O Guardião

O Guardião Daniel Polansky




Resenhas - O Guardião


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damnfer 24/10/2020

Um lugar especial
Foi um dos primeiros livros que li por mim mesmo, então tem um lugar especial na minha estante
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VanessaRabaquim 06/09/2021

Que plot!!!!!
O melhor plot deste ano ... Mentira ... Mas está entre os melhores ... O plot é comparado ao plot de corte de espinhos e rosas hahahhsha

Eu me apaixonei pelo guardião ... Cara é um puta de um anti-herói.. o tipo cafajeste que faz jus ao título, juro que me encantei por ele antes do final do primeiro capítulo hahahhsha adoroooo um cafajeste !!! Hahahah


Uma coisa sobre o autor ... Ele não tem medo de matar os personagens ... Começamos.com um zilhão de personagens hahaha e terminamos com uns 10 hahahaha adoro

Valeu cada segundo de leitura
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sagonTHX 23/09/2012

O PIOR LIVRO QUE LI EM 2012
Eu pensei que O Reino, de Clive Cussler e Grant Blackwood (Novo Conceito), tinha me decepcionado a ponto de eleger esse livro (muito desejado e aguardado por mim) como o livro mais decepcionante quer li em 2012. Bom... não é que eu consegui encontrar um outro que superasse O Reino!

Pois é, em O Guardião, a decepção começou logo nas primeiras páginas e seguiu assim, de capítulo em capítulo, até o final.


Eu deveria ter relido os livros de R.R. Tolkein.
Deveria ter assistido todos os filmes do Quentin Tarantino: Um Drink Para o Inferno e Pulp Fiction, são os meus favoritos.
E, de quebra, lido O Caçador de Andróides, de Philp K. Dick, ou revisto o filme Blade Runner, de Ridley Scott, com Harrison Ford,
Rutger Hauer, e a maravilhosa Sean Young. Mas não fiz nada disto.

O que foi que eu fiz então? Li O Guardião do estreante Daniel Polansky.


O Guardião é uma história de fantasia. Polanksy criou uma nova fórmula, sem dúvida alguma: misturou fantasia com romance histórico de investigação criminal. Também criou uma cidade podre e decadente: a Cidade das Sombras. Insiriu nela um anti-herói sarcástico e hirônico, além de traficante de drogas em tempo integral, e alguns personagens interessantes e condizentes com o contexto.

Porém, não passa disto. O amadorismo na narrativa de Polansky é evidente nas muitas pontas soltas que ele vai deixando para trás,
a medida em que tece sua tapeçaria. No lugar dos buracos, remendos mal alinhavados.

Várias questões são levantadas no decorrer da leitura. Entre as mais importantes, destaco:

- Em que época se passa a história;
- Qual o planeta, ou gáláxia, em que se passa a história; ou talvez, em qual dimensão;
- As 13 terras estão localizadas em que parte geográfica do planeta;
- A Cidade das Sombras localiza-se exatamente em que parte dessa mesma geografia;
- A guerra de que fala o anti-heroi, o Guardião, ou traficante, ocorreu exatamente quando, onde;
- A Peste, que ocorreu depois dessa guerra, é exatamente o quê; onde surgiu; por quê;
- Qual é a história da Cidade das Sombras; suas origens;
- Polansky menciona que a guerra aconteceu na Gália; seria por acaso a mesma Gália do tempo do Império Romano, que hoje é a França?

Assim como estas, há inúmeras outras questões sem respostas, arestas não desbastadas, que Polansky vai deixando para trás sem o devido interesse, ou cuidado, em ratificar. Talvez ele o faça no segundo livro, quem sabe. Talvez você não tenha notado essas questões, esses buracos, na narrativa do livro. Seja como for, elas existem e, querendo ou não, atrapalham no entendimento geral da
obra.

Outros pontos negativos: faltou um mapa ilustrando as localidades em que a narrativa ocorre; incluindo as 13 terras e arredores. Um mapa da Cidade das Sombras viria bem a calhar. Um glossário também seria de grande ajuda.

