jota 20/03/2012Dose cavalarCavalo de Guerra é um livro que apresenta uma história tão bem contada, numa linguagem tão acessível e vem impresso com letras tão graúdas que fui logo consultar a ficha de catalogação bibliográfica. E lá estava: literatura infanto-juvenil; literatura juvenil. Fazer o quê, então? Continuar lendo e não comprar mais tantos livros por impulso.
Joey, o cavalo de guerra, senão não teria esse nome, participa da I Guerra Mundial primeiro prestando serviços para os soldados ingleses, depois foge e vai parar numa fazenda de franceses (um velho e sua neta apenas; os demais morreram por conta da guerra) e mais tarde, capturado, trabalha para os soldados alemães.
Joey, além de ser educado e simpático, é também um cavalo com entendimento bílingue pois compreende tanto os papos dos Johns quanto dos Karls sem precisar de legendas, já que este é um livro e não um filme (também já é um filme, mas disso falo depois). Na verdade, ele é trilíngue pois ainda consegue entender o que falam seus amigos durante o ano em que passa na fazenda francesa.
Várias vezes Joey passa por maus bocados e o que ele mais deseja mesmo é voltar para a fazendola de seu dono, o jovem inglês Albert Narracott. Torna-se um grande crítico das guerras de um modo geral. Claro; ele não é burro. É um cavalo.
Quando a história (bastante curta) se aproxima do final, o que todos querem saber é se Joey e Albert se reencontrarão um dia e viverão felizes para sempre (ele no estábulo, logicamente). Aí tem que ler o livro. Ou então ver o filme do Steven Spielberg (que dizem que é superior ao livro; não sei, não vi).
Escrevendo sério agora: se você lê aquelas adaptações e condensações de livros famosos que pretendem iniciar os jovens na alta literatura e gosta, então certamente também vai gostar deste livro. Ou não, sei lá.
Lido entre 18 e 20.03.2012.