Nunca Lhe Prometi Um Jardim De Rosas

Nunca Lhe Prometi Um Jardim De Rosas Hannah Green




Resenhas - Nunca lhe Prometi um Jardim de Rosas


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Lori 15/04/2011

O melhor da escrita de Hannah Green é como nos leva para dentro da cabeça de Deborah e demonstra o que passa ali dentro. Ela não descreve ações sem propósitos e que a fazem parecer louca. Há um sentindo para a personagem tudo o que acontecia ou as vozes que ouvia, Green não debocha ou diminui. Esse respeito é admirável, valida não somente a personagem, mas também a história. O bom é que o livro não foca somente na doença, sim como ele age nas relações, futuro e desejos de Deborah. Parece que isso é óbvio, porém creio que seja importante mostrar como os pais agem, como é o fato dela não ter completado a escola e como os seus desejos revolvem a volta da esquizofrenia. Por que Deborah não sonha sobre profissões ou namoros, ela deseja ter força para lutar mais um dia. O futuro dela sempre é no dia seguinte, é quando aumenta que mostra a melhora dela.

O que eu mais gosto no livro é como não é uma linha contínua de progresso. O livro fala diversas vezes como ela melhora, mas depois piora, pensa que melhora e vai mais um pouco para o fundo e que ela ai consegue melhorar... e tem uma recaída. Por que a vida é assim, não é uma linha perfeita, há mais recaídas do que gostamos de admitir. E as quedas de Deborah não são fraquezas dela, são representadas como etapas necessárias para chegar ao fim desejado. Claro que é uma decepção, é triste ver como abala não somente aquele quem sofre, mas aqueles que viam como um exemplo a ser seguido. O processo lento, porém contínuo, que leva até ela ter permissão de sair para ir no colégio é o melhor caminho que poderia ter levado. O ensino é ligado normalmente a futuro, se liga normalmente a educação à pessoa ter um futuro bem sucedido. Quando o ensino então vira uma arma dela contra a doença, uma pedra de consistência e força, não há palavras para expressar minha satisfação.

Imagino que esse livro tenha sido um best-seller quando foi lançado, 1964, por ser um livro que trate o assunto abertamente, não trabalha como sendo uma aberração. O livro que considero original para hoje em dia, é minimamente corajoso para a época. E penso que é um ótimo livro para introduzir o assunto, já que trata com liberdade e respeito, talvez assim consiga acabar com alguns preconceitos relacionados a doenças mentais. Novamente, sorte minha, não por ter somente lido um bom livro como também conhecer sobre um novo assunto. Afinal essa não é uma das principais razões da existência dos livros?

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http://depoisdaultimapagina.wordpress.com
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Lia 01/12/2010

Um livro bem dolorido. Conta a história de Deborah, uma menina de 16 anos que é diagnosticada pscicótica e a família resolve interná-la. Durante a terapia ela volta ao seu passado, entra novamente em contato com a culpa, dor e raiva para tentar entender o que a levou viver presa numa fantasia, deixando de lado a realidade. Como o próprio título sugere, nesse livro não há um final feliz, mas é uma história de superação, pois Deborah aprende que pode fazer escolhas, pode construir e realizar muitas coisas na sua vida, mesmo vivendo com uma doença que não tem cura, apenas tréguas.
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