Ficções

Ficções Jorge Luis Borges




Resenhas - Ficções


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Eder 17/12/2023

Primeira leitura: BuchClub
Livro de dezembro de 2023, escolha do Clube do livro. Não conhecia esse autor antes, conheci graças ao clube.
Em Ficções (1944) encontramos vários contos, os quais eu gostei muito mesmo, porém acredito que devo reler um dia para absorver melhor tudo que é escrito aqui. Tive a sensação de que é muita informação passada em poucas páginas, tanto que os contos são bem curtinhos. Achei também que os assuntos dos contos merecem uma grande atenção ao ler-os, pois são BEM complexos. O autor facilmente faz um nó na cabeça do leitor (e isso não é ruim, de forma alguma).
Gostei de conhecer o escritor, e percebi que ele foi um grande estudioso e leitor do século passado. O cara colecionava enciclopédias. Vi falarem também que talvez seja "o maior leitor do século XX". Fascinante.
Os meus contos preferidos nesta primeira leitura (pois sei que algum dia terei que ler de novo!)
Tlon, Uqbar Orbis Tertuius; Pirrre Menard, autor do Quixote; As ruínas circulares; Funes, o memorioso; Três Versões de Judas( creio que meu favorito, junto com o Funes); O fim; e O sul.
Vale comentar que esse é o primeiro livro de um autor Argentino que leio.
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Linhares 23/11/2023

Incrível
Jorge Luis Borges é simplesmente fantástico!

No livro "Ficções" o autor traz contos que flertam com o fantástico e metafísico, contos que vão explodir a sua cabeça.

Mas Borges não é um autor de fácil leitura, Ficções é um livro que demanda certa experiência e bagagem cultural do leitor. O que torna o livro difícil não é algum tipo de linguagem rebuscada, mas sim a quebra da estrutura narrativa tradicional e o grande número de referências que esse autor traz, tornando sua escrita bem carregada.

Há tempos não tinha uma ressaca literária como a que esse livro me deixou. Alguns contos vou levar comigo pelo resto da vida.
Já quero ler mais obras desse autor.
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Diego Rodrigues 07/11/2023

"Suspeito que a espécie humana - a única - está em vias de extinção e que a Biblioteca perdurará: iluminada, solitária, infinita, perfeitamente imóvel, armada de volumes preciosos, inútil, incorruptível, secreta."
Publicada originalmente em 1944, "Ficções" é uma coletânea de contos do escritor argentino Jorge Luis Borges. O volume, dividido em duas partes, reúne narrativas dos cadernos "O jardim de veredas que se bifurcam" (1941) e "Artifícios" (1944). São histórias que trafegam entre o fantástico e o real e que, mesmo tão distintas, compartilham um quê de estranhamento. Para tecê-las, Borges lança mão de livros fictícios, falsas biografias, paradoxos temporais, o mundo dos sonhos, guerras, espionagem, assassinato, sociedades secretas, temas bíblicos e a morte. Mas a variedade não se resume à temática, o autor também é muito inventivo no narrar da história - em alguns casos, fazendo o uso de textos acadêmicos para defender autores e obras que sequer existiram. O título "Ficções" faz todo o sentido aqui, pois é um livro que realça o poder que a mesma tem de impactar a realidade.

Alguns dos meus contos favoritos foram: "As ruínas circulares", que fala de um sonhador tomado pela obsessão de sonhar um homem e trazê-lo ao mundo real, mas durante o processo acaba por descobrir a insignificância da própria existência. "A loteria da Babilônia" nos apresenta um sistema de loteria diferente, onde a Companhia, como é chamada, não só sorteia prêmios em dinheiro como também prisões, castigos e até mortes. Essa foi a solução que a organização secreta encontrou para que o povo não perdesse o interesse em jogar. O problema é que o tempo passa e ninguém mais sabe o que é ou não obra da Companhia, nem mesmo se sabe se ela algum dia realmente existiu, mas todos continuam jogando e a loteria se torna então uma espécie de caos necessário, talvez uma analogia às vicissitudes da vida e a falta de sentido da mesma.

