Grande Sertão: Veredas

Grande Sertão: Veredas João Guimarães Rosa
Eloar Guazzelli




Resenhas - Grande Sertão: Veredas


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@ALeituradeHoje 01/02/2023

LIVRO DA VIDA
Eu to sem palavras. Queria só registrar isso. A maior reviravolta da minha vida de leitora. O texto mais poético que já passou pelo meu coração. O mundo precisa ler.
Eu to em choque!
Carla 02/02/2023minha estante
Uau!!! Fiquei curiosíssima!


@ALeituradeHoje 06/02/2023minha estante
Carla... Carla... se possível, leia!




Fatimaluiza19 29/09/2020

Necessário
Aqueles livros de literatura de terras brasis que todos deveriam ler.
Anna 02/10/2020minha estante
Morta


Fatimaluiza19 05/10/2020minha estante
riobaldo corre aqui kkkkkk




Ademiro 06/01/2017

Um magnífico final em "Grande sertão: veredas"
Como imaginava: gostei muito do texto. João Guimarães Rosa construiu uma narrativa em torno de um "bate-papo", muuuuito longo, diga-se de passagem, entre o ex-jagunço Riobaldo e o compadre Quelemém, em que ele descreve suas memórias da jagunçagem, sobre quando ele percorreu o sertão mineiro, juntamente com o amigo Reinaldo ou, para ele, Diadorim, com quem vive um intenso relacionamento, e outros jagunços.
O ponto alto do romance está nas últimas linhas da narrativa, quando ocorre, por fim, o clímax e o desfecho da trama. No meu caso, como minha professora de Literatura Brasileira já havia contado detalhes acerca da obra, o final já era conhecido para mim, ainda assim a leitura não foi pouco empolgante.
Ao longo da narrativa são reveladas as várias personagens existentes na história, como Otacília, a mulher com quem Riobaldo acaba se envolvendo. A linguagem da narrativa é oral e possui uma variação linguística própria do sertanejo e da época em que o texto foi ambientado. Por fim, o símbolo do infinito ao final indica que o referido texto não tem início nem fim.
Henrique Fendrich 01/02/2017minha estante
Ademiro, a mim me parece que o interlocutor não é Quelemém e que ele não é identificado em nenhum momento.


Mariana 28/02/2018minha estante
Fendrich! Pelas últimas páginas do livro, Guimarães Rosa escreveu: "Compadre meu Quelelém me hospedou, deixou meu contar minha história inteira. Como vi que ele me olhava com aquela paciência ? calma de que minha dôr passasse; e que podia esperar muito longo tempo. O que vendo, tive vergonha, assaz".

Não fica exatamente claro se Quelelém apenas cedeu o espaço ao Riobaldo para a contação de histórias ou se é ele quem escuta as histórias, mas a suposição é válida.




