O anjo pornográfico

O anjo pornográfico Nelson Rodrigues
Ruy Castro




Resenhas - O anjo pornográfico


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Marcone 07/09/2012

"O anjo pornográfico", Ruy Castro

Excelente biografia de Nelson Rodrigues. O autor fez um trabalho de pesquisa profissionalíssimo, pontuando diversos trechos da vida do biografado com a de, dentre outros, Mário Rodrigues, seu pai e Roberto Rodrigues, seu irmão - que foram de extrema importância para o entendimento da vida e obra (e personalidade) de Nelson. Ruy Castro é um Escritor, com "E" maiúsculo, conduz com maestria a narrativa de uma história chocante e trágica, recheada de bom humor e passagens pitorescas. O fim do livro é lindíssimo, capaz de fazer rolar uma gota de lágrima dos olhos dos leitores mais renitentes.

Um livro belíssimo, que deve agradar mesmo a quem não seja, como eu sou, um admirador da obra de Nelson Rodrigues. O mérito é todo dele: Ruy Castro.
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Joubert 03/08/2012

"Anjo Pornográfico" ou "Nelsons Rodrigues"
Obrigado Ruy Castro por nos apresentar um Nelson Rodrigues diferente do que, nós mais novos, aprendemos a conhecer: "reacionário, anti comunista, do lado dos militares e ponto final." Não, não é ponto final... Faltaram nos dizer que ele era irônico, polêmico, democrata acima de tudo e além disso totalmente a favor da liberdade, seja qual for o Nelson Rodrigues que conheceu, esse livro vai fazer ver quantos outros existiam... Todos surpreendentes.
Gláucia 03/08/2012minha estante
Eu tb fazia uma imagem equivocada dele. A de ser reacionário ele derrubou ao afirmar que reacionário é quem não aceita uma ideia diferente da sua própria.




Elaine P. 21/07/2012

Excelente
Quando um excelente biógrafo encontra um biografado especial, não há como a fórmula dar errado. "O anjo pornográfico" é o fruto de um desses felizes encontros.

Minha vídeo-resenha: http://youtu.be/1Csqj-7qJSU
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Camila 25/06/2012

Fascinante!
Quando estava no 1º ano do Ensino Médio tive a oportunidade de ler Nelson Rodrigues pela primeira vez. O livro indicado pela escola era "Anjo Negro". Acabei me apaixonando por aquela escrita simples e "pesada", que de tão trágica para mim chegava a ser engraçada. Li e reli aquela história várias vezes, e sempre que releio encontro novos detalhes que trazem uma visão diferente da história. Apesar de já ter lido algumas outras obras, essa é (e creio que sempre será), a que mais me marcou.

Depois de "Anjo Negro" só fui ler outra coisa do autor no primeiro ano da faculdade de Jornalismo. O livro da vez era "O Beijo no Asfalto". Este já não me interessou tanto, talvez por eu já saber o desfecho da história, de tanto que ouvi falar.

Este ano, no segundo ano da faculdade, foi indicado para a disciplina de Psicologia o livro "O Anjo Pornográfico", de Ruy Castro. A princípio fiquei apreensiva por ter de ler um livro tão longo em tão pouco tempo, mas quando descobri que se tratava da biografia de Nelson Rodrigues, a apreensão deu lugar à excitação.

O livro de Ruy Castro é incrível. Cheio de detalhes, o autor não só conta a história de Nelson, mas também fala sobre a história de seus familiares, contando o rumo que cada um tomou e as consequências disso.

Por muitas vezes me peguei pensando em como Ruy Castro reuniu tantos detalhes. Nos agradecimentos o autor conta que chegou a fazer perto de setecentas entrevistas, o que demonstra quão minucioso foi esse recolhimento de dados.

Antes de ler o livro achava Nelson Rodrigues fascinante. Depois de ler, passei a achá-lo mais ainda. Para quem gosta - e até quem não gosta - do estilo de Nelson, vale muito a pena ler e saber um pouco sobre o que se passava com aquele tarado, louco ou gênio.

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RDominici 16/01/2012

Emocionante
O livro que me chamou a atenção pro gênero Biografias. Emocionante, engraçado e bem escrito, um relato apaixonante da vida do maior autor do teatro brasileiro e meu guru particular. A minha cópia é autografada pelo Ruy.
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Nívia 09/07/2011

Uma biografia que deve ser lida
Em “O anjo pornográfico”, o jornalista e escritor Ruy Castro descreve como foi a vida de Nelson Rodrigues. Como deixa claro na introdução, o livro não é um estudo crítico. Trata-se da biografia do jornalista e escritor que revolucionou a maneira de fazer teatro em uma época que a simples menção a palavras como sexo e amante causava polêmica. Pelas situações que representava em suas peças, Nelson Rodrigues recebeu a fama de “tarado”; por suas visões políticas, foi taxado de “reacionário”. Havia quem o admirasse e mais ainda quem o odiasse, mas, como ressaltou Ruy Castro, sua genialidade era consenso.

