Terra Ardente

Terra Ardente Janice Diniz




Resenhas - Terra Ardente


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Juliana 23/12/2021

Matarana única
Karen e Rodrigo, Nova e Franco e mais algumas coisas que só Matarana tem! Top demais!

Mais um livro excelente!
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Angela Serrano 19/01/2019

As relações humanas em Matarana
Logo no início a autora explica que a série toda é um único livro dividido em três partes e o que foco são as relações humanas, as escolhas das personagens. E finaliza: "No entanto, a protagonista da série é a própria cidade: um lugar violento dominado por duas forças econômicas, um coronel e um executivo do agronegócio".
A história começa nos apresentando Nova que é descrita como "uma mulher magra e pequena, de cabelos curtos como um menino e peitos do tamanho de ervilhas". Ela não é de Matarana, portanto uma forasteira. E forasteiros não são bem aceitos por ali, ainda assim ela se mudou pra lá com seu amigo (e amor platônico) Cris. Ela jornalista, ele médico pediatra. Cris trabalha no hospital da cidade e Nova trabalha no jornal do executivo do agronegócio Thales Dolejal e a noite canta num bar da cidade.
Quando a história começa vamos acompanhá-la investigando um dos homens do coronel buscando conhecer a história de Matarana, da sua fundação até hoje. Descobrir quem realmente são as pessoas e os principalmente os poderosos da cidade. Ao fim disso ela escreve um artigo que chama a atenção de seu chefe, Dolejal. Ele a contrata para que ela escreva a história da fundação da cidade, em seus termos, é claro!
Thales Dolejal "um homem de olhos azuis toldados por sombras cinzentas" é uma das forças econômicas que manda em Matarana. O executivo do agronegócio. Com grandes extensões de terra e todo seu poder econômico é respeitado e temido. Ele mantém um caso de 10 anos com Karen, a única mulher que amou, mas por quem ele não tem nenhum respeito. E com quem neste ponto da história tem uma relação mais de ódio e posse do que outra coisa. Seu braço direito é um garoto/homem jovem de 20 e poucos anos conhecido por ser um tanto quanto sádico: Franco, que também garante sua segurança, já entrou até mesmo na frente de uma bala pelo patrão.
Karen Lisboa é uma mulher de 35 anos, que mora com a avó, D.Veridiana, de 70 anos e o filho de 15 anos, Johnny. Ela é proprietária de um condomínio de bangalôs que está a beira da falência e com uma divida com o coronel Marau e seu caso com o executivo do agronegócio Dolejal ela está entre dois pesos e duas medidas. Nada que uma mulher corajosa e meio doida não possa resolver. O que de fato ela vai tentar fazer colocando o delegado da cidade em alerta para tentar ajudá-la, uma vez que ela foi a melhor de amiga de Jasmine a falecida esposa dele.
Rodrigo Malverde é o delegado de Matarana. Uma tarefa nada fácil em uma cidade dominada por dois homens com egos inflados, poder econômico e muitos pistoleiros. Ainda assim o delegado Malverde mantém a ordem com a ajuda de sua cachorra Dobermann, preta de orelhas pontudas: Bonnie. Além claro, do auxílio dos outros policiais, como Adele. Rodrigo tem 38 anos, 1,90 de altura, cavanhaque ralo e quase loiro e vive com a irmã: Valéria e a sobrinha: Sabrina desde a morte de sua esposa, Jasmine.
Nova continua em busca da verdade e por isso invade a casa de um dos homens do coronel Marau e isso a faz ficar sobre a proteção de Dolejal. Mendes, um dos pistoleiros do fazendeiro é designado a protegê-la. Porém esse mesmo homem vai tentar matar Karen o que o faz ser preso e assim Franco é designado a Nova.
Inicialmente ele vê aquilo como um castigo (o que de fato é), mas quanto mais tempo passa com Nova mais os dois vão se conhecendo melhor e construindo algo. Então ela que sempre amou quem nunca a olhou da mesma forma e ele que nunca conheceu o amor tem a chance de fazerem isso juntos.
Franco conhecendo o amor decide colocar alguns planos em prática o que o colocará em conflito com Dolejal. Thales, por sua vez tinha seus próprios planos para o seu braço direito e quando se arrepender disso poderá ser tarde demais.
Assim a história se desenvolve entrelaçando os destinos destes quatro personagens que passarão a andar juntos em uma mesma direção e da qual só saberemos o final nos próximos livros. Eu particularmente gostei bastante da história e me surpreendi porque ela é bem diferente das outras que li da autora.
Recomendo a leitura deste livro pois além de uma história muito bem construída, podemos acompanhar uma crítica a sociedade em que vivemos e a construção de protagonistas femininas fortes e que lutam pelo que desejam. Já me tornei fã dessa autora.

site: https://byangelaserrano.blogspot.com/2019/01/lido-terra-ardente-janice-diniz.html
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Cah. 25/11/2018

A primeiro livro da série Matarana, vim com muita expectativa pra ler e confesso que me senti decepcionada, frustada em relação a série Santa Fé, que me deixou encantada. E não gostei da Karen, que mulherzinha insuportável. Não sei pq o Rodrigo tinha que se envolver com ela. Mas o legal é que o início do início de tudo, a família do Thales, Franco ... Se iniciou.
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Silvia.Souza 22/12/2017

