dias e foi maravilhoso. A sensibilidade nos poemas e a descrição tão detalhada de sua terra, cativam qualquer leitor.
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Laura Regina - @IndicaLaura 31/03/2022

Poemas inspirados na sua infância na cidade velha de Goiás.

Cora Coralina é uma das poetisas mais conhecidas e queridas em todo o Brasil. Nascida e criada no estado do Goiás, agora eu tive a oportunidade de curtir um pouco da sua gentileza e carinho por sua cidade natal, sua família e suas experiências infantis.

E este é o brilho dos poemas de Cora: a simplicidade, o carinho, o coração simples na ponta do lápis. A gente se sente naquela cidadezinha, naquele sítio, naquelas situações tão comuns num interiorzinho - a vida diurna cuidando da criação e da casa, as brincadeiras, as descobertas, as conversas espiadas, as pessoas peculiares.

Lendo, eu revivi a vida e a visão de mundo de Aninha. E também as minhas próprias experiências numa outra cidadezinha (em Sergipe). É lindo ver aquela simplicidade ganhando o valor que merece através dos escritos luminosos de Coralina.

Mais indicações no Instagram @indicalaura

site: https://www.instagram.com/indicalaura/?hl=pt-br
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igsuehtam 12/12/2021

Poesias
Os primeiros poemas penaram um pouco para ler. Gostei muito da segunda parte do livro, foi onde mais marquei poesias, as quais eu mais gostei. Cora Coralina tem um otimismo, uma simplicidade, uma esperança nas suas palavras que são inexplicáveis.
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Neto 29/12/2020

Eu me interessei em ler Cora Coralina graças ao Pedra Letícia: "[...] E se ela fica de bobeira eu boto outra em seu lugar. A moça feia lá da ponte nunca me agradou [...]".

Pra quem acha que referências não importam, tá aí rsrs

A senhora linda lá da ponte me agradou muito.
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Martinha 02/08/2019

Maravilhoso
O livro é maravilhoso e o que mais impressiona é a memória de Cora, como ela tinha nítido em suas lembranças os acontecimentos de sua infância, as pessoas, as histórias, os lugares.

Também impressiona a escrita simples e elegante de Cora Coralina, mestra no jogo das palavras. Como disse Da Vinci "A simplicidade é o último grau de sofisticação".
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Gabriela.Goulart 23/10/2017

Pra quem tem o pé na roça mas mora na cidade grande...
um carinho um mimo pra dar de presente pra vovó ler com você no colo fazendo aquele cafuné!
Ese 16/08/2020minha estante
Que comentário bonito.

Se eu ainda tivesse vó, seguiria a tua sugestão.




Cássia Alencar 28/01/2017

Vintém de cobre
Há muito tempo desejava ler um livro de Cora Coralina, influenciada pelas frases que encontro como sendo de sua autoria, que nesse tempo de internet, não se pode fidelizar se todas realmente são.

O texto para mim foi uma grande decepção. Fico chateada por não ter gostado, depois de tanta espera. Não mexeu comigo, foi difícil concluir a leitura pois não havia o interesse de retomá-la, enfim...

As memórias de Aninha, que é o nome verdadeiro de Cora Coralina, são relatadas em versos, ou como a autora prefere chamar, suas meias-confissões, cheias de estórias passadas na Fazenda Paraíso, e as avalia como vintém de cobre, que era a moeda mais desvalorizada na época, daí o título do livro.

Duas frases do livro:

"O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim, terás o que colher."

"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina."

Agora é com você: Ler ou não ler, eis a questão!

site: http://thebookcraze.blogspot.com.br/
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Ana Luíza 06/01/2014

"Seu Vintém de Cobre é, para mim, moeda de ouro, e de um ouro que não sofre as oscilações do mercado."
Pouco ouvi falar de Cora Coralina. Até que um dia, uma tia decidiu contar-me mais sobre essa poetisa goiana. Fiquei deslumbrada com sua história, e então, peguei "Vintém de Cobre" emprestado.

Não é fácil descrever esse livro, mas as seguintes palavras o definem muito bem: Surpreendente, lindo, histórico e simples.

Cora Coralina (que na verdade chama-se Ana), nasceu em 1889, "filha de pai velho e doente", e conta em sua poesia a sua vida. E, para mim, é isso que a torna admirável. As felicidades e traumas da infância, a nostalgia, as lembranças da escola e do sofrimento vivido por aquela gente, naqueles tempos, nos Reinos de Goiás...