Em "A biblioteca de Babel", adentramos uma biblioteca de proporções imensuráveis que supostamente retém todo o conhecimento humano, bem como as possiblidades de realidade. Porém, seus livros parecem estar numa linguagem desconhecida e ninguém consegue decifrá-los. Pessoas formam grupos para investigar, outras para destruir. Há ainda aquelas que enlouquecem, brigam ou se suicidam. O conto reforça a ideia de que quanto mais possibilidades temos diante de nós, menos certeza temos sobre qualquer coisa, inclusive sobre nós mesmos.

"Funes o memorioso", o meu favorito, narra a história de um jovem que sofre um acidente e desenvolve uma espécie de memória sobre-humana. Ele não apenas consegue acessar memórias de toda a sua vida pregressa, como aprende novas línguas e desenvolve fórmulas matemáticas. Porém, não há vida em seu raciocínio. Ele apenas cataloga tudo o que vê, sem participar da vida ao redor. É um conto que fala sobre a importância de se esquecer. Precisamos pagar um preço pela nossa humanidade e aceitar que somos falhos, não absorver toda informação é um processo natural e o fato de conservarmos melhor as memórias que estão ligadas a traços afetivos é um lembrete constante disso. Do contrário, não passaríamos de robôs.

Fora esses, o livro possui muitos outros contos interessantes que propõem profunda reflexão e debate acalorado. Os fãs mais assíduos de Borges dizem que lê-lo é uma experiência única - experiência esta que eu nunca havia tido até então e que agora posso corroborar. Geralmente, livros de contos possuem muitos altos e baixos, mas aqui a coisa é realmente nivelada por cima. Suas narrativas ficam ecoando em nós e, dias, semanas ou até meses depois, ainda nos pegamos pensando nelas e até mesmo chegando a novas conclusões. Confesso, é um pouco desafiador também. Borges não é o tipo de autor que entrega as coisas de mão beijada, suas narrativas exigem algo do leitor, mas isso só torna a experiência de leitura ainda mais rica, recompensadora e única. "Ficções" é o tipo de livro que presenteia aqueles que gostam de se debruçar sobre o que foi lido e não apenas guardar o volume de volta na estante e partir para o próximo.

site: https://discolivro.blogspot.com/
@quixotandocomadani 07/11/2023minha estante
Acho que os contos de Borges parecem com os de Clarice e com os de Machado. Não entregam as coisas de mão beijada para o leitor.

Mto bom o conto de Babel! Ainda mais hoje que temos tantas possibilidades ao alcance de nossas mãos sobre tudo. Adorei os outros temas tbm. Acho que vou gostar mais de ler as suas resenhas do que os contos em si. Kkkk


Diego Rodrigues 07/11/2023minha estante
Venho acompanhando seus históricos da Clarice e acho que a comparação faz sentido. São contos que às vezes deixam a gente meio "no ar", mas depois de pensar conseguimos chegar a algum lugar (ou não).

Leitura assim não é pra todo momento, e talvez nem seja pra todo mundo, mas quando pega a gente de jeito é maravilhoso!




