Crime e Castigo

Crime e Castigo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Crime e Castigo


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Johan.Petrovics 02/04/2024

Uma Epopeia Existencial nas Brumas da Alma Humana
Antes de adentrarmos no âmago da resenha em questão, cumpre-me o dever de exaltar, em tom solene e com a mais profunda reverência, o inefável deleite que me proporcionou a leitura da obra em tela. Ressalto, com veemência, que esta incursão literária constitui-se em minha primeira investida no fecundo terreno da literatura russa, outrora inexplorada por este humilde ser.
Confesso, com a franqueza que me é peculiar, que, em breves instantes da jornada literária, cogitei da possibilidade de abandonar os ensinamentos dos filósofos gregos, outrora tidos como meus favoritos, em favor da rica tradição intelectual da terra dos czares.



Sob o manto nebuloso da São Petersburgo oitocentista, eclode a magnum opus de Fiódor Dostoiévski, "Crime e Castigo", um afresco literário de densidade ímpar que desvenda os abismos da psique humana. Em meio à atmosfera soturna da capital russa, a narrativa tece um intrincado labirinto de suspense e introspecção, cativando o leitor desde o primeiro contato com suas páginas impregnadas de erudição.

No centro da trama, surge a figura atormentada de Raskólnikov, um jovem intelectual dilacerado por conflitos internos. Consumido por ideais nihilistas e ambições desmedidas, ele perpetra um ato hediondo que desencadeia uma espiral de consequências funestas.

Ao longo da narrativa, somos impelidos a uma jornada pelas profundezas da alma humana, onde culpa e remorso se entrelaçam com desespero e redenção. Dostoiévski, com maestria ímpar, desnuda as camadas mais íntimas do ser, revelando os embates que afligem não apenas o protagonista, mas todos os que o cercam.

Com uma linguagem eloquente e de notável rigor intelectual, Dostoiévski tece uma trama densa e complexa, desafiando o leitor a confrontar suas próprias concepções de moralidade e justiça. "Crime e Castigo" transcende os limites da literatura, erigindo-se como uma jornada intelectual e emocional que ecoa através dos séculos, convidando-nos a meditar sobre os enigmas da condição humana.

Para aqueles que ousam adentrar os domínios desta obra monumental, uma experiência transformadora se anuncia. Nas páginas de "Crime e Castigo", a luz da verdade irrompe através das sombras do pecado e da redenção. Mais do que um mero romance, este opus magnum é um espelho que reflete as profundezas mais obscuras e luminosas da alma humana, convidando-nos a contemplar o significado essencial do perdão e da redenção.

"Crime e Castigo": Uma epopeia existencial que nos confronta com a vastidão do ser e nos convida a desvendar os mistérios da alma humana.
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jrcesarr 01/04/2024

A psicologia em Crime e Castigo
Nunca tive nenhum contato com alguma obra de Dostoiévski e não sabia muito bem o que esperar. No entanto, "Crime e Castigo" me surpreendeu muito positivamente, sendo uma obra de uma densidade psicológica enorme, em que cada particularidade dos personagens trazia um entendimento sobre a mente humana; como as emoções, as angústias e os desejos funcionavam. Não é a toa que o próprio Nietzsche afirmava que Dostoiévski era o único psicólogico que tem algo a lhe ensinar, o que se confirma pela rica análise da psique do homem. A teoria de Raskólnikov sobre a divisão humana, a dualidade moral de Svidrigáilov, a personalidade delirante de Ekatierina Ivánovna, o conceito de salvador idealizado por Lújin, bem como as discussões acerca de como a estética influencia a percepção humana sobre os crimes, são aspectos da obra que a engrandece fortemente, o que confirma a genialidade do Dostoiévski ao escrever essa obra literária, a qual vai muito além de uma ficção, tornando-se um ensaio sobre a psicologia humana.
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Caroline 01/04/2024