EXCELENTE
No início o livro é meio parado e a história demora um pouquinho para engrenar mas antes da metade fica maravilhoso.... A narrativa e os diálogos são incríveis! Parabéns à autora! Estou partindo para o livro 2....
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Na estante da Elen 26/09/2016

Não só a terra é ARDENTE, meu coração também!
O post hoje vai ser um pouquinho diferente. Vou tentar fazer uma resenha tripla. Por quê? Simplesmente, porque quando me aventurei na leitura do primeiro livro dessa série, o objetivo era ler somente três capítulos, só para poder sentir o gostinho. Então fui pega na minha própria armadilha, pois ao invés de ler os três capítulos, acabei lendo os três livros em 12 horas. Pensem ai! Mereço ou não mereço entrar para o Guiness Book? Só que o mérito não é somente meu não, a culpa é da Janice Diniz que nos envolve e nos aprisiona na sua escrita. É quase impossível soltar esses cowboys.
[...]Sei que para você que está lendo pode parecer vago ou você que é leitora da Janice, está pensando que me esqueci de citar muita coisa, inclusive falar mais do Dolejal. É que a série me tomou de uma forma, que se eu falar mais irei acabar dando spoiler e para saber o que é Thales Dolejal tem que ler, sentir e viver. Eu jamais saberia falar da grandeza desse personagem, ele te fere, machuca, mata. Não é alguém que alcança a famosa redenção. Pare! Se você for ler algum desses cowboys em busca de redenção, a única remida é você, querida. Dolejal não se muda, só ama ou odeia.

Na verdade, eu acho que escrevi até demais, quando iniciei tudo que eu tinha na mente era “Leia agora, diacho.”

A escrita da autora é em terceira pessoa, intensa e real. Mais uma vez somos apresentados ao cerrado brasileiro com o faroeste americano.

Os livros podem parecer bem extensos, pois são historias densas, mas creio que a paginação deles esteja na média dos e-books. Além que a forma como é desenvolvido faz 50 páginas virar 5.

Gosta de cowboys e mocinhas loucas e piradas? Está esperando o quê? Corre e leia a série Matarana.[...]
Confira a resenha completa no blog:

site: http://www.naestantedaelen.com.br/2016/09/estante-digital-serie-matarana-janice.html
Claudinha 12/07/2017minha estante
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Rose 26/05/2015

Os cowboys do velho oeste americano estão bem no coração do Brasil, na cidade de Matarana. Convido vocês a fazerem esta viagem protegidos pelo charmoso "xerife" Rodrigo.
Matarana é uma cidade fictícia no coração do Brasil, entre Manaus e o norte do Pará. Uma cidade nascida entre a luta de índios, colonos e grileiros. Maratana é cheia de conflitos por poder, terra e dinheiro, uma cidade onde as disputas não seguem as leis convencionais.
Com dois coronéis que dividem a cidade, Marau e Thales Dolejal. Entre os muitos capangas que tem, Dolejal conta com a lealdade de Franco, seu braço direito e faz tudo. Franco é conhecido pela cidade por sua crueldade louca e beleza fria. Ele é filho de uma prostituta de beira da estrada, e não tem ideia de quem seja seu pai. Foi "adotado" e "criado" por Thales, a única figura que passa perto de um pai que ele conheceu.
Thales tem uma amante há anos, Karen Lisboa, proprietária de um condomínio de bangalôs decadentes. Karen tem uma personalidade forte e autodestrutiva. Bebe demais, arranja confusões pelos bares da cidade e usa seu corpo com o que sabe fazer de melhor, e não só com Thales, o que já é um perigo, pois este coronel não costuma dividir o que é seu. Ela tenta criar seu filho Johnny e de sua avó Ninita, mas cada dia que passa se atola em mais dívidas e confusões.
Além da proteção de Thales, Karen conta com a ajuda de Rodrigo Malverde, o delegado bonitão da cidade. Rodrigo é íntegro, e não se deixa intimidar pelos "donos da cidade" que agem conforme suas próprias leis. Rodrigo é viúvo, e sua falecida esposa era muito amiga de Karen, por isso Rodrigo sente-se responsável por ela. Ele vive com sua irmã Valéria e sua sobrinha Sabrina. Sua irmã não se cansa de tentar encontrar uma nova esposa. Não que ele precise de ajuda nesta área...
Temos ainda o pediatra da cidade, Cris, que vive com sua amiga de infância Nova. Ambos foram para Matarana refazerem suas vidas. Nova nutre um amor secreto por Cris, e tem esperanças de que um dia vivam como homem e mulher, e não como amigos. Cris por sua vez não tem coragem de dar um passo neste sentido. Ele teme que um envolvimento faça como que sua amizade com Nova acabe. Enquanto isso, ele segue recebendo muitas atenções por conta de sua beleza e dedicação médica...
Os acontecimentos pegam fogo quando Thales descobre e começa atirar de seu caminho todos os homens que Karen teve enquanto estava com ele. E não foram poucos. Com raiva ele ameaça a ex amante, e quer a todo custo colocá-la para fora da cidade.
Sem saber o que fazer, ela conta com a ajuda de Rodrigo para mais uma vez ajudá-la. Acontece que agora que não está mais com Thales, a atração entre ela e Rodrigo não tem porquê ser negada, mas ela teme que isso faça a ira do coronel virar-se contra o amigo. Ele sabe que Karen não está acostumada a receber amor, mas está preparado para domar o gênio ruim desta moça.
Mas como Matarana é um barril de pólvora, Rodrigo ainda tem que proteger Nova de si mesma, afinal esta jornalista cabeça dura cismou de investigar o coronel Marau para assim denunciar o serviço de escravidão que ele usa em suas terras.
Nova está cansada de sua vida, e quer dar um novo rumo ao seu relacionamento com Cris. Ela lhe deu um ultimato.
Na correria dos acontecimentos, não só a vida de Nova passa a correr perigo, como também a de Karen. Nova conta com a proteção de Franco, a mando de Thales, e Karen corre perigo justamente por conta das ordens de Thales.
Rodrigo investiga tudo e a todos, e tenta manter em segurança as mulheres que lhes são tão importantes.
Uma descoberta põe Franco na mira de matadores, e ele tem que decidir se segue sobre a cartilha de Thales, ou se encontra seu próprio caminho ao lado de uma paixão que muitos diriam, tem tudo para dar errado.
Apesar de tudo pelo que passou, Franco conta com a confiança de Rodrigo para encontrar um novo caminho. O destino de todos estão entrelaçados. Resta saber se o amor recém descoberto entre eles será o suficiente para que sigam em frente.
Gostei muito do livro, e estou curiosa para saber sobre o desenrolar dos fatos. Uma coisa que achei engraçada e nem sei como explicar direito, é que Karen, que seria uma das "mocinhas" da história, não ganhou minha simpatia. E não é por ser fraca e mosca morta. Se ela fosse uma pessoa real, poderia dizer que meu santo não bateu com o dela. Verdade é que eu torcia para que ela formasse um outro casal, ou então ficasse sozinha mesmo, e não ficasse com quem está, pelo menos até o fim deste livro.
Se eles continuaram juntos eu não sei, apesar de achar muito provável. Talvez no próximo volume eu mude de opinião em relação a ela, afinal ela não é uma má pessoa.
Acho válido falar também que notei muito erros neste volume digital que li. Muitas palavras escritas juntas, o que me incomodou, pois não foram poucas. E normalmente não sou de falar sobre isso nas resenhas. Mas acho que faltou um pouquinho de cuidado na revisão.
Não poderia finalizar sem falar dos rapazes criados por Janice. O trio Rodrigo, Cris e Franco fazem o coração da mulherada suspirar, cada um a seu modo, do jeito bandido ao melhor estilo bad boy, ao autoritário e protetor. De qualquer forma, são homens que conquistam.
O livro é cercado de personagens que podemos chamar de reais. Eles não são perfeitos, pelo contrário, e isso é justamente o que torna o livro mais charmoso. Uma bela dica de leitura nacional.

