Ficções

Ficções Jorge Luis Borges




Resenhas - Ficções


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Eduardo Mendes 30/12/2022

Borges é mestre em criar histórias curtas
Para o centésimo texto da minha jornada literária escolhi o livro que mais me marcou neste último ano, Ficções do escritor argentino Jorge Luis Borges. E pra justificar a escolha, preciso citar minha relação com alguns dos autores lidos até aqui; Gabriel García Márquez, Dostoievski e Kafka foram meus preferidos.

Existe uma lenda que García Márquez ficou estupefato ao ler “A Metamorfose” de Kafka e comentou: “Então eu posso fazer isso com as personagens? Criar situações impossíveis?”. Minha sensação ao ler Ficções foi mais ou menos a mesma. Borges leva seus contos por caminhos inimagináveis, manipula a realidade, desafia o leitor com uma escrita difícil, irônica e labiríntica.

Borges é mestre em criar histórias curtas, ele não precisa de muito pra instigar o leitor. Seus contos parecem quebra-cabeças, com metáforas, duplicidades, e temas complexos como metafísica, filosofia, misticismo, a eternidade, o tempo. Ele cita escritores e filósofos, inventa autores e livros nunca escritos e cria um universo “borgiano” extremamente particular. Não é uma leitura fácil, precisei reler alguns contos para melhor compreensão, mas o esforço certamente vale a pena.

Meus contos favoritos foram: “Funes o Memorioso”, um personagem com uma memória praticamente infinita. Funes não esquece nada do que lê, nada do que ouve, nada do que vê, e isso lhe é um tormento sem fim. Em “As ruínas circulares” encontramos um personagem que decidiu sonhar um homem perfeito em todos os aspectos e depois trazê-lo ao mundo real. Doidera total.

“A Biblioteca de Babel” é outro conto extraordinário e repleto de metáforas em que o universo é equiparado a uma biblioteca. Os habitantes dessa biblioteca procuram, durante suas vidas, um significado para a existência da biblioteca, da ordem e do conteúdo dos livros. Angustiados por um ambiente injustificado, misterioso e confuso, o narrador afirma que alguns se suicidaram por não conseguirem encontrar significado nos livros da biblioteca.

Indico também os contos “Pierre Menart, autor do Quixote”, “O jardim das veredas que se bifurcam” e “Tema do traidor e do herói”. Fantástico!


site: https://jornadaliteraria.com.br/ficcoes/
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Cesar Garcia 29/12/2022

Magnífico
Os contos de Borges são magníficos. Exploram diversos temas, às vezes muito reais, outras vezes fantásticos, mas sempre com mistério e cheios de significados.
Uma escrita primorosa de um livro inesquecível desse grande autor.
Impecável.
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Laisinhaa_aa 24/12/2022

Ficções é bastante interessante. Um livro consideravelmente pequeno, composto por contos que te submergem na história, e apesar de a maioria ter cerca de 5 páginas, te leva á uma leitura complexa, marcada por reflexões e releituras constantes. Muito interessante a visão que Borges tem de que tudo no mundo é construído e cíclico.
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Max 13/11/2022

Uma luta!
Livro é momento. Essa máxima foi minha relação com esse livro. Não houve sintonia. Tinha acabado de ler "Antes do baile verde" da Lygia Fagundes Telles e impactado pela leitura do ótimo "Manual da faxineira" da Lucia Berlin, todos livros de contos, o Ficções me pareceu um livro datado, de outro tempo, há contos incríveis como "O milagre secreto", mas não foi suficiente prá me conquistar. Borges, juro, ainda vou te dar outra chance, por hora, usando do seu linguajar, estou atrabiliário, iracundo por ti...
Débora 13/11/2022minha estante
????...sério que essas palavras foram usadas por ele? Tive que recorrer ao dicionário...?


Max 13/11/2022minha estante
Débora, ele não chegou ao ponto de usá-las, mas foi quase! ?


Débora 13/11/2022minha estante
?????




Sr.Caiodonorte 12/11/2022

Memento, solum memento
As exíguas linhas a seguir possuem por objeto o conto "Funes, o memorioso".