É uma obra que explora uma jornada intensa pela psique humana, abordando temas como culpa, redenção e moralidade. A narrativa envolvente e os complexos personagens proporcionam uma reflexão profunda sobre as consequências dos atos e o caminho para a verdadeira reconciliação consigo mesmo. É uma leitura que impacta e ressoa além das páginas do livro.
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Ricardo 31/03/2024

Já dizia Herman Hesse, quem quer nascer deve destruir um mundo. E acompanhamos o Raskolnikov destruir o seu mundo, de forma dolorosamente detalhada. Bem, acho que isso resume a história, que é grandiosa nas suas reflexões, realista na sua execução e triunfante no seu final.
Wercton 31/03/2024minha estante
aeee, veio aí ??




Marcelo 31/03/2024

PERFEITO
A última vez q tive vontade de ler tudo de um autor depois de ler o primeiro livro, q foi com Bom Dia, Verônica do Raphael Montes.
Esta história é antiga, mas é TÃO, mas TÃO atual.
Recomendo a todos que comecem com este livro.
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Brenno.Garcia 31/03/2024

Esse é o tipo de livro que você não precisa necessariamente gostar para reconhecer sua grandiosidade. os detalhes da escrita muito bem pensados e colocados na narrativa fazem com que nos sintamos na pele de Raskólnikov. em alguns momentos, achei a leitura pouco interessante (quando o foco era o casamento da irmã) mas de uma forma geral não tirou o brilho da obra, ao menos para mim.
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Daniel 29/03/2024

Raskólnikov o maior que temos e o menor também
"Não há no mundo coisa mais difícil do que a sinceridade e mais fácil do que a lisonja". Pensei em iniciar com essa frase que foi muito importante pra mim no decorrer da trama, não sei explicar em palavras todos os sentimentos que esse livro me fez sentir, uma mistura de felicidade, nervosismo, ansiedade e por vezes sono, sim sono, com a narrativa bem lenta no início e todos os personagens com uns nomes muito difíceis, e apelidos também, (todo mundo tem no mínimo 5 formas de ser chamado, essa Rússia aiai) eu não conseguia ler durante a noite, dormia no meio dos capítulos.
Mas após persistência na narrativa e curiosidade pelo desfecho, me mantive forte e terminei esse livro, considerações: vale muito a pena cada minuto!
A reflexão do que é bom e do que é mau, certo e errado e até que ponto numa linha tangível, o personagem principal, nosso querido Ródia/Raskólnikov/Rodion, estava errado em matar aquela velha desgraçada?
Bom finalizei o livro sem saber e sem conseguir tomar partido sobre o ocorrido, sobre a teoria dele para a época e toda a critica sobre o mandamento de não matarás, achei o final muito bem desenvolvido, um final digno de um clássico.
Leria novamente no futuro para ter outras críticas porque acredito que esse livro muda e se molda conforme nossa opinião do momento.
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Belleoleinik 29/03/2024

Surpreendente
Super intrigante...
Cada página me surpreendia com algo ou alguém novo.
Confesso que em vários momentos senti raiva do protagonista por surtar do nada.
A leitura foi bem arrastada, porém mesmo assim gostei.
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Arizona.Strange 29/03/2024

Comecei a me interessar por livros clássicos por causa de bungou stray dogs e simplesmente descobri que era um dos meus gêneros textuais favoritos, e de longe um dos melhores livros pra começar foi esse aqui.
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Wesley251 29/03/2024

É impossível ser o mesmo após este livro
Como não amar este livro, ele fala com a gente, se comunica conosco de uma forma que só Dostoievski sabe como interagir.
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Wamarisen 27/03/2024

Essa obra foi uma aventura reflexiva e extremamente criativa.

Passamos a conhecer um estudante de direito autoconfiante e superestimado que queria provar seu valor então se coloca no papel de 'eu posso, sou diferente dos demais', não exatamente com essas palavras mas me lembrou muito o Victor de Frankenstein já que ambos tentaram algo absurdamente novo e buscando provar suas teorias.

