Just One Day

Just One Day Gayle Forman




Resenhas - Just One Day


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Thayná 23/05/2013

Havia alguns tapas na cara no meio do caminho.
Resenha originalmente postada em: http://whosthanny.com/just-one-day-gayle-forman


Part of me knows one more day won't do anything except postpone the heartbreak. But another part of me believes differently. We are born in one day. We die in one day. We can change in one day. And we can fall in love in one day. Anything can happen in just one day.

Havia três movidos que me fizeram pré-julgar, erroneamente, este livro. Um era a capa bonitinha. Mas isso geralmente é uma coisa boa, você vai me dizer. É. Mas convenhamos que quando a capa é bonitinha demais ficamos com um pé atrás. Ou porque a história será muito água-com-açúcar ou porque te fará sofrer e chorar litros. A delicadeza, dessa vez, não foi um pró pra mim. Motivo número dois: o alarde que fizeram nas redes sociais gringas quando ele foi lançado. Por ele já não ter me chamado atenção, acabei criando certa antipatia por tudo que relacionava a ele devido a esse fuzuê. Antipatia criada, podemos ir ao número três: o livro se passa em Paris. E eu detesto Paris.

Por que diabos então você o leu? Bom, sabe quando você é pego em uma dessas promoções da vida e precisa comentar em outros posts pra preencher o maldito rafflecooper? Então, meu caso. E um desses posts era de uma resenha (gringa também) desse livro. Esse foi o primeiro tapa na cara que levei.

Gayle Forman é conhecida aqui no Brasil por ter publicado IF I Stay (Se Eu Ficar, que saiu pela Rocco e foi esquecido pelo marketing da empresa). Eu não tinha lido nenhuma obra dessa autora, mas sabia que ela gostava de escrever livros que despedaçam seu coração (o que reforçou meu motivo número um); depois que li a tal resenha-tapa-na-cara, resolvi arriscar e fiz meu pedido no Book Depository já que, né, não custava nada (mentira, custou nove dólares que super valeram a pena). Não custava nada começar a ler. Esse foi o tapa na cara número dois.

Sometimes the best way to find out what youre supposed to do is by doing the thing youre not supposed to do.

A história é sobre Allyson. Ela é uma jovem americana que está com tudo certo para fazer medicina em uma faculdade de prestígio. Esse era o plano, desde criança: ela devia tirar notas boas, fazer as extensões certas no colegial, terminar a graduação em medicina e passar os próximos cinco anos terminando a residência em um hospital de renome, de um conhecido de seu pai. Bom, esse era o plano.

Só que se esqueceram de perguntar a própria Allyson qual era do plano dela. E é aí que a viagem a Paris entra. Ela sempre quis conhecer Paris. Ou a França. Ou respirar qualquer coisa que fizesse parte dessa atmosfera por exemplo, as aulas de francês no colégio. O único problema é que esse não era o mesmo desejo de sua mãe, que a incentivou a tomar classes de mandarim, a língua do novo mundo. A viagem para esse lugar mágico na Europa era seu refúgio da vida planejada que ela não queria ter, apesar de não admitir, nem para si mesma, isso. Ela vê na oportunidade de mochilar na Europa a chance de realizar esse sonho. O único problema é: por conta do mau tempo, a passagem do grupo pela Cidade Luz é cancelada. O que ela faria agora já que sua única chance havia se destroçado?

Ela é conhecida por ser uma boa menina, e essa referência a corrói por dentro, pois, afinal, ela não é só uma boa menina. E o terceiro tapa na cara veio aqui. Pois, apesar de ser mais velha que a personagem, eu consegui me relacionar completamente com ela. Consegui ver e sentir as coisas pelas quais ela estava passando. Eu não tive pais planejando o meu futuro mas eu tive sim a vontade de me rebelar contra o mundo por não ser só o que as pessoas enxergam.

É aqui que conhecemos Willem. Oh, é lógico que haveria um rapaz. Mas não se engane. Eu disse que esse livro é repleto de tapas na cara, então não espere um romance bonitinho. Willem De Ruiter é um rapaz que representa tudo o que Allyson não é: ele é livre. Foi criado nas ruas. Não literalmente, mas vive viajando de país em país colecionando experiências, trabalhando em peças de rua que garantirão o almoço da semana. E ele está muito bem com isso. Ele não procura realmente conhecer as pessoas, do mesmo modo que não as deixa chegar perto de seu verdadeiro eu. O que importa é o momento e a pessoa com quem você o divide.

You have to fall in love to be in love, but falling in love isn't the same as being in love

É assim que se Allyson e ele se esbarram: em uma peça de Shakespeare, nas ruas de Londres. Willem apelida Allyson de Lulu e deixa implicitamente claro que não se importa com seu passado e sim com o que podem transmitir um ao outro. E, em um momento de pura loucura, ele a convida a passar um dia, somente um dia, na famosa Paris. Allyson decide aceitar essa chance que o destino lhe deu e ser Lulu, mesmo que por um dia, já que, afinal, ela pode ser quem ela quiser.

It's funny the things you think you're scared of until they're upon you, and then you're not.

Ao contrário do que o livro dá a entender, a história toda não se passa em um dia. Ele mostra também as conseqüências da viagem de Allyson à Paris (o quarto, quinto e sexto tapas na cara estão aqui) e a busca incessante pela identidade própria.

C'est courageux d'aller dans l'inconnu': It is courageous to go into territory unknown.

O livro é delicioso. E esse é meu tapa na cara final. Viu? Ninguém mandou pré-julgar. E é aqui em que lhe incentivo a ler. Não vou lhe contar mais nada. Não vou falar sobre Dee, sobre as lindas referências à Shakespeare, nem sobre o modo como conseguimos viajar junto com Lulu e Willem por Paris. Pois esse tapa na cara... Cara, vale muito a pena.

Os direitos do livro foram comprados pela Novo Conceito, então, aguardem o lançamento. E lá fora, está sendo relançado com uma capa que é absurdamente linda e tem tudo a ver com a história!
Ana Luiza 10/09/2014minha estante
Posso dizer que sua resenha me convenceu a ler. Estava precisando de alguma coisa exatamente assim, mas não queria ler if i stay só por que esta no cinema e agora ta todo mundo comentando. Então vi num blog ele e com a tua resenha será minha próxima leitura(que começarei em 5 minutos). Valeu, beijos




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