Cinquenta Tons de Cinza

Cinquenta Tons de Cinza E.L. James




Resenhas - Cinquenta Tons de Cinza


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Susana.Mayra 15/09/2012

Análise de Cinquenta Tons de Cinza
Livros que só falam de romance nunca me agradaram, portanto, não me levem a mal por não ter gostado do livro, só estou expressando minha humilde opinião.
Quando comecei a ler Cinquenta tons de cinza pensei em desistir nas primeiras 20 páginas, linguagem muito infantilizada, que não me agrada, a história é contada quase em tom de fofoca e para o conteúdo que se propõem a “trilogia dos tons” frases de “efeito” como –“sua voz era como chocolate e caramelo quente” não são atrativas, além do que só adolescentes acham outros sexy de all star.
A jogada de marketing usada pela autora foi excelente e explica o estrondoso sucesso, se valer dos fãs “um pouco” sonhadores de crepúsculo, lançando a história por meio de fanfiction, apimentando a desenxabida historinha de vampiros. – Não! Felizmente, Cinquenta tons não fala de vampiros e ainda me pergunto que inspiração maluca em Crepúsculo foi essa da autora-. Cinquenta tons não possui nada de inovador no tema que propõe, em termos de BSDM, há autores pouco conhecidos que fazem melhor, pelo contrário, a intenção de desmitificar as práticas sexuais ficou a desejar. Ler três livros de mais de 400 páginas para contar algo que poderia ser feito em apenas um livro bem escrito é bem cansativo.
O livro choca? De maneira nenhuma, não senti emoção nenhuma ao lê-lo, concordando com várias críticas que li sobre eles, quem tem um nível de leitura mais desenvolvido detestaria a TRILOGIA DOS TONS, mas que agradaria quem não conhece esse estilo literário que está se afirmando agora.
Eu não gosto do modismo literário, e após o estouro de livros de ficção mística -vampiros, lobos, espíritos- a nova onda é a literatura adulta, com sexo narrativo do começo ao fim. Pessoas são influenciáveis, livros influenciam, é só lembrar da alta taxa de homicídios quando Goethe lançou Os sofrimentos do Jovem Wherter e da onda “procure seu vampiro encantado” com Crepúsculo. Milhões de livros vendidos! Sim, A Trilogia dos Tons irá influenciar, só espero que os jovens influenciados retirem o melhor da apresentação BSDM, não que se crie Cristians Grey “pertudados” que agridam Anastasias Steele.
Pequena e humilde análise de uma leitora em formação, o conteúdo é exclusivamente opinião pessoal, se ficou curioso para concordar os discordar, Leia!

Susana Mayra Barroso
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Raphael 03/11/2015

Como tomar no cu sem fazer sexo: analisando 50 Tons de Cinza
Existem diferentes papéis que o erotismo pode exercer na literatura. Os principais, a grosso modo, seriam: transgressão, afetar o leitor psicologicamente usando descrições explícitas de atos sexuais, incomuns ou não, causando constrangimento ou, em maiores escalas, abalando costumes sociais – Marques de Sade poderia se encaixar nesse modo, assim como Georges Bataille (cujo clássico História do Olho supera, ainda nas primeiras dez páginas, toda a sacanagem contida em 50 tons de cinza; exemplo: uma moça de dezessete anos arrebenta um ovo com o cu), no entanto é válido apontar que o grau de erotismo necessário para transgredir é variável conforme o período em que vivia o escritor (uns diriam que a literatura de D. H. Lawrence é bastante recatada, mesmo assim, em seu tempo, ele foi banido, enquanto hoje é possível ver na internet duas mulheres vomitando e cagando uma na outra sem que haja investigações policiais e processos –; excitação, servir de meio sensual alternativo para pessoas que, no momento, não têm um parceiro disponível e precisam botar a mão na massa e buscar alívio solitário, ou usado para abastecer a criatividade de um casal entediado e reacender aquela pálida chama da fogueira de alcova; mais comum hoje, seria o erotismo como consequência existencial, em que o autor inclui a vida sexual das personagens na narrativa porque elas são representações de seres humanos e seres humanos, em sua maioria, fazem sexo. Uma categoria separada seria a dos gênios que conseguem mesclar todas essas formas, gente como: Anaïs Nin e Henry Miller. De alguma maneira, o mais recente fenômeno da literatura erótica conseguiu falhar em todos esses aspectos.

Falo de 50 tons de cinza, a série de livros que, desde seu lançamento, vendeu 125 milhões de cópias mundialmente. Mais que praticamente tudo nas livrarias hoje em dia, com exceção dos lápis de cor. Meu objetivo com a leitura foi tentar identificar a razão disso. Em nenhum momento esperei gostar do livro. Não, estaria além das minhas capacidades. A ideia era encarnar um personagem e enxergar a história com os olhos do público-alvo. Ao fim das 400 e muitas páginas do primeiro volume, percebi que foi um exercício de futilidade. Seria impossível, contudo, explicar de uma vez porque o livro falha, por isso decidi dividir a análise em temas.

