A Guerra de Gênios

A Guerra de Gênios Catherine Jinks




Resenhas - A Guerra de Gênios


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Kátia 14/04/2020

"Você não conseguiu suportar me ver feliz - gritou Cadel - Porque você não sabe ser feliz!"

No último livro da trilogia dos Gênios, iremos acompanhar Cadel em sua cassada ao Prosper English, que realmente não tá nada a fim de deixar o Cadel ter uma vida normal.

Assim como os livros anteriores, a estória criada pela autora é super criativa e te prende da primeira a última página, fazendo você ler cada página com a maior atenção possível, tentando pegar cada detalhe, porque nessa trama, o mínimo detalhe na verdade é um grande acontecimento.

Nesse livro nós também temos uma visão mais humana do nosso protagonista, ele transparece mais as fraquezas dele, e aqui entendemos como ele se sente tão cansado de viver naquela realidade e como aquilo acaba com ele. Minha vontade era de proteger o Cadel de todo o perigo e maldade do mundo.

Dos três livros esse foi o que eu levei menos tempo para ler, mas acho que isso deve ser porque os acontecimentos dele acontecem em um curto espaço de tempo, apenas em algumas semanas, sendo que da metade do livro pra frente acontece milhões de coisas em apenas 5 dias (se minha conta estiver não estiver errada).

A escrita da autora é super tranquila de encarar, por se tratar de um livro que contém muitas informações, as vezes algumas coisas podem ficar confusas, mas a Catherine explica tudo muito bem, sem deixar pontas soltas e deixando tudo muito bem claro para que o leitor entenda.
Essa para mim é a grande característica da escrita da Catherine, é difícil você criar um livro tão complexo e com tantos detalhes e deixar perdido por aí, mas parece que no último capítulo desse livro ela jogou tudo pro alto. Ela não fecha o final de nenhum dos personagens, principalmente o do vilão, o Prosper English, que inclusive vira a grande pauta do último diálogo do livro; até os personagens que aparentemente tiveram sua história concluída tem parecem não ter um futuro certo. A impressão que eu tive foi de que ela simplesmente se cansou de escrever e decidiu criar um final rápido para fechar a trama. A impressão que ficou é que depois disso teríamos mais uma continuação, mas a trilogia acaba ali, é o fim da estória.

Tem alguns aspectos que eu gostei, como por exemplo sobre a saúde mental do Cadel e de ele poder se sentir amado de verdade, mas eu realmente me decepcionei com o final, esperava um final que fosse a altura da trama, que é uma das mais cativantes que já li.

Apesar desse último capítulo que eu prefiro esquecer, a trama como um todo foi perfeita, me fazendo entrar na escrita e sentir cada sensação juntamente com o Cadel e com outros personagens que tanto me encataram (menos o Prosper que odeio com todas as minhas forças), fez com que eu quisesse entrar no livro e resolver logo aquele caso para o Cadel finalmente ter uma vida normal e ver ele feliz.

Eu recomendo essa trilogia para todo mundo, é uma das minhas preferidas e eu gostaria muito que mais pessoas lessem, pois infelizmente ela é pouco conhecida.

Leiam a trilogia dos Gênios, não irão se arrepender. Escutando Coldplay.

Para finalizar: se eu tiver um filho ele vai se chamar Cadel.
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Bit 19/03/2024

Último volume da trilogia dos genios e não poderia ser mais eletrizante, com um enredo que não para um momento de acontecer coisas, é impossível desgrudar de suas paginas tanto quanto os anteriores. A vida turbulenta de Cadel tem uma pausa brevíssima de normalidade antes que uma série de ataques misteriosos e mortais comece a acontecer a sua pessoa e seus próximos.
Toda narrativa deixa você intrigado e presa nela para saber o que diabos está acontecendo, mas diferente do primeiro e segundo livro, nesse não há um grande plot twist, não existe um foco nisso, e sim nos sentimentos de Cadel, principalmente, que ganha mais camadas. O final é bem condizente, em relação a toda construção da história, não poderia ser diferente e ainda deixa algo para própria interpretação subjetiva do leitor.
O que eu mais amei nessa trilogia, é como a autora foge muito das narrativas óbvias, do padrão que se espera de literatura infanto juvenil, ela não se importa de escrever temas e conceitos bem difíceis da computação, matemática e tecnologia no geral, ela trata o leitor como alguém inteligente e constrói tanto uma narrativa super verossímil e convincente, quanto personagens dúbios, com camadas, não totalmente bons ou maus, só pessoas que cometem erros, algumas, atrocidades, e por motivos realistas; amor, dinheiro, poder, conhecimento, uma mistura de tudo... isso é bem humano. Ter uma das personagens principais como alguém pcd é realmente algo raro e extremamente importante, tanto pela representatividade, quanto pra essas crianças poderem ler um livro e se identificarem, serem vistas e compreendidas. O ritmo frenético e as reviravoltas, deixam você mais obcecado ainda com a leitura, e com um gostinho de quero mais.
Só sei que sentirei falta, uma trilogia que me viciou pra caramba, me divertiu, trouxe um quentinho pro coração e me fez refletir. Incrível
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