A princesa de Clèves

A princesa de Clèves Madame de La Fayette
Madame de La Fayette




Resenhas - A princesa de Clèves


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Dreh 21/02/2018

Após casar-se com o senhor de Clèves e tornar-se madame de Clèves, a protagonista dessa história irá dedicar sua vida ao um marido que sente apenas uma boa amizade por ele.

Após a morte da mãe, ela começa a querer ficar a maior parte do tempo sozinha. Porém, quando um dos homens próximo de seu marido começa a frequentar mais vezes sua casa, ela passa a sentir por ele algo que nunca sentiu por mais ninguém. E vai descobrir mais tarde que tudo isso é recíproco. Mas ela é casada, não pode dar bobeira a qualquer um que aparece na sua frente e com isso passa a inventar doenças para que não compareça aos locais em que o jovem por quem está apaixonada frequenta.

O pior de tudo será quando revelará ao seu marido aquilo que está sentindo, pelo menos ela não revela o nome de quem quer que seja. Por causa disso, a obra de Madame de Lafayette foi muito criticada pelo público feminino, porque de verdade quem conta para o atual que está apaixonada por outro, assim tão descaradamente?
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skuser02844 21/05/2023

O livro retrata a história da Princesa de Clèves, uma jovem casada que se vê dividida entre seu dever marital e a paixão ardente que sente por outro homem. o romance explora temas como amor, moralidade, dever e a luta entre o desejo e a virtude.
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Luiz Pereira Júnior 05/04/2024

Nem obra-prima, nem merecidamente esquecível
Uma dama de imensa beleza e bondade casa-se sem paixão com um homem mais velho, ao qual respeita e é por ele respeitada. No entanto, cai nas graças de um belo e jovem nobre, mas não lhe corresponde fisicamente ao amor. Decide-se, enfim, a livrar-se da tentação do adultério e, para isso, pede ajuda justamente ao marido, contando-lhe a verdade, mas sem dizer o nome do amado.

Resumidamente, esse é o mote de “A princesa de Clèves”, um romance típico da época em que foi escrito, repleto de fofocas da corte, bastidores da aristocracia e do retrato da bolha que era a vida dos privilegiados (e será que não é assim ainda hoje?).

Em que pese a monotonia do retrato da corte, com suas dezenas de personagens (todos semelhantes entre si) cabalando em busca de uma melhor posição social, a ideia principal do livro é excepcional: será que desejamos saber a verdade, quando ela pode nos destruir? Ou será melhor permanecer na doce felicidade da ignorância?

(Um jornal da época fez uma pesquisa entre os leitores, perguntando se a princesa fez bem ao revelar seu segredo ao marido. Mas, como eu sempre digo, sem spoiler.)

Vale a pena? Sim, mas tenha em mente que a linguagem pode cansar, a repetição de cenas pode irritar, a mesmice dos personagens pode afastar por uns tempos o pensamento do leitor. Mas imagine que se trata de uma conversa com algum daqueles chatos que você conhece (afinal, sempre conhecemos alguém chato e sempre somos o chato de alguém), que tagarelam a noite inteira, contando uma história que parece nunca ter fim, mas que, subitamente, ilumina-se com uma passagem que nos deixa atônitos...

Assim é “A princesa de Clèves”: certamente não agradará a muita gente, mas nem por isso deixará de ter seu valor na história do romance como retrato de costumes. Pode não ser uma obra-prima, mas nem por isso merece ser relegada ao esquecimento...
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Steph.Mostav 15/07/2021

"Não há arte onde não há nada a ser vencido"
O grande mérito de A princesa de Clèves está no tema da infidelidade não consumada pela razão, ainda que a unidade temática se perca um pouco em meio a tantas intrigas aristocráticas entediantes. É na intensidade dos sentimentos dos personagens e não em seus papéis monótonos na corte que está a verdadeira força do romance, assim como na tragédia anunciada por esse embate entre o desejo e a virtude, entre a paixão e o dever. Confesso que considero o livro muito bom não pelo desenrolar dos dilemas íntimos do triângulo amoroso protagonista, que soou um tanto repetitivo, mas sim pelo final que, apesar de previsível, faz jus à dramaticidade exagerada e ao pecado não consumado do restante do livro. Ainda assim, esta é uma leitura que só deve agradar aos fãs de romances psicológicos e sua origem na literatura moderna.
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Ricardo Rocha 26/09/2016

estilo vívido que fala de coisas suntuosas com simplicidade que parece antes uma conversa sem todavia cair para o que hoje se entende por simplicidade ou "texto jornalístico" que é simplesmente uma escrita semelhante à redação de ginásio (ou poderia dizer uma monografia de conclusão de curso, dava no mesmo), a princesa de cleves está impregnada de bons sentimentos, uma bondade, uma nobreza, que mesmo falando do que está falando e onde as coisas estão acontecendo - a luxúria e hipocrisia das Cortes - que contagia e que faz a gente lembrar opa é mesmo isso é uma virtude e é legal viver uma vida com esses valores. aliás vira e mexe eu encontro uma referência importante para determinados livros. por exemplo, tradução de clarice, de manuel bandeira ou quintana (como aqui) é quase uma garantia de qualidade. terno, apaixonado e visivelmente enlutado desse luto que faz melhor ao coração do que o espírito de festa, é um livrinho delicioso de tiradas precisas de quem desde pequena era sábiamente amarga - "o amor tenho certeza é algo incomodo do qual estou isenta". claro que não pode fugir da época em que foi escrito (1634) e de contexto (marie-madaleine era nobre e viveu, entre os nobres, a história que conta) mas aqui, longe de ser tornar um problema para o romance, se torna sua grande virtude, tipo olha como o ambiente não corrompe necessariamente o caráter e não arruína o talento. jamais um marido teve tamanha paixão por sua mulher nem de tal modo a estimou. e ah em termos de fofocas e pessoas cuidando da vida dos outros, de resto, nem dá pra dizer que era exatamente uma coisa "de época"
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