A narração onisciente entrega um ar cômico já que cria um contraste entre o peso da cena e os pensamentos junto com a linguagem corporal do personagem então eu soltei umas boas risadas durante a minha leitura. O momento em que o Raskolnikov coloca as mãos para cima demonstrando rendição para a Sofia NAQUELA SITUAÇÃO KKKK (tá com o patati patata enfiado no , é?)

Todos personagens acrescentaram algo à narrativa seja criticando a sociedade ou as pessoas, mesmo as vezes não entendendo mesmo com as notas do editor (muito úteis por sinal) foram interessante os temas tratados e como as vezes eles estão sim interligados profundamente mesmo que na superfície não pareça (na minha cabeça) de início haver conexão com a cena ou assunto.

Sobre as personalidades.. que incrível a quantidade de detalhes, são tantas camadas que você chega no fundo do poço e começa a acha que essa obra não é só do Raskolnikov, e sim de todos?. Crime e castigo, da ênfase as consequências das personagens, seja o castigo mental ou a retaliação da sociedade, que todos terão um castigo ou vão arrastar outra pessoa junto ?. Isso me fez pensar que consequências são realmente reações e não simplesmente algo negativo afinal, várias personagens aí não cometeram nada gravíssimo (para a atual sociedade) e pagaram o pato dos outros.

O romance, se é que existiu algum, entre a Sônia e o Raskolnikov (dos outros dois lá também) não sei sinceramente da onde saiu, não achei as interações nada românticas pra ter aquele final teoricamente dele confessando a si que amava ela (era tão difícil fazer isso antes de torturar ela??).
Contudo, entretanto, todavia, a Sônia foi simbólica de forma religiosa para o desenvolvimento então gostei do final como se Raskolnikov tivesse renascido das cinzas (depois de se colocar fogo umas trozentas vezes).

É uma obra que vou levar na memória pela complexidade e outro fatores mas não foi algo muito surpreendente comparado a todas expectativas que eu tinha.

"desviou se do caminho, entrou em uma moita, caiu na grama e no mesmo instante adormeceu." (desviou se do caminho, entrou numa enrascada e no mesmo instante se conheceu)
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Wesley - @quemleganhamais 27/03/2024

Um crime e o castigo
Que livro meus amigos ?. Após a conclusão da leitura, a cabeça ficou fervilhando com o desfecho dessa obra clássica.

Crime e Castigo é um dos grandes romances russos e foi escrito por Dostoiévski, que é um dos autores que descreve a complexidade humana de uma maneira tão natural, que ao final da leitura, a vontade foi pesquisar quando e onde aconteceram esses fatos realmente. Aqui a ficção beira a realidade.

Nessa obra vamos acompanhar Raskolnikov, um jovem estudante de direito, que vive em condições precárias por falta de recursos. Ele comete um crime (título do livro) e posteriormente virá o castigo. Em grande parte do livro acompanhamos as consequências dessa atitude e entendemos também um pouco da motivação para isso. Existem algumas partes bem filosóficas, que gostei e que leva bastante a reflexões sobre a vida, as pessoas e os relacionamentos.

Nesta obra conhecemos diversos personagens marcantes como Razumíkhin, um grande amigo, Pulkhéria, a mãe, Dúnia, a irmã de Rasko. Outros que gosto de destacar são: Porfiri, Lújin, Sônia, Catierina e Svidrigáilov.
Esses são só alguns, pois para uma trama bem complexa, nada do que um tanto de gente complexa para complexar tudo. ??

Dentre os pontos refletidos, destaco a importância das relações profundas, sejam elas amorosas, familiares ou de amizades. Como seres humanos precisamos de relações e vemos os impactos disso durante e a leitura. E como o Amor faz diferença na vida das pessoas.
Esse livro não é um romance romântico, mas dá pra ver nas entrelinhas o amor preenchendo algumas lacunas e motivando alguns personagens.

