Resenhas - Esconde Esconde

saiadessabolha 02/07/2020

primeiramente achava que era uma historia de terror com suspense, é claro que teve partes horríveis, mas é um suspense, com violência doméstica, com relacionamento abusivo, homem piscicopata, dramas e muito mais. Maggie Bradford e sua filha Jennie passam um momento terrível nas mãos do seu esposo Phillip Capitão da polícia. Assim Maggie se apresenta. Em uma situação que, infelizmente, já aconteceu ou acontece com milhares de outras mulheres em todo mundo. Ela não consegue fugir e a arma em sua mão é a única solução disponível. Então ela atira. E toda sua vida se transforma depois disso, não é fácil conviver com o peso de um assassinato, mesmo num caso de legítima defesa. Mas Maggie consegue dar a volta por cima, vira uma estrela, cuida da filha, segue a vida normalmente até a chegada de um terceiro marido e um segundo tiro...
?Apareceçam! Saiam do esconderijo.... Maggie, ordeno que apareça, sua vaca desobediente!
?uma esposa recente, ele me batia! Como poderia dizer que me ama, quando acho que vou morrer?
Vamos descobrir e desvendar muitos mistérios. Com o final da estória de tirar o fôlego e pensar: Como assim????!!!!!!

Cecília 29/11/2015

Perda do Estado de Graça
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"E daí, se Maggie Bradford matou um marido ou dois? A maioria deles merece mesmo morrer." Tratando-se dos maridos de Maggie, a afirmação é de total sentido. Nunca na minha vida torci tanto para a felicidade de um personagem. Acho que se o final não terminasse da maneira que eu queria, o meu relacionamento com o James seria abalado. Ó autorzinho para mexer com os nervos da gente sem nenhuma piedade hein...

"- Não chore, por favor, não chore - murmurei ao ouvido da criança. Eu não podia fugir dali, pelo menos carregando a menina. Já havia pensado em todos os meios de escapar e concluído que nenhum daria certo. Phillip iria nos matar quando nos descobrisse."

Assim Maggie se apresenta. Em uma situação que, infelizmente, já aconteceu ou acontece com milhares de outras mulheres em todo mundo. Ela não consegue fugir e a arma em sua mão é a única solução disponível. Então ela atira. E toda sua vida se transforma depois disso, não é fácil conviver com o peso de um assassinato, mesmo num caso de legítima defesa. Mas Maggie consegue dar a volta por cima, vira uma estrela, cuida da filha, segue a vida normalmente até a chegada de um segundo marido e um segundo tiro...

"Quando os problemas aparecem, eu simplesmente os resolvo a tiros? Matar é minha única arma? Tenho a tendência a me envolver com monstros? Sou um monstro?"
"Decidi escrever minha história e estou escrevendo para mim mesma, mas também para vocês. Contarei tudo. E vocês me julgarão, depois que tiverem lido. Não é assim que o nosso sistema funciona? Será um júri formado por gente igual a mim."

História lida, e meu julgamento é: Inocente. Maggie Bradford é inocente.
Eu odeio me envolver com personagens. Odeio aqueles flashbacks sobre a vida deles na infância e como aqueles traumas não curados, cresceram e bloquearam certas partes racionais que um adulto deveria ter. É simplesmente horrível. Você compreende a situação, mas ao mesmo tempo quer gritar para ele não agir da maneira que age, e depois de gritar, você ainda tem vontade de abraça-lo com toda força e protegê-lo de qualquer coisa. O resultado é uma aflição gigantesca! E a única maneira de ameniza-la é acompanhar a história rezando para que tudo dê certo. Nesses meus quatro dias de leitura de Esconde Esconde, eu devo ter falado com Deus mais vezes do que na época que fazia catequese.

Isso é um efeito que só o James consegue despertar em mim. Há profundidade em seus personagens, é fácil se identificar, é fácil se envolver, é fácil criar as cenas e caminhar por elas. Maggie fala com a gente, apresenta os fatos, diz o que se passa pela sua cabeça e isso cria um laço de intimidade. Maggie se torna sua amiga e você só quer que tudo der certo para ela. Até mesmo com o Will, o segundo marido, você consegue criar um pouco de empatia. Há profundidade na história, o lado James Policial e James Romântico se mistura e gera uma dança seduzente e perigosa. Adoro isso. Adoro o domínio do James em escrever tão simples, mas também tão sofisticado. Quero ser o James quando crescer.

O que eu aprendi com o livro, o skoob questiona. Primeiramente, aprendi com a Maggie, que apesar de todos os problemas, devemos sim continuarmos sendo aquela pessoa do bem para com as outras. Não deixando que as coisas ruins, nos tornem ruins também. Há limites para sofrer de amor, e quando esse limite for atingido, não tenha medo de joga-lo fora. Segundamente, com o Will, aprendi que devo conhecer muito bem o histórico familiar do crush, antes de me deixar ficar apaixonada... Shadowmaker, do Apocalyptica, já diz "How can someone so beautiful be so miserable?" Pra mim, é a música que resume muito bem a relação Maggie e Maridos.