Sem dúvidas, recomendo! Embora já tivesse vontade de saber mais sobre a vidas de Nelson Rodrigues, não imaginava uma história tão interessante quanto esta.

“Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico”. (Nelson Rodrigues)
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Luis 03/02/2011

Nelson dissecado em obra prima de Ruy Castro.
É díficil resumir em palavras a minha profunda admiração por Ruy Castro. Muito mais fácil será falar do livro que inaugurou a minha relação de "leitor apaixonado" (título de seu mais recente livro) com a obra do autor.
"O Anjo Pornográfico", que eu comprei na véspera do natal de 1994, é a biografia definitiva sobre Nelson Rodrigues, nosso maior dramaturgo e um dos grandes jornalistas de todos os tempos. A grandeza do livro está nas inúmeras passagens interessantes que através da história do escritor repassam um período significativo da vida brasileira. Na impossibilidade de resumir todas, fico com aquela que mais me emocionou :
Em 29 de dezembro de 1929, uma tragédia abalou a família Rodrigues. Roberto, um dos talentosos filhos de Mário Rodrigues, foi brutalmente assassinado por uma socialite enlouquecida que entrou de arma em punho na redação do Jornal dos Rodrigues à procura do patriarca.Dias antes, o diário havia publicado uma notícia sobre sua separação, o que a deixou revoltada. Como Mário Rodrigues estava ausente, ela atirou em seu filho, hábil cartunista, que também atuava no jornal. O fato arrasou a família, levando Mário Rodrigues à depressão e à morte, meses depois.
Em 1943, Nelson Rodrigues, que na época do assassinato do irmão era um adolescente de 17 anos, estreou a revolucionária "Vestido de Noiva", a peça que iria mudar radicalmente o teatro brasileiro de então. Nelson escrevia a peça à noite, após o expediente no jornal. Durante o dia, sua esposa datilografava o texto e imúmeras vezes ligava para a redação : "Nelson, deve ter alguma coisa errada. Eu não estou entendendo nada. É assim mesmo ?" Ele respondia : "Pode datilografar do jeito que está." Nelson criou, pela primeira vez no nosso teatro, ações simultâneas em que o passado, o presente e a imaginação da personagem principal se alternavam no decorrer da peça.
O texto chamou a atenção de um diretor refugiado da guerra, recém chegado ao país, Ziembinski, que ensaiou um grupo de teatro amador para uma apresentação única, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
No dia da estréia, Nelson estava com a família em um camarote. Extremamente nervoso, não tinha certeza se a platéia estava preparada para o que seria encenado.
Abrem-se as cortinas, começa o espetáculo. Os vários planos de ação da peça são apresentados. No fim do ato, aplausos protocolares.
No segundo ato a ação se intensifica. Os aplausos do final se resumem a alguns poucos, puxados por amigos e pela família.
Entra o terceiro ato, a platéia fica estupefada. Dessa vez nem sua mãe aplaudiu.
Nelson a custo se mantêm no teatro até o fim da peça. Já via se desenhando o fracasso, a humilhação suprema de uma vaia monumental...
Finalmente o espetáculo termina. A cortina se fecha. Longos segundos de silêncio torturam ainda mais Nelson que, aquela altura, já quase chorava, quando lentamente irrompe um, dois , três aplausos, até desaguar em uma ovação consagradora como poucas vezes se viu no Municipal. No meio da confusão e dos "vivas e bravos" vigorosos, alguns começaram a gritar: "O autor, o autor !" Nelson, que ocupava com a família um discreto camarote, não era visto pela multidão que consagrava a sua criação. Acabou acidentalmente ignorado em seu momento mais glorioso.
Após a apresentação, o elenco foi comemorar o sucesso em um dos muitos restaurantes chiques que ficavam na Cinelândia. Nelson não foi. Tinha acabado de inventar o Teatro brasileiro moderno, mas não tinha dinheiro para a despesa. Preferiu ficar com a família e esperar uma conduçao para voltar para casa. Já era madrugada. Começava o dia 29 de dezembro de 1943, décimo quarto aniversário de morte de seu irmão Roberto.
Só por esse episódio "O Anjo Pornográfico" merece figurar entre as obras primas da literatura não ficcional brasileira.
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Ary 14/12/2010

História sobre a vida de Nelson Rodrigues e da gênese do jornalismo brasileiro
Ruy Castro é mesmo uma pessoa incrível. Não só por seu trabalho de pesquisa em "O anjo pornográfico", como também pela forma de narrar os acontecimentos, onde parece estar contando um romance ao invés de uma biografia. O livro detalha a vida de Nelson Rodrigues, dos conflitos que fizeram sua família se mudar do nordeste, passando pelos livros e peças do escritor, até o fim de seus dias. Também conhecemos as pessoas importantes que fizeram parte de sua vida, como os pais, irmãos, filhos e, de brinde, um pouco da história dos primórdios do jornalismo brasileiro. Bastante recomendado para quem gosta do assunto.
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vitor 06/12/2010

Detalhista istaistaista.
Ruy Castro dá muitas voltas, conta detalhes de jornalistas que influenciaram a criatividade do irmão de Nelson ou exagera muito na personificação do herói destemido Mario Rodrigues...

