O anjo pornográfico

O anjo pornográfico Nelson Rodrigues
Ruy Castro




Resenhas - O anjo pornográfico


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Toni Siqueira 04/08/2019

O Anjo Pornográfico
Biografia do gênio polêmico Nelson Rodrigues
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Victor.Escobar 12/12/2018

Para entender a obra de Nelson, é essencial que conheça sua vida e seu tempo - o que fica muito mais saboroso com a batuta de Ruy Castro. O livro é muito saboroso e capaz de fazer com que o leitor passe a ler Nelson de uma outra forma, talvez mais compreensiva.
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Gabriel 21/11/2018

"O anjo pornográfico" é uma preciosidade nas mãos do leitor curioso -- e não poderia ser diferente com qualquer leitor que tem esta obra em mãos: Nelson Rodrigues, com seu jeito, desperta curiosidade até no mais incauto e despretensioso sujeito. E Ruy Castro, através de mais um trabalho primoroso, satisfaz da melhor forma possível essa curiosidade do leitor.

É impossível não se emocionar, gargalhar, verter algumas lágrimas ou se irritar diante das narrativas feitas pelo Ruy, que são dignas de um romance bem intrincado. Por se tratar de uma biografia do Nelson Rodrigues, certamente não poderia ser diferente: a vida do dramaturgo foi repleta de altos e baixos, talvez até mais conturbada e "rodrigueana" do que as suas obras teatrais.

No entanto, não se pode deixar de fazer jus ao Ruy Castro. Seu trabalho não se restringe à vasta pesquisa de campo e às entrevistas com pessoas do círculo de Nelson, mencionadas ao fim do livro. Pelo contrário, vai muito além. A qualidade, o estilo, o cuidado com as palavras, marcam este livro do início ao fim. O leitor mais desatento e entusiasmado pode vibrar até mesmo com o índice remissivo nas folhas finais, tamanha é a destreza do Ruy Castro na arte de escrever.

"O anjo pornográfico", portanto, tem a grandeza de revelar várias facetas de Nelson Rodrigues, ao mesmo tempo em que provoca inúmeras sensações -- por vezes até contraditórias -- na consciência do leitor, que não pode fazer nada senão submeter-se à viagem conduzida impecavelmente por Ruy Castro.
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Luiza 16/10/2018

O óbvio ululante: livro maravilhoso!
Estou com os olhos ardendo pelas lágrimas que derramei quando encerrei essa magnífica biografia escrita por Ruy Castro. Um trabalho de fôlego, assim como a biografia da Carmen Miranda! Ruy Castro merece um prêmio por todos os seus livros!

É indescritivelmente envolvente a história que Ruy Castro nos conta sobre o Nelson Rodrigues. Tornamo-nos completamente envolvidos com o dramaturgo, com sua família, seus amores, seu trabalho e seu tempo...
Quando Nelson morreu, eu contava com 11 anos e vivi todo caldo cultural remanescente das décadas de 60 e 70... Percorrer essas histórias e essa época através da escrita divertida, sensível e até poética de Ruy Castro me tocou profundamente. A narrativa me remeteu a outro tempo, um que não vivi ativamente, mas do qual tive algum contato: ainda criança, eu já começava a ouvir, nas conversas dos adultos, nos noticiários, sobre os anos de chumbo (ainda estávamos vivendo a ditadura), a Guerra do Vietnã (que ainda era assunto nos noticiários), os filmes baseados nas obras de Nelson que entravam em cartaz no Roxy de Copacabana, toda contracultura ainda estava fervilhando...
.....
Adoro os livros de Ruy Castro, todos me encantam, me comovem, me surpreendem... me remetem a outro tempo, como se eu fizesse parte da vida dos seus personagens - sejam eles reais ou fictícios.
Quem nunca leu Ruy Castro precisa começar! Não dá vontade de parar. Esse maravilhoso escritor, hoje com setenta anos, já ganhou o prêmio Jabuti (em 1996). Sua Magnum Opus é o livro "Chega de Saudade - a história e as histórias da bossa nova", que será minha próxima leitura.
Em tempo, a biografia da Carmen Miranda é deliciosa... E o "Ela é Carioca - uma enciclopédia de Ipanema" é imperdível, especialmente para os Cariocas!