1. Narrativa

Para os que vivem em uma caverna e não sabem do que se trata 50 tons de cinza, segue um breve resumo do primeiro volume (único que li e lerei):

Formanda em literatura, Anastasia Steele tem 21 anos e é virgem. Ela divide um apartamento com uma amiga chamada Kate, que escreve pro jornal da faculdade e teria que entrevistar Christian Grey, bilionário de 27 anos e responsável por toda essa merda de livro. Como Kate está doente, Anastasia a substituiu. Por motivos de enredo, o ricaço pica das galáxias se apaixona pela folha de papel sulfite que o entrevista. Acontece que Christian é um sociopata e começa a perseguir Anastasia, aparecendo em tudo quanto é lugar que ela vai. Sempre que os dois se encontram ele diz que ela não deve se aproximar, que ele tem gostos peculiares que ela não conseguiria satisfazer e coisa e tal, mas tampouco ele deixa que ela se afaste. Anastasia, que tem idade mental de uma criança de 5 anos que nunca aprendeu a não falar com estranhos, em vez de chamar a polícia, fica intrigada com o “mistério” do Christian (não com o dinheiro e com a beleza, de forma alguma) e da sequência ao chove não molha que se prolonga por mais de 50 páginas.

Duas semanas depois, as coisas parecem avançar, e Christian leva a relação – que até então não passou de uns beijos, se chegou a tanto – para o próximo nível, mostrando para Anastasia o equivalente adulto de um homem estranho dentro de uma vã cheia de doces: um contrato regulando como se dará o relacionamento entro os dois, caso aconteça. Se você, leitor, é amante dos documentos legais, regozije-se, pois E. L. James incluiu todas as páginas do livro no contrato, para que você não perca nada.

Acontece que Ana não se sente confortável com certos aspectos do contrato – as partes que ele diz que vai controlar a alimentação dela, que ele pretende castigá-la sempre que ela o contrariar, que ele pretende enfiar o punho no cu dela… coisas típicas desses contratos legais, vocês sabem como é – e hesita em assinar.

Os dois acabam seguindo a relação mesmo assim, deixando bem claro que aquelas tantas páginas do contrato que a autora forçou você a ler não servem para porra nenhuma. Ocorre então o despertar sexual de Anastasia – que eu cobrirei melhor durante a análise.

As próximas 400 páginas envolvem apenas os dois fazendo sexo. De vez em quando Anastasia se questiona se está fazendo a coisa certa, mas logo passa – quando os dois transam de novo. E assim vai, até que ela leva uns tapas com muita força e faz aquilo que ela devia ter feito na primeira página: foge.

2. Qualidade literária

Dos muitos problemas em 50 tons de cinza, o mais aparente é a escrita. Estou certo de que E. L. James, antes desse romance, nunca escreveu nem uma mensagem de texto. Não é de surpreender que a base para esse livro tenha sido a série Crepúsculo. Alguém pode querer me dizer agora que é tudo uma questão de gosto. Bom, é e não é. Gostar do livro é uma questão de gosto, de fato. Isso não muda a qualidade geral da prosa. Nem tudo de que se gosta é bem-feito. Eu amo Sharknado, isso não quer dizer que seja um filme bom. (É ótimo.)

Desconsiderando erros de colocação temporal (por exemplo, em uma cena, Christian Grey liga de manhã para Anastasia, ela desliga o telefone e vai preparar o jantar – ou a ligação foi longa pra caralho, ou E. L. James esqueceu que horas eram e nenhum dos revisores se deu conta), e outras coisas mais técnicas, o livro ainda é cheio de repetições, déjà vus e frases mal construídas. Lógico que, se você gosta do livro, chances são que você não é assim tão ligada em literatura e não se importou com nada disso – por isso mesmo não pretendo entrar em detalhes sobre a qualidade da prosa. Agora não venha me dizer que um livro em que os personagens murmuram cinco vezes por página é bem escrito.

Se existem frases memoráveis ao longo do texto, é pela hilaridade não intencional contida nelas. A genial: “Eu não faço amor. Eu fodo… com força.”, vem à mente de imediato, e o livro é permeado desses pequenos momentos de comédia literária, com frases esquisitas que nenhum ser humano diria, mas que aqui são consideradas sexy por algum motivo. Desde 1977 eu não li tantos “baby” em um livro, melhor seria que a tradutora chutasse o balde e escrevesse logo “broto” no lugar. O que me faz pensar que, para um cara que conseguiu se tornar um empreendedor de sucesso ainda jovem, sabe tocar piano clássico, pilota avião, sapateia, assobia e chupa cana ao mesmo tempo, ele é bem chato. Os dois nunca têm assunto. Toda a conversa deles se limita a trocas levemente irônicas de provocações – terminando, normalmente, em arrependimento para Anastasia, que passa as páginas seguintes temendo pela própria vida (porque o relacionamento deles é saudável) – que rapidamente se tornam cansativas e irritantes. É um desafio ler um terço do livro sem querer esganar os dois ou sem desejar que o helicóptero em que eles embarcaram caia.

Pode parecer bobagem reclamar da maneira que as personagens falam, afinal são criações da autora e ela pode fazer o que achar melhor, mas não é assim que a banda toca. Quando nada na descrição da personalidade da personagem condiz com suas ações ou jeito de ser, isso é um problema de caracterização – erro literário típico de iniciante que não percebe que, por mais que fictícias, personagens são representações de seres humanos e precisam de liberdade. E essa é a melhor maneira de definir Anastasia. Ela é formanda em letras e é a primeira da classe – se não me engano, a essa altura as informações do livro estão sendo forçadas a se retirar da minha memória para dar espaço para coisas melhores. Isso deveria significar que ela não é de todo burra. Não é o caso. A garota é sequelada. Não compreende coisas que não poderiam estar mais claras. Isso poderia ser culpa de sua inocência virginal, só que o diploma em letras quer dizer que ela leu a maior parte dos clássicos da literatura americana e/ou inglesa, que inclui muita sacanagem e, mesmo que de segunda mão, experiência de vida. Inocência é uma coisa, crescer numa bolha emocional é outra. Rompimento de hímen, até onde eu sei, não causa aumento de QI. Não quero me adiantar aqui porque mais será dito quando eu me pôr a analisar a relação dos dois.