Como livro de fantasia, O Guardião até que cumpre razoavelmete o seu papel. Ele peca mesmo quando tenta ser um Thriller policial Histórico. Daniel Polansky bem que tenta criar algo novo e, talvez, inovador, unindo dois gêneros literários diferentes em um. Tenta.
Porém, não atingiu o ponto. Com isso, tem-se a impressão de que o livro está em constante mutação genética, em que o lado fantasia
tenta impor-se mais que o lado policial histórico. O que torna a leitura cansativa.

Outro problema é a falta de ação e de momentos impactantes na trama. Os crimes, como já disse, não empolgam por que não há uma empatia entre vítima e leitor. Sabe-se o nome da criança e que uma criança foi assassinada, e só. A investigação do Guardião é entediante e amadoresca, como a escrita do próprio autor. Há momentos em que ele está mais preocupado em manter seu negócio de trafico de drogas do que mesmo procurar o culpado pelos assassinatos.

A única coisa de que eu gostei mesmo foi a capa. Maravilhosa. Evoca algo tenebroso, sinistro, gótico, inimaginável. Mas, fica-se apenas com a impressão. O livro não faz jus à capa.

A sinópse é outro ponto interessante. Como fruto de marketing, cumpre com perfeição seu papel. Vende gato por lebre.


De resto, esse foi o livro que eu mais detestei em 2012. Dei nota 2 por causa da capa.

Meu Deus, eu ainda estou tentando descobrir aonde está no livro o clima da Los Angeles do filme Blade Runner. Afinal de contas, O Guardião tem um clima gótico-medieval ou um clima cyberpunk?

Quem sabe, no próximo livro, Daniel Polansky nos dê o prazer da sua resposta!


Não recomendo o livro, obviamente. Se você está procurando um bom livro de fantasia, leia R. R. Tolkein ou George Martin; um bom thriller policial histórico... há vários bons títulos a disposição nas livrarias atualmente, é só escolher de dúzia.

Agora, se você gosta de jogar dinheiro fora e se iludir achando que O GUardião é o melhor livro que você já leu na vida, ótimo, parabéns, você deixou o Daniel Polansky alguns dólares mais rico.
Ana Lídia 28/01/2013minha estante
Respeito sua opinião, e respeito o fato de você não ter gostado do livro.
Nada justifica, no entanto, seu comentário nas duas últimas linhas da sua resenha: "(...) se você gosta de jogar dinheiro fora (...)", "(...) você deixou o Daniel Polansky alguns dólares mais rico".

Acho que opiniões e gostos literários se divergem. Você foi muito infeliz nessa observação e eu discordo completamente. Além disso, você nem mesmo pareceu ter respeito pelo autor.


sagonTHX 28/01/2013minha estante
Ana Lida, como você mesma disse, e muito bem, é minha opinião. Agradeço por você respeitar a minha opinião sobre o livro. E ainda bem que nossas opiniões e gostos literários divergem. Que horrível ou sem graça seria se todo mundo gostasse de ler apenas Dom Quixote ou A Divina Comédia. O que seria dos outros autores, não? Ainda bem que existe a diversidade literária. E, ainda bem, acima de tudo, que nós temos liberdade para dizer o que pensamos e sentimos a respeito de um livro, um filme, um time de futebol... E, além do mais, eu não posso dar valor para um autor que me decepcionou e me fez pagar por algo que não valeu a pena. Sinto muito se isso a aborreceu. Se você gosta do autor e do livro, ótimo, fico feliz por você. Escreve uma resenha e diz nela o quanto o livro e o autor significaram para você. Essa é a melhor forma de você demonstrar que dá valor para o autor, ao invés de me criticar só porque eu não gosto do mesmo amarelo que você gosta, ou do azul que você acha lindo. Mas, mesmo assim, obrigado por ter lido a minha resenha e por ter-se interessado por debater o assunto.:)


Amauri 07/02/2013minha estante
Respeito o direito do resenhista de não gostar do livro.
Dito isto, pergunto:
1- Pq deu duas estrelas e não uma apenas?
2- Qual a necessidade para a historia de se responder a TODAS as perguntas? Por exemplo, no filme O Tigre e O Dragão, os lutadores voam. Ninguem explica, ninguem pergunta, há uma suspensão de descrença e se curte um ótimo filme.