Master 05/11/2023

Borges é um caminho sem volta
O mundo de Jorge Luis Borges é um labirinto infinito de palavras e ideias, e a sua obra-prima, ?Ficções', é um convite para explorá-lo. Ler Borges é um caminho sem volta, uma jornada literária que desafia as fronteiras da realidade e da ficção, deixando o leitor inebriado pela genialidade do autor argentino.
Desde o título do livro, somos confrontados com a necessidade de interpretação. 'Ficções' não é apenas um conjunto de contos; é um convite para questionar a própria natureza da ficção, da realidade e da linguagem. Borges nos leva por uma viagem através de mundos imaginários, de labirintos mentais, onde o que é real se mescla com o que é inventado, e o leitor se vê imerso em um constante jogo de espelhos.
Cada página de 'Ficções' é um desafio intelectual, um convite para mergulhar nas complexidades do pensamento humano. Os contos de Borges são como quebra-cabeças literários, onde cada palavra, cada frase, tem uma precisão milimétrica, como se fossem encaixadas peça por peça em uma estrutura cuidadosamente planejada. Cada leitura revela novas camadas de significado, e a profundidade da obra de Borges é inesgotável.
Ler 'Ficções' é como se perder em um labirinto de ideias. Os temas propostos por Borges são vastos e multifacetados, abrangendo desde questões metafísicas até considerações sobre a natureza da realidade e da identidade. Cada conto é uma experiência única, uma viagem filosófica que nos faz repensar nossas próprias crenças e concepções de mundo.
A construção concisa dos contos de Borges é notável. Cada palavra é cuidadosamente escolhida, e a economia de linguagem do autor é admirável. A brevidade dos contos contrasta com a profundidade das ideias exploradas, tornando 'Ficções' uma obra verdadeiramente excepcional.
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Valéria Cristina 20/10/2023

Simplesmente genial !!!
FICÇÕES entrou para a lista de um dos melhores livros que já li. É simplesmente genial e não à toa é considerado uma obra-prima. É daqueles textos que você separa para reler de tempos em tempos.

Borges encanta e confunde. Confunde porque em algumas situações fui pesquisar se o personagem era real ou fictício (kkkkkkkk) e encanta porque todos os contos são surpreendentes e inusitados. Não há como lê-los e não se apaixonar.

Ao longo da leitura encontramos um demiurgo e seu universo insólito, livros labirínticos, universos literários ou bibliotecas universais, um espião chinês nazista, um sonhador que é sonhado, pessoas com memória infinita e absoluta, heróis ambíguos, milagres e outras situações inusitadas que apenas a pena de um gênio é capaz de criar.

A leitura desses contos ainda nos permite usufruir da profunda erudição desse autor por meio de suas citações, comparações, analogias. É incrível e extremamente prazeroso participar desse mundo de cultura e sabedoria nos quais apreciamos considerações filosóficas, mitológicas, metafisicas e teológicas.

Construídos em estilo único, os contos são realmente uma obra-prima.

Jorge Luis Borges é aclamado em todo o mundo como um dos melhores escritores do século XX pela perfeição de sua linguagem, a erudição de seus conhecimentos, o realismo fantástico de suas ficções, a universalidade de suas ideias e a beleza de sua poesia.
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wlcobra 16/10/2023

Eu achei maneiro bom etc mas foi um livro que eu usei pra ler no metrô então estava com barulho confusão aí às vezes eu me distraia e não entendia o que estava lendo de verdade mas continuava seguindo. Cheguei no fim do livro retendo poucas informações dele, uns 4 contos ficaram bastante na minha cabeça e o resto nem lembro. Pra um livro que eu tentei usar como algo rotineiro a escrita era mais difícil do que eu esperava e não ia parar pra analisar um livro que eu estava lendo por diversão igual eu faço com a faculdade. No fim ele é bom, muito bom, só não estava no clima pra aproveitar
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Rafa Freitas 28/09/2023

Exercício de imaginação
Os conceitos e imagens que Borges traz eleva a imaginação para niveis que nunca antes experimentei. Nenhuma linha é atoa, cada detalhe tem importância. Dica: Antes de ler cada conto, assista ou leia algo a respeito, assim nao vai entrar na leitura perdido, pois não é fácil, mas é maravilhoso. O meu conto preferido foi o ultimo: O sul.
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Luís 17/09/2023

Superou todas as minhas expectativas. Todos os contos têm uma incompletude poética que deixa eles abertos a tantas interpretações e leituras; a impressão que eu tenho é que se passam todo no mesmo mundo, embora não interajam diretamente. É como se Borges tivesse criado seu próprio mundo.
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Luan 16/08/2023

