Caminhos de Sangue

Caminhos de Sangue Moira Young




Resenhas - Caminhos de Sangue


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Gabriel 24/07/2012

Caminhos de Sangue
O livro é bom, vale a pena ler.

Garoto é raptado de sua família e seu pai é assassinado.
Suas duas irmãs vão fazer o possível para descobrir por que o levaram, e para onde o levaram.
Muitos desencontros, personagens, lutas, brigas, etc. A história tem ação do início ao fim.

Não tenho dúvidas que farão um filme deste livro.
É bem o estilo de jogos vorazes, porém o conteúdo um pouco inferior. Mas a ação do início ao fim, os personagens, os seres malígnos, a ligação e o amor da família, isso tudo é bem parecido.

Acredito que o final poderia ter sido um pouco mais surpreendente, mas avaliei como 5 estrelas, me agradou muito.
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Psychobooks 21/07/2012

Resenha Dupla

(Alba)Quando vi essa série classifica como “obrigatória para fãs de Jogos Vorazes”, senti duas coisas: vontade imensa de ler e me surpreender; e – obviamente – dúvida se o livro chegaria aos pés da saga de Katniss Everdeen. Fico feliz em informar que a primeira impressão é a correta e que Saba me conquistou completamente.

(Alba)Saba vive à beira de uma lagoa em um barraco com seu irmão gêmeo Lugh, seu Pai e sua irmã mais nova Emmi. Sua Mãe morreu no parto da caçula, e isso é motivo para um ressentimento enorme que a protagonista tem por sua irmã. Sua vida se resume ao seu irmão gêmeo; tudo o que ela faz é pensando nele, ele é seu cerne, ela orbita ao redor dele: Ele é seu Sol. Até o dia em que a chuva traz quatro cavaleiros, e seu irmão é levado embora. Aqui começa a saga de Saba. Aqui começa nossa diversão.

(Mari)Vale ressaltar que em toda sua vida, Saba não conhece outro lugar que não A Lagoa da Prata, o vizinho mais próximo só é visto uma vez ao ano e algumas pessoas passam por ali raramente. Saba está contente com a vida que leva ali, mas ao completar dezoito anos, seu irmão começa a questionar o tipo de vida que eles levam e se o pai não está enlouquecendo.

(Alba)A narrativa é completamente envolvente e superpeculiar. Nesse mundo que Moira Young criou, tudo é muito rústico, não há ensinamentos, não há leitura; a lei que gere essa nova sociedade é a sobrevivência. Por conta disso, todo o livro é recheado de expressões coloquiais e com erros ortográficos propositais. No começo essa forma de escrita assusta um pouco e gera confusão: não há travessão ou o uso das aspas para mostrar quando algum personagem está falando. A narrativa é feita em primeira pessoa – sob a visão de Saba – então nos acostumamos a perceber quando há diálogo se ela nos informa na narrativa que foi questionada ou informada de algum fato. Essa forma de escrita é de extrema importância para que nos ambientemos nesse futuro criado pela autora. Falarei sobre ele.

(Mari)A princípio, esse estilo de narrativa me deixou apreensiva e um pouco confusa, mas ao terminar o segundo capítulo, já tinha me acostumado e a leitura flui muito rápido, com suas reviravoltas e muita ação.

(Alba)Não há muito informação sobre a sociedade em si. Senti que muita informação sobre o que aconteceu com o mundo e porque tudo se encontra tão inóspito será respondido no decorrer da série. As informações que temos nesse primeiro livro acompanham as descobertas de Saba e suas impressões são as nossas. Durante toda a narrativa Saba se refere “à época dos Devastadores”, o que nos faz crer que ela está falando da nossa sociedade atual. Não há em nenhum momento informação sobre o ano em que estão ou qual o motivo ou quantos anos se passaram após a extinção da sociedade dos “devastadores”. Tudo fica bem nebuloso e cria infinitas possibilidades.