Thiago Ernesto 25/01/2013

Do Tamanho do Mundo
O Sertão é do tamanho do mundo.
Nonada. Se eu acredito no demo? No coisa ruim? No cão? Não sei, deve de ser homem humano se existir. Será? Nonada.
Não sei bem como começar a descrever a obra de Guimarães Rosa. Talvez pelo demo. Sim, por ele. O demo. Se acredito? Não sei. Nonada. Boa parte do livro gira em torno do pacto de Riobaldo com o diabo. O diabo na rua, no meio do redemunho. Deus e o demo no sertão. O sertão está em todo lugar. O sertão é do tamanho do mundo. E o diabo? Se existir, também penso que é homem humano mesmo. Pacto? Será possível. Sorrio. Não da pra vender a alma pra uma coisa que não existe.
O sertão é grande. o sertão tem histórias de cordel, tem histórias do tamanho do mundo. Do tamanho do tempo. E o Chico? O Chico está lá, grande, bonito, majestoso. Salve São Francisco. Salve o Urucúia branco e todos os outros rios do sertão.
O clássico maior da literatura tupiniquim não chega a esse posto por nada. Há dentro da trama uma genialidade, uma essência da perfeição que não se encontra em outro lugar se não no sertão. Ao ler Grande Sertão nos sentimos do tamanho do mundo. Do tamanho do sertão. Tão vasto, tão só, tão sertão.
Com um vocabulário regional, simples a história é contada do meio para o começo e depois é retomada até seu desfecho. É um encontro com a vida na solidão do sertão, é a sabedoria dos gerais. É a vida. Que vida? Essa vida? Tão boba, tão mal vivida? Nonada.
É possível homem amar outro homem? Nonada. Será possível? Será que existe amor? Será, amor de mulher? Isso é tentação do demo? É coisa bonita? É capricho da vida? Ou nada disso? Nonada. Paixão de Riobaldo e Diadorim é coisa que supera qualquer desejo comum. Para Riobaldo Diadorim está acima de qualquer coisa humana. Não precisa ser mulher. Nem homem. Amizade ou amor? Amor. Amor eterno. Do tamanho do sertão.
E há espaço pra valentia? Cabra macho esse do sertão. Medeiro-vazes, bebelos, riobaldos, valentes. Em busca de nada. De sangue? Não. De luta, de guerra, do sertão.
E no final, que é que vale? Talvez nada, talvez nada. O
O demo que fique no inferno. Não existe. O cão é homem ruim, homem humano, homem que morre. Deus é maior. Deus é do tamanho do sertão. E o sertão o que é? Toda essa imensidão, afinal, o que é? O que é? Não importa. O que importa não é o sertão. São as veredas.
Pacto? Nonada.
Viver é um negócio muito perigoso.
Renata CCS 29/04/2014minha estante
Adorei a resenha!




amandacarmor 07/02/2021

O livro da minha vida
Meses após terminar essa leitura, sigo ainda sem conseguir escrver sobre ele, como é de meu hábito ao terminar um livro. Por hora, digo que tamanho foi o impacto dele sobre mim que agora tenho um trecho dele tatuado na minha pele: "O real se dispõe no meio da travessia". E se eu pudesse dar um conselho a todas as pessoas é que passem por essa travessia!
Douglas 18/03/2021minha estante
Gratidão pela resenha ?




Meirinha 29/01/2013

Nonada!
Nonada, mas infelizmente, uma gama de pessoas diz não conseguir ler Rosa. Já ouvi gente dizer que é chato, que a linguagem usada torna seus livros muito difíceis, e por aí vai. Fico triste com isso, pois essas pessoas não sabem o que estão perdendo.


A verdadeira literatura é aquela que inova, que faz o que ninguém fez antes. Rosa fez isso. Em vários aspectos. Guimarães foi grande em cada conto que nos deixou, e segundo Antonio Candido, “Grande Sertão: Veredas” é a obra mais importante da literatura brasileira.


João Guimarães Rosa disse uma vez que “Grande Sertão: Veredas” , publicado em maio de 1956, ia dar muito trabalho aos críticos. Ele acertou. Ainda hoje, cinqüenta anos após sua publicação, há inúmeras interpretações para o livro. Mas aí é que está. Livros assim são poucos, e são eles que constituem a verdadeira literatura.


Dante, Shakespeare e tantos outros escritores já cantaram o amor, e Rosa conseguiu cantá-lo de forma que nenhum outro jamais fizera: “Lhe ensino: porque eu tinha negado, renegado Diadorim, e por isso mesmo logo depois era de Diadorim que eu mais gostava. A espécie do que senti. O sol entrado.”


Riobaldo conta sua história, expõe seus enigmas a um interlocutor que não responde. Além da guerra entre os jagunços , a grande tensão para o narrador é a sua relação com Diadorim: “O Reinaldo – que era Diadorim: sabendo deste o senhor sabe minha vida.”


Uma narrativa ambígua. Ora é, ora não é. E assim desde o nome de Diadorim, que nada mais é do que a junção de diabo e querubim, bem e mal, Deus e o diabo. A salvação e a perdição de Riobaldo: “Amor vem de amor. Digo. Em Diadorim, penso também - mas Diadorim é a minha neblina.”