O que poderíamos dizer sobre Funes?
Um rapaz pacato numa triste faina?
Um sujeito repleto de passado, que por isso perde o presente?
Sim, isto poderia ser dito a seu respeito; ele um Uruguaio comum que por uma desventura se descobre possuidor de um tipo de super-memória em suas palavras, "infalível", era capaz de lembrar de tudo, exatamente tudo, da hora exata até das folhas de uma árvore; poderíamos até dizer que é algo sumamente bom, será?
Imaginem, sermos capazes de declamar de cor todos os belos poemas que já lemos, todos os grandiloquentes textos que já nos aventuramos, oh como seria belo!
Mas Funes é só memória pura, irrefletida, isto não é conhecimento nem erudição é pura e simplesmente catalogação. "Tinha aprendido sem esforço o inglês, o francês, o português, o latim. Suspeito, contudo, que não fosse muito capaz de pensar".
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Alyne.Queiroz 28/10/2022

Bom
É um livro de contos, algumas histórias legais outras meio complicadas de entender, parece que o autor flerta com o realismo fantástico e isso me complica a vida pois não tenho facilidade com coisas fantasiosas, outra dificuldade são as inúmeras referências desconhecidas. O autor parece ter fascínio por labirintos, espelhos, enciclopédias, outras línguas, pois são itens sempre presentes em seus contos.
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antuan_reloaded 18/10/2022

Em linhas gerais: a primeira parte é extremamente pedante, prolixa e academicista; por sua vez, a segunda é intrigante, sedutora e enigmática. Esta, portanto, mistura contos que flertam mais diretamente com o realismo fantástico latino-americano.

De maneira óbvia, friso que reconheço a riqueza inventiva desse conjunto de contos para a narrativa moderna, mas não podemos fechar os olhos para o fato de que o leitor de Borges não é o leitor comum.

Seu perfil de leitor é bastante específico e, sem que haja dúvidas, sabemos bem qual é, uma vez que é composto por aqueles que ocupam aos borbotões os corredores e salas de aula da academia.

[Revisão da nota]
Qlucas 19/10/2022minha estante
Excelente resenha


laranjai 19/10/2022minha estante
Lacre!


underlou 19/10/2022minha estante
A crítica ferrenha.




Carolina 13/10/2022

Fascinante!
"Talvez a velhice e o medo se enganem, mas suspeito que a espécie humana ? a única ? está em vias de extinção e que a Biblioteca perdurará: iluminada, solitária, infinita, perfeitamente imóvel, armada de volumes preciosos, inútil, incorruptível, secreta."

Borges é extraordinário. Um livro repleto de riquezas.
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Beatriz 18/09/2022

Fantástico
Esse livro é dividido em 2. A primeira coletânea, o jardim de veredas q se bifurcam, ela é mais complexa e por meio de mundo simbolismo Borges escreve como tudo se repete, nada é original ou renova. É onde estão as melhores histórias, na minha opinião. A biblioteca de babel é maravilhosa.
A segunda coletânea é artifícios onde ele não trás as faces do homem. São as histórias mais inusitadas.
Borges tem a capacidade de criar dentro da criação, que a gente perde a noção de verdade. Ele cria críticas a livros, autores etc inventados, mistura com pessoas reais, lugares reais e de repente a mágica acontece e a gente não é capaz de sair de lá, de pensar sobre tudo aquilo e querer entender mais.
Em outros momentos ele cria uma situações tão comuns e termina de maneira tão inusitada, que a gente precisa parar antes de continuar a leitura.
Ele nos faz rir e nos faz ficar abismados, embasbacados, intrigados. Há muito nesses contos que encantam.
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Renato Esteves 17/09/2022


Na biblioteca que foi Borges, esse livro é o seu labirinto. Como um homem entregue à escuridão pode ir tão longe e ver tão longe? O que esconde a escuridão da solidão que guardamos em nós mesmos? O quão profundo um escritor, artista, pode se tornar ao buscar em si mesmo o que seu desejo pelo fantástico pode proporcionar a ele? Esse objeto no qual Borges torna a inspiração, assim como o faziam artistas anteriores, mas ao invés de um objeto ou lugar a tinham como musas e divindades.
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Daniel' 14/09/2022

Este foi meu primeiro contato com Borges e imediatamente fiquei apaixonado pela sua escrita. Há vários tipos de contos nessa coletânea, de policiais até fantásticos. Tudo isso com uma escrita densa, porém deliciosa.

Borges escreveu apenas histórias curtas. No prologo de 'Ficções' ele justifica: "Desvario trabalhoso e empobrecedor o de compor vastos livros; o de espraiar em quinhentas páginas uma ideia cuja perfeita exposição oral cabe em poucos minutos. Melhor procedimento é simular que esses livros já existem e propor um resumo, um comentário."

Para mim se destacaram os contos:

- As Ruinas Circulares: É contada a história de um mago que criou um homem (seu próprio filho) através dos sonhos. O final é surpreendente.