sagonTHX 10/02/2013minha estante
Amauri, comparar um filme com um livro é o mesmo que comprar banana com laranja. A métrica de leitura é outra. Uma é visual, outra é escrita. Na escrita pode-se introduzir justificativas e explicações, por quês, que em um filme, limitado pelo tempo, não seria possível. Mas o mais importante aqui é que eu não gostei do livro e o fato de ter comprado e lido e de tê-lo achado uma porcaria me dá o direito de dizer que o livro é uma porcaria, um lixo, uma droga. Afinal de contas é minha opinião e eu prezo o meu direito de dizer se gostei ou não gostei da porcaria do livro que eu comprei e li. Ponto! Se você tá incomodado com a minha resenha ou com os meus gostos literários, faça a sua resenha, diga o que você achou do livro e acabou. Afinal de contas, gosto não se discute. O meu preza o dinheiro que entra e sai do meu bolso.


Monique 06/03/2013minha estante
Ótima resenha, que me convenceu.
Também me frustra esses "furos" no enredo, que faz o livro parecer um rascunho.


Fernando Vidya 30/07/2013minha estante
Cara .. disse tudo. Perdi meu tempo lendo esse livro, ponto.


Beth 15/09/2015minha estante
Obrigada por sua opinião bem embasada. Não perderei tempo com esse livro.




Marcos 21/05/2012

Resenha do livro O Guardião - Cidade das Sombras de Daniel Polansky - 3canecas.com

www.3canecas.com



Crianças estão desaparecendo e em seguida são encontradas mortas, os agentes da Rainha não encontram nada e não existem suspeitos. Um ex-agente da coroa, vai em busca de respostas, depois de encontrar o corpo de uma das vitimas. O Guardião - ele conhece bem esse lugar. Após ser expulso da Casa Negra, seu lugar é o submundo e ao lado de ladrões, viciados, gangues e policiais corruptos. Seu alívio? Um bom trago de um sopro de fada, uma droga que ele mesmo fornece, agora na sua nova vida de narcotraficante. E não pense em invadir seu território, porque a situação pode ficar feia.

O Guardião é um daqueles personagens únicos, um anti-herói que podemos considerar um resto de ser humano, mas que nos faz gostar dele em cada diálogo, com seu cinismo e sua língua afiada. Ele é o único que pode, conseguir descobrir o que realmente está acontecendo com as crianças da Cidade Baixa. E por falar na Cidade Baixa, esse ambiente noir criado por Daniel Polansky, rico em detalhes, com suas organizações criminosas e lembrando uma Chicago da década de 30, com uma Londres de tempos atrás. Mas sim, temos fantasia também nesta trama. Feitiçaria e criaturas horríveis de outro mundo podem ser invocadas e com seu poder desproporcional, podem fazer verdadeiros estragos e transformar a morte em algo realmente feio, até mesmo para aqueles que convivem com ela, todos os dias.

Os personagens são autênticos, com suas raças e religiões próprias. E como não gostar de Adolphus e Garrincha.

Posso dizer que “O Guardião” é um livro que possui 70% de um thriller policial e 30% de fantasia. Daniel soube combinar esses dois temas e o resultado é gratificante, uma leitura que conduz o leitor à um novo mundo policial e investigativo. Vejo um certo exagero quando falam que o livro é um encontro de Tarantino e Tolkien, porque a trama está bem próxima dos filmes de Tarantino, entretanto distante de Tolkien.

Espero que o Daniel saiba aproveitar, esse novo mundo criado por ele e que nos próximos volumes, ele adicione um pouco mais de fantasia na trama.
Jeniffer 27/03/2017minha estante
Essa história é um pouco medieval?




leila234 10/08/2021

O guardião
o livro é incrível, eu adorei a escrita do autor e as coisas que vão acontecendo no decorrer do livro. O jeito que ele descreve as coisas, e como as coisas que mesmo não explicadas a gente vai entendendo junto com o personagem.
O livro pode conter alguns gatilhos então se quiserem ler dêem uma olhada.
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Derik 28/09/2020

Comecei a ler esse livro por causa da capa, e sério não meu arrependi, a história é ótima, o protagonista é o melhor do livro. Simplesmente incrível
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Edu 19/01/2021