O que vocês estão esperando pata começar a ler Ruy Castro? ?
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Suerllen 15/07/2018

Não tenho muito o que falar sobre esse livro, comecei com uma expectativa nas alturas, e como esperado, ela foi contemplada.
Ruy Castro é, sem dúvida alguma, o maior biógrafo nacional em atividade. Para quem leu Estrela Solitária, sabe bem do que eu estou falando.
Ao iniciar Anjo Pornográfico, o meu conhecimento sobre Nelson Rodrigues era superficial, sabia que tinha sido um grande Jornalismo, reaciónario e etc. Mas Nelson Rodrigues é muito mais do que isso. É como o póprio Ruy explica no final do livro "Mas foi só ao começar este trabalho que me dei conta da existência de muitos Nelsons no Nelson Rodrigues que julgava conhecer."
Você vai ficar revoltado pela falta de reconhecimento que o Nelson teve em boa parte da sua vida. Vai ficar triste com o drama que a familia Rodrigues passou a partir da morte do seu irmão Roberto. Vai ficar feliz quando finalmente o grande tarado Brasileiro virou uma unanimadade nacional. E com certeza, ficará com saudades quando o Anjo Pornográfico subir ao céu.

Mais uma biografia indispensável, escrita pelo genial, Ruy Castro.

Nota 10!
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Sergio21 12/01/2018

Nosso melhor biógrafo com nosso melhor filosofo
Ruy Castro consegue em vários momentos decifrar a alma de Nelson Rodrigues interpretando toda sua obra...além da história da vida do escritor o livro análise o espírito e legado de Nelson Rodrigues. Talvez nosso maior autor de teatro
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Humberto.Yassuo 17/02/2017

O "PERSONAGEM" PARADOXAL
Nelson Rodrigues não foi e nem é um personagem. É real e autêntico nas melhores acepções dos termos; por isso não é um escritor de obras datadas, daquelas que só tiveram importância em um determinada época. Mas a sua validade como escritor sobrevive ao longo do tempo de modo crescente.

Mas pelo conjunto de elementos e acontecimentos de sua vida, se Nelson Rodrigues fosse um personagem, seu criador/escritor certamente se consagraria na literatura mundial pelo ineditismo e pela fantástica criatividade com que construiu a obra que o engloba. Essa é a impressão mais forte que é possível ter dentre outras tantas ao ler a mais esse trabalho de Ruy Castro.

Nelson Rodrigues foi um homem paradoxal. Um conservador que ousa apresentar o sexo de forma naturalizada, de modo a chocar com os tabus vigentes. Um escritor que parece obcecado pela morte, apesar de tantas tragédias em sua família e de tanto sofrer com essas. Um homem que reivindica a liberdade, mas que se mostra simpático aos ditadores brasileiros de 1964 e subsequentes. É o autor da frase "toda unanimidade é burra" que, não obstante, tanto se incomodava com as críticas aos seus trabalhos, sobretudo no campo do teatro. São paradoxos de graus exponenciais máximos. Enfim, um homem polêmico pelos paradoxos que compõe a sua genialidade.

E quanto a Ruy Castro? Um narrador de mais uma primorosa biografia que se passa por oculto nos tantos intrigantes detalhes que envolvem a vida de Nelson, mas que ao mesmo tempo revela conhecê-lo como ninguém. Consta que entrevistou 125 pessoas que conheceram o biografado, o que é algo realizável para qualquer pessoa que se dispõe a um trabalho dessa natureza. Mas a sua capacidade de extrair dessas entrevistas os elementos necessários para apresentar o personagem na sua genuína forma e conteúdo e, então, sistematizá-los em um texto que permite lê-lo com agradável fluência e provocar todos as sensações possíveis, certamente é algo que só uma figura igualmente notável é capaz de realizar. E Ruy Castro realizou.
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Fabi_ZP 08/10/2015

Resenha: O Anjo Pornográfico – A Vida de Nelson Rodrigues (Ruy Castro)
Esta, meus caros, é uma obra sem igual!

Como sempre, o incrível Ruy Castro mostra toda a sua habilidade com as palavras e desenvoltura com a escrita. Este livro não só nos leva a conhecer mais sobre a vida irreverente de Nelson Rodrigues, como também, nos faz viajar um pouco mais pela história do nosso próprio país, uma vez que todo capítulo é marcado pelos anos do biografado e o autor sempre nos contextualiza muito bem em cada momento da vida do jornalista e escritor brasileiro, tido como o mais influente dramaturgo de nosso país.

