As Flores de Ruanda

As Flores de Ruanda Adelson Costa




Resenhas - As Flores do Ruanda


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Amanda Milani 25/08/2023

O livro comecou super bem, me peguei super envolvida na narrativa e nao conseguia parar de ler. Entretanto, do meio para o final, o ritmo desacelerou, ficou cansativo e nao entregou o que eu esperava.
O tema abordado e super interessante, mas nao gostei como foi desenvolvido. Primeiramente, eu esperava que falasse mais sobre o genocidio. O livro fica muito tempo descrevendo atividades pre-genocidio e a escalada da violencia no Ruanda. De fato, sao elementos importantes para entender o ocorrido, mas menos de 5% foi dedicado ao genocidio em si, sobre o ponto de vista de uma unica pessoa que estava em batalha.
Alem disso, a Dra Isabelle, personagem principal do historia me parece demasiado irreal. Trata-se de uma medica americana que vai ao Ruanda trabalhar na Cruz Vermelha. Pensei que o livro traria um ponto de vista uma estrangeira, uma pessoa normal e neutra em relacao ao conflito.
Entretanto, Dra Isabelle nao e somente isso. Ela e filha de um importante politico americano, conhece muito bem artes marciais, tem excelente mira para atirar (desenvolvida ao longo de anos de pratica de tiro desportivo), religiosa e atraente a praticamente qualquer homem que poe seus olhos nela. Em um certo momento da historia, ela passa a fazer parte da FPR, e considerada uma "oficial", da ordens e se destaca como uma das melhores combatentes. Desculpa, mas nao e um pouco demais isso tudo em uma unica personagem?
Enfim, por essas razoes o livro infelizmente nao me concenceu.
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LetíciaBaldez 31/01/2021

[RESENHA] #AS FLORES DO RUANDA | ADELSON CORREIA DA COSTA
Isabelle é uma mulher forte e corajosa, ela é uma médica competente e com muita atitude, seu professor a encaminha para a África com a finalidade de fazer a jovem doutora crescer como pessoa e abandonar a vida de menina rica que ela tinha.
Isabelle vai para a África e logo de cara doutor Mike a encoraja a voltar para os Estados Unidos, afirmando que o Ruanda não é um lugar seguro para a médica recém chegada. A princípio Isabelle considera a ideia e aceita a sugestão do médico.
Logo Isabelle faz amizade com Rose, uma tutsi alta e bela que a incentiva a ficar no Ruanda, mas Mike pede que ela não insista neste assunto. Rose leva Isabelle para uma feira e logo as coisas começam a dar errado. Um twa é alvo de pancadas e Isabelle logo começa a defender seu ponto de vista, tentando salvar o twa chamado Mukono. A situação começou a ficar grave, Isabelle começou a tacar batatas nos agressores iniciando uma briga sem limites.
Os hutus a agrediam e ela retribuía os sopapos. Tharcisse Mugabe um twa que vende flores, tenta defende-la dos agressores e logo em seguida Doutor Mike chega para dar um basta na situação. O tenente Fred Kaka chegou e prendeu Mukono que havia roubado duas laranjas. Influenciado por Isabelle Mike pediu que Fred Kaka libertasse o pigmeu. E depois de uma conversa ele foi solto.
A partir de então Doutora Isabelle acabou ficando no Ruanda por influência do pai (um político importante), e foi se aproximando de Mike e ganhando uma reputação não muito favorável.

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Olá bibouss, o livro que resenho hoje é de um parceiro do blog Adelson Correa da Costa, por As flores do Ruanda. O livro se trata da viagem de Isabelle para o Ruanda, presenciando situações inéditas na vida da doutora. A África está em estado de guerra, há 3 etnias: os tutsis, hutus e twas. Os hutus e tutsis consideram os twas como animais sem valor e os matam e os estupram sem a menor culpa.
Há uma enorme valorização pelo poder, corrompendo a ordem e a paz do lugar. Poucos são os twas no Ruanda, as mulheres são constantemente estupradas e os homens são ignorantes e sem instrução, não sofrem punição pelo fato dos twas não serem protegidos pela lei. Vivem de crendices sem o menor sentido e por isso estupram as twas acreditando que serão curados de doenças.
Há vários habitantes com aids e doenças muito graves, poucos médicos permanecem no Ruanda devido a enorme risco que correm de serem mortos e não receberem a devida consideração.
Segredos são expostos, muitas perseguições e várias mortes fazem o Ruanda um lugar perigoso e o genocídio chega sem demora, quase todos os twas são mortos por Canisous Rubuga um homem muito perigoso que mata por prazer.
O livro é de leitura rebuscada, o autor foi muito claro em relação a índole dos personagens, uma característica deste livro são as lindas flores vendidas por Tharcisse Mugabe que me encantou com seu jeito de ser.
O livro tem mais de 400 páginas e por ser sobre um assunto tão sério quis lê-lo com paciência para poder compreender todos os fatos e assim poder entender o que foi o genocídio no Ruanda.
As folhas são brancas e a letra média, a capa demonstra com veracidade a situação em que o Ruanda ficou depois das mortes dos seus filhos e filhas. Um livro verdadeiro que relatou o que ocorreu em 1994 no Ruanda. Um livro que te faz refletir sobre a vida, sobre o preconceito enraizado na sociedade, me comoveu no sentido que nada pode ser feito para salvar a vida de pessoas ignorantes que foram esquecidas com o passar do tempo.
Algumas cenas me chocaram e me emocionaram fiquei muito sensibilizada com o trágico futuro de um povo que não teve escolhas, só uma única opção: a morte.
Kissus ♥
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spoiler visualizar
Adelson 27/01/2014minha estante
Obrigado, ProfessorGeo pela resenha. Que bom que gostou do livro. Marcaram-na como spoiler. Fui eu não viu! Hehhehe. Sinto suas palavras com o um desabafo coerente com o relato do livro. Se algum aluno perguntar, diga que ele está à venda em formato kindle e-book na Amazon. Muito obrigado.


