Dez Mil Guitarras

Dez Mil Guitarras Catherine Clément




Resenhas - Dez Mil Guitarras


6 encontrados | exibindo 1 a 6


Leonardo1263 26/04/2019

É...
Sabe aquele momento que você está em uma bienal do livro fervendo, e seu espirito de consumismo está gritante? Então... Passei por uma pilha de livros em que DEZ MIL GUITARRAS estava me olhando. Uma capa linda, uma diagramação perfeita, a sinopse do livro me chamou a atenção e o preço de R$10,00 me fez ter certeza que levaria.

Fui acreditando que o principal do livro seria a reencarnação do rinoceronte, achei que era algo um pouco mais cômico, mas não foi assim. O fato era só pano de fundo para um plot até bem construído. Um desejo insano do rei de Portugal (pais católico) de invadir Marrocos (pais muçulmano) e torna-lo um pais cristão. A história se passa entre os séculos XVI e XVII. Grandes personalidades, grandes nomes importantíssimos da história são mencionados, mostrados de uma forma muito interessante. Fica sempre a expectativa de algo melhor ou mais emocionante acontecerá, mas os personagens são substituídos muito rápido e não dá nem tempo de criar um laço afetivo.

Não é uma leitura espetacular, mas ao fim tem uma boa mensagem, vale a pena na medida do possível.
Marianne.Becker 17/05/2019minha estante
Kkkk comprei praticamente pelo mesmo motivo... mas foi num estande de qualquer livro 10 reais no shopping. Ta aqui comigo ha mais de um ano e nunca li... peguei pra ler mas antes vim ver a nota no skoob e a galera ta me desanimando rsssssss


Leonardo1263 20/05/2019minha estante
Complicado né kkkkk Deixa pra um dia que o assunto vir a tona, acredito que só na base do interesse pelo assunto mesmo kkkk


Marianne.Becker 18/06/2019minha estante
Obs: se passaram 1 mês... e desisti de novo do livro kkk Quem sabe um dia né?


Leonardo1263 19/06/2019minha estante
Pô Marianne que pena rsrsrs... Deixa guardado por mais um ano....kkkkkk




Nyx Dreida 11/04/2015

Parecia valer a pena
Com a quantidade de livros que desejo ler e mais outros tipos de arte com que me relaciono eu preciso estabelecer prioridades, li até a página 40 e o livro não é o que eu esperava.
Uma narrativa fantástica que mistura história de Portugal na época das grandes navegações, reencarnação, René Descartes e Luís de Camões me pareceu bombástica, mas ao longo da leitura percebi que a narrativa é muito forçada, com o frequente uso de conotações sexuais pra chamar a atenção do leitor e, mais precisamente, de um público juvenil, e vê-se isso claramente na linguagem coloquial utilizada pelo autor.
Estava extremamente interessada e acho a ideia muito rica, o que não ficou bom foi como o autor desenvolve essa ideia, enfim, abandonei.
comentários(0)comente



Priscilla Akao 14/12/2016

Quem foi pra Portugal...
Sempre achei os reis portugueses os mais pitorescos e interessantes de todos. Porém D.Sebastião era (para mim) menos que um fantasma incompreensivelmente amado e esperado ...
Gostei muito desse mergulho histórico e poético que me fez lembrar Portugal , seus monumentos, palácios e mosteiros, e a origem da nossa história brasileira de corrupção que se iniciou com ( o citado) Tomé de Sousa.
Flavia 15/10/2017minha estante
undefined




Landcaster 22/01/2018

Dez mil guitarras e perspectivas sobre uma mesma e esdrúxula história: Sebastião desmistificado (ou desmessianizado)
Fascinante livro. Comprei, primeiro, por curiosidade com uma capa tão bonita. Depois pela sinopse curiosa. Nunca havia ouvido falar sobre essa escritora.

Surpreendido com a narrativa leve e gostosa com que nos apresenta fatos dos mais icônicos e esdrúxulos personagens da realeza portuguesa. São esses os reis e imperadores mais cheios de catatônicos trejeitos.