O vai e vem cronológico mostra o quanto o autor da obra domina a questão temporal com segurança, avançando e recuando no tempo à medida que isso se faz necessário. Sendo que, ao longo dos próprios capítulos, os eventos são entrelaçados, substituídos por outros para, logo depois, serem retomados, deixando o texto dinâmico, rápido e cheio de ritmo!

E além da preocupação frequente de Castro em nos colocar dentro do contexto histórico e cultural no qual estava inserido Nelson, também nos deparamos com uma variedade rica e imensa de personagens secundários abordados. São diversos poetas, jornalistas, artistas, atores, autores, diretores de teatro, intelectuais, políticos, diretores de cinema, empresários e toda uma gama de sujeitos envolvidos direta ou indiretamente com o dramaturgo.

Dessa forma, vemos que, em O Anjo Pornográfico, o escritor traça, com muito cuidado, o perfil de um dos maiores teatrólogos do Brasil.

nelson

Por meio de quase 700 entrevistas, Castro reconstrói toda a trajetória do homem que, segundo ele, teria sido um grande ídolo seu desde a infância.

Cada indivíduo exposto na obra e cada depoimento são fundamentais para a assimilação do contexto e indispensáveis para a compreensão dos próprios escritos de Nelson Rodrigues, uma vez que ele usava constantemente seus amigos e, principalmente seus desafetos, em citações suas e até como personagens/protagonistas em suas peças, artigos e crônicas.

Aliás…

Vale lembrar que Nelson era de uma época bem diferente da nossa, portanto, imaginem o espanto daqueles que leram os textos desse escritor, num período em que os tabus eram ainda mais densos do que atualmente. Cenas de incesto, violência, preconceito, estupro, morte… Tudo isso sendo lido e admirado por qualquer tipo de leitor, mesmo por uma criança, é notável!

Apesar de todo o assombro, suas obras tinham (e ainda têm) muitos leitores, o que mostra quanto trabalho de edificação foi realizado!

Como já deixei claro acima, Castro é um notável conhecedor do cenário cultural brasileiro, o que já lhe confere, uma vantagem enorme ao abordar a vida de uma figura tão marcante. Entretanto, para a nossa alegria, ele não se contenta apenas em mobilizar seus conhecimentos, mas, também, vai fuuuundoooo em sua pesquisa para a obra.

Uma prova disso é o detalhamento histórico acerca do pai de Nelson, o senhor empreendedor (e emotivo) Mário Rodrigues, uma figura jornalística tão importante quanto a do filho, visto que ele foi um personagem marcante do jornalismo do início do século XX.

Ali, lemos/vemos sua ascensão e queda, narradas ao longo das primeiras 100 páginas da obra, o que, posteriormente, deixa bem claro o papel do pai na vida de Nelson Rodrigues!

O senhor Mário é tão importante para o desenvolvimento da carreira do filho (já que o escritor trabalhou a vida inteira em jornais e, claramente, beneficiou-se das conexões do pai), quanto para a vida pessoal, a qual é levada de maneira tão inflamada e apaixonada por Nelson (assim como sua figura paterna também costumava viver). Não é a toa que ele, assim como a Dona Esther (mãe de Nelson e esposa de Mário), influenciou tanto as obras do escritor!

Inclusive, ao meu ver, a família Rodrigues em si é um dos pontos altos do livro! Sinceramente? Desde o casamento dos pais, até o encerramento de sua história, o enredo familiar é algo digno de um dramalhão (ou melhor, novela!) mexicano!

Enfim…

Dramas á parte, é com essas e outras que vemos a verdadeira dedicação de Ruy Castro com a vida do biografado!

E se você quiser ler a continuação da resenha, eu recomendo que entre no blog: World Fabi Books ;)

site: https://worldfabibooks.wordpress.com/2015/07/30/resenha-o-anjo-pornografico-a-vida-de-nelson-rodrigues-ruy-castro/
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Vivian Cristina 09/09/2014

Vale a pena lembrar!
Gosto de ser pequena, de dar aos homens uma impressão de extrema fragilidade e de me achar, eu mesma, eternamente mulher, eternamente menina (Trecho da Peça “Minha Vida” do pseudônimo de Nelson, Suzana Flag, p. 207).

