Grande Sertão: Veredas

Grande Sertão: Veredas João Guimarães Rosa
Eloar Guazzelli




Resenhas - Grande Sertão: Veredas


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Kati 05/09/2012

Um grande livro de ensinamentos da vida
"Cuidado com este livro, pois Grande Sertão: Veredas é como certos casarões velhos, certas igrejas cheias de sombras. No princípio a gente entra e não vê nada. Só contornos difusos, movimentos indecisos, planos atormentados. Mas aos poucos, não é luz nova que chega; é a visão que se habitua. E, com ela, a compreensão admirativa. O imprudente ou sai logo, e perde o que não viu, ou resmunga contra a escuridão, pragueja, dá rabanadas e pontapés. Então arrisca-se chocar inadvertidamente contra coisas que, depois, identificará como muito belas." - Afonso Arinos de Melo.

E é a mais pura verdade... Lembro de como praguejava, não me conformando por tal livro ser um clássico. "Livro chato! Eu pego no sono nas 10 primeiras páginas ainda!" Imprudente... Tanto relutei, e nem por isso me rendi por exaustão. Me rendi porque é mesmo belo.
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Ju 17/11/2012

Impressão
Livro que provoca intensa reclusão.Vc começa e só abandona depois de escalar montanha perigosa, atravessar rios caudalosos ,comer uma só refeição.Me fechei como o autor, não durante tanto tempo, acho que 6 meses; mas duas semanas e devorei. Realmente é um livro perigoso, como viver... Estive durante muito tempo, sobre o efeito dessa grande obra e se vc reler ela te transporta novamente em 3D com efeitos monumentais. Acredito ter sido o melhor livro de ficção que já li. Até o momento, insuperavel.
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Natasha 25/12/2012

Pelas veredas do Grande Sertão
Como sempre, a prosa de Guimarães Rosa é mais poesia do que qualquer outra coisa.
"Grande Sertão: Veredas" é uma obra-prima narrada em primeira pessoa pelo jagunço Riobaldo e se passa nos sertões do Brasil (Minas Gerais, Bahia, Goiás). Ele conta a um viajante parte da sua vida, repleta de guerras entre facções de jagunços e um amor fortíssimo (porém, inadmissível) por seu amigo Reinaldo, de apelido Diadorim.
O mote de grande parte da trama é a perseguição do grupo de Riobaldo a Hermógenes e seus companheiros, os quais assassinaram Joca Ramiro, líder de Riobaldo e Diadorim.
Tendo o sertão como cenário (para o bem e para o mal), "Grande Sertão" é um livro cheio de buritis, urucuias e, é claro, da mágica filosofia rosiana. O diabo, o bem e o mal e a vida são temas recorrentes. E a surpresa final é impagável.
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Kary 04/01/2013

Grande Sertão: Veredas
fico triste só de pensar que desisti desse livro. mas, não acredito que eu tenha total possibilidade de ler e compreender com clareza a historia.
durante todo o tempo,em virtude do vocabulario distinto, terminava um parágrafo e o lia novamente! razão pela qual a delicia de ler foi se perdendo
admiro Guimarães Rosa, e quando eu for ler, tem que ser pra valer. retomarei a leitura na medida em que meu léxico e minha maturidade evoluírem.
espero poder ler logo
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MARA 03/02/2013

Como me sinto lendo Rosa.
Estive junto com Riobaldo, Diadorim e demais jagunços enquanto eles faziam a travessia do liso do Suçuarão; impressiona a forma como o autor nos aproxima dos lugares por onde passa. As descrições das paisagens, pássaros, sons e silêncios com seu costumeiro neologismo é pura poesia. O lirismo do romance contrasta com a dureza da vida dos vaqueiros.
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Helena Frenzel 15/02/2013

A Letra Cria. Veredas: Grande Sertão!
Quando penso no que a Literatura faz comigo eu penso muitas coisas, todas boas por sinal. Lembro-me de já adolescente, ou ainda pré, negociando com mamãe para poder ver uma adaptação. Passava à noite, muito tarde, e cedo eu tinha que dá pé. Não havia lido o livro e a história me cativou. Diadorim com seus mistérios e olhos ‘esmerardos’, Riobaldo e sua luta com o Cão, as guerras dos Jagunços, a chefia de Joca Ramiro, o caso do macaco comido, que a falta do rabo elucidou. E do final, final bonito com todos os segredos desnudados, da trama e da atriz, no seriado. Somente há pouco caiu-me às mãos o livro e, finalmente, matei a sede de ler. Por já conhecer o final, e a história, temi não achá-lo interessante, mas, mire e veja no que deu: um mimo, o livro é bom demais, Literatura da boa, da gema, dos trilhos das Gerais, um tipo de livro que se pode ler mil vezes e pouca diferença faz já saber o final. A forma como Riobaldo descreve os Sertões que nele há, dentro dele bem, é magnífica e Guimarães Rosa dá vida a um sertão lingüístico nas serras do Gerais, sertão tão úmido, colorido e vivo que passa a ser real e ter odor, chega dá vontade da gente buscar no mapa cada pista que ele dá, nos nomes, e haja imaginar! Sou do nordeste e sertão, para mim, não é seca d’água, é fartura de imaginar, há que ter muita fantasia para se ser sertanejo, ali nascer, lutar, e descansar no final, como no Paredão descansa Diadorim... Olhe, recomendo muito a leitura deste livro, são 608 páginas declaradas de amor a genuínas letras e aos Gerais e, discordando deste meu comentário, problema nenhum não, lhe digo como Riobaldo falou: “A gente nunca deve de declarar que aceita inteiro o alheio — essa é que a regra do rei! O senhor... Mire e veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas — mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior.” Afinei com este livro. “O que lembro, tenho”, pois é!

Grande Sertão: Veredas, João Guimarães Rosa, Editora Nova Fronteira.
ISBN 85-209-1885-9.


Comentário publicado em
http://bluemaedel.blogspot.de/2013/02/a-letra-cria-veredas-grande-sertao.html
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And 17/05/2013

Muito Bom
Para aquelas pessoas que adoram um livro dinamico, de rápida e fácil leitura, pare e se prepare para lê-lo. A linguagem dos sertões a meio século esquecida está presente em toda estória, se tentar saber oque significa cada palavra, desista, pois levará muito para lê-lo caso o faça. É por esse motivo que ao inicia-lo, quase desisti, mas gosto de desafios e este valeu a pena, mas tenho a opinião de se conhecesse melhor a linguagem, teria sido muito melhor.
A vida de Riobaldo é cheia de conflitos pessoais com o Tinhoso, e que o leva sempre a questionar sua existencia ao longo dos fatos ocorridos. Talvez tenha sido esse caminho de pensamento que o levou a viver como viveu, nas faces do sertão. Seu amor por Diadorim, bom, é algo inesplicável que, não me atrevo a relatar aqui, mas que vivi cada emoção juntamente com ele a cada monento até as últimas páginas.
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Claudio 17/04/2024

Um arrebatamento
O lirismo desse épico brasileiríssimo encanta durante toda essa obra fundamental da literatura brasileira.
A história de Riobaldo pelo Grande Sertão é narrada pelo próprio, tendo guerras entre jagunços como pano de fundo e cobrindo temas profundos como a existência de Deus e o Diabo ou seu amor impossível.

É definitivamente um livro para leitores com disposição de se embrenhar nesse universo. O início é complexo, pela oralidade e infinitos neologismos, além de uma narrativa com longos períodos e sem divisão de capítulos. Uma vez adaptado ao estilo e entregue às veredas, vira um deleite até o fim!
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Angela Alhanati 01/08/2017

Encantador, desolador, emocionante
Impossível não se emocionar com a narrativa, com o jagunço Riobaldo, o Urutu-Branco e Diadorim.
Como ficar impassível diante da influência de Joca Ramiro, das ideias pacificadoras e ideais políticos de Zé Bebelo?
É um divisor de águas para todos que experimentam ser "senhor" "moço" ou "doutor".
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Zelinha.Rossi 11/12/2017

Quantas histórias cabem nesse imenso sertão de Guimarães Rosa... ou quantos sertões se apresentam nessa história...
A primeira vez que li "Grande sertão: veredas" foi em 2005. Me encantei e soube que jamais leria nada escrito daquela forma. E, na época, o grande segredo de Diadorim me era totalmente desconhecido, o que tornou a leitura ainda mais bela e especial. Triste que esse era o único ponto que eu verdadeiramente lembrava do enredo. E, ao mesmo tempo, isso foi bom porque permitiu à releitura um gosto de leitura pela primeira vez, de novidade.
Não há como não se envolver com a fala regional de Riobaldo, não desistir de tentar entender alguns de seus neologismos, não torcer por ele, não se angustiar com seus medos, não se alegrar pela coragem alcançada, não se encantar pelo seu amor tão puro.
Vale ainda muitas releituras....
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Day 23/01/2018

Viver é muito perigoso...
Com seu jeito único de demonstrar apreço pela língua portuguesa e pela educação, João Guimarães Rosa nos leva através de sua obra a um mundo de conhecimento que vai além de uma história sobre o sertão nordestino do Brasil e em que nada é escrito a toa, sem significado.
Pela linguagem, vemos um "novo português" que mostra a mistura de "línguas portuguesas" existente no Brasil, do culto ao dialeto mais popular.
Pelo título, vemos a divisão sutil, marcada apenas por (:) do país em um Grande Sertão rico e letrado, e as Veredas pobres e simples.
No enredo, temos tanto relatos que nos apresentam a vida dos jagunços e seus desafios, quanto as implicâncias de um amor impossível.
Além disso, conflitos pessoais que envolvem fé, moral, ética, amor, orgulho e vingança., trabalhados com a beleza e complexidade que Guimarães Rosa consegue apresentar com sua escrita.
Cheio de reviravoltas, não podemos dizer que se trata de uma obra fácil, mas que pela sua densidade e qualidade vale a pena, e muito, a leitura. Tanto que é muito comum encontrar quem diga sobre a dificuldade de começar o livro, mas, com o envolvimento com a história, nada mais se torna um problema e passamos a apreciar e não querer deixar a leitura.
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Taise.Mazzotti 19/02/2018