site: http://fabricadosconvites.blogspot.com.br/
Vanda Ramos 26/05/2015minha estante
ADOREI PARABENS


Clarice.Castanhola 27/05/2015minha estante
Só de ler sua resenha já fiquei com vontade de conhecer a narração da autora,gostei da ênfase que vc deu aos personages ao parecer reais e realmente é o que torna o livro mais legal..


Marisa 27/06/2015minha estante
Mesmo parecendo um pouco cliche, gostei do livro. E o que é essa capa? Apaixonei!!!!




Fernanda 03/07/2013

Resenha: Terra Ardente
Resenha: O que define um bom livro? Os personagens ou a trama em geral? Acredito que cada um tem uma opinião diferente quanto a este respeito, pois uns podem gostar do personagem e não da trama, e vice versa. Mas o ponto ao qual quero realmente chegar é que “Terra Ardente” apresenta um conteúdo magistral referente aos personagens e ao enredo, sendo que um complementa o outro de uma maneira bem específica e adequada.

“A sombra de um sorriso esboçou-se nos lábios duros. Ele conteve-o. Adestrara as emoções, controlava-as bem de perto. Uma arte que o mantivera vivo no passado. Observou que Karen ajeitara-se para vê-lo, abandonara o jeans e o eterno chapéu e vestira-se de mulher.” Pg.32

Acredito que o centro desta história é a cidade fictícia em que gira a trama. Matarana tem um estilo único e dominante, definidos pelos próprios habitantes do local, que pode ser resolvida como uma parte criativa e outra bem conflituosa e repleta de intrigas acerca de poder. A narrativa envolvente e descritiva faz com que o leitor adentre num universo ilimitado, e consiga imaginar as cenas com clareza e precisão. Cenas estas, apresentadas em ambientes dinâmicos, que redirecionam o leitor para um estilo de vida “velho oeste” moderno com todas as suas peculiaridades (caubóis, pistoleiros, xerifes e afins). É uma leitura intensificada nas essências por conter uma riqueza minuciosa de traumas, dramas familiares, romances e agitações ameaçadoras.

“Gostava da companhia daquela que deixava Matarana e se entregava sem reservas a ele.” Pg.129

Mas é preciso enfatizar ainda que o foco principal são as relações humanas, o comportamento e as escolhas feitas por cada um. Em relação aos personagens, pode-se concluir que todos os citados na trama em questão, são muito relevantes e que no decorrer dos acontecimentos acabam se interligando. Vale destacar também que mesmo os homens sendo muito bem apresentados e descritos de uma maneira sexy e calorosa, as mulheres mantêm uma relação corajosa e destemida diante de situações perigosas. Karen Lisboa e Nova Monteiro são o oposto uma da outra, mas ao mesmo tempo são extremamente parecidas quando lutam por seus objetivos, são idealizadores e não se intimidar por qualquer coisa.