Como quem narra a história é essa toalha molhada que atende pelo nome de Anastasia, o leitor está preso à mente limitada dela. E nunca na minha vida eu desejei tanto por um narrador onisciente. (Tem quem diga que preferiria uma narração do Christian Grey [o que aparentemente vai acontecer – prova de que o diabo existe e está entre nós], mas não, ele não resolveria essa limitação porque ele é tão limitado quanto ela – o mal está na raiz, a autora, que não poderia vir com uma boa narração mesmo que tivesse em mãos a melhor das personagens.) Como a terceira pessoa nunca surge para aliviar a mente do leitor, este é obrigado a passar as centenas de páginas ouvindo a voz patética dela falar e falar e falar e murmurar e murmurar, e, como se não bastasse, o texto ainda é cheio de interjeições infantis como “uau”, “meu Deus”, “minha nossa”, “cacete”, e variações. Puta merda – uso aqui meu direito de adicionar uma interjeição vazia. De vez em quando, ainda, a narração nos oferece acesso aos mais íntimos pensamentos de Anastasia – esses vêm em itálico. O que eles dizem: “o que é isso?”, “o que ele quis dizer?”, quem sou eu?, onde estou? Sim, porque Anastasia tem pensamentos muitos ativos. Sua mente é tão agitada que convive com duas entidades psicológicas, separadas da origem e autoconscientes, para as quais pretendo dedicar o próximo tema.

3. Os três patetas: Anastasia, Inconsciente e Deusa Interior

Personificações do Tico e Teco, as vozes na cabeça de Anastasia, que tornam o pensamento dela mais claro (?) e a leitura insuportável, são chamadas Inconsciente e Deusa Interior. Um passa a história insultando Anastasia enquanto o outro só se masturba. Antes que eu me adiante, vamos definir a personalidade dessas duas alucinações, sim?

Comecemos pelo Inconsciente porque, dos dois, é o que mais me emputece. Não se enganem, a Deusa Interior é tão ruim quanto, mas ela é o tipo de idiota inofensiva, enquanto o Inconsciente é uma demonstração do quanto a autora não estava preparada para escrever o horóscopo de uma revista de fofoca, que dirá um romance. Desde a primeira página o Inconsciente serve como o bom senso, o lado inibitivo da “mente” de Anastasia, que, por sarcasmo mal escrito e tentativas sem graça de piadas autodepressiativas – afinal o inconsciente é parte de Anastasia, tenha ele consciência disso ou não –, tentam mostrar a ela que o que ela está fazendo é errado ou incompatível com a personalidade dela ou apontar um mal a ser evitado. Em termos psicanalíticos, é o Superego. Isso mesmo, caros leitores, uma das coisas mais presentes nesse livro é, por definição, um erro. É difícil explicar como isso aconteceu. E. L. James deve ter achado a palavra inconsciente bonita, então decidiu repeti-la o máximo de vezes possível ao longo do livro, sem nunca pesquisar no Google o seu significa. É verdade que o Superego não é de todo consciente, mas o de Anastasia parece ser, visto que ela tem um acesso muito claro a ele – e mesmo assim o chama de Inconsciente. Nenhuma das milhões de leitoras parou para pensar nesse detalhe? Não é preciso um diploma em psicologia pra perceber que tem algo errado. Então é isso, o Inconsciente é só essa coisa que passa o livro todo reprimindo Anastasia e sendo ignorado, tanto pela personagem quanto pelo leitor, que, inevitavelmente, passa a pular as frases em que ele aparece.

A Deusa Interior, por outro lado, é um tipo completamente oposto de chateação. Ela dança, comemora, pula etc. Mantendo a civilidade, ela é o Id da personagem. O impulso, a fonte da libido, os desejos e por aí vai. A Deusa Interior, sendo franco, é a vagina da Anastasia. Mas deus nos livre da palavra vagina aparecer no texto. A autora tem algum problema com qualquer menção nominal aos órgãos reprodutivos. É bem verdade que o uso de termos biológicos num livro de sexo pode fazer as cenas soarem como uma aula de anatomia, mas nem apelidos ela usa. Ela poderia ter vulgarizado de vez e soltado logo a boceta, ou, como pelo visto ela não tem medo do ridículo, lançar uma xoxota aqui e ali, até perseguida poderia ser perdoado em lugar da real escolha da autora. Não, ela tinha que fazer a personagem dizer coisas como “lá embaixo”, que não é nem um eufemismo digno. Nem a mais ingênua das mulheres usaria essa expressão. Lá embaixo é o que uma criança responde ao juiz quando ele lhe pergunta: “onde foi o que padre te tocou?” Mas eu estava falando da Deusa Interior. É que não tem muito pra falar sobre ela por isso eu me perco nos meus pensamentos – deve ser meu inconsciente trabalhando. A Deusa Interior é o equivalente feminino do “pensar com a cabeça do pau”, nada além.