(Mari)Mesmo com a falta de informações detalhadas sobre a nova sociedade, a autora soube muito bem como conduzir o enredo, o leitor fica sabendo das regras na medida em que isso se faz necessário e como Saba também não sabe muita coisa, aprendemos junto com ela o que está acontecendo dora da Lagoa da Prata, sem ser de um forma enfadonha. Dessa forma, há muito suspense no desenrolar da trama, personagens misteriosos, que vão se abrindo aos poucos.

(Alba)Os personagens são um espetáculo à parte. Todos são bem-construídos e amadurecem durante a narrativa conservando suas próprias características. Há um romance apresentado e ele é superleve e encantador. Saba é uma protagonista digna do papel que lhe é dado. Ela tem em mente seu objetivo – salvar seu irmão Lugh – mas nem por isso deixa de aprender e amadurecer com tudo o que sua jornada lhe apresenta. A relação entre ela é Emmi é uma das mais bonitas que já vi em livros: as duas vão do amor ao ódio em questão de segundos, e são superparecidas em suas carências, fragilidades, teimosias e forças.

(Mari)A autora soube muito bem como construir seus personagens, inclusive Nero, um corvo que Saba cuidou desde filhotinho e hoje é seu amigo mais fiel. Eles se compreendem e Nero é fundamental para ajudar Saba superar as intercorrências para encontrar seu irmão.

(Alba)A leitura me lembrou muito o clima do filme “Mad Max”, protagonizado por Mel Gibson. (Mari - Depois dessa informação, vocês irão ler o livro cantando “We don’t need another heeeeeroooooooo” assim como eu, boa sorte!)

(Alba)Trata-se de uma série, o próximo volume sairá apenas em outubro desse ano, em inglês. Mas não se preocupem com possíveis questões não respondidas ou pontas absurdamente soltas. O livro apresenta sua proposta e a leva a cabo. Adorei o fato de ficar ansiosa com o segundo livro, mas não angustiada com um desfecho mal-explicado. Leitura super-recomendada.

(Mari)Leitura mais que recomendada, principalmente para quem gosta de distopia e muita ação. Como a Alba já disse, ao final da leitura, você ficará ansioso para o próximo livro, mas não frustrado por algumas perguntas ficarem sem resposta.

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Gabriela1214 17/07/2012

Resenha do livro "Caminhos de Sangue" - Dustlands #1 #MundoPlatonico
Na distopia pós-apocalítica “Caminhos de Sangue” os sobreviventes são dominados por um tipo de droga, o chaal, cultivado por um rei maluco e sem escrúpulos que sacrifica pessoas para poder sobreviver. Mas os dias desse rei estão contatos, pois ninguém pode separar Saba de seu irmão gêmeo, Lugh. E ela enfrentará a tudo e a todos para ter o seu irmão de volta, nos levando a uma aventura emocionante através dos caminhos selvagens e sem leis das terras de poeira.

"Os mesmos homens que mataram o Pai levaram o Lugh, falo. Eu vou atrás deles.Num sei pra onde levaram ele. Pode ser muito longe daqui. Posso demorar um tempo pra encontrar ele. Mas eu vou. Vou trazer ele de volta."

“Forte… Perfeito para os fãs de Jogos Vorazes”, não gostei quando li essa corajosa declaração do Publisher Weekly, já imaginei que todos começariam a comparar os livros, o que é ruim para ambos. Mas depois de ter lido o livro eu não poderia concordar mais com essa declaração, realmente a história é perfeita para o público de JV. Mas serem distópicos e possuírem uma protagonista admirável são as únicas semelhanças entre eles, além das brilhantes histórias, claro. Os dois estão entre os meus favoritos, sem mais.

Nessa distopia fatores como doenças, guerras, e a fome acabaram com o mundo como conhecemos hoje, rios, mares e lagos secaram, deixando a terra árida e um clima implacável. Saba, seu irmão gêmeo Lugh, sua irmã mais nova Emmi, e seu pai vivem na Lagoa da Prata, uma terra desértica assolada por constantes tempestades de areia, até o dia em que tudo muda. Lugh é raptado por homens desconhecidos que matam o seu pai. Saba se vê perdida sem o seu inseparável irmão, a quem ela jura encontrar, e com a responsabilidade de cuidar da irmã que ela culpa pela morte da mãe.

Saba é uma lutadora forte e determinada, não se deixa abalar e vive para encontrar Lugh. A devoção da protagonista pelo seu irmão incomoda um pouco, pois nos olhos dela ele é perfeito, o fato de serem gêmos pode explicar isso, mas cheguei a descofiar do personagem por causa dessa admiração cega de Saba, falta a implicância saudável entre irmãos. Por outro lado, inicialmente Saba despreza a sua irmã, Emmi. Mas Saba é humana e erra, e o desenvolvimento dela é notavel ao longo da história. A Emmi surpreende provando também ser forte apesar de pequena, e se torna uma das melhores personagens do livro.

“O Lugh nasceu primeiro. No solstício de inverno, quando o sol fica bem baixinho no céu. Depois fui eu. Duas horas depois. Isso já diz tudo. O Lugh vai primeiro, sempre primeiro, e eu venho atrás.
E assim tá bem. Assim tá certo. É assim que tem que ser.”

A narrativa do livro é diferente e ousada, causando estranhamento em todos os leitores. Na história, os livros e mais ainda as pessoas que sabem ler são raras, e as letras foram esquecidas. A autora abusa de termos como “num to sabeno”, “morreno”, “lutano”, entre outros, na linguagem dos personagens que no geral não têm instrução, eu pessoalmente achei genial. O começo do livro é lento enquanto nos acostumamos com a narrativa da autora, nos arrastamos no início da leitura para logo mais não conseguirmos mais parar de ler, por que passando a introdução crucial para a série, logo a ação, e a busca de Saba, realmente começam.

É muito empolgante ler o período em que Saba passa no coliseu da Vila Esperança literalmente lutando para salvar sua vida, mas eu gostaria que a autora tivesse descrevido mais as lutas no livro, afinal são essas lutas que deixam a Saba conhecida por todos como o Anjo da Morte. Uma das coisas que mais gostei na história, além dos ótimos personagens, foi fato das pessoas serem controladas por uma droga, o chaal, que as deixa lentas e manipuláveis, para depois agressivas se usarem a droga em excesso, afinal isso realmente poderia acontecer, e essa ideia realmente funciona em uma distopia.

Continue lendo no Mundo Platônico: http://gabiiem.blogspot.com.br/2012/07/resenha-caminhos-de-sangue-dustlands-1.html
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Nathi 15/07/2012

Resenha - Caminhos de Sangue
A Lagoa da Prata é um lugar árido e assolado pela precariedade. É nela que vive Saba, uma jovem com dezoito anos recém-completados, junto com seu irmão gêmeo Lugh, sua irmã mais nova, Emmi, e seu pai, Willem, um homem muito sábio que vê nas estrelas as respostas para todas as questões.

Saba e Lugh nasceram na noite do solstício de inverno. Eles são completamente diferentes; Lugh tem cabelos dourados e olhos azuis, Saba, cabelos pretos e olhos castanhos. Lugh é a luz, Saba é sua sombra. A única coisa que compartilham é o amor, e o dever de proteção e devoção que têm um pelo outro.

"Os mesmos homens que mataram o Pai levaram o Lugh, falo. Eu vou atrás deles. Num sei pra onde levaram ele. Pode ser muito longe daqui. Posso demorar um tempo pra encontrar ele. Mas eu vou. Vou trazer ele de volta."
Página 35

Mas a tranquilidade e a alegria de Saba cede lugar ao medo e sofrimento quando, após uma terrível tempestade de areia, quatro homens com mantos negros assassinam seu pai e sequestram Lugh. Agora, ela terá que abandonar sua casa, e rumar ao desconhecido para encontrar seu amado irmão; no caminho, ela contará com a ajuda de um grupo de jovens guerreiras, as Gaviãs Livres, e Jack, um garoto charmoso e irritante, além do seu fiel corvo de estimação, Nero.

"O Nero faz o de sempre, que é se empoleirar no meu ombro e gritar bem alto no meu ouvido, pra me dizer o que ele tá pensano. Ele sempre tem uma opinião, O Nero, e ele é muito esperto mesmo. Eu acho que se a gente entendesse a língua dos corvos a gente ia descobrir que ele tava dizeno uma ou duas coisas sobre o melhor jeito de consertar um telhado."
Página 14


Para ler a resenha completa, acesse: http://www.booksinwonderland.com/2012/07/resenha-caminhos-de-sangue.html
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Desi Gusson 15/07/2012

Para Curar Ressaca: Sangue de Javali Com Um Ovo de Pombo Cru
Peguei Caminhos de Sangue para tentar tirar A Dança dos Dragões da cabeça, tem chão para Winds of Winter vir à tona e não vi muito sentido em prolongar minha agonia. Como todo mundo sabe, uma ressaca respeitável não some num piscar de olhos e as dores de cabeças literárias são piores ainda, mas, definitivamente, o livro de Moira Young foi melhor que Tylenol!

Não foi a atmosfera apocalíptica, uma coisa meio Livro de Eli que me ganhou. Também não foi a narrativa estranha/ousada quase cansativa , já chego nela. Foi o par romântico!

Não ligo se é spoiler e juro que é minúsculo, ouçam os anjos tocando trombetas de cima das nuvens de poeira vermelha e cantem comigo!

NÃO TEM TRIANGULO AMOROSO!

Posso ter um amém aqui, irmãos??

Enfim, todo mundo no livro é grosso. Até a menina de 9 anos é grossa. Mas Saba e Jack são os piores. Ela é uma cabeça-dura e ele é ultra charmoso de um jeito totalmente não convêncional, trocam farpas, provocações, palavras duras e são sérios candidatos à violência doméstica. E completamente adoráveis juntos.

Provavelmente por eles não ficarem de melação e mimimi a coisa é mais intensa. Prendi a respiração um trecho ou dois só na expectativa de ver o que ia acontecer ali. E não me desapontei, pelo menos não o tempo todo.

Agora, a personagem principal, Saba, é osso duro de roer. Mesmo. Em poucas palavras, a menina é uma vaca com todo mundo que não seja seu precioso Lugh, inclusive com a sua irmãzinha Emmi. Na verdade, com a Em é ainda pior, Saba se ressente pela mãe ter morrido no parto da irmã mais nova e por nada ter sido o mesmo depois disso. Ela despreza a garotinha e sinceramente gostaria que fosse ela a ser levada no lugar de Lugh. Provavelmente ela só iria atrás de Emmi porque seu gêmeo iria. É bom ver a progressão das duas conforme viajam juntas e descobrem o qual parecidas são.

A escrita de Moira, nesse livro, talvez desagrade muita gente e confesso que me incomodou bastante no comecinho. Eu li e reli a contracapa umas boas 5 vezes. Também levei algumas páginas para tirar aquele incômodo de mim e seguir adiante. No momento que aceitei o jeito da Saba de narrar a estória, a leitura fluiu e não parou até que eu fechasse o livro. É tudo ágil e rápido, se você piscar, meio mundo já mudou, principalmente na primeira metade, na segunda as coisas se arrastam um pouco mais.

Esperava mais da ação. Como numa estória que insinua sexo, mas não descreve nada, nesse livro sentimos o cheiro do sangue, mas ele não respinga em nós.

Claro que não é regra, mas acredito que as cenas das lutas poderiam ter mais detalhes, isso enriqueceria e muito a estória. Imaginem se em Gladiador só mostrassem o Russell Crowe entrando na arena, medindo seu oponente e depois já de volta para o merecido descanso? Anticlímax, brochante, né?

Mas nem por isso o livro é chato, gostei muito da relação estabelecida entre Saba e as Gaviãs livres, sua postura quando estava à mercê da Jaula e como tudo me lembrou um vídeo-game. Ike e Emmi são ótimos personagens secundários e balanceiam as ações de Saba e Jack, sem eles o livro não teria metade do bom gosto que tem!