“Sou um homem das antigas. Porque acha que uso chapéu e banco o xerife? – indagou sorrindo com timidez. Em seguida, tirou o chapéu, pegou a mão dela e perguntou, encarando-a sem desviar: - Quer namorar comigo, Karen Lisboa?” Pg.175

Confesso que foi muito difícil escrever esta resenha fundamentada nas minhas emoções, justamente porque poderia ficar repassando à vocês todas as minhas expectativas e declarações acerca de cada personagem, porém se resolvi justamente não falar muito sobre cada um, é para não estragar as surpresas para quando o leitor for ler, porque sei que se começasse a falar, poderia me estender muito e talvez até soltar spoilers desnecessários. Por fim, o que mais me encantou foi o conteúdo narrado e das diversas maneiras de como os assuntos foram abordados. Foi uma leitura prazerosa e mesmo que o livro faça parte de uma série, o desfecho passou uma sensação de “dever cumprido”. Concluo, ressaltando que se você for um leitor apaixonado por uma boa narrativa de ação, aventura e romance, com certeza encontrou o livro certo.

site: http://www.segredosemlivros.com/2013/07/resenha-terra-ardente-janice-diniz.html
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Kéziah Raiol 01/07/2013

Não posso começar a falar desse livro sem simplesmente comentar sobre essa maravilhosa capa. E não estou me referindo apenas ao caubói, lindo, sarado, gostoso, sonho de consumo de muitas, maravilhoso, magnifico, sensual, apaixonante, arrebatador, belo, bonito... (Duas horas depois de muitos elogios). O composto em si da capa está maravilhoso, mas não se deixe seduzir apenas pela capa, o conteúdo de Terra Ardente é também uma delicia – em vários sentidos.

Em Terra Ardente conhecemos algumas histórias distintas, Janice criou um mundo com várias personalidades, algumas marcantes, outras nem tanto. O mais apaixonante de tudo é que Janice criou um mundo verdadeiro, cheio de altos e baixos, com pessoas normais assim como nós. Não espere por monstros, bruxas, vampiros, lobos... Espere apenas por seres humanos propensos a erros e acertos.

Conhecemos Maratana, uma cidade fictícia muito bem criada, situada no norte do Brasil, próximo do Pará/ Manaus. Em Maratana, temos vários conflitos entre pessoas que prezam por poder, riquezas e afins. Um típico interior onde o dinheiro fala mais alto. Encontramos nas páginas dos livros muita sensualidade, dramas de famílias e várias disputas. O clima em Maratana lembra muito um velho oeste, além do estilo de vida das pessoas, temos também aquela temperatura sempre alta, com muito calor, onde os caubóis andam com aqueles corpos – sarados – por ai. Aposto que a essa altura, todas as meninas querem ler esse livro. Bom, então prestem atenção; Na cidade existem muitos homens de se babar, e Janice soube como os descrever, mas aposto que vocês iram se apaixonar por ele.

Rodrigo, um caubói da lei, o delegado da cidade. Apesar de parecer durão, muitas vezes Rodrigo deixou transparecer seus sentimentos e me deixou babando de amores por ele.

Conhecemos também, Karen e Nova. As duas mulheres distintas, com personalidades diferentes. No decorrer ambas conhecem o avassalador poder do amor.

Uma coisa bem interessante é o nome do livro, que no começo da história não fazia muito sentido, mas conforme as páginas iam passando podemos ligar os pontos e perceber que maravilhoso esse nome é. E como caiu como uma luva para esse maravilhoso livro.

Em Terra Ardente temos ação, humor, romance, conflitos e muito mais. Indico demais, para você que está cansado de historias sobrenaturais, de coisas que não podem acontecer conosco. Leia Terra Ardente e viaje em direção aos mais lindos caubóis da sua vida. E claro, a uma maravilhosa história, construída de maneira esplendorosa.
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Vanessa Meiser 24/06/2013

balaiodelivros.blogspot.com.br
Quê livro! Quê livro minha gente!



Não é atoa que tantos leitores ficam sem palavras na hora de descrever Terra Ardente, é mesmo bem difícil comentar sobre estes personagens tão únicos. O mais comum na literatura é encontrarmos mocinhos, mocinhas, simpatizantes e vilões, todos assumindo suas personalidades e deixando o leitor bem inteirado sobre cada um e também sobre o papel de cada um na história. Porém, não é isto o ocorre em Terra Ardente.

Neste livro todos tem um pouco de mocinho e um tanto de vilão. Cada face se destacando quando necessário.

Em Matarana (cidade onde se passa a história) é preciso ser 'duas caras' para viver em paz, ou quase em paz...

Temos muitos personagens importantes na trama. O livro começa com dois núcleos diferentes que interagem entre si. Para começar temos o temido empresário do agronegócio Thales Dolejal e sua amante há 10 anos, a bela Karen Lisboa. Thales tem em sua fazenda muitos capangas, mas o principal e digamos mais 'protegido', é Franco, um jovem pistoleiro que mete medo em muita gente. Franco se destaca no livro, pois, tem uma ligação forte com o patrão e também com a amante deste. Temos ainda Rodrigo Malverde, o delegado de polícia que age como se fosse um xerife do Velho Oeste. Aliás, Matarana tem todo um clima de filmes de caubóis, com muito calor, poeira, pistoleiros e principalmente bang bang.