Então o leitor é forçado, ao longo das quase quinhentas páginas, a ler dezenas e dezenas de breves reações do Inconsciente e da Deusa Interior aos pensamentos e escolhas de Anastasia. Que eu me lembre, os dois nunca se encontram. Eles sempre se dirigiam diretamente a Anastasia, nunca um ao outro, o que foi uma oportunidade perdida para muita galhofaria, tortadas na cara e dedos no olho, no maior estilo Moe (Inconsciente), Larry (Anastasia) e Curly (Deusa Interior). Nada disso muda o fato de que, se o editor tivesse passado a faca em todas as menções a essas duas criaturas, a leitura provavelmente teria sido menos desagradável, pra começar porque isso cortaria pela metade o número de páginas.

4. Falsa luz no fim do túnel e a raíz de todo o mal.

Então, já no último capítulo ou algo assim, eu me surpreendo. Pela primeira vez, Anastasia toma uma decisão acertada. Ela leva umas porradas do pica das galáxias e decide que chega, aquela vida não é para ela, os dois não devem mais se ver. Seria isso um sinal de amadurecimento?, E. L. James mostrando que não é só uma escritora incompetente, mas alguém com inconsciência, decidida a quebrar o formato padrão das histórias sobre meninas inocentes tentando mudar os homens terríveis por quem elas se apaixonam? Não, porque o livro tem duas continuações, logo não é necessário ler todos os volumes pra saber que ela volta atrás e ele promete mudar e os dois voltam a ficar juntos e se casam e têm dois filhos e meio e um Golden Retriever e então as agressões do pica das galáxias começam a ficar mais frequentes principalmente porque o corpo de Anastasia já não é aquilo tudo e a pica já não está explorando tão bem a galáxia fazendo umas aterrizagens de emergência ou não decolando e Anastasia desenvolve um vício em antidepressivos e analgésicos e as crianças descobrem a sala de jogos e o cachorro morre de câncer e finalmente eles terminam em um longo e doloroso processo de divórcio em que nenhum dos dois é visto como capaz de criar as crianças e os dois se suicidam. Eu posso sonhar; a autora não escreveu o que vem depois do felizes para sempre.

Pois é, por um momento eu quase vi algo que pudesse redimir essa história. Se ela tivesse ido embora e não tivesse continuação, o livro continuaria sendo uma merda mal escrita, mas teria uma razão de ser. Mostrar que não dá pra mudar um parceiro abusivo, que certas pessoas são incompatíveis, enfim, uma versão adulta da história. Se ela tivesse feito isso, com toda a honestidade, eu teria dito que o livro é uma merda. Do jeito que está, ele é uma merda ofensiva, insistindo que amor e persistência podem mudar pessoa. Receita para um desastre. E tem gente que acredita. Por mim, se as pessoas estivessem elogiando o livro porque todo mundo gosta de uma sacanagem, tudo bem. O livro é péssimo em sacanagem também, mas não vem ao caso, cada um com seus gostos. Mas daí a dizer que é uma história de amor, superação e o caralho à quatro, isso é intragável e, dependendo do quanto a leitora em questão realmente acredita nisso, prejudicial.

A maneira como as pessoas mais apaixonadas por essa história insistem que Anastasia se interessa por algo mais no seu Grey que os bilhões de dólares e a vara me intriga. Nada no livro dá a entender o contrário. De vez em quando Anastasia diz para si mesma que não é isso, mas ela não é capaz de definir o que é. E o pior de tudo, e que categoriza o abuso na relação, é que ela nem tem padrões comparativos adquiridos em relações passadas para ajudar a definir se o que ela está vivendo é bom ou não. Nada do que ela diz sobre o relacionamento é confiável, nem mesmo o tamanho do dote do ricaço. A mulher nunca nem se masturbou antes de transar com ela, como ela sabe que ele é tão grande assim? Ela não conhece nem os próprios dedos, porra. E mesmo que ele tivesse aquilo tudo, baseado nas descrições da autora, as proezas sexuais do cidadão não funcionariam na vida real. É que, pra sorte dele, é guardou todos os orgasmos que ela não atingiu em sua vida adulta dentro de um armário na casa da Deusa Interior e ela é capaz de atingir cinco em sequência com o toque de uma pluma.

Minha dica para Anastasia e qualquer outra moça que possa estar envolvida em um dilema desse na vida real é: se o cara aparece na loja em que você trabalha sem que você tenha dito para ele onde é, você pergunta como ele descobriu e ele responde que tem seus meios, ele compra corda, um taco de baseball, uma máscara de esqui e uma motosserra, e então te convida para sair, diga não. Então corra o máximo que suas pernas suportarem, mude de país ou compre algumas armas de fogo.

5. Conclusão.

O fato de que esse livro atingiu os números de venda que atingiu e se tornou tamanho fenômeno me impressionaria se as pessoas tivessem esse hábito de comprar livros ruins. É normal, temos aí Paulo Coelho, Dan Brown, Stephenie Meyer. Tudo que ela fez foi escrever um livro ruim com sexo. Fórmula para o sucesso. A surpresa é que demorou tanto tempo para acontecer.

