Bartleby, o escrevente

Bartleby, o escrevente Herman Melville




Resenhas - Bartleby, o escriturário


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Quel Bastos 15/05/2023

Simplicidade
A história é interessante, desperta a curiosidade o tempo todo e nunca à sacia. É simples, curta e lembra muita "A metamorfose" de Kafka. Bartleby parece ser simples de mais para um mundo apegado a complexidades, isso causa uma confusão que irradia até chegar ao leitor. Leva a refletir sobre vontades, sobre funções e sobre bem estar psicológico. Bartleby é um mistério a partir do momento que se complica sua existência simplória.
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olivromefisgou 29/04/2023

As agruras do capitalismo que Melville consegue antecipar neste livro escrito em 1853, é um feito inacreditável. O capital só seria publicado por Marx mais de uma década depois. Leitura obrigatória, filhotes!
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fernanda 26/04/2023

Oi ?
Não entendi nada ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ?
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Roberto 15/04/2023

O escrivão
Cheguei a largar Moby Dick quando era mais jovem, mas lendo esse conto incrível me deu muita vontade de conhecer melhor o trabalho do Melville. Prosa incrível com um ritmo excelente, considerando que narra eventos tão mundanos e repetitivos, mas não dá vontade de largar.
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Arthur Abelha 07/04/2023

Achei muito interessante, fazia tempo que não lia algo com esse tipo de narrador-personagem, porém não protagonista.

O narrador não é exatamente confiável e a história tem reflexões interessante durante toda a obra.
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Fabi 30/03/2023

Para ler de uma vez só
Que conto bom de ler. Adorei. Impressionante como ele dá margem para diversas interpretações. Bartleby, um escrivão "palidamente limpo, tristemente respeitável, incuravelmente desamparado" contratado como copista em um escritório de advocacia, simplesmente começa a recusar a realizar algumas tarefas e sua explicação é simples: Prefiro não fazer. A história é tão bem escrita que você começa a imaginar motivos e entra no embalo do enredo. Prefiro não contar mais pois corro o risco de dar spoilers. Essa edição da Antofágica é ótima. Os textos extras são fantásticos. O do Antônio Xerxenesky aborda a "desestabilizadora potência do não" num paralelo com o mundo capitalista. Gostei tanto quanto do conto. O texto do José Garcez Ghirardi compara o Capitão Ahab de Moby Dick e Bartleby. Um deleite.
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Fabi 29/03/2023

Desperta várias interpretações
Ah! gente, que conto bom de ler. Adorei. Impressionante como ele dá margem para diversas interpretações. Bartleby, um escrivão "palidamente limpo, tristemente respeitável, incuravelmente desamparado" contratado como copista em um escritório de advocacia, simplesmente começa a recusar a realizar algumas tarefas e sua explicação é simples: Prefiro não fazer. A história é tão bem escrita que você começa a imaginar motivos e entra no embalo do enredo. Prefiro não contar mais pois corro o risco de dar spoilers. Após ler essa edição, acabei comprando também o da Antofágica pelos textos extras.
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Fabi 25/03/2023

Que delícia de leitura. Tem ritmo, é um convite à reflexão, é simples, não é óbvio, é rápido, não enrola e dá o recado.
Leiam essa história que fala da atitude de um chefe que tem que lidar com um funcionário diferente, excêntrico e que mostra o quão sensível e vulnerável ele pode ser.
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bardo 21/03/2023

