Clube Tripas 27/03/2020
[Resenha]
Conteúdo: Livre
Livro: O Direito de ler e de escrever
Autor(a): Silvia Castrillón
Editora: @editorapulodogato
Páginas: 100
Avaliação: Gostei muito (4/5)
Mes: Março/20
Bibliotecária: Lúcia Mesquita/ Indaiatuba-SP
“Teríamos então, ao menos em nossos países, de definir a leitura e a escrita como direitos, como práticas que ajudam as pessoas a construir sua individualidade, a criar seu espaço no mundo a estabelecer relações com os demais . Como necessidades relacionadas com a participação cidadã, e não, como estamos acostumados a vê-las, como um luxo associado ao ócio e ao tempo livre ou como uma obrigação escolar.”
Esse é o ponto de vista que a autora, bibliotecária por excelência e educadora por convicção procura demonstrar nas cinco conferências que compõe este livro e que trata principalmente do papel do bibliotecário e das bibliotecas para garantir o direito de todas as pessoas à leitura e escrita.
Emília Ferreiro, citada em vários momentos, diz que “analfabetismo e democracia são incompatíveis”, portanto a leitura e escrita é muito mais que privilégio ou entretenimento, é direito de todo cidadão e cabe aos governantes em geral, traçar políticas públicas para garantir esse direito e aos educadores em especial, incluindo aí claramente os bibliotecários, oferecer espaço e momentos para que esse direito seja exercido.
A autora dá um “puxão de orelha” em nós bibliotecários, quando diz: “ não podemos continuar a aceitar que o bibliotecário não seja um leitor.” Essa característica é fundamental para transformar bibliotecas em espaços de leitura e escrita que possam ser acessíveis para todos os cidadãos .
O livro indicado em nossa última formação, é curto e objetivo e nos faz refletir profundamente em nosso papel e em como estamos trabalhando. Gostei muito e recomendo a leitura a todos nós que somos Bibliotecários/educadores .