Todas as leitoras que dizem amar esse livro por serem mulheres liberadas e bem resolvidas com a própria sexualidade, sinto em lhes dizer, mas não é verdade. Esse livro é literatura erótica para quem não gosta de literatura erótica, é sadomasoquismo para quem não sabe o que é sadomasoquismo, é sexo para quem não faz sexo. Ruim em todos os graus, tanto literários quanto eróticos, falhando em tudo aquilo a que se propõe fazer. Isso é tão claro que pode-se dizer que as pessoas que gostariam de ler 50 Tons de Cinza já leram, e aqueles que não gostariam perceberam pelo faro o lixo literário irredimível que é esse livro. A única coisa que eu gostaria de ler relacionado a 50 Tons de Cinza é a perspectiva da faxineira do senhor Grey. As coisas que essa mulher já deve ter visto e sofrido, isso sim é uma história.


site: http://delirandoeescrevendo.blogspot.com.br/
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Rousa 07/03/2022

Cinquenta tons de cinza
Sinceramente, tinha muito preconceito com esse livro, e até que não é tão ruim quanto eu esperava, claro que na minha opinião ele romantiza DEMAIS um cara abusivo e maníaco por controle(como o próprio livro o descreve).
Gostei da maneira como é escrito, e das conversas internas da personagens principalmente, ri diversas vezes do modo como ela trata a própria consciência como uma "deusa interior" é bem brega mas achei divertido.
O que mais me decepcionou é o final, eu esperava mais história, mais aprofundamento dos personagens (claro existem os próximos livros, mas o primeiro não foi bom o suficiente pra que eu leia os próximos), eu senti que a personagem conheceu e se apaixonou por um cara cuja única coisa que ela sabe é que ele é um sadico, rico e que toca piano,o livro praticamente não tocou no passado do personagem, abriu várias perguntas e não respondeu NENHUMA e não entra na minha cabeça a justificativa de " tem os próximos livros".
E é impossível não comentar as cenas hot, estranhas e bizarramente descritas mas fazer o que né, me encomodou muito o fato dos personagens não conversarem, eles são praticamente estranhos, eles transam e pra evitar conversar eles transam denovo, acaba deixando a leitura bem monotona na minha opinião, mas tenho que admitir que não é o pior livro que já li.
Não é o meu tipo de leitura por isso não posso dizer se recomendo ou não, perdi um pouco do preconceito que tinha com ele mas a vergonha alheia ainda está chutando o meu cérebro.
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Mia Fernandes 03/05/2020

O filme é LIGHT em comparação ao livro...
Quatro dias. Intensidade a mil, mas só aconteceu por causa do filme (que realmente foi BEM LIGHT). Decidi mergulhar de cabeça na vida de Christian, porque eu soube que ele é perturbado, claro né... qual homem misterioso-rico-gostoso-tesão-literário não é? Hehehehe. Preconceitos finalmente deixados de lado. Cinquentinha não é romance água com açúcar, nem tema para sessão da tarde e inspiração para música da Taylor Swift. Sr. Gray é um novo patamar, ele não faz amor, ele “fode... com força”.
Anastácia Stelle é a típica mocinha sem sal, açúcar e feita de vento dietético, mas é uma amiga “pau para qualquer obra” (trocadilho infame). Sua colega de quarto, estonteante está abatida por uma gripe daquela e pede para Ana realizar a entrevista com Sr. Gray para o jornal da faculdade. Ela no seu jeito bem inocente de ser vai para entrevista sem nem saber o sobrenome do cara! Cadê o Google na vida deste ser? Apesar de tudo ser um desastre completo, como: “Sr. Gray, o senhor é gay?” ela conseguiu balançar os pensamentos do grandioso.

Christian Gray apesar de bem jovem, conseguiu crescer na vida e se tornar um megatrilhonário, sua fortuna alcançou níveis estratosférico. Então os seus gostos também seguem uma linha bem peculiar. Ele gosta de mandar, de ter tudo sobre o controle.

O tema principal de 50 Tons de Cinza é a relação de dominador e submissa. Não é o amor a primeira vista. Temos um dominador, que já teve mais de uma dezena de submissas, que gosta do controle, de bater, que sente prazer com isso. Do outro lado, uma submissa totalmente inexperiente neste assunto, ou em qualquer tipo de relação sexual. Que aceita a situação porque se apaixonou por ele.
“Linda. Coro de alegria. Christian Grey me acha linda. Aperto os dedos, olhando fixo para eles, tentando disfarçar o sorriso apatetado. Vai ver ele é míope. Meu inconsciente levantou a cabeça de maneira sonâmbula. Onde ele estava quando precisei dele?”
Ana passou a sua infância vendo a sucessão de homens que entravam na vida de sua mãe. O segundo marido dela, Ray, se tornou a sua única figura masculina. Com o seu jeito tímido ela nunca chegou a chamar a atenção dos garotos, ou seja, sua auto-estima é mais baixa que o nível dos reservatórios brasileiros. Então, quando Gray se mostra interessado nela, é compreensível que ela se encante.

“O que eu estava pensando? Por que deixei que ele fizesse isso comigo? Eu queria o lado escuro, explorar quão ruim poderia ser – mas é muito escuro para mim. Não posso fazer isso.No entanto, é o que ele faz. É assim que ele tem prazer.”

Apesar de não ter assinado em todos os papéis “da fusão e aquisição” (o modo como ela chama o acordo de confidencialidade de Gray), Ana acaba aceitando realizar algumas fantasias dele. Entretanto, com o decorrer da história e eu achando que ela tinha virado um saco de pancadas do bipolar Christian, ela sobe no meu conceito. Chega numa determinada cena de punição que ela dá um basta.

“Que toque monumental para me acordar. E, para ser justa com ele, ele me avisou várias vezes. Ele não é normal. Têm carências que eu não posso satisfazer. Vejo isso agora. Não quero que torne a me bater assim, jamais.”