- Pierre Menard, autor do Quixote: Aqui, temos a análise da obra de Menard, que escreveu 'Quixote'. Ele leva a obra de Cervantes ao século XX, mas de um jeito bem peculiar: ele reescreve o livro de maneira idêntica ao original, linha por linha. De acordo com Borges "O texto de Cervantes e o de Menard são verbalmente idênticos, mas o segundo é quase infinitamente mais rico". É um texto engraçado e irônico, que nos faz pensar sobre o que realmente significa possuir a autoria de uma obra.

- A Biblioteca de Babel: Meu conto favorito desse livro. Fala sobre uma biblioteca (universo) que possui todos os livros que já existiram ou poderiam existir. Ou seja, todas as respostas e mistérios do mundo estão nela. Só há um problema: Por existirem possibilidades quase infinitas de livros, é totalmente improvável achar algo que faça sentido.

Normalmente livros de contos têm seus altos e baixos, é difícil achar algum que todos os textos sejam bons. Porém achei todos os contos deste livro impecáveis. Apesar disso, muitos contos possuem diversas camadas e necessitam de releituras. Com certeza vou aproveitar ainda mais o livro quando tiver uma bagagem literária e filosófica maior.
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Nicolas388 31/08/2022

«El presente era casi intolerable de tan rico y tan nítido.»
Borges me había encantado mucho antes de leerlo. A través de un vídeo que lo conocí, volviéndose muy rápido a uno de aquellos autores que necesitamos, a toda costa, encontrar. No fue un camino fácil, pero tampoco imposible.

Sus cuentos son casi intolerables de tan ricos y tan nítidos. La narración llena de erudición, las historias perfectamente controladas, como una partida de ajedrez que no podemos vencer. Ni todos cuentos me han encantado, por supuesto, pero saqué de todos una sensación de... No sé como explicarla mejor: una sensación de grandiosidad. La grandiosidad de sus temas, la grandiosidad de su escritura, su estética.

En fin, es un libro para leer.
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IGuittis 30/08/2022

Foi a primeira vez que tive contato com a escrita do Borges. Resolvi ler Ficções por indicação da booktuber Tatiana Feltrin, e gostei bastante.
Acredito que terei que reler todos esses contos em algum outro momento e que aí sim conseguirei entender muita coisa melhor, porém para uma primeira leitura eu aproveitei muito.
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Ana Luiza 27/08/2022

Disponível em @anawithcoffee
Ficções, de Jorge Luis Borges.

Ou deveria dizer, ?provocações? de Jorge Luis Borges.
Um provocar ao sentir, ao imaginar, à imersão particular.

Em muitos de seus contos o autor inclui charadas, provocações, ironias ? mas nada disso passa de uma espécie de brincadeira. A erudição transcendental julgada necessária à leitura de Borges é, nada mais do que exagerada e desnecessária. Apenas leia, é ?apenas? um livro, certo?

Falando sobre a obra, tratemos de alguns dos contos mais espetaculares da literatura:

Você vai se deparar com ensaios sobre obras jamais publicadas, escritas por autores que nunca existiram, temas como os espelhos e os duplos, questões sobre autoria, assombros e simulacros, criações e sonhos, realidades e ficções.

Histórias curtas muitas vezes entregam mais do que romances de páginas inúmeras. A obra de Borges é composta apenas por textos curtos, o que para ele, era apenas óbvio?

?Desvario trabalhoso e empobrecedor o de compor vastos livros; o de espraiar em quinhentas páginas uma ideia cuja perfeita exposição oral cabe em poucos minutos. Melhor procedimento é simular que esses livros já existem e propor um resumo, um comentário.?
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gabriel.a.brumatto 27/08/2022

Borges e sua obra prima.
Em primeiro lugar, este foi o meu primeiro contato com Borges. Havia folheado alguns livros dele, incluindo Ficções, mas, nunca havia lido um livro dele de cabo a rabo. Resolvi começar pela Ficções porque muitos consideram a obra prima dele. E eu gostei bastante deste livro. Obviamente, tiveram alguns contos que eu não gostei, mas, isso é inteiramente normal, ainda mais em uma antologia de contos. De todos os contos lidos, o meu favorito foi O Jardim de Veredas que se Bifurcam.
Um conselho: não tenha medo de Borges. Todos falam que é impossível, que a escrita dele é muito difícil, que os contos tem uma estrutura muito complexa, e etc. Alguns realmente tem, e precisam de um pouco mais de atenção para que a compreensão seja melhor!!! Enfim, recomendo à todos a leitura das Ficções!!
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