É uma leitura fácil, simples. Cora não abusou de palavras "difíceis", e como há numa poesia, gostava mesmo era da linguagem dos humildes (por isso nunca os corrigia).
Como há nos comentários do livro, Cora foi "simples e direta", e na minha humilde opinião, qualquer um pode ler. A simplicidade das poesia permite que qualquer um que saiba ler, leia e entenda. Poucas foram as poesias que não compreendi, sendo estas as que, na minha interpretação, tinham a intenção de ser mais subentendidas, ocultas ou até mesmo pessoais demais para serem tão "expostas"... Aliás, são as "Meias Confissões de Aninha".

Cora Coralina retrata muito bem seu cotidiano da infância. Os costumes das mulheres naquele tempo, a Lei da Hospitalidade que seu avô tanto praticava, muitos detalhes do trabalho realizado na Fazenda Paraíso e muuuitas coisas mais! Isso faz com que o leitor tenha uma visão mais abrangente e veja o quanto o mundo mudou nos últimos 120 anos, no que diz respeito a tudo. É um retrato do século XX.

Esse livro é lindo porque, apesar de tudo ali retratado, Cora mostra otimismo e a felicidade nas pequenices e miudezas da vida. Seus versos são inspiradores, maravilhosos. E o seguinte trecho nada mais é que uma concretização:
"(...)
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir."

Recomendadíssimo!

site: http://umpoucosobreotudo.wordpress.com/
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Vanessa 12/04/2013

Conhecendo Aninha
Não conhecia Cora Coralina. Quando comecei a usar a internet sempre encontrava poemas doces e muito cativantes assinado por ela, foi aí que resolvi conhecer a obra. Este é o primeiro livro que li, comecei no dia 03/04/2013 e terminei hoje dia 12/04/2013.
Aleatoriamente são lindas, mas comparando uma com as outras dá pra compreender a vida da Aninha. Sempre fala muito da infância e de Goiais. Fiquei muito curiosa para conhecer a tão citada (casa da ponte). Espero um dia poder conhecer.
Laila 02/03/2020minha estante
Desculpe mas não consigo abrir o livro pra ler??


Laila 02/03/2020minha estante
Ele não saem da capa


Manuh 17/04/2020minha estante
Não abre porque? Diz que é grátis e não abre


Lais 02/05/2020minha estante
Também não consigo abri
?


rany 08/07/2020minha estante
Nao poderia haver descrição melhor


SilviaV85 21/10/2020minha estante
Geralmente um romance é puro clichê mas quando o enredo é bom, maçom personagens marcantes e cenas fortes, não faz mal não. Tem clichês bons e clichês ruins. Se é que consegue me entender


Pam 07/12/2020minha estante
Onde compro o livro ?


leitora 23/10/2021minha estante
De graça onde? Só o valor dele é de 160 reais quase!


Juliana Lara 29/12/2021minha estante
Muito boa a sua resenha.


Lelê 07/02/2022minha estante
Esse livro é incrível, li em 2014. Penso em reler ele, de tão bom ?


Rebeca 07/04/2022minha estante
Às vezes,a bondade é suficiente para expor o mal como ele realmente é.


Kumi 06/05/2022minha estante
Eu amei, amei, amei sua resenha!


Sophia.Bortoli 11/05/2023minha estante
Falou tudo


Fabiana747 15/02/2024minha estante
Melhor descrição impossível. Me identifiquei muito com o que vc disse, com o sentimento e sim estou procurando saber mais sobre Dante e sua Beatriz.




Julyana. 21/02/2011

Simples sem ser simplório. Belíssimo.
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Demas 04/05/2009

Histórias de Cora Coralina do Brasil
Com seu "Vintém de cobre", Cora Coralina nos leva a um passeio pela Fazenda Paraíso de sua infância, cheia de histórias passadas no curral, na estrada, no quintal, no paiol, na varanda, na cozinha, na escola; de animais (bem-te-vi, rolinha, urubu, cobra, boi, gato, cachorro, juriti, joão-de-barro...); de costumes já esquecidos, de tão remotos... É emocionante acompanhar suas memórias. Mas não são só as lembranças que aparecem neste livro: do alto de sua sabedoria lapidada por quase um século de vida, Cora também emite opiniões, rende homenagens e dá conselhos aos jovens, aos trabalhadores, aos presidiários, às mulheres, aos turistas e - até - ao presidente do Brasil. Resumindo: é impossível não ser tocado pela determinação, poesia e doçura dessa senhora ('a mais antiga do mundo') da Casa Velha da Ponte da Cidade de Goiás, um verdadeiro tesouro do Brasil.
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