No final, acabamos aprendendo um pouco mais sobre a história e pequenos elementos que, se não pela literatura, passariam muito longe e despercebidose dos nossos olhos.
comentários(0)comente



Mariana 10/08/2018

O bada do rei de olhos azuis
"As belezas da ideia e seus crimes, suas loucuras, suas guerras intermináveis, seus prazeres desenfreados e sua obstinação em perseguir sei lá o quê, suas florestas, suas caçadas, suas divisões, era a teimosia da Europa em sobreviver."

O livro nos conta a história de um brâmane que reencarna na alma de um rinoceronte. O rinoceronte, enquanto animal exótico para a Europa do fim do período medieval, começa sua história como mascote para o divertimento do rei Sebastião, de Portugal. O rinoceronte tem capítulos próprios, em que ele narra os acontecimentos a partir de seu ponto de vista. Seu desconhecimento sobre as questões europeias da época não se deve ao fato de que é um animal enorme, e sim ao fato de que é proveniente da Índia. Isso gera um tom cômico interessante no livro.

"Os oficiais receavam uma dama terrível, a qual chamavam de Espanha, e que devorava o país deles por ocasião das bodas. Não compreendi direito como uma só mulher podia comer um país inteiro, mas, afinal, talvez existissem entre os brancos fêmeas de dentes afiados. Os casamentos pareciam o grande negócio dos reis."

O rinoceronte vai passando por vários donos diferentes e nós acompanhamos, sob um olhar engraçado do animal, as diversas intrigas da corte, a personalidade dos reis, as batalhas religiosas. O livro não tem uma história principal, é dividido em vários focos narrativos e vários narradores também, o que confere a ele um sentimento de história 'desfocada' ou até mesmo 'espalhada'.

"Há dois tipos de iogues. Uns são arrogantes, seguros do seu saber. Os outros são verdadeiros. Por terem alcançado a indiferença, se exprimem com uma doçura extrema."

Todos ou quase todos personagens são baseados em reis, rainhas, duques e embaixadores que realmente fizeram parte da história europeia, tais como Sebastião de Portugal, Cristina da Suécia, Filipe II da Espanha, Rodolfo da Áustria. É interessante como a autora acentua as características mais caricata dessas personalidades históricas, dando à ficção muita matéria-prima: lendas centenárias, mitos (como o do rei Sebastião que, após desaparecido na guerra no Marrocos, era esperado pelo povo português) e curiosidades gerais (como a noção de que a dinastia dos Habsburgo era uma casa cheia de loucos).

Li a tradução do francês pro português e o jeito de narrativa me lembrou algo entre os romances históricos (e cômicos) de Moacyr Scliar e Ruy Castro. Embora no final eu tenha achado que a história tenha me levado de nenhum lugar a lugar nenhum, o livro é bem escrito e sua proposta é, no mínimo, inteligente. Um bom entretenimento.
comentários(0)comente



Ana 12/11/2023

Se você acredita em reencarnação
Pela ótica de um brâmane reencarnado em um rinoceronte, acompanhamos monarcas europeus em suas excentricidades e nas mudanças que eles proporcionaram. Um livro que critica a religião, que nos aproxima de reis e rainhas europeus e nos faz viajar por diversos países junto com nosso bada conta, infelizmente, de maneira arrasta e pouco cativante a vida de figuras históricas como o próprio Camões, ou Descartes. O foco é o rei Sebastião de Portugal, que conta sua história tanto na presença do bada quanto depois de se separarem até sua morte. Se tirei algo deste livro é o fato de não querer reencarnar. Eu achava que reencarnar num bichinho poderia ser algo bom, mas depois desse livro acredito mais do que nunca que isso seria uma tortura. O livro também é no mínimo +16 em algumas partes e isso eu achei desnecessário, ele já é escrito de forma arrastada e quando você menos espera está lendo sobre uma mandrágora muito inconveniente. Se você está pensando em lê-lo, pense bem, pois é muito difícil você ser o público alvo desse livro. Eu comprei pela capa bonita kskks
comentários(0)comente



6 encontrados | exibindo 1 a 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR