Arine-san 02/05/2012A grande maioria – para não dizer todos – que vem se informando sobre o mundo literário recentemente, já deve ter ouvido falar de Emily Griffin e seus livros. Sim, isso é quase uma regra. Seguindo um padrão muito estranho e interessante, a escritora nos apresenta dois livros que contam a mesma estória, só que de lados diferentes da moeda, nos permitindo uma visão bem ampla de tudo que se passa. Bem, confesso, o tema do livro é um tanto clichê, e creio que todos podem ver como será o final de tudo, mas, mesmo assim, vale muito a pena ler o livro.
Darcy é uma mulher mimada, acostumada a ver homens e mais homens, de todas as idades e situações financeiras, caírem à seus pés. É a típica patricinha, cheia de roupas de grife e, sim, nem um pouco do tipo inteligente. Fútil é a palavra que a descreve melhor, apesar dela achar que é mais adequado “linda” ou “perfeita”. De repente, ela viu seu mundo desabar... Sua melhor amiga “roubou” seu noivo, apesar de que ela nunca poderia achar isso ruim, já que ela vinha traído seu noivo também, e com um dos amigos do mesmo – é o sujo falando do mal lavado, enfim. Para piorar? Ela ficou grávida de seu amante, antes mesmo de terminar seu noivado, e sua família lhe virou as costas ao descobrir quem era o pai da criança. Percebemos que seu antigo amante, e atual namorado, não está nem um pouco afim de assumir aquela criança... E ele a deixa, sem dó nem piedade. Sim, Darcy agora está sozinha. Por isso, ela resolve ir para a Inglaterra, “visitar” (lê-se passar uns meses dias) um antigo amigo seu: Ethan.
Bem, as primeiras 150 páginas foram difíceis de serem lidas por mim. Se a narrativa é chata? Não. Nada disso. O caso é Darcy... Até mais ou menos o meio do livro, ela é insuportável. Ela age como o centro do mundo, com aquele ar de garota mimada e fria – que eu simplesmente odeio -, e tudo que acontece de ruim, ela justifica como sendo culpa de outras pessoas. Uma pessoa rancorosa, dissimulada e controladora, que gosta de tudo do seu jeito e no seu tempo: oi, eu sou a Darcy, prazer. Haha. Porém, apesar disso, pude perceber que ela é, na verdade, uma pessoa muito insegura, e por isso sempre agiu como age. Como ela sempre fora amiga de Rachel, uma menina muito inteligente apesar de não muito bonita, ela procurava se destacar na única coisa que sabia fazer bem: ser bela e amada por todos, chamar atenção. Isso “justifica” seu comportamento insuportável, mas não o torna mais aceitável para quem lê. Mas, quando chega na metade do livro, ai a coisa começa a melhorar! Não consegui largar o livro, quando essa parte chegou. A personagem torna-se menos chata, ela começa aquele “crescimento” iminente que teria e tal, e logo vemos como ela começa a perder o seu lado “fútil”. Ai o livro fica muuuito interessante. Rs’
De modo geral, é como eu disse, o livro tem um tema clichê, e, inicialmente, uma personagem muito chata, porém... Vale muito a pena, quando você passa das 150 páginas (mais ou menos). Ethan, o amigo que abriga Darcy na Inglaterra, é muito fofo... Gente, meu personagem preferido com certeza é ele. Mas foi justamente por isso que achei que o final seria óbvio... Enfim. É melhor eu não falar muito mais coisa, para não estragar a leitura de ninguém.
(Resenha originalmente postada em http://vicioempaginas.blogspot.com.br/) Promoção de um kit do livro no blog *-*