Professor_estudante 29/01/2014minha estante
Com certeza. Quando eu estiver falando sobre conflitos étnicos, a maior parte dos livros didáticos não falam sobre o caso de Ruanda, sobre esse tema geralmente mostram o exemplo da Iugoslávia, acho que por puro eurocentrismo. Nessas aulas eu costumo mostrar o filme Hotel Ruanda, e agora já posso indicar esse livro e onde consegui-lo.




Carol- Books and Tea 25/12/2013

Uma narrativa fictícia sobre fatos reais, de tirar o fôlego!
Intenso.
Esse é sem dúvidas o adjetivo perfeito para definir "As Flores do Ruanda", Adelson conseguiu unir a realidade, no caso, o genocídio Ruandês de 1994, onde milhares de Tutsis sofreram da maldade e ódio de Hutus, ocorrendo uma chacina horrível, com uma história fictícia guiada por uma Dra. da Cruz Vermelha, que nos faz refletir, até onde a maldade humana pode chegar?

Seria ela contribuída pela ignorância de seu povo?

Dra. Isabelle, nos leva para dentro desta narrativa impressionante, sim, impressionante, ao reler cada trecho e pesquisar sobre o tema, me aprofundando na história, sentia que cada vez mais aquilo era real. E que por mais dura que fosse a realidade, tudo aquilo ocorreu, na surdina do mundo. Isto é, a maledicência de meros homens sobre outros, alimentados pelo ódio ao longo dos anos, gerando uma carnificina terrível, manchando todo aquele país com o sangue de sua própria nação.

O livro vai muito além da guerra entre a Força Patriótica Ruandesa e a FAR, nos coloca diretamente dentro de toda aquela cultura, com etnias tão diferentes e tão iguais ao mesmo tempo, mostrando até os pequenos pigmeus que sempre são esquecidos pela história, os grandiosos Twas, de onde um dos meus personagens favoritos do livro saiu, Tharcise Mugabe, o pequeno grande Twa, companheiro fiel de Dra. Isabelle mostrou que mesmo em momentos difíceis, e que por mais que a desvantagem diga que tudo á sua frente é impossível, nunca devemos deixar de acreditar.

Em uma narrativa empolgante, Adelson consegue transmitir uma história tão pouco citada e mostrada com muito louvor, criando personagens dos quais por mais diferente que seja sua situação, permitiu que nos identificássemos com os mesmos. Ou será que você nunca se opusera de frente á ideais?
Um grande acréscimo de história para o conhecimento de todos, a leitura de As Flores do Ruanda é super recomendada,com uma doutora um tanto "desmiolada", mas coerente e ética, que com sua inteligência e destreza, se sobressaiu de todo aquele caos, mostrando que sim, é possível fazer a diferença sobre uma nação, basta buscar fazê-la. Até porque, fazer diferença em uma época onde crianças eram ensinadas a manusear armas ao invés de ler, ou obter algum conhecimento para mudar tal realidade, é uma tarefa árdua e sofrida.

Ao fim do livro, quando você já acha que nada virá mais te fazer sorrir para Dra. Isabelle, e dizer "boa garota", a querida tutsi branca, não renega a vocação. Ou só eu dei um "isso ai" para o fim mais que merecido do líder da Interahamwe?

Mais que recomendado, boa leitura (:



site: http://bookandteas.blogspot.com.br/2013/12/resenha-nacional-as-flores-do-ruanda_466.html
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Amy 14/10/2013

Resenha: As Flores do Ruanda
Eu pouco conhecia sobre Ruanda, e tudo mais. O Adelson me deu este presente (o livro) na Semana do Livro Nacional em Recife, que até postei aqui (no blog). Desde então com muitos livros na fila, só tive tempo de terminar agora.
As Flores do Ruanda conta a história da médica Isabelle, uma jovem bem nascida, filha de um senador dos EUA, que vai para Ruanda a serviço da Cruz Vermelha.
No início, confesso que não gostei de Isabelle. Achei que ela seria só uma riquinha mimada e pensou que ali, naquele país tão peculiar e violento, também seria assim. Porém, no decorrer da narrativa fui me afeiçoando à doutora, que se mostrou justa e corajosa, duas das características que mais aprecio em um personagem.
Chegando em Kigali, a capital ruandesa, Isabelle conhece Mike, o médico que será seu chefe. Mike é um personagem enigmático, daqueles que nós não conseguimos saber quais são suas reais intenções.
Isabelle também é apresentada a Tharcisse e Mukono.Tharcisse com sua bondade e Mukono com seus mistérios me cativaram!
Outro ponto positivo da obra de Adelson é o fato de ele ter nos apresentado os twas, uma etnia que sempre fica à margem das histórias mas está muito bem representada nessa obra através de Tharcisse e Mukono.
A protagonista também constrói uma bela amizade com a enfermeira Rose.
A narrativa é fluente (ás vezes pesada), sem delongas, a história é muito envolvente, não tenho do que reclamar!
Um livro forte, pesado em algumas narrativas, foi o livro que mais demorei a ler, tive que parar e dar uns intervalos durante a leitura, fatos reais me chocam, mesmo com uma boa dose de ficção... E com certeza é uma resenha difícil de fazer, pois geralmente eu expresso o que sinto do que leio, e você pensar que aquilo tudo aconteceu é muito chocante, você tenta se transportar dentro da estória para tentar sentir o drama de cada sobrevivente, cada dor física e emocional, é muito intenso... Difícil descrever aqui totalmente os sentimentos!
Só tenho que agradecer ao Adelson pela confiança e paciência adorei e super recomendo As Flores do Ruanda!
E lembrem-se: As Flores do Ruanda aparentemente parece ser um estória triste mais é um romance histórico com muita ação!

site: http://limaoealecrim.blogspot.com.br/2013/10/resenha-as-flores-do-ruanda.html
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Vânia 26/09/2013

RECOMENDO! As Flores do Ruanda - Adelson Correia da Costa
A história conta a trajetória da recém formada médica Dra. Isabelle, enviada ao Ruanda no ano de 1994, pela Cruz Vermelha, como voluntária para trabalhar no Centro Hospitalar de Kigali, capital do Ruanda.

O cenário é o genocídio de 1994, ocorrido naquele pequeno país centro-africano, no período de 6 de abril a 10 de julho de 1994. Genocídio de milhares de tutsis pelos indivíduos da cultura hutu.

A história é contada em primeira pessoa, narrada pela Dra. Isabelle, e terceira pessoa. A narrativa é contada de diferentes ângulos, proporcionando uma visão mais ampla de cada fato narrado.

Tudo começa em 2004, quando Dra. Isabelle retorna para o Ruanda, sob orientação de seu terapeuta a fim de esquecer os fatos ocorridos em 1994.

"No Ruanda, vivem basicamente três grupos étnicos: os hutus (rutus), que formam a maioria com cerca de oitenta e cinco por cento da população; os twas (tuás) com menos de um por cento e os tutsis (tútsis) com mais ou menos quatorze por cento."

Isabelle se tornou uma defensora dos twas, tornando-a famosa em Kigali, não sendo uma médica comum. Ficou conhecida pelas brigas com hutus e tutsis para defender os pigmeus.

Tornou-se amiga de Tharcise Mugab, um twa muito esperto, que tinha formação escolar e vivia da venda de flores, do qual tira seu sustento.

Os twas são chamados de pigmeus. Vivem do artesanato em barro ou pedindo esmolas pelo Ruanda, pois não conseguem empregos. Não tem direitos civis. Não tem documentos. Não frequentam a escola. Vivem maltratados tanto pelos hutus quanto pelos tusis, das mais diversas maneiras - estupros, mortes, espancamentos, prisão - somente por serem twas.

" (...) O certo é que, durante o genocidio ruandês, twas foram coagidos pelos hutus a participar de matanças de tutsis. Ou acudiam ao chamamento ou morriam. Muitos deles, além disso, foram mortos pelos hutus sob suspeita de favorecerem apavorados tutsis em fuga. Também um bom número de twas lutou em favor da Frente Patriótica Ruandesa. Na realidade, viam-se envolvidos na luta entre tutsis e hutus sem saber o motivo de sua existência. (...). Em termos proporcionais, os pigmeus foram os que mais baixas sofreram. Trinta por cento deles foram dizimados no genocídio (...)."

Os tutsis expulsos de Ruanda, formaram a Frente Patriótica Ruandesa, e tinha como objetivo invadir Ruanda pela Uganda. Já a milícia hutu - conhecida como Interahamwe - devia conter a entrada de tutsis no país. Muito da narrativa se passa durante a guerra entre as tropas da FPR e da Interahawe.

Apesar de uniões entre as cultura tutsi e hutu não serem bem vistas pelo Ruanda, a história conta alguns casos de romance verdadeiros entre as duas etnias: como a história da jovem enfermeira tutsi, Rose, enamorada de um hutu Elizaphan e a do Sr. Emmanuel Habimana, tutsi, casado com Bátha Habimana, uma hutu.

É meu tipo de leitura favorito. A leitura além de prazerosa também é muito informativa. Aprendi muito a respeito dos costumes do povo ruandês, dos horrores da guerra e do genocídio ocorrido. É uma bela forma de estudar e viajar sem sair de casa.

O final é surpreendente. Fiquei pensando como seria o final da história, e nunca imaginei o rumo que se seguiu. Com certeza inesperado e espetacular.

E o melhor de tudo, literatura nacional. :D
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Entre Resenhas 03/09/2013

As Flores do Ruanda
Quase não ouvimos falar ou sabemos exatamente onde fica Ruanda, e também mal nos lembramos de uma guerra civil sangrenta que dizimou milhares de pessoas na África Central.

Um país com etnias diferentes que lutam entre si, Hutus, Tútsis e Twas.
Onde os Twas conta com menor grupo onde é mais descriminado e a tribo que mais sofre injustiças dentro da nação.

Realidade e ficção é misturada dentro da narrativa do autor que nos leva à um passeio de montanha russa de emoções onde o sobe e desce oscila entre tristeza, revolta,ódio e compaixão.

Nos conta também sobre uma doutora rica que é enviada pela Cruz Vermelha para trabalhar em Ruanda e assim que chega desperta simpatia pelos Twas e entra em confusões em defesa deles.
Daí em diante Isabelle se mostra mais determinada em lutar para tentar amenizar as tragédias que assolam essa tribo dia a dia.

No decorrer da leitura, a gente para e pensa que por mais que alguns fatos possam ser fictícios a realidade e a verdade está ali estampada, nos mostrando que mortes existiram, mulheres foram brutalmente violentadas, com alma em frangalhos, rejeitadas, sozinhas, uma epidemia do vírus HIV dizimando, sugando a vida vagarosamente, quanto massacre; terra não mais ,somente um mar imenso de sangue.
Tudo isso aconteceu...

Poder?... Eu me pergunto...

Talvez ...Ignorância de mãos dadas com a maldade...

Digo... Não somente ignorância cultural incapaz de aceitar as diferenças , mas, ignorância da Alma...Irracionalidade...


Um livro forte, pesado em algumas narrativas, foi o livro que mais demorei a ler , tive que parar e dar uns intervalos durante a leitura , fatos reais, me chocam, mesmo com uma boa dose de ficção... E com certeza uma resenha difícil de fazer, pois geralmente eu expresso o que sinto do que leio, e você pensar que aquilo tudo aconteceu é muito chocante, você tenta se transportar dentro da estória para tentar sentir o drama de cada sobrevivente, cada dor física e emocional, é muito intenso...difícil descrever aqui totalmente os sentimentos...

Quantas mulheres,homens e crianças, abusados física e emocionalmente, é tão revoltante e inaceitável como seres humanos podem chegar a serem tão brutais para impor poder, não aceitar diferenças, não ter compaixão pelos mais fracos.

Foram 427 páginas de emoções fortes e chocantes, a escrita do autor é simplesmente linda e rica em detalhes, Adelson escreve muito bem, consegue passar pra gente cenários e emoções reais, nos envolve na leitura e cada página é devorada para poder chegar ao final...

Gostaria de ter acesso a alguma outra obra dele mais leve e romântica, sem muita realidade, tenho certeza que seria maravilhosa também, só que mais relaxante.

Recomendo, mas, lembrando que é uma leitura intensa e forte.


site: http://entreresenhas.blogspot.com.br
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Sandra 06/08/2013

As Flores do Ruanda


Desde que o mundo é mundo, o homem luta pelo poder, a ganância fala alto e a maldade impera.
As Flores do Ruanda é um romance, uma história de vida, em um lugar onde só tem vez a morte. O autor nos leva a conhecer fatos do triste genocídio ruandês entre as etnias Hutus(maioria da população com cerca de 85% ), Tútsis (com mais ou menos 14% ) Twas(que nem é conhecida por muitos e perfaz cerca de 1% da população total)
A protagonista, Dra. Isabelle, foi uma deliciosa surpresa para mim. Ao começar a ler, pensei! “ que menina rica cheia de frescura”, pois não é que me enganei redondamente! Na verdade, ela é uma mulher humana, forte, justa e guerreira... por isto merece todos os adjetivos que descrevam uma heroína. Muitas vezes, mística, até.
Depois de concluir o curso de medicina, alista-se na Cruz Vermelha para atuar como voluntária na Índia, entretanto, um professor, por acha-la fútil e mimada, manda-a para um Ruanda severo e desafiador, pleno de violentos conflitos étnicos. Lá, ela encontra o Dr Mike, médico chefe do grupo voluntariado local. O autor, com maestria, soube esconder os segredos deste personagem, mantendo-o livre de suspeitas, até o momento certo de revelar seus mistérios. Há na trama Rose Kabaguyoi, uma enfermeira amiga para todos os momentos; mulher linda e corajosa, que deu a volta por cima com classe. Conhecemos os twas Tharcisse Mugabe, amigo e irmão, com suas flores e Mukono com sua magia.
É um livro forte, que retrata as dificuldades e o desafio de ser mulher em um meio conflituoso. Foram maltratadas e humilhadas , onde não se poupava de crimes nem crianças indefesas.


“ Dra. Isabelle, a natureza é inteligente e próspera, pois contém o sopro de Deus, que suaviza a dor da ferida exposta. Ela sempre encontra caminhos alternativos para se desenvolver, ainda que o homem a agrida sistematicamente!”
( Trecho – página 422 )


Chorei, ri, tive ódio...
O final, li 3 vezes... amei, vibrei.
Ainda quero viver muito para ter o privilégio de ler mais obras do Adelson e não vou me surpreender se As Flores do Ruanda um dia for parar nas telas de cinema.

Li, amei e recomendo.

Sandra Alvarenga
Adelson 09/08/2013minha estante
Obrigado, Sandra, pelas palavras elogiosas.




T.3 22/07/2013

Livro muito bom. Vale a pena.
Confesso que de início achei o livro cansativo. Entretanto conforme as páginas foram passando fui tomada pela história de tal forma que me envolvi com as personagens e as situação como se fossem de minha própria vivência. Não conseguia parar de ler até que chegasse à última linha. A leitura flui de maneira muito agradável.
O livro me parece fruto de uma detalhada pesquisa, o que me agradou bastante, pois é possível aprender muito a respeito do país, da cultura e dos conflitos com ele. Outro ponto muito positivo é o grande envolvimento da etnia Twa na história. Quase sempre são completamente esquecidos nos livros sobre o genocídio, porém em "As Flores do Ruanda" são parte indispensável da trama. A junção de personagens de diferentes origens também faz bem à história.
O autor me pareceu explorar muito bem os acontecimentos para levá-los para sua história como se fossem completamente seus. Essa mistura de ficção e realidade enriquece o livro.
Recomendaria este livro a qualquer um que se sinta tocado ou que queira entender um pouco a respeito do genocídio de Ruanda.
O livro é fruto de um trabalho muito bem feito. Vale a pena lê-lo.
Adelson 22/07/2013minha estante
Obrigado, Thauanne, fico feliz que gostou. Obrigado pela força. Fica com Deus.


Rodrigo 22/07/2013minha estante
Nossa muito bom, ão vejo a hora desse livro chegar em minhas mãos gostei muito da resenha




Autora Nadja Moreno 02/06/2013

Marcante!!!
Seu enredo forte e intenso por algumas passagens me fez lembrar do filme "A Lista de Schindler", e em outras me lembrou o livro "Ensaio sobre a Cegueira" de José Saramago. Ele mostra os sentimentos que afloram nas pessoas em situações extremas, conflitantes e desafiantes de suas vidas.

Adelson consegue viajar pela magia da espiritualidade típica do continente africano, gerar um paradoxo entre a beleza e perfume das flores e o extermínio indiscriminado de inocentes, dar um ar cômico em algumas situações da médica maluca, juntar a história de vários personagens ao enredo central da Dra. Isabelle e as contendas entre as raças. Tudo isso emoldurado por descrições detalhadas de fatos e cenários, de tal forma que me fez por várias vezes sentir como que andando pelas ruas de Ruanda, podendo até sentir seus cheiros.

Dra. Isabelle é uma mulher destemida e surpreendente, nada contendo de comum. Age de tal forma em Ruanda, quando lá esteve como médica da Cruz Vermelha, que chega a ser aclamada como Santa por uns, embora o próprio povo entenda que ela "atira melhor do que qualquer santa que se conheça", e de médica maluca por vários outros.


Em seu blog, Adelson comenta que nenhuma mulher passaria incólume pelas páginas de As Flores do Ruanda e concordo com ele. O livro nos faz solidarizar com as mulheres de toda parte. Parafraseando a própria Dra. Isabelle: Há centenas de mulheres tutsis por toda parte. E com elas nos identificamos na leituras das páginas deste livro.

Recomendo este livro a todos que forem fortes o suficiente para vivenciar os terrores desta guerra entre raças, suas consequências e os atos bárbaros que os circundam.

Para ver a resenha original, visite:
http://escrev-arte.blogspot.com.br
Renata CCS 27/06/2013minha estante
É uma narrativa que deixou sentimentos mistos, emoções fortes, sensações de injustiças. Como vc bem colocou, é um livro forte, intenso.




Renata CCS 01/03/2013

"Descobri que uma das incompetências do ser humano é não saber dividir, repartir e compartilhar a fartura que Deus pôs no mundo." - Dra. Isabelle (página 357)
AS FLORES DO RUANDA tem como pano de fundo a guerra civil no Ruanda, na África Central, ocorrida em 1994. Não é propriamente um livro de história, mas apoia-se me fatos verídicos, pois a narrativa foi inspirada em reportagens veiculadas pela TV na época da guerra civil naquele país.

No período de 6 de abril a 10 de julho daquele ano nos deparamos com o genocídio ocorrido entre as duas principais etnias: os hutus (cerca de 85% da população) e os tutsis (aproximadamente 14%). Logo no início do livro somos apresentados a protagonista, a Dra. Isabelle, uma jovem americana, bela e rica, uma médica recém formada, filha de um respeitado senador, enviada através da Cruz Vermelha em 1993 para trabalhar em um hospital local em Kigali, na capital ruandesa. O médico chefe é o Dr. Mike, um namorador muito querido pelas mulheres da cidade, e logo conquista a jovem médica recém-chegada, mas que guarda um segredo sobre sua real condição no país que será apresentado apenas no final do livro. Isabelle, inicialmente julgada como doida e maconheira (este último título devido a sua simpatia pelo povo twa, o menor grupo étnico do país e o mais discriminado), logo conquista o respeito e admiração dos locais, em especial dos próprios twas e das mulheres tutsis. Seu senso de justiça em defender a minoria massacrada é o que lhe dá a fama de louca e encrenqueira, pois é capaz de “sair no braço” para defendê-los.

Todos os personagens são marcantes: por alguns nos apaixonamos, outros odiamos, mas todos têm o seu importante papel na história. Mas quem são os personagens reais e quais os fictícios nesta história? São todos tão reais! Quantas Isabelles e Mikes realmente existiram? Quantas enfermeiras Rose, que sofreu os abusos e humilhações como tantas outras mulheres, independente da etnia? Quantos Tharcisses e quantos Mukonos, twas sem voz, sem identidade, sem direito a uma vida digna existiram? Em meio a todo o caos nos identificamos com os personagens, torcemos por eles e queremos um final feliz para aqueles que nos encantaram e que toda a injustiça seja vingada. Mas não é o que acontece. Assim como ocorre na vida real, as conseqüências são as mais diversas: inúmeras mortes, traumas psicológicos e emocionais, um sem número de mulheres violentadas que contraíram o vírus da AIDS, crianças órfãs e milhares de mutilados.

São tantos os exemplos do passado que deveríamos seguir para que coisas assim não mais acontecessem que me pergunto até onde pode chegar o ódio e a intolerância da humanidade. As nações de todo o mundo tinham que parar de estrangular vidas e de crucificar almas. O livro é forte, muito bem escrito e realmente me marcou. É uma narrativa que deixou sentimentos mistos, sensações de injustiças, emoções fortes e uma crescente vontade de chorar. Adelson Correia da Costa nos deu a oportunidade de conhecer um mundo por nós praticamente ignorado e deixou registrado nesta obra o relato do maior desrespeito aos direitos humanos desde a Segunda Guerra Mundial.
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Fernanda 13/10/2012

As Flores do Ruanda
Confira a resenha completa de As Flores do Ruanda no Blog Segredos em Livros:

http://segredosemlivros.blogspot.com.br/2012/10/resenha-as-flores-do-ruanda-adelson.html
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Kéziah Raiol 28/07/2012

Pra mim esta sendo muito difícil de resenhar esse livro, por ter muita informação, um livro cheio de cultura, não sei nem por onde começar e o que falar. Bom, vamos lá, vou tentar fazer o meu melhor para vocês.
Uma leitura agradável e intensa, que nos instiga a pesquisar mais sobre o povo Ruandês.
Conta à história de uma mulher rica a Doutora Isabelle, uma médica que atuou na cruz vermelha de Ruanda...Isabelle sempre teve tudo, seu pai é rico e esta acostumado a fazer de tudo para sua filha. Como médica ela é mandada para um pequeno país de terceiro mundo chamando Ruanda. Ao chegar ela se depara com uma realidade bem diferente da sua.
Em 1994 Ruanda está em guerra, esta acontecendo um genocídio (assassinato deliberado de pessoas motivado por diferenças étnicas, nacionais, raciais, religiosas e (por vezes) políticas.) entre os hutus e os tutsis.
Os hutus são o mais numeroso dos três grupos étnicos presentes em Ruanda e no Burundi; de acordo com a Agência Central de inteligência dos Estados Unidos, 85% dos burundineses e 84% dos Ruandeses são hutus e os tútsis são um grupo étnico existindo principalmente no Ruanda e no Burundi, mas também nas regiões vizinhas da RD Congo, do Uganda e da Tanzânia. São um povo banto e, tanto do ponto de vista da linguística, como culturalmente, não se distinguem dos hutus, o grupo étnico majoritário no Ruanda e no Burundi.
O legal do livro é você conhecer um pouco de um país tão longe, conhecer os costumes.
Algumas partes do livro me lembraram muito da serie ‘’Off the Map’’ acho que pelo fato de Ruanda ser um lugar isolado e sem muitos recursos para uma médica, ainda mais que Isabelle esta acostumada com mordomia e tecnologia.
No começo eu não gostei muito da personagem principal, achei que ela seria uma chata, sabe aquelas riquinhas arrogantes? No decorrer do livro ela acaba mostrando-se uma ótima pessoa, disposta a defender um povo que precisa demais da sua ajuda.
Algumas partes do livro são bem revoltantes, essa briga entre os povos é tão injusta. Mas é uma leitura muito prazerosa, quem tiver a oportunidade leia.

Recomendo bastante.

Encontrei no site do lançamento do livro, umas coisas legais que resolvi dividir com vocês:
Para escrever Flores de Ruanda, Adelson disse que se inspirou em reportagens veiculadas na tevê, na época da guerra civil ocorrida em Ruanda. “Antes desse livro, cheguei a escrever um conto sobre o tema, mas não cheguei a publicar”, revela Adelson, que lançou o conto “O Carteiro Gabriel”, em 2008, incluído na coletânea batizada de “Contos Fantásticos.
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Cia do Leitor 22/07/2012

AS FLORES DE RUANDA
Grande parte do livro se passa no ano de 1994 e tem como plano de fundo a guerra civil em Ruanda, mais precisamente o genocídio que aconteceu entre as duas etnias Tútsi e Hutu e dá destaque a outra raça pouco citada nos livros e reportagens espalhada pela internet, os Twas.
Não é propriamente um livro de história, porém, usa fatos verídicos, polêmicos e extremamente marcantes para narrar uma história fictícia e paralela a fatos reais. Ou seja, mistura personagens fictícios em um cenário real e motivos e consequências reais. Quem de fato eram os personagens fictícios? Eram todos tão reais!

O livro AS FLORES DE RUANDA foi escrito em duas narrativas, a primeira é contada pela personagem principal onde nos passa todo o sentimento de revolta e impotência. A segunda, através dos olhos de autor, onde conta detalhadamente os acontecimentos da época e fala através de outros personagens.
O mais interessante é o tempo em que tudo acontece, o momento do genocídio por exemplo, é visto de vários ângulos, e nos é apresentada através de várias pessoas em tempo real.
No meio do livro já estava eu pesquisando na internet tudo sobre o tema, queria ficar mais informada para envolver-me mais na história e veja, percebi que na maiorias das reportagens espalhadas pela internet, pouco se fala dos Twas - ínfima etnia residual que se distingue pela sua muito pequena estatura e pela sua especialização na caça e na cerâmica - " Ser Twa é ser o ultimo a comer e roer o osso".
Adelson Costa nos deu a oportunidade de conhecer um pouco essa etnia ignorada por serem considerados insignificantes.

Somos apresentados a protagonista do livro, a jovem americana Dra Isabelle de 25 anos, filha do importante e respeitado senador dos Estados Unidos, que foi enviada através da Cruz Vermelha para Ruanda no meado de 1993 onde já existia o conflito entre as duas etnias, passa a trabalhar para o elegante médico inglês, Dr. Mike, que também era respeitado e muito querido pela classe feminina por sua fama de galanteador. No decorrer da história, conheceremos um lado obscuro do Dr. Mike, que será desvendado somente no final do livro. Isabelle é admirada pelas mulheres Tutsi e Twas e odiada pelos Hutus por causa do seu senso de justiça e bravura, lembra-me muito Joana D'arc, uma heroína lembrada com orgulho por seus atos de amor ao próximo e a justiça.

Somos também apresentados ao povo de pigmeus chamados Twas, em particular me apaixonei pelo twa de nome Tharcisse Mugabe, um floricultor de 27 anos que vivia à sombra da Podocarpo vendendo suas flores usadas nos eventos fúnebres. Tharcisse era uma pessoa muito meiga, gentil e fiel a sua amizade com a Dra Isabelle. Mesmo passando por diversas situações de risco, humilhações e agressões, a consideração e fidelidade pela doutora era imensuravelmente inabalável e linda.

É destacado também um outro pigmeu, Mokono, considerado pela aldeia um mito, um guerreiro protegido pela magia. Mokono era diferente, atrevido, arruaceiro, o mais corajoso de sua raça, no decorrer da leitura vamos descobrindo que existe algo que o difere dos outros twas, as suas atitudes são impulsivas, mas no fundo tem um propósito que conhecemos no final do livro.

Abominei o personagem de nome Canisous Rubuga, líder do grupo miliciano nominado Interahamwe, um sanguinário, desumano que tem o prazer de cometer todo o tipo de atrocidade contra as etnias Tutsi e twa, e a cada ato cruel cometido mais forte se sente para dar continuidade.

Embora enlouquecedor, porém respeitado, admirei o tenente tutsi Ota Uwiragiye por sua fibra e empenho por ajudar o capitão Aaron Bitero e seu objetivo de apaziguar o conflito que estava encaminhado para o genocídio.

No geral, existem personagens que você vai odiar e outros que você irá amar e torcer até o fim. Chorei diversas vezes emocionada com as atrocidades cometida pelos Hutus e também algumas vezes pelos Tutsis. Todos os personagens são marcantes, todos tem um papel importante na história. Dra Isabelle, esteve tão presente em diversas ocasiões que aconteceram na vida real que me perguntei se ela realmente existiu... Ela se envolveu totalmente com o povo sofrido na tentativa de ajudar-los ou evitar os acontecimentos mais pavorosos da humanidade.

Ressalto que no livro assim como na vida real é mostrado que no final as conseqüências foram diversas, além do trauma psicológico, resultou em milhares de crianças órfãos, milhares de mulheres que contraíram AIDS nos estupros acometidos, e todos os mutilados que não conseguem restabelecer suas vidas até hoje.

