O novo começo do mundo

O novo começo do mundo Trigueirinho




Resenhas - O novo começo do mundo


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Carla.Parreira 14/10/2023

O novo começo do mundo
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Os homens comuns deixaram-se condicionar pelo dinheiro e hoje são seus servos, vivendo e trabalhando quase que exclusivamente para obtê-lo, como se o dinheiro tivesse realmente algum significado intrínseco. Tal inversão de valores é o resultado de um jogo que desde o começo do mundo sempre existiu. O dinheiro em si é uma energia, a qual não existe em mundos além da matéria grosseira que ainda predomina na Terra.
Somente quando o homem passar a auscultar sua verdadeira necessidade, o homem poderá ter saúde e seguir uma vontade suprema, de raízes assentadas no plano cósmico da consciência. Através do livre-arbítrio, o indivíduo dá alimento e força aos seus desejos humanos e vitais, desejos que vêm de um nível de consciência limitado e que não correspondem às suas verdadeiras necessidades.
O dinheiro está diretamente envolvido nas maiores catástrofes mundiais, pois a maior parte do consumo dos recursos planetários é feita em nome do desejo humano, da busca do supérfluo, amparada pelo mau uso da energia monetária e estimulada pela própria engrenagem administrativa dos bens.
Contando-se, por exemplo, que, com o dinheiro gasto em um tanque de guerra, poderiam ser equipadas cerca de 520 salas de aula com 30 alunos por turma, percebe-se que um trabalho subterrâneo de forças involutivas está muito presente na Terra.
O dinheiro, em vez de cumprir sua tarefa de materializar o necessário à vida, passou, na verdade, a ser um estímulo para o acúmulo de cédulas, de créditos, de bens, de prestígio, de ilusões que não correspondem ariqueza real alguma.
Como o homem custa a perceber que a renúncia ao desejo é o único caminho direto para a libertação da ilusão, encarnação após encarnação, ele intercala fases de abundância com fases de miséria.
Diante da lei do carma, quando o homem age no plano físico, ele cria valores materiais, gerando necessidade ou abundância, conforme a qualidade da ação realizada; quando sente, ele cria valores no plano das alegrias e dos desgostos, estabelecendo uma situação emocional positiva ou negativa, conforme a natureza de seus sentimentos; quando pensa, ele cria valores no plano das idéias, o que acarreta inspirações, ideais elevados e, portanto, saúde mental ou formas negativas de pensamento, apreciações críticas e desequilíbrio, conforme o caráter dos seus pensamentos.
Deixando de viver segundo as leis superiores e universais e guiando-se pelas leis terrestres e materiais, o homem, como diz Paulo de Tarso em Romanos 7-19, não faz o bem que quer, mas o mal que não quer. O sistema feudal e a escravidão foi parte da situação planetária manejada pelas forças obscuras. Também hoje, homens são vendidos, só que de outra maneira. Há, por exemplo, quem contribua para indústrias bélicas através do próprio trabalho, considerando tal fato uma normalidade.
O mesmo acontece com as indústrias que fabricam produtos que afetam a ecologia, a saúde física e mental dos homens e do planeta.
A essência espiritual tornou-se prisioneira do dinheiro. A materialização de bens pode ser necessária à manifestação do Espírito sobre a Terra, mas sempre aconteceu em função de satisfazer desejos e caprichos, ou de aliviar o medo e a insegurança dos homens. Apegado aos bens externos, durante milênios de encarnações o homem não percebeu que a paz e a segurança internas dependem de um alinhamento com a consciência superior no interior do próprio ser.
Quando se acumula dinheiro, quando há preocupação em retê-lo ou em multiplicá-lo, nega-se sua verdadeira função, que é a de ser aplicado ao que for necessário, circulando sempre. Somente quando houver falta de bens para comprar (o que segundo o livro está muito próximo) é que o dinheiro entrará no descrédito das pessoas que até hoje estiveram iludidas com o seu poder. Os bens materiais e o valor monetário deveriam ser utilizados em benefício comum a todos, conforme seu destino original.
O dinheiro surgiu como um meio de troca, pois ele só tem valor mediante a utilidade do que se possui com ele. Simboliza, na realidade, a possibilidade de os bens fluírem, mesmo não estando concretamente presentes. Não existe diferença de valores entre os bens, mas unicamente diferença de necessidade. Quem confere valores diferentes não é a Realidade em si, mas, sim, a mente humana. No decorrer da história, o homem passou a dar valores arbitrários aos bens materiais.
Através de um conjunto de especulações, esses valores foram aumentando, com base e, fantasias e na própria necessidade de se manter a engrenagem comercial.
O valor monetário é dado pela mente humana. Assim, temos toda uma civilização fundamentada em valores fictícios, que alimentam, desse modo, a concorrência. Encontramo-nos, conseqüentemente, num processo de desgaste das energias planetárias, pois muitos objetos são criados inutilmente, usando-se, para isso, matéria-prima e trabalho humano, e tudo porque os bens materiais não é dividida e trocada da maneira como deveria ser.
Esse é o espírito da civilização moderna: dando valor monetário a tudo e a todos, ele fomenta a ambição pelos bens materiais e estimula uma produção maior e um consumo maior. Uma doação completamente livre e não condicionada a apegos por parte do doador, nem mesmo quanto a agradecimentos, é a maneira de lidar com os bens que está mais próxima da vibração espiritual e das leis superiores.
Na realidade, os bens deveriam ser de todos e, portanto, compras, vendas e empréstimos são característicos de civilizações que ainda não conhecem a verdadeira ordem do universo já que a Lei é: tudo é de todos!
Nos mundos superiores não há compra, venda ou empréstimo de qualquer coisa, já que nenhum ser evoluído considera-se proprietário de nada.
O verdadeiro doador sabe que, na verdade, ele nada deu, sabe que tudo pertence à Única Vida e que, portanto, nada do que passa por suas mãos é seu. Somos meros intermediários a transferir algo de um local para outro, de uma mão para outra.
É na administração divina, e não ambiciosa, que se encontra a abundância. A idéia comum de ?necessidade? leva o homem da superfície deste planeta a confundir-se diante da infinita abundância cósmica.
A maior necessidade não está associada ao dinheiro, mas a expressão da essência cósmica que se encontra no âmago do ser, nos níveis mais profundos. Quando se está consciente das leis superiores e pronto a vivê-las, não se precisa sair em busca de nada.
O que é necessário aparece sendo trazido pela própria situação de necessidade. Só tem tempo de pedir aquele que duvida dela lei imutável. Como sempre digo a mim mesma, aquilo que não tenho (seja material ou não) é porque não necessito ou mereço e, assim sendo, não tem por que eu me preocupar ou infelicitar-me.
Todos os planetas têm uma fase em que gradativamente se materializam, até que chegam ao auge da sua densidade, como a Terra chegou; iniciam depois outro ciclo, de desmaterialização, até que passem totalmente para os níveis suprafísicos da existência, desaparecendo do plano físico denso.
A abundância cósmica está disponível para os que distribuem suas dádivas, pois, assim fazendo, servem de canal para que ela se difunda.
Quando um indivíduo assume a atitude interior e de abrir-se como um canal para a manifestação da abundância, todos os seus problemas estão resolvidos.
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