O outro núcleo é composto por Nova Monteiro, uma jornalista que nutre um eterno amor platônico por seu amigo Cris, um médico pediatra disputado por praticamente toda a cidade. Nova e Cris moram juntos como bons amigos e apesar de os dois se sentirem atraídos, nunca aconteceu nada entre eles. Nova é uma romântica que sonha em se casar e ter filhos, mas ao que tudo indica se depender de Cris, não será com ele. O médico evita uma aproximação com a amiga por medo de estragar o relacionamento entre eles. Para Cris basta a amizade, mas Nova quer muito mais.

Os homens deste livro são de tirar o fôlego de qualquer mulher, sendo eles mau caráter ou não, Thales Dolejal, Rodrigo Malverde, Franco (uuuui, Franco) e Cris!!!! Nossa, fiquei muito tempo imaginando cada um deles. As descrições usadas pela autora são capazes de fazer suspirar até a leitora mais 'sem coração', rsrsrs.

Mas engana-se quem pensa que Terra Ardente trata-se de um mero livro de romance, temos aqui uma história muito forte em todos os sentidos, inclusive nas cenas sensuais, além de cenas com violência, descrições de assassinatos...

O que mais me chamou a atenção foram as personagens femininas que, mesmo sem uma pistola na mão, se destacam por suas valentias e coragem para enfrentar os mais poderosos e conseguir destes tudo o que desejam. Mulheres de fibra com certeza!

Gente, eu confesso que enquanto lia este livro pensava ao mesmo tempo em como escrever sua resenha me baseando no conteúdo e não na emoção, a minha dificuldade se encontrava no fato de ser este um livro tão incomum e talvez por isto mesmo tão viciante. Gostei de cada página lida, na verdade li bem devagar, levei vários dias para terminar, saboreei cada linda, cada palavra e o principal, suspirei muito por um determinado personagem, Franco, o pistoleiro/matador cheio de sex appeal que vai de pouquinho em pouquinho tomando conta da trama!!!!

Bem, alguém tem dúvida de que eu gostei muito deste livro??? Será que deu para perceber pela minha resenha/opinião? Para mim a autora foi brilhante do início ao fim. Janice conseguiu criar uma história maravilhosa com personagens de muita personalidade, uma cidade fictícia sem igual, relacionamentos conturbados e cheios de sentimento e para completar, um humor ácido que fez toda a diferença na narrativa.

Enfim, um livro perfeito! Forte e perfeito!
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Luh Figueiredos 30/12/2012

[Resenha] Terra Ardente By Biblioteca da Luh
Resenha…

“Como começar a escrever sobre Terra Ardente?”

Fiquei um dia inteiro pensando na resposta desta pergunta… E gente eu só consegui chegar a conclusão de que este é um livro ótimo!

Nos mostra a história de algumas pessoas que vivem na pequena cidade de Matarana. E que cidade heim gente… O título do livro e a capa tem tudo haver com a história.

Adorei as tramas que a autora colocou no decorrer da historia, amei a sensação de não saber o que esperar na próxima página porque praticamente nada é previsível, não tem nada na historia dos personagens e do próprio livro que vá te lembrar outro, ou outra autora e coisa assim. E querendo ou não isso é maravilhoso.

E não posso deixar de falar dos personagens… Tenho que compartilhar um pouquinho deles com vocês para que assim possam se deliciar, como eu com a historia de cada um deles.

E vamos começar pela Karen Lisboa, mãe de um adolescente de 15 anos, Jhony que é um fofo, e também neta da Dona Ninita, uma senhorinha bem namoradeira. Karen é conhecida na cidade como a “Vaca Louca” porque é o que ela é, o lema dela é sobreviver, pois ela consegue se meter em cada enrascada, mas que ainda assim, conquista a nossa admiração, por toda a sua força e garra que esta personagem nos mostra… Para conhece-la mais leiam o livro!

Depois nos temos a Nova Monteiro, ele é a personagem que não damos nada no inicio mas quando a mulher resolve fazer algo para mudar o seu destino, ou talvez segui-lo, não sei bem, ai sim ela mostra que que é muito mais que as aparências. E eu acabei gostando muito mais dessa romântica incorrigível.

E claro que temos os homens de Matarana e eles são impressionantes… Com este livro nos vamos conhecer o Rodrigo Valverde, o delegado da cidade (e o melhor personagem), o Dr. Cristiano, pediatra super desejado por todas, o Coronel Dolejal o homem que poderia ser o “cara”, o Pistoleiro Franco, que é o mais surpreendente e mais alguns que fazem parte da história.

Até agora eu não consegui parar de pensar nos personagens da Janice. Na verdade eu queria é mais, que ela se aprofundasse mais na história, principalmente da Karen… Que ainda tem muito pano para manga…

Este é com certeza um livro indicado pela Biblioteca. Conseguiu me tirar da mesmice literária, e eu adoro quando isso acontece!

Janice, muito obrigada pela oportunidade de poder conhecer Matarana, e seus moradores, foi uma viajem incrível, e se houver a possibilidade de voltar para lá em outras histórias, vou adorar!