Teve cenas que eu realmente agradeci a minha deusa interior por não ter ido para as telonas. Outras como as lindas bolas prateadas, eu senti muito a falta #momentopervertido. O livro foi mais pesado que o filme. Porém, no filme a protagonista não foi tão maçante quando no livro. Na realidade, ele é muito distorcido para os praticantes de BDSM e está bem longe da fonte de inspiração que foi Crepúsculo.

XOXO
Mia Fernandes.
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Cat 24/09/2012

Um livro erótico... Brochante!!!
AVISO: Nesta resenha não vou criticar somente a trama, mas também a autora, as leitoras e os resenhistas (Sim, porque têm muitos resenhistas fazendo merda por aí).

Resenha: A Trama

Cinquenta Tons de Cinza conta a história de amor entre Anastasia Steele e Christian Grey.
Anastasia tem 21 anos quase 22 e ainda é virgem. Sua vida vira de cabeça para baixo quando a pedido da melhor amiga, vai em seu lugar entrevistar o bilionário Christian Grey para o jornal da universidade.

Logo ao entrar no escritório de Grey, Anastasia beija o chão e por causa de seu jeito chama a atenção de Grey, que é um predador sexual de primeira.

Após o 1º encontro Grey começa a seguir Anastasia despertando nela uma paixão avassaladora. Ela quer romance e sexo, mas Grey não.
Para que Anastasia possa ficar com ele deve ser submeter as suas exigências. Ela deve assinar um contrato onde permita que Grey faça tudo o que quiser com ela. Tornando-a sua submissa e ele o dominador.

Falando assim parece que o livro é grande coisa, mas não é.
Gostaria de dizer que amei o livro, que foi a melhor coisa que já li, mas meu amor próprio e o amor que sinto em por ser mulher me impedem.

Cinquenta Tons de Cinza é uma ofensa as mulheres. E não é por causa das cenas de sexo. sexo é bom, importante e não é sujo. E confesso... Sou à favor de apimentar as coisas, desde que fique entre quatro paredes.

A mulher pode até ser submissa durante o sexo, como um fetiche para agradar o ego do companheiro, mas ser submissa em outros momentos, não.

A mulher não pode ser proibida de ver a família e amigos. Também não pode ser tratada como uma idiota que não sabe se alimentar, Não deve ganhar presentes caros se ela é pobre. Coisas caras dão a impressão que ela está sendo comprada. E principalmente, se a mulher encontrar um homem dominador, deve se afastar dele o mais rápido possível, mesmo que esteja apaixonada. Não se deve amar alguém sem antes amar a si mesma.

Apesar de degradação o livro tem algumas piadas, que até te distraem no meio de tanta asneira.
Também acho que a autora teve uma ideia legar, mas se atrapalhou na hora da execução.

Ao invés de tentar transformar a história de Steele e Grey no clássico "A menina comum encontrou o príncipe encantado", a autora deveria ter pego a parte Dominado e Submissa e transformá-lo num suspense. Mais ou menos como o filme Dormindo com o Inimigo. Aí teria ficado show.

Critica: Leitoras e Autora.

Vejo muito pelas redes sociais um monte de mulheres enchendo a boca (Na verdade os dedos) ao declarar sua paixão, admiração e de como elas gostariam que Christian Grey fodesse com elas e com força (Como o próprio personagem diz).

Sei que de 100% de suas admiradoras, talvez metade ou mais dizem isso da boca pra fora. Como uma brincadeira.
O problema é que no meio dos 100% tem aquelas que dizem da boca pra dentro. e isso me deprime.
Como alguém pode querer um homem controlador, louco e só porque tem dinheiro acha que pode ser o dono de tudo e de todos.

Mas ai elas dizem... "Ele é lindo, gostoso, perfeito e bom de cama".
Beleza! então agora a razão. o bom senso, o amor próprio e o cérebro ficam entre as pernas?.
Tá, eu sei! É um livro fictício. Mas as chances de encontrarmos um Christian Grey da vida é muito maior do que darmos de cara com um Edward Cullen.
E desde que eu fiz a enquete: Se vampiros existissem, você pediria para ser transformado (a) Se sim, por quê? E 57% disseram sim e todos queriam pela imortalidade, poder e a chance de ficar no topo da cadeia alimentar.
Fiz a enque como base para um tema a ser usado nos meus livros. Pedi para que as respostas fossem honestas, já que elas entrariam num livro que estava escrevendo.
É por isso que eu tenho medo das admiradoras de Christian Grey.

Por causa da fama, a autora E. L. James é sempre entrevistada, criticada por causa de sua obra. E é claro os pontos principais são: As Grey Lovers e a submissão de Anastasia.

Uma pequena declaração da autora:

"Essa história de amor é uma fantasia, não retrata o mundo real, e isso atraí as mulheres. Mas não somos idiotas e sabemos que não é verdade. No fim, o que realmente queremos é alguém que nos ajude a lavar a louça, e não alguém tão controlador como Christian Grey".

Belas palavras, mas falou merda!
Eu entendo a autora. É o trabalho dela, seu filho. E como boa mãe ela quer defendê-lo. O problema é que as vezes o filho é mal criado e a mãe não consegue enxergar ou não quer.

Primeiro: Não é uma história de amor.
Segundo: É fantasia, mas pode acontecer.
Terceiro: Nem todas as mulheres querem o cara que lava a louça. Porque se isso fosse 100% verdade os homens na literatura não seriam sempre iguais... Lindo, perfeito, bom em tudo que faz, rico, misterioso e perigoso.
Enfim... Tem caroço nesse angu.

