Faces de Um Anjo

Faces de Um Anjo Hermes M. Lourenço




Resenhas - Faces de Um Anjo


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Aleska Lemos 14/08/2012

Faces de um anjo
A primeira impressão que tive, foi que o livro parecia ser escrito por Dan Brown. Isso é sim, um elogio. Brown escreveu um dos melhores livros de suspense da década passada (na minha opinião). A característica marcante desta história que revela a semelhança, está no inicio, que apresenta fatos entrecortados, e nos capítulos que ora são escritos na voz de Letícia, ora na dos policiais Pâmela e Morgan e ora pela do assassino.

Um bom suspense é aquele que te deixa em agonia e alerta o tempo inteiro, e que por isso te faz ignorar as pistas dadas pelo autor. Desde o início estava na cara do leitor quem era o assassino de “Faces de um anjo”, mas a tensão só me fez descobrir depois da segunda metade do livro. A Rainha do Crime era mestra nisso. Fazia você ver a verdade e depois descarta-la achando que era uma ideia absurda. É claro que o autor não foi tão genial quanto ela nesse aspecto, mas chegou bem perto.

Porém, como eu sou muito chata, tenho que apontar uma coisa. Não chega a ser um defeito, talvez seja até uma qualidade fazer o leitor sentir raiva dos personagens, e ele conseguiu me deixar bem irritada quando descreveu os agentes americanos da AIA. Isso porque depois de assistir CSI, você fica meio esperto quando o assunto é métodos de investigação, e A Pâmela e o Morgan são terrivelmente ineficientes. Quem já se viu descartar um suspeito que entrou na cena do crime mais ou menos no horário que tudo aconteceu, só porque ele não parecia ter o perfil? Afinal, as aparências não enganam? Ok que a maioria das evidências apontavam para a personagem Letícia, mas se você quer descobrir um culpado, você primeiro tem que checar as possibilidades. Na minha cabeça os apelidei de “fucker and sucker”. No entanto, sei que a intenção do autor era mostrar que esses policiais estavam desesperados para achar o culpado e recuperar o objeto roubado por motivos pessoais e descarregando seus problemas numa pessoa inocente. Mas que deu raiva, deu (estou dando um sorriso amarelo agora). Reparem não que eu sou muito passional quando se trata de livros.

Saindo de um polo a outro, esse livro também fala da mitologia celta. Em meio a essa grande investigação policial, existe um segredo na família de Letícia que os liga diretamente ao mago Merlin e sua linhagem celta. Esse mistério também ata essa família ao objeto roubado, através de um símbolo que remonta a sagrada trindade. Para nós, é Deus Jesus e o Espírito Santo, mas para os celtas tem a ver com a virgem, a mãe e a anciã, ou também com a trindade “mente, corpo e espírito”. Este símbolo encontra-se no objeto esférico que é roubado das pesquisas de Letícia e Isaac, mas também pertencente à tradição da família Lorn, que é a da personagem principal.

Acusada injustamente por um crime cometido contra sua família e seu projeto de pesquisa científica, Letícia teve que ter muita fé, astucia e coragem para mudar todo aquele quadro sinistro que fora armado para ela. Sem falar no sacrifício que escolheu fazer no final para que tudo desse certo e menos pessoas inocentes se machucassem. Acredito que a história também lança a pergunta: “em quem podemos confiar?” e nos faz pensar sobre nossos valores e egoísmos.

Por fim, recomendo esta leitura rápida a todos amantes de suspense com estômago e coração fortes, pois algumas cenas descritas no livro são bem sangrentas. Parabéns ao autor Hermes Lourenço pela obra!
Hermes 11/09/2012minha estante
Olá Alê! Obrigado pela resenha e me comprometo a melhorar cada vez mais nas próximas publicações.
Um forte abraço!




Liliana 19/07/2012

Faces de um Anjo
Incontáveis gerações femininas da família Lorn têm recebido um dom muito especial: a bruxaria. Este poder seria para praticar o bem, para equilibrar as forças da Terra e proteger a linhagem.
Pouco antes de Letícia ser finalmente iniciada, sua vida estava perfeita e sob controle. Um antigo professor a chama para resolverem um mistério e aquilo a instiga. Enquanto trabalha secretamente no projeto, um homem que se denomina Anjo Samael anseia por vingança, por sangue bruxo. Ele sabe exatamente onde procurar.

- E o que a Ovelha diz...

É um livro de gênero diferente do que geralmente é publicado. Traz aventura, drama, suspense e ficção em grandes quantidades para um leitor guloso. Possui também qualidade de escrita e uma narrativa embebida nas emoções dos personagens.
Hermes 11/09/2012minha estante
Olá Liliana, obrigado pela resenha.
Comprometo-me a melhorar cada vez mais nas próximas publicações.
Um forte abraço!




Glaucia 07/06/2012

Resenhas Mix Literario - http://www.mixliterario.com/2012/06/resenha-faces-de-um-anjo-hermes-m.html
Faces de um Anjo é um livro intrigante e ao seu término me deixou revoltada. Revoltada? Sim revoltada! Não revoltada com a narrativa, muito menos com o enredo criado e os seus personagens. O que mais me incomodou, sinceramente, foi chegar ao final sem ter ao menos me aproximado do desfecho criado pelo autor.