Só para deixar marcado
Um livro interessante, com contos muito bons e outros que não me cativaram, talvez não por serem ruins, mas sim por não compactuarem com meu estilo de leitura. Para deixar anotado, gostei muito do conto "Ruínas circulares" (para mim, o melhor conto disparado), "A Biblioteca de Babel", "A forma de espada" e "A morte e a bússola".
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Geórgia 15/08/2023

Como todo livro de contos ficções é heterogêneo. Nada mais natural que um texto se sobressaia ao outro e afins.
Foi meu primeiro contato com a literatura de borges, uma escrita concisa mas difícil de acompanhar, muito a ser visto nas entrelinhas. Provavelmente terei que reler para aproveitar melhor.

Ler Borges me trouxe a lembrança de algo que um professor de redação dizia no colégio ?escrever é como costurar, a mesma linha do primeiro ponto deve atravessar até o último?, cada conto de Borges é alinhavado cuidadosamente para que a última sentença se conecte com a primeira e tudo faça sentido. Acho que ler esses contos é um grande estudo sobre escrita.
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Henry.Davy 26/07/2023

A genialidade de Borges ?
Borges nesse livro aborda mundos, dilemas sobre o tempo, dúvidas universais e várias outras coisas, é tanta coisa que ficamos sem saber oq nós espera no próximo conto.

É tanta coisa nas entrelinhas que você fica perdido de tanto conteúdo, e abismado com a criatividade do autor de imaginar tudo isso. Borges em um conto mais para frente brinca com essa busca incansável de achar sentido e lógica para tudo (Que ele mesmo incentiva em alguns contos) e faz um conto aparentemente complexo e cheio de simbolismos, com um desfecho simples no qual basicamente não existia mistério, e nós juntos ao protagonista complicamos tudo.

O borges também brinca muito com o" fantástico", vários contos têm esses elementos "misticos", e é esse "realismo fantástico" que define todo o ar do livro. O fantástico é algo real em vários contos, como no "Ruinas circulares", mas também esse efeito se apresenta no como o Borges conta esse história, por exemplo no conto que fecha o livro "O sul" no qual trata-se apenas da historia de um homem, mas o jeito que o Borges nós conta os acontecimentos, quase de que maneira lírica, e o que traz a fantasia para isso tudo.


Contos favoritos
-Tlon, uqbar, Orbis Tertius
-Pierre Menard o autor do Quixote
-O jardim de veredas que se bifurcam
-A forma da espada
-A morte e a bússola
-O milagre secreto ?
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JPrates 06/06/2023

Até onde vão minhas leituras, a capacidade do Borges de juntar erudição a boas histórias é ímpar. Recomendo sem reservas.
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Alexsander.Rosa 07/05/2023

Os labirintos da eternidade
O primeiro conto me assustou bastante, era um jeito completamente diferente de se contar histórias. Seus temas abordam a temporalidade, o infinito, os labirintos da vida, o campo das memórias, tudo isso atrelado a debates filosóficos, tornando esta obra uma espécie de conto ensaístico. Os contos que mais gostei foram:
- As Ruínas Circulares
- A Biblioteca de Babel
- O Milagre Secreto
- A Seita da Fênix
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Juliana 29/04/2023

Jorge Luis Borges é sempre aquela leitura que exige da gente, às vezes até bom cair no desentendimento e se deixar levar, aceitar que algumas coisas vem com o tempo.
Os contos de Ficções são incríveis, passando muito por um tema que fascina particularmente que é sobre linguagem e como contamos histórias. Acho que sempre vale a pena se aventurar por ele
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Bianca.Drewnowski 29/04/2023

8/10
Achei esse livro de uma leitura difícil, dificílima. É necessário reler, reler e reler pra pegar o eixo da coisa. Não foram de todos os contos que eu gostei, mas vejo o valor da obra, não tinha conhecido nada na mesma pegada
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