Talvez o maior mérito desse pequeno conto seja a capacidade do autor em construir uma situação e lançar o leitor num sentimento ambíguo com tão poucos elementos. A despeito dessa edição ter pouco mais de 100 folhas (trata-se de uma edição bilíngue) o conto em si é bastante curto e extremamente eficiente em seu objetivo de incomodar o leitor.
É difícil não se indispor inicialmente com o narrador, suas descrições de seus subalternos e mesmo suas revoltas por mais razoáveis que sejam o colocam num lugar de uma afetação irritante. Inicialmente a figura de Bartleby nos parece até simpática, como inclusive é a impressão do narrador.
Aos poucos porém a ambiguidade vai tomando conta e é difícil não dar razão ao desconforto do narrador e ao mesmo tempo se exasperar com sua submissão às ações incompreensíveis de Bartleby. Esse aliás talvez seja o grande trunfo do conto, como só temos a versão do narrador e seu antagonista “prefere não dizer” nada sobre si não temos como precisar suas motivações.
Inclusive a pena do narrador para com ele nos soa despropositada, gradualmente o personagem de Bartleby nos parece estranho, inconveniente, amorfo e a passividade do narrador e seu motivos simplesmente sem sentido. O final dramático e até certo ponto inesperado nos lança de vez no terreno do imponderável e nos faz questionar afinal o que presenciamos.
Talvez frustre alguns leitores a indeterminação do conto, inicialmente fica um sentimento de o que isto quis dizer? Seria uma metáfora de uma apática rebelião contra o Sistema? Uma gradual recusa formal de participar do convívio humano? São perguntas que provavelmente o leitor vai se fazer ao terminar essa curiosa e quase atemporal narrativa.
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RaissaBDA 19/03/2023

Preferia não fazê-lo
Novela curta, do mesmo autor de Moby Dick, cheia de significados e metáforas por trás dos comportamentos dos poucos personagens, em especial do próprio Bartleby.

A trama é narrada em primeira pessoa por um advogado respeitável de Wall street, cuja a rotina de trabalho é pacata, apesar das peculiaridades dos seus auxiliares. Até que o mesmo resolve contratar um novo copista (estamos na wall street de 1800), Bartleby.

De comportamento incansável no início, o copista passa a adotar uma atitude de revolta passiva e aplicar o bordão ?preferia não fazê-lo?. Inicialmente para trabalhos, passando a situações cada vez maiores e absurdas, que não vou contar para não estragar a surpresa do livro.

É difícil não contar o final nesta resenha, pois as atitudes de negação de Bartleby são a fonte da reflexão. O que o levou a negar tudo? Liberdade? Sensação de aprisionamento? Traumas? As interpretações são múltiplas.
De um início cômico, a pequena novela mexe com nossos sentimentos, passando ao trágico por fim. Recomendo fortemente que tirem uma tarde para serem absorvidos por essa tão peculiar história.
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Rafael.Gomes 17/03/2023

Prefiro não comentar?
A história é sobre uma relação de trabalho/amizade/afeto/ódio/curiosidade entre ?dois? personagens interessantíssimos.

Trata das relações humanas e de um trabalho burocrático e absolutamente chato. Bartleby, personagem kafkaniano, vive a vida de forma extraviada e indiferente, deixando a todos perplexos?

Prefiro não comentar mais. O livro é bastante curto, então, simplesmente o leia.
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Pandora 11/03/2023

Joia! Uma pequena joia.

A história se passa no final do século XIX e é narrada por um advogado perto dos 60 anos que tem um escritório em Wall Street (Rua do Muro), até hoje o famoso centro financeiro da cidade de Nova York.
Descrito por si mesmo como um homem pouco ambicioso, que acredita que a forma de vida mais fácil é a melhor, não participa de julgamentos ou media conflitos; a natureza de seu trabalho é tranquila e envolve muita documentação (ações, hipotecas e propriedades de homens ricos), por isso ele emprega escrivães/copistas.

Estes escrivães são Turkey (Peru) e Nippers (Alicate) e há também um jovem contínuo, Ginger Nut (Pão de Mel). Cada um dos copistas tem uma particularidade dificultosa que faz com que Turkey trabalhe melhor de manhã e Nippers à tarde e o advogado parece entender e aceitar muito bem esse arranjo, mas ao longo da leitura vemos que este narrador não muito confiável - afinal só temos sua versão da história - parece sempre muito razoável e cordato, paciente, amistoso e boa gente. Aqui e ali pescamos sua linha de pensamento, que obviamente retrata a visão de um patrão. Com Bartleby, apesar de todo o absurdo da situação e do que o advogado faz para minimizar o problema, não é muito diferente.