Normalmente quando lemos um romance policial, ou um suspense, passamos o tempo inteiro indagando sobre o desfecho, tentando descobrir o assassino, as motivações e na maioria das vezes o grandioso segredo. O que posso dizer sobre Hermes? Um gênio? Talvez... Não sei se minha percepção, que tentava o tempo inteiro acompanhar os fatos, deixou passar coisas importantes. Se sou um pouco burra para compreender o desenrolar da estória. Não sei! Prefiro acreditar na genialidade do autor. Acho que o mérito da questão foi toda dele, por ter conseguido desviar a minha atenção do que realmente era importante e me enganado... Muito boa Hermes!

Fique furiosa! Confesso que fiquei! Mas também com uma sensação gostosa, de apreciar uma obra de ótima qualidade. O que posso dizer sobre Hermes? Pergunto novamente e me vem à mente. Ele é o Dan Brown brasileiro. A diferença é que Hermes é sucinto e sabe escrever na medida certa, sem enrolar com fatos irrelevantes. Acho que esse foi o grande X da questão. Enquanto lia tentava ligar os fatos e quanto mais fazia, mais confusa eu ficava e me afastava do fato real a ser notado.

A narrativa do livro foi realizada em terceira pessoa, de forma brilhante e inteligente. Capítulo a capítulo o autor coloca acontecimentos que o leitor tenta conectar, porém relevantes apenas no final. Todos eles, no entanto, têm algo a acrescentar na estória, mesmo que naquele momento não faça o menor sentido. A compreensão vem com o avançar da trama.

As personagens são bem interessantes, mas eu gostaria de me focar em apenas duas, que são as protagonistas do livro: Letícia e Samael.

Letícia Lorn é PhD em física quântica e respeitava no meio academio. Ela viveu um grande drama em sua vida, após a morte do irmão, e tem uma vida dedicada ao trabalho, aos estudos e a mãe. Nossa protagonista é uma mulher boa, forte e com uma personalidade muito amável. Possui uma inteligência notória, mas sua vida sentimental não é muito movimentada, apesar das investidas do promotor Igor. Tem um segredo, que somente as mulheres da família têm conhecimento... É uma bruxa e está prestes a ser elevada ao mais alto grau conferido pela bruxaria.

Letícia é convocada por um antigo professor, Isaac, a participar de uma pesquisa importantíssima, que pode render as eles o premio Nobel. Assim que fica a par da descoberta, uma esfera encontrada no Egito, ela percebe a importância daquela pesquisa, pois a esfera tem o poder de retroceder o tempo, e com o avanço das pesquisas poderia permitir viagens ao passado.

Porém nem tudo são flores. No dia da sua cerimônia de elevação ao alto grau da bruxaria, uma de suas tias desaparece, isso faz com que Letícia deixe de ir ao laboratório para trabalhar. O que ela não imagina é que o professor Isaac e o Militar responsável são assassinados, a esfera roubada e ela incriminada por esses crimes. De uma hora para outra, a vida de Letícia Lorn vira de cabeça para baixo, outrs assassinatos são cometidos e Letícia acaba presa por agentes internacionais.

A outra personagem intrigante, e em minha opinião mais importante, é Samael. Se você me perguntar como definir esse homem, teria apenas uma palavra para ele: psicopata. Sim! Esse homem se diz um “anjo inquisidor” e dedica sua vida caçando bruxas. Samael se acha acima da lei e dos homens, como se fosse a própria voz de Deus. Na verdade é um louco dotado de extrema inteligência, que canaliza isso para matar com requintes de crueldade e sem a menor compaixão. É capaz de entrar e sair de qualquer local sem ser notado. Um verdadeiro mestre dos disfarces, com enorme poder de persuasão, charme, carisma e que passa confiança nas outras pessoas. Tem muitas caras, muitos nomes e uma obsessão: Letícia Lorn. E é por causa dessa obsessão que ele fará com que Letícia seja incriminada pelos seus crimes e a perseguirá para executar o “seu dever” como exterminador. Mas também para descobrir o poder da espera que Letícia está estudando com o professor Isaac. Sua nova obsessão agora é se tornar o “Senhor do Tempo”.

Bem gente, acho que só pela descrição dessas duas personagens vocês podem imaginar o que é o livro. É claro que existem outras personagens importantes e que dão mais dinamismo ao livro. Mas foque-se nessa situação: “Um louco que se diz anjo, caçando uma física que também é uma bruxa, e que deseja descobrir como manipular o tempo”. É basicamente isso e todos os fatos nos levam a esse ponto.

Tenho que destacar que o autor também soube trabalhar bem a parte mística e mitológica. Acho que deu um pouco de trabalho falar sobre as bruxas e os costumes. Também deve ter pesquisado algumas coisas sobre simbolismo, para tentar explicar o símbolo da esfera e a sua ligação com a bruxaria. Não foi simplesmente sentar, inventar e escrever. Ele fez isso com algum fundamento, que estudou e isso também é trabalhoso. Então é mais um motivo pelo qual devo parabenizar o Hermes.

