André Hausmann 07/10/2021
É uma história apaixonante que homenageia a leitura, seja de quadrinhos ou dos livros.
Nosso protagonista é apresentado através daquilo que mais gosta: histórias em quadrinhos. E ele reclama que não está preso desse mundo, pois ali existem múltiplas possibilidades. Dessa forma somos apresentados a diversos elementos que encantam tantas crianças, jovens e por que não, adultos.
Através de uma poesia visual e uma composição divertida conhecemos as onomatopéias, as cores, famosos personagens clássicos de diversos lugares e mundos para serem explorados.
Mas com o avançar das páginas, as imagens vão perdendo a cor e o espaço, sendo substituídos por uma negra floresta como diz o menino da obra, onde enormes letras tentam conversar com ele e mostrar que são tão interessantes quantos os quadrinhos.
O autor nos apresenta nessa obra a passagem entre a infância e a adolescência, onde as crianças deixam de ser somente visuais e começam aprender a ler e a escrever. O livro também mostra a evolução da capacidade de leitura; na medida em que avançamos nas páginas o tamanho das fontes vão diminuindo. Relembrando os livros para leitores iniciais com suas fontes grandes até a chegada dos textos mais complexos e uma dimensão de fonte mais confortável quando jovens e adultos.
A metáfora da composição desse livro é encantador. É um livro que podemos ler para as crianças e tem até um impacto maior para os adultos que se rememoram essa fase da vida.