Critica: Resenhistas.

Li várias resenhas para Cinquenta Tons de Cinza e em quase todas vi resenhistas falando merda.

O livro não é nacional. Ele é de uma autora inglesa e logo foi escrito em inglês.
Por isso quando um resenhista diz que a linguagem do livro é pobre e tem erros de português devo alertá-lo: Erros de português? Não sabia que ela escreveu o livro na nossa língua. Se há erros é culpa da tradutora.

E se a linguagem é pobre, o resenhista deve especificar se leu a versão em inglês ou traduzida.
Se for a original, culpar a autora e se a traduzida a tradutora.

Resenhistas Acordem!

Já chega! Escrevi demais!
Até!

http://catalinaterrassa.blogspot.com.br/2012/09/resenha-cinquenta-tons-de-cinza-e-l.html
Josy-chan 03/10/2012minha estante
só disse a verdade


Sté 10/10/2012minha estante
Olá! Concordo com vários pontos da sua resenha.
Tentei gostar do livro, tentei mesmo, mas eu amo ser mulher e não gostaria que um cara ficasse me menosprezando o tempo inteiro.
Eu li o livro em inglês quando ainda não tinha em português, e a escrita continuou pobre, os erros continuavam lá e depois que peguei o livro em português, me decepcionei ainda mais.




phco 10/07/2020

Cinquenta tons de cinza:
Um livro muito educativo para as crianças...
Brincadeira kkkk
Gostei bastante da evolução dos personagens, tem algumas partes que dá sono, mas acho que isso é por conta do gênero e da rotina que o livro traz.
A Anastasia começa bem na inocência e termina uma pessoa totalmente diferente. E isso eu acho muito foda, essa evolução e essa imersão que o livro apresenta...
Não curto romantizar o estilo do Christian, ele é bem possessivo, mas ver uma mulher mudando isso nele é muito desvelado.
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Di 10/10/2012minha estante
Gostei muito do seu ponto de vista!
Acabei de ler o livro e gostei muito...
Apesar de todo o exagero, da ausência de personagens secundárias e da dupla personalidade de Mr. Grey.
Minha atenção se voltou mais para o vocabulário e a formação das falas: suaves, diretas e francas sem tanta enrolação.
Vejo Mr. Grey como um retrato da realização masculina em geral: controlar e poderoso (quer tudo do seu jeito e na sua hora).
Enquanto que Sr. Steele é uma mulher que busca seu sucesso e realização pessoal com seus próprios recursos, algo diferente do que geralmente vemos: ela recusa um excelente emprego e também os exagerados presentes de Mr. Grey dizendo-lhe desta forma que tem vida própria e que quer continuar a vivê-la.


Sté 10/10/2012minha estante
Obrigada por gostar, e também gostei do seu ponto de vista. Sei que tem muitas pessoas que pensam diferente de mim e compreendo isso. Confesso que em algumas partes o livro teve qualidade, principalmente quando Anastasia confronta Grey (únicas partes que valem a pena rsrs) ou quando ela recusa ser mandada por ele.
A falta de personagens secundários me incomodou muito, pois eu realmente gostei de Kate e queria ter mais dela no livro.
Concluindo, cada um tem sua praia e agora já sei que BDSM não é a minha.




@heloisasilva21 24/07/2021

Aaaah não tenho nem o que falar, eu amo esse livro, e não conto quantas vezes eu reli, e não quero nem pensar em quantas mais eu lerei, mais por conta do lançamento da sequência da versão do Christian, o 3° livro pelos olhos dele "Livre" eu voltei a ler novamente a série completa, eu tava lendo simultaneamente as duas versões, mais depois achei por bem ler um de cada, sendo assim partiu Grey.
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Rm14 15/07/2021

Não leia
Eu tive a infeliz ideia "se vou começar a ler romance que seja pelo mais famoso", nossa nunca me arrependi tanto.
Faz mais de 6 messes que eu li esse livro e nesses messes eu li muito romances tóxicos mas esse livro superou a merda toda mds como vcs acham isso decente?
Não leiam nem como romance, nem como bdsm esse treco n é nenhum dos 2.
E olha que eu sou uma leitora muito fácil de se ganhar
kitty kat 15/07/2021minha estante
só pelo filme já dá pra ter uma palinha do livro, passo longe desse ai




Ana Gabriela Duarte Mauch 24/08/2012

História
O grande problema do livro não é nem a questão da profundidade dos personagens, nem a "deusa interior"(que cá entre nós, é chata!), nem o quão bem escrito foi o livro. Porque se houvesse história e todas essas coisas, daria para aguentar. Mas a história do livro gira em torno do sexo. Não que as cenas picantes não sejam legais, eu acho que são. Mas quando só as cenas picantes fazem a história do livro, tudo fica sem graça. A gente lê um livro pra tentar se identificar... E quem tem/sonha em ter uma relação em que sexo é tudo? O sexo do livro poderia vir como complemento, não como um todo. Não me apedrejem!
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Re... 08/08/2020

Não é só sexo!
O livro é muito mais do que foi relatado no filme, acredite! Não é apenas sexo, não se trata apenas disso, refere-se a um linda história de amor... Superação de traumas, o menino adotado que conhece apenas o toque de dor... sofre muito e precisa aprender a lidar com tudo até que encontra Ana...então ele conhece... Li a trilogia e o primeiro de Grey, a história contada na versão dele, a leitura te prende, a maneira como a autora escreve é simplesmente admirável!
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Raquel 08/11/2012