Previsível
Se fosse um filme seria aquele Bright da Netflix. Um thriler policial onde botam pitadas de magia e seres não humanos sem explorar em nada o universo, apenas superficialmente. Fraco, não recomendo.
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Bizinelli 30/07/2022

Romance policial com uma pitada de sobrenatural
Gostei do livro, achei interessante e instigante. Acho que desvendei o mistério cedo demais e isso me desacelerou um pouco, mas ademais é uma ótima leitura pra quem gosta de romance policial, capítulos e personagens interessantes, um plot que se você não desvendar até o final é realmente muito bom. As peças estão lá para quem quiser ver, mas o autor faz o seu melhor em esconder. Achei que faltou um pouco de emoção no final, mas isso é só minha opinião por que gosto de uma carnificina. Ademais, livro ótimo, tudo ótimo.
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Nayonara 15/02/2023

Mds parecia que esse livro não ia acabar nunca, não aguentava mais, mas pelo menos o plot conseguiu me pegar de surpresa.
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Naty__ 24/08/2014

Surpreendente!
"-Você é um homem frio.
-Este é um mundo frio. Eu apenas me ajustei à temperatura"

O Guardião é uma obra envolvida de mistérios e surpresas do início ao fim. Logo no começo da obra, somos apresentados a um crime bárbaro: uma garotinha chamada Tara é encontrada morta. Ela foi estuprada e assassinada. O Guardião, personagem principal da trama, passa a investigar o crime.

O que me chamou a atenção na escrita de Polansky foi sua ideia criativa em elaborar vários crimes e adentrar em um gênero inovador: a fantasia noir. Ele soube desenvolver e descrever o enredo de maneira única e fantástica. A narrativa é fluída, envolvente e instigante.

“[...] O mundo se torna um lugar melhor quando visto apenas de soslaio” (p.09).

O autor mescla fantasia com a magia e uma história policial de tirar o fôlego. A corrupção e a destruição de uma sociedade são retratadas de maneira fiel e incrível. O protagonista é totalmente cativante e fora do comum. Não é nenhum super-homem, tampouco um príncipe. Seu jeito é astuto, sua língua é afiada, uma pessoa cética, cínica e solitária. Muitos o consideram como um cara sem sentimentos. Até poderia ser considerado assim, no entanto, quando ele passa a investigar os desaparecimentos de algumas crianças na Cidade das Sombras, podemos notar que esse coração não é tão frio como alguns acreditam.

O Guardião é um personagem viciado em drogas e a usa para suportar o seu dia a dia mórbido, em uma cidade onde a vida é desvalorizada e os crimes não são desvendados como deveriam. Ele é um ex-combatente de uma Grande Guerra e sobreviveu a uma peste que matou muitas pessoas em Rigus. O que mais chama a atenção em seu jeito, tornando-o cativante aos leitores, sem dúvida, é o fato de ele matar. Suas mortes são sangrentas e horripilantes. Polansky arrebentou nas descrições de cada morte do Guardião.

“Coce uma ferida por muito tempo e logo ela irá começar a abrir novamente” (p.102).

O livro nos apresenta também outros personagens. Um dos que gostei bastante, tirando o protagonista, claro, foi Garrincha. Uma criança completamente fora do comum. Seu jeito parece uma miniatura do personagem principal. Suas respostas são aguçadas, ele não tem medo de nada e sua sede por um trabalho chega a ser comovente.

Polansky retratou um mundo completamente infame e patife, mas ele não é uma ilusão ou uma utopia. Esse mundo existe e o vivenciamos de algumas maneiras. Embora seja narrado de modo fantasioso, com elementos mágicos, com figuras dos Gélidos e os magos, podemos contemplar que as histórias descritas na obra estão presentes em nosso mundo e, sequer, damos conta disso.

“[...] O fato de seu cavalo chegar no fim da corrida não significa que você fez uma aposta inteligente” (p.158).

Não existe um personagem perfeito, um herói montado em um cavalo branco e que salvará a criança de todas as barbaridades. O Guardião é cheio de defeitos, fala de maneira rude; até mesmo Garrincha é vítima da aspereza dele, contudo, notamos que ele tem um lado sensível e que busca a justiça acima de tudo.

