Resenhas - Os Sonhos e a Morte

MaywormIsa 26/02/2024

Ótimo - mas não para totalmente leigos
Gosto muito dos livros da Marie Louise Von Franz, que foi aluna e conviveu com Jung.

Este livro fala sobre um estudo a respeito de sonhos de pessoas próximas da morte e como eles foram interpretados a partir da psicologia analítica junguiana.

Os pontos fortes da leitura são:

- Riqueza no conhecimento cultural de povos da antiguidade a respeito do falecimento da vida após a morte.

- Dificuldade mediana na linguagem utilizada pela autora

- Assuntos muito interessantes e que despertam muitos insights e o desejo de aprofundamento.

Os pontos fracos da leitura são:

- A autora parte do princípio que você está familiarizado com a psicologia analítica, ela não vai explicar o que é self, ego, inconsciente coletivo e etc.

- A autora explica melhor que o Jung mas não chega a ser didática.

- Os capítulos 9,10 e 11 são maçantes e foram os pontos mais baixos da leitura, infelizmente.

- Em muitas passagens iremos ter explicações muito técnicas e é preciso disciplina e foco para não abandonar a leitura.

Natalia 09/09/2022

Um mergulho no inconsciente dos sonhos
Escrita fluida como sempre da Von Franz que deixa a leitura prazerosa e instigante para melhor compreender a pequena morte que é o mundo dos sonhos e o preparo que nosso inconsciente faz para o inevitável que aguarda aos seres vivos.

Isabela 25/05/2023

Vida - morte - vida
Marie-Louise von Franz nunca deixa de me surpreender em sua enorme capacidade de fazer amplificações e associações com diversas culturas e civilizações "aparentemente" tão distantes entre si, mas que arquetipicamente se relacionam. Eu teria muitas coisas para falar sobre esse livro, mas quero dizer que é uma obra séria e riquíssima e esperançosa sobre a morte e o morrer. Essa é a imagem que fica para mim: a vida sempre continua ...

"Os sonhos das pessoas próximas da morte indicam que o inconsciente, isto é, nosso mundo instintivo, prepara a consciência não para um fim definitivo, mas para uma profunda transformação e para uma espécie de continuação do processo vital que a consciência cotidiana não consegue sequer imaginar."