O ponto central do livro é a explicação de Rasko para justificar o crime. Tem toda uma base filosófica pra isso e acho que as pessoas que são do direito e da psicologia vão gostar de discutir sobre isso. A pergunta que ficou na minha cabeça foi: será que não uso essa desculpa na minha vida também? Às vezes é possível pensar igual ao protagonista e nem sentir que tá pensando.

Concluí a obra e fiquei sem palavras para expressar o quanto foi impressionante essa leitura. Dostô é mesmo um gênio e essa foi uma experiência memorável. Vale muito a pena a leitura desse clássico.

E concluo lamentando por não conhecer Sônia, pra mim, a melhor pessoa desta obra e alguém que eu gostaria muito de sentar e conversar bastante.
Flávia Menezes 27/03/2024minha estante
Parabéns pela resenha, meu amigo! ??
A Ellen foi certeira em te indicar essa preciosidade, hein? E agora eu já vou até me programar pra passar esse na frente, porque não vou aguentar de curiosidade de ver logo todo o desenrolar desse romance.
Dostô foi um mago das palavras, mas também da mente humana, e o mais bacana dos livros dele é exatamente o que você falou: bom ou mau, Dostô nos faz refletir sobre o que vemos em nós mesmos que existe em seus protagonistas.
Bela resenha e importantes indagações! ??????


Ana Carol 27/03/2024minha estante
"nada do que um tanto de gente complexa para complexa tudo" é eu acrescento aqui: gente complexa com nome complexo! Como guardar tanto nomes cheios de consoantes ?
Adorei a resenha e mais um vai para a lista! Onde vou parar, senhor! Rs


Wesley - @quemleganhamais 27/03/2024minha estante
Obrigado Flávia! Inspirei um pouco em suas resenhas. Vale a pena furar a fila ?
Sem dúvidas que Dostô foi mestre em usar as palavras para nos gerar boas reflexões. Já ansioso pelas suas impressões.


Wesley - @quemleganhamais 27/03/2024minha estante
??? complexo mesmo. O artifício que usei foi falar a metade dos nomes, tipo Rasko, Razumi, Pulka, Svrid... e por aí vai. Só assim mesmo para decorar tanta gente.
A lista dos desejados só cresce quando entramos aqui no Skoob, te entendo! ?


Lari 29/03/2024minha estante
Resenha incrível! Quero muito ler esse!


Wesley - @quemleganhamais 29/03/2024minha estante
Obrigado Lari! Espero que goste da leitura




larastonha 26/03/2024

Infelizmente, acredito ter iniciado o livro no momento errado, talvez deveria ter esperado alguns meses a mais, não me vem um momento fixo. O livro soube ser completo em todas as falas e personagens, trazendo reflexões certeiras e profundas. É claro que o que penso sobre a obra possa ser distinto de outras pessoas, mas a partir da complexidade do tópico do livro, acredito que todos levarão e terão pelo menos uma reflexão em mente durante a sua vida sobre a obra!! O livro realmente marca você.
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Juliara.Hoffmann 25/03/2024

O clássico russo que nunca desaponta!
Li Crime e Castigo esse ano, pela primeira vez. De tanto ler resenhas e filmes sobre essa história, a leitura acabou não trazendo nenhuma grande surpresa (como imagino que teria na primeira leitura dessa obra), de qualquer modo, é um livro pra ler com a respiração trancada e os dentes cerrados ??

Realmente é uma história agustiante em que a gente acaba torcendo para que o jóvem Raskólnikov consiga vencer a luta contra a própria consciência moral na busca por justificar o injustificável.

Ler Crime e Castigo, mesmo já conhecendo o enredo, sem dúvida vale muito! É incrível o que Dostoiévski consegue fazer com nossa mente, desde uma viagem detalhada à vida da São Petesburgo nos 1860, até um mergulho profundo na análise de nosso proprio juizo moral! ??

Difícil sair ileso à Dostoiévski ???
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