O projeto de capa ficou excelente e a diagramação está incrível. As páginas amareladas, o espaçamento ótimo e a letra fazem com que a leitura fique mais agradável e veloz. O mistério e o lado sombrio no design fazem toda a diferença. Sem dúvida, é uma capa que chama a atenção. Notei alguns erros tanto de tradução quanto de revisão, mas nada que prejudique meu favoritismo pela obra.

“– As pessoas são tolas. Não é preciso um profeta para lhe dizer o futuro. Olhe para ontem, olhe para hoje. Amanhã provavelmente será igual, e depois de amanhã também” (p.337).

Recomendo a leitura para aqueles que gostam de uma boa fantasia e para aqueles que gostam de personagens com personalidades fortes e descrições de mortes pesadas.
Julielton 30/08/2014minha estante
Li a resenha do segundo livro primeiro e acho que terei que reler, para ligar os pontos. Não que sua resenha tenha ficado confusa, apenas não enxerguei esse livro como antecessor do outro, mesmo que o Guardião e os personagens continuem iguais, não consegui entende-lo.
Adorei saber que há mortes e que essas são horripilantes, acho que um livro deve narrar o acontecimento de forma crua e direta, sem medo e tato, se é realmente uma morte triste e tenebrosa ela deve ser narrada como tal.
Fiquei curioso em conhecer esse estilo de fantasia noir, quem sabe é um gênero que irei adotar como um dos meus favoritos.




Gih Figueiredo 11/09/2012

FANTÁSTICO!
Como sempre, demorei uma eternidade até decidir que seria esse livro a comprar. Fui até a livraria do shopping da minha cidade e "O Guardião" foi um dos primeiros que eu olhei, pois havia chegado a apenas uma semana e estava em um lugar estratégico. Na hora achei sua capa incrível e sua sinopse melhor ainda, mas decidi ver mais alguns antes de dar o veredicto final. Uma hora depois saí de lá com esse livro maravilhoso em mãos, sem nem ao menos me dar conta de que todas as expectativas que eu alimentava eram poucas em relação a ele.
Aquilo que diz na sinopse do verso do livro - a que usei aqui na resenha - está certo! Contudo, acho que não foi uma mistura de Quentin Tarantino e J. R. R. Tolkien. Acho a literatura de Tolkien muito "bonitinha" para uma comparação dessas, embora seu lado sombrio seja incrível. O autor que eu usaria para comparar nos termos do "sobrenatural" desse livro seria Stephen King. Então, sabendo disso, imagine qual seria o resultado de uma mistura assim?
O nome do personagem principal é desconhecido. Os que dialogam com ele durante o livro nunca o pronunciam, deixando uma lacuna no texto que trás uma tensão no ar. Só sabemos que ele é chamado de "O Guardião" porque ele deixa bem claro no início e algumas poucas pessoas durante poucas vezes o dizem. Sempre achei que isso dá um suspense, e essa foi uma semelhança que encontrei com a narrativa de King, pelo menos em uma de suas criações.
A Cidade das Sombras é sua morada. Um lugar que condiz perfeitamente com as características do narrador e personagem principal. Mistérios e magia, envolto pela perdição das várias raças que ali vivem e que se sucumbiram ao medo e às drogas que ali permanecem. O Guardião é um traficante e usuário de drogas, mas nem sempre sua vida foi assim. Ele nunca foi dos mais dignos homens, mas já esteve do lado oposto ao crime e exerceu suas funções com perfeição.
O primeiro corpo é encontrado pelo Guardião. Uma garotinha, que é estuprada e morta de maneira tão peculiar que atrai sua atenção. Seguindo pistas ele vai atrás do assassino, mas este é morto diante de seus olhos por algo ainda mais estranho. Uma criatura do vazio, invocada pelos mestres da Arte, que trás às suas vítimas um sofrimento inigualável. Contudo, mais crianças somem e o Guardião, maior suspeito e com vários inimigos de longa data, é obrigado a ir à procura dos verdadeiros autores daqueles terríveis crimes.
Tudo na história é impactante. Desde o cotidiano até os personagens que preenchem o contexto e são quase que irrelevantes trazem para a leitura algo novo, que eu não sei exatamente como explicar. E os que sempre aparecem reforçam ainda mais isso, como seu amigo Adolphus, dono do bar em que ele morava, o Conde Sinuosa, e seu "pupilo" Garrincha, um delinquente mirim exatamente como ele foi quando jovem.
De início fiquei meio receosa, mas até mesmo o vocabulário cheio de palavrões contribuiu para que eu chegasse a essa conclusão. O personagem principal é fantástico. Um homem feio, de 35 anos, envelhecido precocemente pelo sofrimento do passado e pelo uso de substâncias suspeitas, ignorante e sarcástico. Adorei o jeito dele, suas falas cheias de ironia, mas cheias de vivacidade e frieza ao mesmo tempo.
NUNCA li nada igual e creio que nunca irei ler. Com certeza Polansky deu início à um novo gênero, que promete muito à nós leitores loucos pelo surreal. É uma narrativa fácil de entender, embora tenha suas características únicas. Alguns graves erros de edição poderiam ter comprometido a estória, mas parece que nos 3 últimos capítulos me esqueci completamente deles. O final foi SURPREENDENTE. Meu coração foi à mil!
"O Guardião" se tornou um dos melhores livros que já li por ter sido tão impactante. É uma das jóias literárias capaz de acabar com os pré-conceitos e modismos adquiridos pelos leitores da atualidade. Sua singularidade encanta mesmo com todo o lado sombrio e nos leva a uma experiência nunca antes imaginada.