Desculpe, mas.......
Não vi graça na Saga Crepúsculo e não imaginava que poderiam publicar algo pior e mais mal escrito. Desculpe pessoal, mas fazia tempo que não via um livro tão ruim. A personagem Anastasia é tão perdida que chega a dar dó. E as cenas de sexo "ousadas" não tem nada que já não se tenha falado nos livrinhos lacrados que vem na Revista Nova. Tem livros eróticos muito, muito melhoreres incluindo "A História de O" e "O Amante". Enfim, leitura comercial, sem profundidade, diálogos horríveis. O que é muito bem descrito é como uma menina ignorante pode cair fácil nas garras de um manipulador. Mulheres com personalidade não precisam dessa abobrinha.
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Israel 05/08/2013

50 Tons de Tortura
São muitos tons por nada. Eu já imaginava o quão ruim seria o livro, eu não estava enganado.

Realmente me interessei pela série, sim. Julguem-me. Primeiramente por ser originalmente uma "fan fiction" de Twilight (ou Crepúsculo, como desejarem). Eu gosto bastante da série da Meyer, isso não é novidade para ninguém que me conhece. Em segundo, pelos temas que eram tratados (lógico!). Apesar de ser um tipo literário que não me interessa, inovou o universo dos livros, de certa forma. Atraiu muitos leitores que não se familiarizam com livros em geral. Então abri minha mente e mergulhei em 480 páginas de tédio.

Nos primeiros capítulos eu pensei que estava lendo Crepúsculo, porém piorado e mal escrito. Isso foi assustador.

Conhecemos Anastasia Steele, uma garota irritante e "pamonha". Desajeitada, sem graça, repetitiva, que tropeça praticamente a cada página. Tem uma "amiga imaginária", ou que seja, que ela a chama de "deusa interior" (E ISSO É EXTREMAMENTE IRRITANTE). E virgem, aos 21 anos. Anda em um fusca e nunca mexeu em um computador em pleno século 21. Na minha humilde opinião, deveria se chamar Bellastasia.

E conhecemos o (ual!) Christian Grey, um cara sedutor, com olhos perfeitos, podre de rico, poderoso (qualidades que a nossa fantástica Ana não se cansa de citar) com gostos sexuais duvidosos. Outro mala. Um Edward Grey.

Prefiro nem citar o J(acob)osé.

O que difere esses personagens dos personagens de Twilight é que, pelo menos, a Meyer soube desenvolver os seus. A Bella, apesar de chata, tem personalidade, e a cada livro vai amadurecendo, teve momentos que me identifiquei com ela. Já a Anastasia, não (eu li os outros dois livros). São personagens vazios, desinteressantes e fúteis. Cópias "fail" aos personagens vampirescos.

O engraçado que o livro demora mais de 100 paginas para acontecer a primeira cena de sexo (uma das mais engraçadas e patéticas que já li). Depois disso, é putaria direto.

O relacionamento deles consegue ser estranha, melosa, ridícula e doentia ao mesmo tempo. Isso, porque, esse "namoro" começa em duas semanas depois de se conhecerem, ou menos (nem me lembro). Tento imaginar o casamento dessa mulher. Deve gostar de ser espancada pelo marido no "Quarto Vermelho da Dor".

Não precisarei mais explorar a trama, já que não passa dessa relação dos dois.

A escrita de E. L. James consegue ser pior que de muitas fanfics que já li. Repetitiva, excessivamente detalhista (e olha que eu gosto de livros detalhista), vocabulário pobre e vulgar (perdi as contas de quantas vezes protagonista fala "puta merda!"), e ainda nos trás algumas pérolas que me fez pensar que ela andou fumando as maconhas da L. J. Smith, do tipo "Sinto meu rosto ficar novamente vermelho. Devo estar da cor do Manifesto Comunista" até "Seu cu vai precisar de treinamento". E o mais hilário de todos, "É como ter meu próprio picolé com sabor Christian Grey", isso foi ela citando o pênis dele durante a relação oral. Sério, nunca havia rido tanto em minha vida.

Ela saberia escrever uma cena de sexo se ela colocasse situações verossímeis na relação. A garota perde a virgindade sentindo prazer ao invés de dor, e ainda tem mais de um orgasmo na primeira relação. Sim, até um garoto de 15 anos como eu sabe que em uma situação como esta é impossível. É hilário.

Outra coisa engraçada é como a E. L. James possui a necessidade de dizer coisas como "membro" ao invés de dizer os nomes corretos, sendo que no livro todo tem o uso da linguagem chula.

Resumindo: Fifty Shades of Grey não possui estória. Grande, porém não mais que "encheção de linguiça" (poderia ser descartados mais de 300 páginas de detalhes e situações desnecessárias), pornografia gratuita e explicita (nada de sedutora, como diz na capa), aquele livro que após terminar de lê-lo faz você pensar na tamanha bobagem que foi.

Obs.: Comecei a cogitar a ideia de que isso seja uma paródia de Crepúsculo. Mas ainda assim continua sendo um absurdo de ruim.
Rafaell 13/06/2013minha estante
Nem me atrevo a gastar meu tempo lendo esse livro, gostei muito da sua resenha e ri bastante com as citações do livro.


Aline 11/08/2013minha estante
Gostei do adjetivo 'pamonha' que você deu ao personagem Anastacia, juro que procurei um parecido e não encontrei... kkkkkkkkkk




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