Minha edição de Grande Sertão: Veredas tem muitas páginas marcadas, e cada vez que volto nelas, faço uma leitura diferente, por que? Porque o sertão “é dentro da gente”. Porque às vezes é preciso que fechemos os olhos para ver o mundo. Não é por acaso que Rosa encerra o livro com um sinal que simboliza o infinito.
Soube dosar na medida certa o tom, a forma ficcional, a linguagem ousada, o recorte mítico e histórico do sertão, que mesclou a um enredo marcado pelo suspense. A técnica narrativa do livro é um caso à parte. Está repleto de vai-e-vem, de retomadas. O próprio narrador, Riobaldo, adverte lá pela altura da página 99 que “Contar seguido, alinhavado, só mesmo sendo coisas de rasa importância.” E é justamente daí em diante que a narrativa de Ribaldo segue uma linha temporal continua. Um leitor roseano de primeira viagem pode se sentir estranhamente perdido às ações narradas na primeira centena de páginas. A sugestão que deixo é a seguinte: Leia a obra como Riobaldo narrou, e depois faça um retorno as 100 primeiras páginas. Tenho certeza que a leitura será outra.


Guimarães Rosa foi inventivo como nenhum outro escritor brasileiro. Criou o que só alguém como ele poderia ter criado um livro como “Grande Sertão: Veredas”, que é a junção de histórias que ouviu e vivenciou em sua vida. Rosa morreu em 19 de novembro de 1967, apenas três dias depois de ganhar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Nas palavras do próprio autor, ele não morreu, apenas ficou encantado.
El Costa 29/03/2013minha estante
Meirinha, adorei sua resenha.
Bom, vou começar a ler esse livro depois de concluir a leitura do atual, e sua resenha fez crescer minha vontade de ler Grande Sertão: Veredas. :)




LeandroCastro88 31/07/2020

Perfeição
Realmente é um livraço! Anos atrás pesquisei que essa seria a obra-prima da literatura brasileira. E é. Há 1 ano eu comecei a ler e desisti na terceira página. Mas há 20 dias eu me entreguei influenciado pelo canal ler antes de morrer do YouTube. Valeu muito a pena. Li junto com a minha esposa em voz alta. Foi perfeito. Juntou um bom livro com uma maravilhosa companhia. Leia. Vale demais!
Paula1735 31/07/2020minha estante
Que fofo




Geórgia 31/07/2020

"Deus existe mesmo quando não há..."
Um desafio para mim essa leitura. Um livro denso, de linguagem peculiar, mas que aos poucos vai se abrindo e nos fazendo refletir sobre o amor, destino, travessia, Deus e o Diabo, sobre a vida. Um clássico da nossa literatura, o Fausto brasileiro de Guimarães Rosa. Um livro necessário.
Douglas 18/03/2021minha estante
Excelente resenha ?




Gabi Guerra 12/08/2020

Mais do que um livro: Travessia de vida
Eu não sei como por em palavras os sentimentos mais profundos que essa obra única, inigualável me fez ter.
Nunca li nada igual. Ouso dizer que jamais lerei.
Como um sertanejo, ex jagunço, consegue explicar tanto da vida? Como Guimarães Rosa conseguiu exprimir tanto em palavras que não existem?
Alguns parágrafos sequer fazem sentido, mas despertam os sentidos.
Um livro de guerra, de amor, de mudanças, de dor, de segredos, de veredas, de incertezas e de coragem!
É um relato de superstições, de pactos , de ódios, de fugas e de amor. Muito amor.
Os sertões são enormes. Somos sertões, somos as veredas e o certo é que a travessia nunca se finda.

Meu livro preferido. Ponto final.
Renata.Thati 12/08/2020minha estante
Excelente comentário. Instigou-me a ler o quanto antes




spoiler visualizar
Livros e Ivaílton 30/07/2020minha estante
Gostei da resenha!!




