Miriã 13/09/2020
Resenha: O Poder dos Quietos
Obra: O poder dos Quietos
Autora: Susan Clain
Publicação: 2012
Provavelmente em algum momento de sua vida, principalmente durante a adolescência, você tenha questionado sobre seus comportamentos. Sobretudo se você foi julgado como uma pessoa ?quieta demais? ou ?sozinha demais.? Alguns pais que classificaram seus filhos dentro desses aspectos, chegaram até a procurar ajuda para contornar estes fatos, mas estes são mesmo ?problemas a serem consertados??
Na obra, Susan Clain discorre sobre as diferenças comportamentais, bem como a importância de uma sociedade composta de introvertidos e extrovertidos, e o complemento que cada um se faz ao outro; Rosa Parks, uma mulher negra, tímida, de fala mansa, recusou-se de forma pacífica a seguir a ordem de dar assento em um ônibus para um branco, durante a segregação nos Estados Unidos, e dessa forma, incentivou uma multidão a apoiar seu corajoso ato solitário. Em parceria a esta, encontra-se Martin Luther King, um orador incomparável, que eletrizou uma multidão ao enfatizar o destemido feitio de uma mulher mansa.
A importância dessa parceria ainda não é muito reconhecida, visto que nos encontramos no mundo, cuja maior potência (EUA) encontra-se adepta ao ?ideal da extroversão.? Onde para sermos considerados pessoas de sucesso, devemos ser eloquentes, sociáveis, etc. Tudo isso começara no século XX, com a chegada dos grandes negócios e imigração em massa para as cidades. Nesse contexto, ?cidadãos transformaram-se em funcionários, enfrentando a questão de como causar uma boa impressão em pessoas com quem não tinham laços.?
Sem os mais quietos e concentrados, não haveriam obras como; A teoria da gravidade, a teoria da relatividade, o Google, Harry Potter, entre outros. A ideia da autora não é dizer qual das personalidades é melhor que a outra, mas enfatizar que ambas se completam, e a introversão é algo completamente natural do ser humano. O mais interessante do livro, é a diversidade de estudos científicos que buscam as causas e consequências de nossos comportamentos, além do exemplo de uma diversidade de personalidades que causaram uma revolução na sociedade, justamente por suas peculiaridades.