Nelson, com o pseudônimo de Myrna, escreve (em 1948): “De onde resultam as tragédias amorosas? Resultam, precisamente, do fato de que ninguém escolhe certo, mas escolhe, quase sempre, errado. Vou mais longe: a gente não escolhe nem certo, nem errado. A gente não escolhe. Gostamos e deixamos de gostar, por uma série de fatores estranhos à nossa vontade. De forma que, em realidade, tudo é uma pura e simples questão de sorte. (p.220)
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marinamelz 02/01/2014

Simplesmente a melhor biografia que eu já li. Não sei se pela genialidade do biógrafo ou pela intensidade do biografado.

Extremamente bem escrita, detalhada, bem editada. Incrível.
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jmrainho 18/11/2013

O anjo pornográfico
Companhia das Letras, 1992
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Ruy Castro, jornalista e escritor, autor de "Estrela Solitária" (sobre Garrincha) e "Carmen" (sobre Carmen Miranda), e de livros de reconstituição histórica, como "Chega de Saudade" (sobre a Bossa nova) e "Ela é Carioca" (sobre o bairro de Ipanema, no Rio).Em ficção, é autor do romance "Era no Tempo do Rei", das novelas "Bilac Vê Estrelas" e "O Pai Que Era Mãe", e de condensações de clássicos como "Frankenstein", de Mary Shelley, e "Alice no País das Maravilhas", de Lewis Carroll.

Ruy trabalhou dois anos no livro, patrocinado, com bolsa da Goodyear. Ouviu 125 pessoas, fez 700 entrevistas.
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O livro é dividido em capítulos marcados por anos.
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Nelson Rodrigues nasceu em 23 de agosto de 1912. Morreu em 21 de dezembro de 1980 após fazer 13 pontos na loteria em um bolão com amigos de O Globo.

Seu Pai, Mário Rodrigues, foi advogado, deputado e jornalista em Recife. Mário Rodrigues Foi tentar a vida no RJ em 1915, com 31 anos. Acertou-se no jornal Correio da Manhã, de Edmundo Bittencourt, do qual se desentendeu e fundo o jornal Manhã, com um sócio que depois lhe tomou o jornal. Viveram com dificuldades na rua Alegrete. Foi preso durante um ano por criticas ao governo e o Correio da Manhã deixou de circular por oito meses.
Mário Rodrigues, após perder A Manhã, lançou em 1928 o jornal Crítica. Em 1930 lançou o vespertino Última Hora

Roberto Rodrigues, irmão de Nelson, foi assassinado por Sylvia Seraphin, socialite, que saiu no jornal como adúltera. Ela queria matar Mário, mas encontrou apenas Roberto na redação e ficou satisfeita, em 1929. Mário Rodrigues, de desgosto, morreu alguns meses depois, deixando a família na miséria. Sylvia foi absolvida, mas se suicidou anos depois.


A primeira redação de Nelson Rodrigues na escola foi sobre adultério.
Nelson começou a trabalhar em A Manhã na editoria de polícia.Redação tinha Monteiro Lobato, Antônio Torres e outros nomes que depois despontariam. Jornais buscavam o furo. O concorrente A Noite chegava a tirar cinco edições diárias.
Nelson se interessou por histórias de adultério e inventava diálogos.
A Manhã inovou por publicar anúncios de empregos gratuitos.

Mário Filho, irmão de Nelson, começou a assumir a página de esportes de A Critica,

Em 1911 Irineu Marinho fundou A Noite, de grande sucesso, mas seu sócio lhe tomou o jornal enquanto ele viajava a Europa. Fundou o Globo em 1925, mas 21 dias depois morreu e quem assumiu foi seu filho Roberto Marinho. Nelson Rodrigues foi trabalhar lá.

Nelson era tuberculoso e foi internado diversas vezes em Campos do Jordão, numa clínica popular. Seu irmão Joffre morreu de tuberculose

Em 1941 escreve sua primeira peça A mulher sem pecado. Escreveu para ganhar dinheiro, pois os autores ficavam co equivalente a 18 poltronas Recebeu criticas. Depois escreveu Veu de Noiva. Escrevia muito a noite, em 6 dias fazia o texto. Vestido de Noiva inovou o teatro pelo jogo de luzes e dificuldade em cenas onde a atriz trocava de roupa rapidamente, interpretando vários papeis reais e imaginários. Escreveu contos no jornal sob pseudônimo Suzana Flag, que foram um sucesso, ja em O Jornal de Assis Chateaubriand, com o título Meu destino é pecar... Em 1950 saiu para o Diários Associados, ficou desempregado um ano e depois aceitou convite para o Ultima Hora de Samuel Wainer. Wainer pagava o triplo de outros jornais e salvou Nelson.