Beijinhos e me fui!

Luh Figueiredos

Confira mais na Biblioteca da Luh - http://bibliotecadaluh.wordpress.com/2012/12/17/resenha-book-tour-terra-ardente/#more-5848
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Ka 26/10/2012

Maravilhoso!
Quando eu comecei a ler a respeito desse livro na blogosfera, tratei de me inscrever para um BT dele. Estava super ansiosa para conhecer os caubóis que tanto ouvia falar.
E posso dizer? Ainda bem que eu fiz isso!
O livro é simplesmente maravilhoso.

Karen é mãe, responsável pelo seu filho e pela sua avó. Até ai tudo bem, se não fosse pelo fato de que ela está à beira da falência. Mal falada na cidade, sem dinheiro e com dois grandes fazendeiros em busca de suas terras, Karen terá que batalhar para se manter.
Nova Monteiro é uma jornalista que está investigando a contratação ilegal de mão de obra pelos fazendeiros de Matarana. Romântica, destemida e de personalidade forte.
Cheio de sensualidade, o livro nos conta a estória não apenas dessas duas mulheres, mas de uma cidade cheia de tramas, mentiras e paixões.
“Os fracos torravam ao sol de Matarana. Morriam de sede. Eram mortos pelos pistoleiros. Eram comidos pelo câncer de pele. Os fracos vacilavam diante da esfinge. Contavam verdades embrulhadas em celofane.”
A Janice nos introduz a vários personagens ao longo do livro, e nenhum deles é, digamos, mal apresentado. Todos são bem construídos, os diálogos não deixam a desejar e nos mostram o quão real aquilo poderia ser.
E a maneira como ela escreve, tão rico em detalhes, é simplesmente apaixonante.
Eu amei o livro, mal posso esperar pelo próximo da série *.*
Recomendo Terra Ardente para todos os amantes da literatura, que apreciam um bom romance, cheio de personagens marcantes e estória inesquecível.


Conheça o Post Original no Blog Acho Que Cresci Acho Que Cresci...: Indicação de Livro ~ Terra Ardente http://achoquecresci.blogspot.com/2012/10/IndicacaoTerraArdente.html#ixzz2AS19UZHA
Por Karol Alencar. Plágio é crime, não compartilhe esse texto sem a devida autorização prévia.
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives
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luzuanon.appromances 15/10/2012

Saiba Mais: http://www.apaixonadaporromances.com.br/2012/10/terra-ardente-serie-matarana-janice.html
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Nica 27/08/2012

Um faroeste atual de tirar o fôlego
Terra Ardente é o segundo livro publicado da autora gaúcha Janice Diniz, através do selo Desfecho Romances, da Editora Multifoco.

Primeiro volume da trilogia Matarana – Os verdadeiros caubóis estão no cerrado, Terra Ardente nos conta a história da cidade que dá nome à série através de seus cidadãos, em especial:

- Karen Lisboa, dona de um condomínio de bangalôs à beira da falência, morava com sua avó e seu filho Johnny. Tem fama de Vaca Louca na cidade. Endividada até o pescoço, não se rendia aos poderosos para poder “diminuir suas dívidas”. No entanto, adorava andar a cavalo e preservar sua origem faroeste, não aceitando ser dominada por homem algum, mas no fundo querendo experimentar o verdadeiro amor, que nunca sentira com o pai de seu filho – que os abandonou. Por conta disso, preservava seu coração, transando no máximo três vezes com cada homem, não se deixando envolver além disso, até certo acontecimento.

"Então o mundo em que ela vivia, ruiu. E a rejeição ateou fogo no seu sangue como um maldito rastro de combustível nas veias, espalhou-se, consumindo-a de uma forma avassaladora. Rejeitada, ela o quis. E saber que o queria a tornou desesperada e infeliz. Porque já não mais o tinha. Nunca o teve. Assim, o sangue que ardia em chamas nas principais artérias de seu ser, explodiu. "

- Nova Monteiro, uma jornalista em busca de reconhecimento e amor que dividia apartamento com o médico pediatra Chris – seu melhor amigo, por quem nutria uma paixão impossível. Chris foi traído por sua (ex-)mulher com o ex-marido de sua melhor amiga quando moravam em BH. Mudaram-se para Matarana para fugir da dor e se reinventarem. Além de jornalista, a sonhadora Nova canta algumas noites por semana no Bar do Gringo. Por conta de um artigo um tanto quanto provocador e perigoso, Nova acaba contratada por Thales Delejal para escrever a "verdadeira" história da colonização da cidadela. Acaba se envolvendo, depois de dar um ultimato a Chris - que só queria a amizade confortável da doce e forte jornalista -, com o capanga mais improvável e, ao mesmo tempo, que se mostra carente de atenção e super doce. Uma das personagens mais fortes e que mais amadurece ao longo de Terra Ardente.


- Thales Dolejal, fazendeiro poderoso que usa disso para conseguir o que quer, amante (que se torna ex) de Karen, nutre por ela uma paixão doentia, chegando a mandar investigarem a mesma a fim de descobrir se ela dormia com outros. Descobre que tem um filho, Franco, que é seu fiel capanga e que também dormira, uma única vez, com Karen. Aliás, Dolejal mandou matar ou assustar todos os homens que se envolveram com ela (quinze, se não me falha a memória), pois cansou de ser corno publicamente. Com um perfil extremamente possessivo e vingativo, contrata um matador de aluguel para dar cabo de sua amante e seu próprio filho, desiste da ideia quase sendo tarde demais.