Espero que tenham gostado da resenha e que não deixem de comprar o livro. Esse tipo de livro é aquele que fica na estante, que você não empresta, não dá e não troca. É uma pequena jóia que deve ser relida e apreciada.

Bjs no core
Hermes 11/09/2012minha estante
Olá Glaucia, amei sua resenha!Ficou fantástica!! É essa a energia que quero transmitir para todos meus leitores.
Um forte abraço!




Literatura 27/04/2012

Entre o bem e o mal
Este livro me surpreendeu de diversas formas. A primeira, foi porque eu não esperava um suspense; depois de tantos livros de vampiros bonzinhos, anjos sexys, esperava algo mais... light. Mas Faces de um Anjo (Hermes M. Lourenço, Ed. Dracaena, 253 págs.), de light, não tem nada. Pelo contrário, o tempero é bem forte!

Letícia é uma jovem física que está em ascensão em sua vida pessoal e profissional. No lado pessoal, ela está prestes a alcançar a posição mais alta no coven de bruxas do qual faz parte; no lado profissional, foi convidada a trabalhar na pesquisa de uma esfera misteriosa que tem o poder de voltar no tempo, algo que pode lhe render o prêmio Nobel de física e marcar seu nome na história! Tudo parece perfeito!

Até que assassinatos começam a acontecer. Assassinatos terríveis, com requintes de tortura, atacando as bruxas de seu coven e quem tem acesso à esfera. As bruxas começam a ser mortas com técnicas usadas na inquisição, mas com detalhes atípicos: cada uma tendo contra si, seu elemento protetor: terra, fogo, água e ar. Letícia sente o círculo se fechando à sua volta, pois além de saber que pode ser a próxima vítima, é também incriminada pelos assassinatos.

Devo admitir que apesar de não ser o meu perfil de livro, este me agradou. Não gosto de suspenses, me dão um nervoso desagradável, mas este é o tipo de livro que, uma vez iniciado, impossível deixar de ler. O li em 2 dias, num fôlego só, ansiando pelo próximo passo do assassino. No entanto não tenho só elogios; como letrada, encontrei alguns erros gramaticais, que me doeram um pouco, mas nada que prejudique a leitura; por outro, como mulher de físico, notei que houve a tentativa de entrar em alguns conceitos da física, e que se perderam no meio do caminho...

Quer conhecer mais do livro, acesse o Literatura de Cabeça:
http://bit.ly/JvUA5I
Hermes 11/09/2012minha estante
Olá Lavínia!
Adorei a resenha. Espero surpreendê-la ainda mais nas próximas publicações.
Um forte abraço!




F. G. CARD 12/03/2012

Candidato a Best Seller
É impressionante a evolução de Hermes M. Lourenço apurada neste livro.

Digno de ser comparado a Best Sellers como O Código Da Vinci e Anjos e Demônios, Hermes é facilmente comparado a Dan Brown com a trama desenrolada neste livro.

Letícia Lorn, a protagonista, evoca a síntese da beleza, inteligência e suspense por ser ao mesmo tempo uma cientista, uma bruxa e ser descrita como estonteantemente bela.

Samael representa a personificação do vilão atormentado e contribui deveras para que o leitor seja presenteado com um final arrebatador, de tirar o fôlego!

E as 256 páginas deste livro, aliadas à excelente diagramação tornam a leitura rápida e fluída. Além disso a trama de Hermes não deixa o leitor desgrudar do livro 1 minuto sequer.

Li em 3 dias porque tinha outros compromissos, mas se pudesse o teria lido em uma sentada só.

Indispensável!
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ELAINE 15/02/2012

final surpreendente
Letícia Lorn além de ser uma renomada física, é também uma bruxa pertencente à mais alta hierarquia da magia, fatos que acabam levando à destruição de sua família e de sua reputação, pois o psicopata Samael está obstinado em destrui-la. Alie-se a tudo isso, a descoberta de uma misteriosa esfera que permite viajar no tempo, à qual apenas Leticia e outros cientistas tem acesso.

À princípio,achei peculiar a escolha do autor por uma protagonista feminina, sendo ele um homem. Tive receio que ele não conseguisse constituir bem a personagem, dando-lhe a densidade necessária, mas devo admitir que ele realizou tal tarefa a contento. Se Letícia não é extremamente arrebatadora, também não é "forçada" ou detestável. A história é muito bem construída, especialmente no que se refere ao teor policial e aos detalhes dos crimes, tão bem detalhados pelo autor, que afinal de contas, é formado em medicina. Gostei também da ambientação em território brasileiro (a história se passa em São Carlos, interior de São Paulo), o que confere originalidade e familiaridade à história, algo que por vezes sinto falta em livros estrangeiros. Mas o verdadeiro "pulo do gato", fica por conta do final, que me surpreendeu muito e fez o livro valer muito a pena.
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