Leia se tiver muita paciência ou se for muito fã do autor. Caso contrário nem tente ...
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Luciano Marques 03/11/2010

A melhor biografia
Disparada a melhor biografia escrita no Brasil.

Em parte por causa do autor, em parte por causa do personagem.

Nelson era uma pessoa muito, mas muito complexa e o livro ajuda a entender a mente brilhante de um dos maiores escritores que já tivemos (e teremos para todo o sempre, não importa quanto tempo passe).
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Felipe B. Cruz 05/10/2010

Uma brilhante biografia
Uma brilhante biografia de um dos maiores escritores brasileiros. Recomendo para todos. De uma forma geral, todos os livros de Ruy Castro são ótimos.
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Jonara 18/04/2010

Nelson Rodrigues pra mim foi o cara. Na minha adolescência, quando eu precisava ler coisas bizarras e sombrias, foi ele quem me amparou. Suas personagens femininas neuróticas, a violência, sexualidade, a loucura... todas as fugas que eu precisava encontrava em seu teatro. Ele foi meu grande amor quando eu ainda nem sabia bem o que era isso.
Na casa do meu pai tinha este volume que sempre me intrigou. O Anjo Pornográfico... li apaixonada, e por causa dele, queria ser jornalista. Cheguei a escrever peças de teatro mórbidas e bizarras, economizava papel como ele, e eu tinha por ai, o quê?, uns 13 anos. Pobre da minha mãe lendo aquilo! Ele era meu ídolo, meu deus, minha inspiração.
Muitos anos se passaram, e pude reler essa magnífica biografia. Ruy Castro arrasa! Não tem como não se apaixonar pela história do Nelson, tão incrível quanto sua obra. Uma história que além de ser a do Nelson, é a do Rio de Janeiro e é a do jornalismo no Brasil.
Pra quem gosta do Nelson, leitura obrigatória. Pra quem não o conhece, a melhor orportunidade.
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PilarCoutinho 15/01/2010

O anjo dourado.
Tarado. Esse é o principal adjetivo destinado ao Nelson Rodrigues e sofre da mesma limitação de toda redução: nenhum homem pode ser marcado por uma palavra. No caso de Nelson, o termo tarado, fundado em grande parte de sua obra teatral, com, sim, uma tensão sexual que é em parte fruto de uma mente obcecada, em outra grande parte, feita para chocar uma sociedade superficialmente puritana, mas, em sua profundidade, atormentada pelos desejos que proíbe. Nelson era um puritano, infiel como a maioria dos homens de toda a sua geração (e provavelmente como a maioria dos homens da minha geração), mas era do tipo que se impressionava com o fato de que uma moça de bikini, a passear pelas areias de Copacabana, já não era capaz de causar um arrepio ao homem que lhe vendia um refrigerante. Foi casado por mais de vinte anos e quando o desejo por outra foi mais forte que o compromisso com o casamento, deixou a esposa ao invés de inventar duas famílias. Foi um menino com horror da nudez. E um homem com horrer ao rascimo dissimulado brasileiro, foi um dos primeiros a colocar o dedo na ferida, e sua peça em que a mulher branca apaixonado pelo homem negro mata seus filhos mestiços, é de uma simbologia tão maravilhosa quanto dura: o brasil, grávido de mulatos, que esmaga em seu sistema feito e governado por brancos.

Nesse livro ( que recomendo seja lido em conjunto com A menina sem estrela - do próprio Nelson) é uma bibliografia não só de Nelson, mas também de parte de sua família, que colabora para entender a contribuição dessa família para a cultura, os jornais, a política brasileira. Ruy Castro - como sempre - revela o pesquisador atencioso e o escritor articulado que é e talvez inspirado por Nelson, escreve páginas de uma beleza própria.

Impossível não se apaixonar pelos Rodrigues. Impossível não se encantar com o eterno menino, o pornográfico, o pró-ditadura, o crítico, o egocêntrico: Nelson Rodrigues.

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Lilia Carvalho 28/10/2009

Espetacular!
O livro é simplesmente maravilhoso!

O engraçado que todas as vezes em que eu comentei que estava lendo a biografia do Nelson Rodrigues, as pessoas me perguntavam se tinha muita pornografia.

E o encanto desse livro é que ele nos faz entender essa característica do Nelson Rodigues, não como algo cheio de luxúria, mas cheio de visões da vida e do homem.

Mostra-nos uma Nelson apaixonado e leal aos seus amigos!

Vale à pena! Esplêndido!
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