- Rodrigo Valverde, o delegado viúvo e LINDO, com pulso para tudo e todos, menos para os encantos de Karen. Fora casado com Jasmine, que se tornara grande amiga de Karen, mas que odiava a vida naquele fim de mundo. No dia em que sofreu o acidente que levou à sua morte, tinha pedido o divórcio ao marido; ninguém ficou sabendo disso, nem sua irmã Valéria e sua sobrinha Sabrina - ambas moravam com ele. A única que ficou sabendo do pedido foi Karen. Rodrigo protegia as duas grandes personagens da trama: sua paixão secreta Karen e a doidinha da Nova. E já posso adiantar que foi fator essencial na mudança de uma delas...

"Através do reflexo do vidro da cozinha, ela via o rosto dele, os olhos brilhando, o cabelo castanho claro cortado como o de um executivo. Conhecia aquele olhar assim como conhecia aquele homem.Mas nunca seria fácil entre eles. Tentou ignorá-lo e concentrar-se em lavar a louça da manhã. Podia oferecer-lhe um café, um copo de uísque ou um pedaço do seu coração."

Que personagens, não?

Dominada (e disputada) pelos inimigos Thales e Marau – o outro fazendeiro colonizador que ganhou força também por sua maneira nada agradável de intimidar e de conseguir o que queria (ainda que tivesse que matar – sem sujar as próprias mãos), Matarana é uma cidade latifundiária de 32 anos de emancipação, com características similares à colonização dos EUA (que foram "criados" pelos Pilgrims - peregrinos ingleses fugindo de opressão sócio-religiosa).

A autora Janice Diniz realizou, com certeza, excelente pesquisa histórica. O livro é de uma riqueza em detalhes, mas sem ser chato ou cansativo. Vamos conhecendo a história de Matarana aos pouquinhos e através das personagens e suas experiências, tomamos conhecimento das diferenças sociais e da exploração do trabalho quase escravo (em troca de migalhas), encontrando uma sociedade que muito nos lembra o sistema feudal do século IV, com pequenas diferenças apenas.

E esse fator histórico foi uma das coisas que mais me chamou atenção, além da construção das personagens femininas como mulheres de pulso e não aquelas bobocas que estamos acostumados a ver por aí...

“Matarana é um vespeiro enevenenado. Só que quando a gente é picado não morre por causa do ferrão; a gente se torna outra vespa e passa também a espalhar o veneno.”


Matarana é uma terra de homens onde as mulheres se destacam. São elas as verdadeiras "donas da parada", apesar de os poderosos fazendeiros acharem que têm o domínio em suas mãos. Karen e Nova, mulheres de temperamento forte, mas doces são as grandes protagonistas de Terra Ardente, que levam o livro em suas experiências muito bem e que nos cativam.

Nova me irritou um pouco no começo com sua paixonite desenfreada, mas sua transformação é impressionante. A autora consegue fazer as personagens darem a volta por cima. A transformação, desconstrução e reconstrução dessas personagens é incrível e habilmente desenvolvida por Janice.

Narrado em terceira pessoa, a escrita de Janice Diniz nos prende do começo ao fim, não nos dando vontade de largar o livro, mas tendo que para poder sorver mais dessa maravilhosa história de autoconhecimento e de renascimento, de amores e desamores, de amizades construídas e redefinidas.

Resenha postada oficialmente no blog Drafts da Nica (Cópia parcial ou total somente mediante autorização, ok?!)
http://nicasdrafts.blogspot.com.br/2012/08/bt-resenha-um-faroeste-atual-de-tirar-o.html
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sabrina sexton 18/08/2012

Li Terra Ardente (Editora Multifoco – Selo Desfecho Romances/ 2011 – 284 páginas) através do book tour organizado pela autora Janice Diniz, do qual me vi impelida a participar depois que a Lariane leu o livro e só me falou coisas boas (resenha da Lari => http://www.leiturasedevaneios.com.br/2012/01/janice-diniz-terra-ardente-amor-e-odio.html). Então sou obrigada a concordar com minha amiga, e dizer que também passarei a sempre recomendar Terra Ardente. A única parte triste do book tour é a despedida do livro, não é?

Terra Ardente é um livro tão denso que nem sei por onde começar esta resenha. Pela cidade, talvez? A ambientação é bem reveladora: Matarana é uma pequena cidade latifundiária de trinta e dois anos de emancipação. Ela é dominada por duas grandes forças, Dolejal e Marau, dois ‘fazendeiros’ inimigos, que chegaram junto com os primeiros colonizadores, e acabaram criando seus feudos poderosos pela força da intimidação e do sangue na época da grilagem e do garimpo. O “clima” de Matarana, apesar de ser descrito no livro como similar à colonização dos EUA, para mim tem muito da antiga oligarquia do café com leite, tão famosa na história do Brasil, e tema daquelas grandes novelas de coronéis que não se fazem mais (mas não se enganem, é um livro contemporâneo e muito morderno!).