Bartleby é contratado porque o advogado assume o cargo de Oficial do Registro Público e o trabalho aumenta consideravelmente. A princípio, apesar do ar taciturno do novo funcionário, o patrão fica feliz na esperança de que aquele rapaz tão sossegado possa equilibrar o ambiente um tanto tenso por causa das indisposições dos outros empregados. Ele instala Bartleby perto de sua mesa - para que possa chamá-lo a qualquer momento -, porém atrás de um biombo e ao lado de uma janelinha que dá para um muro. “A luz vinha de cima passando por dois prédios altos, como se fosse uma pequena abertura numa c u p u l a” - pág. 8.

À princípio, Bartleby parece o funcionário-padrão: trabalha noite e dia, à luz natural e à luz de velas, não para pra almoçar (vive à pão-de-mel), não fala, não reclama, exerce sua função mecanicamente. Até o dia em que o advogado lhe pede que confira com ele algumas cópias feitas recentemente, ao que ele docilmente responde: acho melhor não. E a partir daí, esta parece ser a frase que ele tem para todas as solicitações do chefe, nas mais variadas situações.

Já faz alguns dias que terminei a leitura, mas não sabia como escrever sobre ela. Ainda não sei bem. É uma história tão pequena, mas tem tantos desdobramentos… você acha que é sobre o Bartleby, mas é sobre o Bartleby e o advogado, sobre relação patrão-empregado, sobre classes, sobre adoecimento, sobre hipocrisia e sociedade, sobre resistência e liberdade.

Livia Piccolo, num vídeo sobre a edição da Antofágica, nos lembra que o livro é um clássico aberto a várias interpretações e cita duas:
Uma crítica ao capitalismo, por mostrar esses trabalhos desumanizantes, que não acrescentam nada à vida.
Questão de saúde mental. Bartleby teria depressão? E aquele trabalho maçante estaria agravando essa condição? Já eu me pergunto se não é o fato de ser diferente, de não se encaixar, de tentarem mudar quem ele é, que o adoece.

Em “Reflexões sobre o animal laborans e o homo faber em Hannah Arendt: uma abordagem jurídica”, Elizabeth Alice Barbosa de Araujo e Eulália Emília Pinho Camurça escrevem o seguinte: O homem necessita constantemente lutar pela sobrevivência e pelo consumo, e como só visa produzir o consumível, não possui nem o tempo e nem a liberdade suficientes para desenvolver sua personalidade na esfera pública, tornando-se uma grande engrenagem no sistema e podendo ser facilmente descartado. Também é este mesmo homem o mais susceptível a compor a chamada “massa” que pode servir de base para regimes totalitários. Este homem é chamado de animal laborans e é clara a sua vitória frente ao homo faber e ao cidadão”.

Há uns anos vi um filme europeu que, infelizmente, não me recordo o nome. Era sobre um rapaz que vai estudar na Espanha, não me lembro se ele era inglês ou francês, e quando ele volta tem um cargo público lhe esperando. No primeiro dia uns colegas o recebem com alegria e mostram as instalações, a sala, os arquivos, contam o que fazem e falam efusivamente sobre a melhor hora do dia, que é a hora do café. E o levam pra lá. O cara foge! (eu ri muito) e eu entendi tanto aquela fuga, o tanto de vida que ele tinha vivido até então naquela viagem, as experiências, os estudos, as dificuldades também, mas era vida!, não café de persianas fechadas.

Bartleby, o escrivão, pode sim, ter várias interpretações. É um conto fantástico, para ser lido e relido. É triste, mas tem seus momentos engraçados. Acho que só se passa incólume por Bartleby se não se prestar atenção a nada. Para mim vem ao encontro de tantas coisas sobre as quais reflito há anos e sei que continuarei refletindo.
Jeffez 11/03/2023minha estante
????????


Carolina 12/03/2023minha estante
Também adorei essa história angustiante!


Pandora 12/03/2023minha estante
Jeffez, obrigada.


Pandora 12/03/2023minha estante
Carolina, mesmo com minha amnésia literária, este será difícil esquecer.


Carolina 12/03/2023minha estante
Também sofro dessa amnésia. Não tem como lembrar de tudo, mas quanto mais universal o tema, mais cala na alma :-)




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