Obs.: Texto original da resenha publicado em http://gihfigueiredo.blogspot.com.br/2012/08/resenha-o-guardiao-daniel-polansky.html
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Claudia Christian 20/05/2021

Uma aposta às cegas
Eu li a sinopse do livro, aleatoriamente encontrado, por indicação no Skoob.

E foi simplesmente incrível! Me prendeu do início ao fim, sem piedade!
Essa com certeza não é aquela história que todos vão amar, principalmente pq algumas informações são passadas ao leitor, mas não explicadas minuciosamente como em um manual.

Tudo no livre é sujo, pobre, corruptível e poucos momentos são felizes. Não há tantos banhos de sangue quanto o Sr. Tarantino faria, mas tem muita ação, pancadaria e algumas mortes, e nem estou me referindo as crianças da sinopse.

Se quer ler, meu conselho é: se prepare para ser sacolejado/a, não entender tudo mas sentir no umbigo quais fatos valem guardam ou não.

Uma última dica, não espere mapas, glossário, guias ou notas, só existe você e o Guardião, e é melhor tê-lo como aliado.
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Humberto.Sampaio 14/06/2020

Envolvente até o final!
Um anti-herói intenso, que combate o crime sem escrúpulos. Uma investigação de crimes com final surpreendente!! Muito bom!
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abibliotecadadih 29/07/2023

?
Finalmente, achei que esse livro não ia acabar nunca, muito detalhes desnecessário, muito personagem complexo. Não é um livro para uma leitura tranquila para relaxar... Me sinto exausta
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kah 08/05/2014

O livro foi para mim uma completa surpresa! Daniel mistura nesse livro romance policial e literatura fantástica produzindo algo inteiramente único.
Mas não é essa mistura que faz o livro surpreendente,o que o faz é o envolvimento que a investigação do Guardião tem com o leitor, que junto a ele encaixa as pistas e tenta desvendar o caso de garotas assasinadas brutalmente!E após um enredo de dúvidas há o desfecho inesperado e inacabado, onde descobrimos que quem planejou estava acima de qualquer suspeita, tão acima que você começa a cogitar como pôde ser tão cego e não pensar nessa hipótese, que agora parece tão óbvia!
Ao longo do livro eu como fã de literatura fantástica senti a falta de um maior deenvolvimento da parte mágica e sobrenatural do livro, porém, tenho esperanças que no segundo livro haverá um enfoque maior nessa parte tão importante da histórias dessa cidade das Sombras, da cidade Baixa.
Espero que a editora lance esse segundo livro, e que em mais um caso eu me surpreenda com a inteligência e o senso de justiça de um anti-héroi fadado as misérias e podrdões da humanidade!
Joviana 08/05/2014minha estante
adorei a resenha!




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