Já passamos por situações parecida tantas vezes, como no holocausto na 2ª guerra mundial que também teve como objetivo exterminar uma raça ou diversas.
Tendemos a acreditar que aprendemos com os erros do passado, mas esse tipo de coisa me faz questionar se isso é realmente verdade.

AS FLORES DE RUANDA nos alerta que o passado deve servir de exemplo. A falta de assistência, o descaso, o racismo, a intolerância, só nos leva ao fundo do poço e os fracos para sair dele arrasta, consigo inocentes pra servir de escada.

Apenas uma coisa me incomodou, o tamanho da fonte.
Porém, desejo parabenizar a narrativa, as descrições dos locais e situações, o vocabulário rico e renovador.
O Autor estava abençoado quando escreveu esta perfeita obra.

Um livro merecedor do Prêmio Nobel ou Prêmio Jabuti considerados o maior prêmio da literatura brasileira.

Parabéns Adelson Costa.

Aprovado e mais que recomendado!
Lina DC 21/07/2012minha estante
Ni, amei sua resenha!! Eu li o livro e me apaixonei também..
beijos




Lina DC 18/07/2012

Muito bom!
“No Ruanda, vivem basicamente três grupos étnicos: os hutus (rutus), que formam a maioria com cerca de oitenta e cinco por cento da população; os twas (tuás) com menos de um por cento e os tutsis (tútsis) com mais ou menos quatorze por cento. Os twas foram os primeiros habitantes a chegarem à região montanhosa do atual Ruanda, por volta do século VI a.C. Em sequência, chegaram em meados do século VI d.C. os hutus e, aproximadamente, cem anos depois, os primeiros tutsis. Os twas se comunicam entre si em rukiga, sua linguagem original, todavia se utilizam do kinyarwanda (kinyaruandês, ruandês), inglês e francês presentes no país”.(p.14)
É a partir dessa separação por etnias, que o livro explica, através de pontos de vista diferentes, o conflito em Ruanda. Esse livro me deixou profundamente emocionada. É difícil expressar em palavras como eu estava me sentindo ao terminá-lo. Vou começar descrevendo um pouco o que eu achei dos personagens:
A Dra. Isabelle, a personagem principal do livro, é uma jovem médica americana que através da Cruz Vermelha acaba parando em Ruanda (no livro conta como ela foi parar lá). Filha de um político importante nos Estados Unidos, eu espera que a personagem fosse “mimada”, mas felizmente me enganei completamente. Ela tem um senso de justiça próprio, e logo no início se afeiçoa aos twas, ao ver o quanto são maltratados e desvalorizados. Ouso dizer, que ela se torna o anjo da guarda deles.
O Dr. Mike é o chefe de Isabelle. Desde início é enigmático, sua origem é desconhecida, e você passa o livro realmente na dúvida de que lado ele se encontra (Vocês vão ter que ler o livro para saber).
Mukono é um twa, que muitos acreditam possuir alguns “dons”. Eu tive uma relação de amor e ódio com ele. Por um lado, ele é autêntico, luta pelo que quer e não se sente rebaixado por ser um twa (no livro, percebe-se uma certa hierarquia social das etnias, onde os twas encontram-se no mais baixo dos níveis). Apesar de tudo isso, algumas atitudes dele realmente me irritaram (principalmente em relação a Dancilla).
Rose é uma enfermeira no hospital que a dra. Isabelle trabalha e se torna sua melhor amiga desde o início, foi uma afeição genuína que juntou as duas. A história de Rose, quando eu relacionei os acontecimentos, realmente me deixou emocionada. Eu tive que fechar o livro por um momento e deixar as emoções aflorarem.
Canisous Rubuga é um líder de um grupo de guerrilheiros, e foi um dos personagens que me deixou muito irritada. Sua falta de preocupação com a vida humana, seus atos, me deixaram em um estado tenso quando eu lia o seu nome.
O livro ainda tem muitos outros personagens maravilhosos, alguns vocês irão se apaixonar (como o querido twa florista) e outros irão deixar vocês bravos (como o dono da fazenda). Não dá para falar de todos eles na resenha como eu gostaria, senão a resenha não teria fim.
O livro também retrata as mulheres de Ruanda, que independente de sua etnia foram maltratadas e humilhadas em sua forma mais brutal. Com os eventos que ocorreram em Ruanda na história, acabei chorando muito em alguns momentos do livro. Na época em que os conflitos ocorreram, eu estava com 11 anos de idade, e por mais que tivesse conhecimento que a situação em Ruanda estava ruim, eu não tinha maturidade para entender o quão ruim realmente era. Ao ler esse livro, percebi quantas crianças da minha idade ou até mesmo mais novas, perderam cedo a inocência.
O livro traz um tema forte, mas foi muito bem escrito e realmente me marcou.
A única crítica que eu tenho, é sobre o tamanho da fonte, que eu gostaria que fosse um pouquinho maior rs.
Cia do Leitor 21/07/2012minha estante
Concordo contigo Carol, é um livro forte, marcante e nos traz esperança. Chorei demasiada, briguei muito e odiei também. Cada capítulo é uma emoção, cada palavra é uma experiencia, cada paragrafo é um suspiro. O autor realmente está de parabéns. BIS!




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