Indescritível
Não existem palavras para descrever essa obra. Perfeita! Um mundo de sensações e sentimentos.
Não vejo a hora de ler novamente.
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Fabíola 24/02/2018

Grande Sertão: Veredas
Presente de um amigo querido, comecei a leitura e nas primeiras páginas, o tipo de escrita que lembra tanto minha Minas Gerais me chamaram atenção.
Percebi que é considerado o livro da vida de muitas pessoas, realmente é uma obra que possui uma filosofia profunda, não aquela erudita que conhecemos, mas aquela aplicada na rotina do viver.Tive muita dificuldade em ler de forma fluída... não baseado na escrita de Guimarães Rosa , mas devido ao tema em que se passa toda narrativa: a jagunçagem. Foi meu primeiro contato com essa temática e não me conquistou. Com isso não quero dizer que a obra é ruim...de forma alguma. Grande Sertão: Veredas é uma poesia.
A história é contada por Riobaldo a um narrador oculto. Tudo vivenciado como um grande causo...em uma tarde de prosa. É interessante ficar atento as passagens do tempo.
Podemos perceber que a marca da desconexão dos fatos é uma ferramenta para mostrar as inquietações da vida, algo bem interessante.
Ao pesquisar mais sobre a obra, ela possui elementos do experimentalismo linguístico da 1° fase do modernismo e a temática regionalista da 2° fase do movimento. Vários personagens importantes são apresentados como: Diadorim, Hermógenes, Zé Bebelo, Joca Ramiro, Otacília, Quemelem,...e cada um traz consigo traços do que a humanidade possui.
As partes que mais gostei foram as diversas divagações de Riobaldo acerca da origem do homem, da vida, do bem e do mal, do amor, da honra, da paixão... ele é um personagem completo em minha visão. Extremamente Humano.
Durante a história ocorrem duas guerras importantes entre os jagunços, que trará grandes desfechos. No início, já podemos perceber que existe uma ligação profunda desde tempos remotos entre Diadorim e Riobaldo, ambos jagunços. Me deparei com essa relação , mas sentia que haveria algo mais reflexivo... Não caberia contar, leiam e façam suas descobertas.
Fui pesquisar mais um pouco...e descobri que Diadorim é a fusão de diá (através) e dóron (dádiva) o que traz a tona a importância dele para toda travessia de Riobaldo. Pode significar também duplo adorar, além de remeter a dia- luz, claridade...mostrando oposição a outro grande personagem Hermógenes, o grande rival da trama.
Hermógenes, vem de Hermético ( fechado), lembrando que logo no início é dito que ele fez pacto com o demônio. É a gênese de Hermes, deus grego, mensageiro e intérprete de outros deuses. Ele representa a personificação do mal.
Essa contraposição entre Diadorim e Hermógenes, nos trará grande revelações. Esse capítulo foi estupendo.
Na minha opinião Diadorim trará a simbologia do apocalipse...
.
Por fim, Otacília! representação do amor quietante da alma de Riobaldo. Aquela capaz de trazer paz e clareza para afastar a neblina que era Diadorim. Quantos de nós não buscamos um amor desses?
.
Gostei da obra como um todo, mas as passagens da guerra entre jagunços foram bem extensas, com apresentação de inúmeros personagens, que após algumas páginas já não significavam nada para mim... não está entre meus livros favoritos, mas claramente merece todo crédito que lhe é dada. .
"É o que eu digo, se for... Existe é homem humano. Travessia."
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Raquel.Faria 26/04/2018

Projeto Guimarães Rosa
5 meses. 8 livros. 1 museu. Inúmeras fotografias perdidas. O mundo é Sertão. O Sertão somos nós. Desta travessia, saio uma pessoa diferente. Saudosa, quem sabe? É impossível permenecer indiferente. Trata-se de um processo longo, árduo e cansativo. Necessita entrega, dedicação e perseverança. Dói por exigir o que ainda não temos. Eu li e continuarei lendo Guimarães Rosa porque é preciso ler a alma humana antes de tocá-la. Ele nos mostra a beleza delicada e espinhenta do sertanejo, do homem que lida na terra e com os bichos com fé, esperança, angústias e anseios. Que se refugia no místico e sobrenatural. Sobretudo, continuarei lendo por causa do Amor. Carnal, fraterno e religioso. Por puro amor a literatura. Pra preencher o vazio do meu peito. Pra ter a mesma esperança na vida que ele teve ao tocar o belo e, com isto, transmitir a todos nós através dos livros. Apesar de ter os meus "preferidos", sua obra é um dos grandes retratos de Minas Gerais. A grande poesia do Brasil.

site: https://trazumcappuccino.wordpress.com/2018/04/17/projeto-de-leitura-guimaraes-rosa/
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