Marjory.Vargas 25/08/2023O segundo volume da série Millenium é totalmente focado em Lisbeth. A história se desenrola a partir do assassinato do jornalista Dag Svensson e da criminalista Mia Bergmann. O trabalho dos dois, que seria publicado pela revista Millenium, denunciaria diversas figuras públicas do país no envolvimento com o tráfico e exploração sexual de mulheres.
Lisbeth fica sabendo dessa pesquisa ao acessar o computador de Mikael (quem leu o primeiro volume sabe como ela faz isso) e um nome muito familiar chama sua atenção. Um nome que ela não ouvia há muito tempo. Isso desperta a curiosidade de Lisbeth, e ela faz uma visita ao casal.
No entanto, logo após a saída de Lisbeth do apartamento dos dois, eles são assassinados. Suas digitais são encontradas em uma xícara no apartamento e na arma do crime. Na mesma noite, uma terceira pessoa, ligada à Lisbeth, também é assassinada, e ela passa a ser suspeita então, de um assassinato triplo. Isso dá início a uma caçada da polícia, que coloca o nome de Lisbeth em todos os jornais do país.
Devido a sua aparência exótica, os jornais desenterram histórias sobre a vida dela, e a pintam como uma garota lésbica, satânica, violenta, paranoica, psicótica... E uma assassina de sangue frio.
A única pessoa que não tem dúvidas da inocência de Lisbeth e Mikael, que se vê determinado a ajudar sua amiga, apesar de toda a resistência dela.
A menina que brincava com fogo trás à tona acontecimentos chocantes do passado de Lisbeth, tirando dúvidas que surgiram no primeiro livro, e nos revelando uma garota ainda mais incrível e inteligente.
Apesar de denso (são mais de 600 páginas) a leitura flui muito bem. Larsson constrói uma história elaborada e cheia de detalhes. É uma leitura que exige muita atenção, mas não é monótona e nem cansativa.
O final do livro não é redondinho como o primeiro, nos deixando curiosos para o futuro dos personagens. Mas todas as dúvidas são respondidas no terceiro volume.