Vamos aos personagens principais: contraditoriamente à premissa de ‘terra de homens’, os dois grandes destaques de Terra Ardente são duas mulheres:

Karen Lisboa foi amante constante de 10 anos e protegida, mas também inimiga, de um dos dois homens mais ricos da região: Thales Dolejal. Mãe de um adolescente, ela mora com a avó e o filho no condomínio de bangalôs de sua propriedade. Karen não tem amigos, além do Delegado Rodrigo Malverde (*Suspiros), ela é um espírito indômito e uma mulher de má fama na cidade.
Agora Karen precisa se acostumar às mudanças de sua vida, pois ela acaba de ser descartada. O motivo é que o poderoso Dolejal se cansou de ser publicamente chifrado e, após fazer com que todos os seus 15 ex-casos-de-apenas-três-transas deixassem a cidade, é chegada a hora de Karen também pagar pela afronta.

"Então o mundo em que ela vivia, ruiu. E a rejeição ateou fogo no seu sangue como um maldito rastro de combustível nas veias, espalhou-se, consumindo-a de uma forma avassaladora. Rejeitada, ela o quis. E saber que o queria a tornou desesperada e infeliz. Porque já não mais o tinha. Nunca o teve. Assim, o sangue que ardia em chamas nas principais artérias de seu ser, explodiu. Dos pedaços dês seu corpo, outro se acomodou. E esse novo corpo, nascido do esqueleto carbonizado, arrastou-se até a beira do rio para matar a sede que somente a boca de Thales matava. No deserto sempre viveria à sombra do que pudera viver. Levara dez anos para descobrir que sentiria falta de odiá-lo, desprezá-lo e, ao mesmo, de ser sua mulher." Página 36 ==> (*Esse trecho sempre me arepia)

Nova Monteiro é uma jornalista que por vezes se apresenta como cantora no bar do Gringo. Ela deixou sua família em Belo Horizonte e foi para Matarana para acompanhar o amigo pediatra Cris, por quem tem um sonho de amor impossível. Como jornalista, toda a indignação pelas desigualdades e desmandos dos poderosos de Matarana fica alvoroçada, e Nova muitas vezes se coloca em situações perigosas. Mas, assim como Karen, Nova também tem o Delegado Rodrigo Malverde para protegê-la (*Suspiros²). Após um artigo provocador que alfinetava os poderosos, Nova foi contratada por Thales para escrever um livro sobre a verdadeira colonização da cidade.

Apesar destas duas mulheres pouco terem em comum, é linda a forma como se tornam grandes amigas!
Karen se tornou, para mim, um ícone de personagem feminina. Toda a antipatia que ela me provocou no início da narrativa foi se transformando em admiração conforme a leitura do livro avançava. Ela mostrou ser uma mulher de fibra, uma mulher que precisa lutar para ser forte numa “terra de cretinos”.
Nova me irritou um pouco por insistir e insistir em querer e querer ficar com Cris, quando estava óbvio que ele não queria nada além de uma confortável amizade. Mas então seu personagem deslancha, e ela logo recupera a simpatia que desperta desde o início no leitor.

Por mais que eu tente, sei que não conseguirei traduzir em palavras o quanto ler Terra Ardente foi uma experiência gratificante. Fiquei completamente apaixonada pela narração da Janice Diniz, que é tão crua e tão madura, e ao mesmo tempo tão suave, coroada por um estilo que não encontramos muito facilmente. A autora foi muito feliz no processo de escrita de Terra Ardente, onde tudo acaba se casando perfeitamente, com personagens muito especiais que conquistam o leitor aos poucos e diálogos ótimos, ora tensos ou intensos, ora divertidos.
Uma particularidade que eu gostei demais em Terra Ardente foi a de permitir ao leitor “entrar na mente” dos personagens e ler como seus sentimentos são dissecados durante a trama, revelando sem revelar ou escondendo sem esconder suas características psicológicas e caráter.
Os personagens não são bonzinhos, talvez até anti-heróis, mas são, de fato, autênticos. Thales Dolejal, por exemplo, é um personagem extremamente complexo que infelizmente perdeu um pouco de espaço na trama. Ainda que sua relação de amor e ódio com Karen ganhasse algumas cenas muito interessantes, poderia ter rendido muito mais. Por outro lado, é ponto positivo que outros personagens que talvez pudéssemos imaginar como secundários cresçam. Terra Ardente é daqueles livros que escondem surpresas! Eu me senti agradavelmente surpresa com o destino de um personagem em especial. Depois que findei a leitura, voltei ao início e reli – como quem bebe com sofreguidão de imensa sede – particularmente todos os trechos que em que ele aparece. Sabem aquela situação em que você só consegue descobrir quem é mocinho ou vilão no final? Ou talvez nem descubra? Ou melhor, nem se “importa”? Em Terra Ardente, um tal de Diabo Loiro é assim... (*Suspiros³)

Finalizando a resenha, digo simplesmente que Terra Ardente é um livro ‘extremamante bom’ e a autora Janice Diniz é um exemplo de que os novos autores brasileiros podem, sim, disputar o mercado literário pau a pau com grandes nomes internacionais. Recomento Muito!

Este texto pertence ao site Leituras & Devaneios: http://www.leiturasedevaneios.com.br/2012/06/janice-diniz-terra-ardente.html#ixzz23vfnWmU4
por Lariane Santos, Luciara Cândida e Sabrina Pepe. Plágio é crime previsto em lei: Não copie sem autorização.
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