Em 1955 os Rodrigues ganharam um processo contra a união por ter destruído a Critica. Ganharam um bom dinheiro. Saiu depois para O Globo em 1962.

Sua filha Daniela, fruto do último casamento, nasceu deficiente e cega., em 1963

Nelson escreveu para Walter Clark a primeira novela brasileira, A morta sem espelho.

Escreveu contos no jornal sob pseudônimo
Anos depois acabou quase esquecido. O único autor jovem que ainda ousava dizer-se seu fã foi Plínio Marcos.

Seu filho Nelsinho envolveu-se com a luta armada (MR 8), e ficou nove anos preso. Somente aí Nelson acreditou que havia tortura no Brasil. Nelson se dava com Médice devido ao futebol que ambos gostavam, mas o ditador não ajudou. Nelson chegou a ajudar diversos perseguidos políticos, pois se dava com os militares.

Uma de suas ultimas paixões foi em 1980, com Ana Lúcia Magalhães Pinto, filha do velho político mineiro, e separando-se de seu marido, o psicanalista Eduardo Mascarenhas.
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Ciça 22/05/2013

Que romance!
Uma vida tão interessante que nem parece real, mas sim ficção, além de muito bem contada! Recomendo!
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Adailton 08/02/2013

Uma biografia com raízes fartas
Um livro interessante não precisa mais do que uma boa história e alguém habilidoso o suficiente para contá-la. No que concerne a história, o homem-mito a ser descoberto, Nelson, teve uma vida digna de novela brasileira. São dramas que atingiram a ele e sua família que se misturam às transformações que o Rio de Janeiro e o próprio Brasil foram sofrendo ao longo das décadas. Sem tirar a contribuição maciça que a família Rodrigues deu ao jornalismo nacional e a de Nelson como o maior dramaturgo brasileiro e cronista da vida cotidiana.
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Matheus 10/01/2013

Incrível como uma biografia pode parecer um dos livros de ficção mais fantasiosos. Por que só assim para se acreditar na vida desse verdadeiro mito que foi Nelson Rodrigues. Incrível como o azar e a tragédia que ele tanto escrevia, pareciam voltar para ele próprio, como que por vingança do destino. Incrível também foi a história da família Rodrigues, presente em toda a história do jornalismo brasileiro. E esse livro consegue apresentar de maneira perfeita essa história, dando toda a dimensão “épica” e triste que ela tem. Incrível o número de pessoas importantes que tiveram sua vida relacionada a família ou ao próprio Nelson durante os anos. Apesar de começar um pouco arrastado, a dimensão da história compensa isso, pois a primeira história a ser contada é a de Mário Rodrigues, pai do Nelson, com uma vida tão interessante quanto. O livro ainda é bem sucedido em explicar as motivações por trás das peças escritas pelo Nelson, e como todas as tragédias vividas por ele influenciaram em suas criações. Um livro completo. Um livro incrível.
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Rui Alencar 21/10/2012

Pag. 219...De onde resultam as tragédias amorosas ? Resultam, precisamente, do fato de que ninguém escolhe certo, mas escolhe, quase sempre errado. Vou mais longe: a gente não escolhe nem certo, nem errado. A gente não escolhe. Gostamos e deixamos de gostar, por uma série de fatores estranhos à nossa vontade. De forma que, em realidade, tudo é uma pura e simples questão de sorte...

Pag. 237...garantida a virgindade e fidelidade de suas mulheres ou namoradas, as mulheres ou namoradas dos outros eram para ser desejadas sem contemplação. O conflito se dava porque, debaixo de toda a culpa e repressão, as moças tinham vontade própria e também desejavam os homens que não deviam desejar. E, com isso, todos eles, homens e mulheres, viviam num estado permanente de excitação erótica.

Pag.239...Uma pessoa que só tenha do mundo uma visão unilateral e rósea, e que ignore a face negra da vida, é uma pessoa mutilada. Por outro lado, nego a qualquer um o direito de virar as costas à dor alheia. Precisamos ter continuamente a consciência, o sentimento, a constatação dessa dor. Sei que nenhum de nós gosta de se aborrecer. Mais importante, porém, que o nosso frívolo conforto, é o dever de participar do sofrimento dos outros...
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