Paulinha 19/01/2011

Desenvolvi curiosidade por Guimarães Rosa no museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. Fascinada por leitura, nunca tinha lido nenhum texto do escritor. Até que, lá chegando, me apaixonei por uma parede: onde estão escritas milhões de frases soltas, cada uma mais linda que a outra, cheias de neologismos fantásticos. Ao procurar o autor de toda a minha paixão, lá embaixo estava escrito 'Guimarães Rosa'. Neste dia decidir que leria sua obra mais famosa, Grande Sertão: Veredas.
Confesso que, no início, a leitura é um tanto quanto complicada, pois o autor utiliza fielmente expressões, terminologias e até entonação da linguagem sertaneja, de jagunços. O livro tem 624 páginas e só na página 86 foi que realmente peguei o 'fio da meada'. Talvez seja exatamente isso que dá o encanto a Guimarães Rosa: o fato de saber escrever a alma do que escreve. O livro possui palavras e expressões muito diferentes do que os utilizados no cotidiano, principalmente de quem estudou. Isso exige uma leitura mais atenta.
Existem passagens dignas de nó na garganta; existem inúmeras frases que são ensinamentos para uma vida toda; e além de tudo, existe um amor, tão forte quanto a coragem dos jagunço e, ao mesmo tempo, inexiste, também pela mesma coragem.
Este livro é um daqueles que se deve ler várias vezes ao longo da vida, com a certeza de que em cada uma delas, o que se aprenderá será totalmente novo. É uma leitura para se apreciar!

Guilherme 18/02/2011minha estante
Bom, eu só tomei esse fio da meada na terceira leitura.




Quelemem 24/01/2011

Certa vez...
... fui à biblioteca e fiquei vagando por entre as prateleiras cheias de mofo. Procurava sem sucesso um volume mais ou menos conservado. Até que parei diante de um calhamaço maciço, que me assustou. Estava intacto. Levei-o para casa. Com dez páginas lidas, deixei o livro de lado pensando em desistir. Passados alguns minutos, um impulso inexplicável fez-me querer continuar a leitura quase ininteligivel. Depois, concluí: que bom que havia tantos volumes ilegíveis na biblioteca.
Guilherme 18/02/2011minha estante
Sua resenha é perfeita. É tudo o que eu queria saber fazer. Juntar minahs experiências de leitor e condensá-las com uma mensagem, conclusão;;;




Danilo546 25/11/2020

Reconheço o valor e a importância da obra para a literatura brasileira, mas preciso dizer: achei insuportável de tão chato.
gabriel 08/02/2021minha estante
Bobeia. Chato. Chatolices? Chatovaldo. Chatêia! Nas ribanceiras. Êpa, boi brabo! Buritizais de buritis, no roseado. Lei que digo, nas pa-pa-páginas, raz-que-traz, zumzumzum. Sim, salabim! Diadorim. Ó, Diadorim véio de guerra. Mas aí Otacília, e o Zé Bebelo... e sei lá mais quem. Tolices. Compadre meu Quelém que me diz: livro bão é livro de seiscentas páginas pra cima! E pra riba! Calhamaços calhamudos. E aí... que já me esqueci. Esqueçâncias! Lalari, lalaló. O demo, no redemunho, e sei lá mais o quê. Esbarrei, esbarrais. Nos buritizais! Bliblibli bloblobló.




M£R¥ 31/12/2020

Complexo!! Recomendo ler acompanhado leitura conjunta da Isabella lubrano, do canal; "Ler Antes de Morrer" E uma descoberta.
Gabriel.Oliveira 30/01/2021minha estante
Ela postou vídeos lendo o livro por inteiro?




Sídnei 05/10/2020

Apesar de ser uma obra aclamada, é um livro maçante cm um vocabulário ultrapassado, mas gosto é gosto...
Mayky 15/03/2024minha estante
"vocabulário ultrapassado" os olhos chegam a sangrar só de ler isso




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