Olhando por cima, até dá para dizer que Dust Lands tem moldes de Jogos Vorazes, mas bem por cima mesmo. Eles são feitos de material diferente e, sinceramente, é coincidência que eu, fangirldehungergamesassumidahistéricapeetaseulindo, tenha gostado tanto desse livro.

Com uma trama de fim clichê e personagens absolutamente originais, Caminhos de Sangue não é sombrio, não é forte, nem violento, mas abre caminho para uma coisa bem maior. Que venha Rebel Heart! Seu lindo!

P.S.: Aquele conselho: evite a ressaca, continue bebendo? Funciona! Funciona até pra ressaca literária! O resultado? Uma dor de cabeça maior ainda!! Rebel Heart só sai dia 30 de Outubro. No Jack até dia 30 de Outubro! Até. 30. De. Outubro. Eu mereço...

Para conferir essa e outras resenhas na íntegra, acesse:
desigusson.wordpress.com
Desi Gusson 16/07/2012minha estante
É uma brincadeira com uma passagem do livro, mais a famosa ressaca literária que eu estava enfrentando quando comecei a ler Caminhos de Sangue =]


Ana Paula 22/07/2012minha estante
Adorei sua resenha! Super divertida kkk Me identifiquei com o: "fangirldehungergamesassumidahistéricapeetaseulindo" kkk Vou pegar emprestado esse livro pra ler, parece agradável (:


Polly Lopez 23/07/2012minha estante
comecei o livro hj... é complicado se acostumar com a narrativa, ia desistir, mas sua resenha me encorajou a dar uma chance ao livro. Vou continuar. Obrigada


Rai Lira 24/07/2012minha estante
Entrei na net em busca de incentivo para ler este livro, pois o incio é "brabo", essa linguagem da família buscapé me incomoda muito! Sinto uma falta terrível dos travessões... parece que as letras estão órfãs!

Por causa da sua resenha vou dar mais um chance.

:)


Mila 16/08/2012minha estante
É complicada mesmo essa narrativa. Dá nervosinho e vontade de parar! Estou no comecinho do livro e tive que dar um tempo. Obrigada pelo incentivo!


Samara 02/09/2012minha estante
Sem triângulo amoroso(/^.^)/ Oba! Depois que li isso fiquei com mais vontade de ler.


S5 07/09/2012minha estante
adorei a parte : "Enfim, todo mundo no livro é grosso. Até a menina de 9 anos é grossa. Mas Saba e Jack são os piores. Ela é uma cabeça-dura e ele é ultra charmoso de um jeito totalmente não convêncional, trocam farpas, provocações, palavras duras e são sérios candidatos à violência doméstica. E completamente adoráveis juntos." eu me senti totalmente assim :D sua resenha está perfeita


Virgínia 12/11/2012minha estante
fangirldehungergamesassumidahistéricapeetaseulindo, uhul! Me identifiquei também kk. A leitura é meio estranha mesmo, mas mesmo assim invés de ler num/fazeno, eu leio não/fazendo. Isso é bom, mas enfim, não desistam do livro! Ela mora no deserto, por isso é meio complicado falar certinho (creio eu). Essa autora nos deu um desafio de nos adaptarmos à outro modo de leitura. Enfim... a estória é legal!


Dandara 30/12/2012minha estante
Muito boa sua resenha.
A adoração de Saba pelo Lugh me assustou um pouco até conseguir colocar tento nos sentimentos dela por ele e me senti bastante incomodada no início da leitura também, mas terminei o livro em menos de dois dias, é só o tempo de aceitar a narrativa que a leitura flui. Vale muito a leitura, a estória é deliciosa e os personagens acabam te ganhando.


Ju Serra 12/05/2013minha estante
Amei e me encaixo perfeitamente no grupo fangirldehungergamesassumidahistéricapeetaseulindo .


Douglas Águia 28/12/2013minha estante
Esperava mais da ação. Como numa estória que insinua sexo, mas não descreve nada, nesse livro sentimos o cheiro do sangue, mas ele não respinga em nós.
Andhromeda

Eita moça, já li umas 10 resenhas suas e estou apaixonado pela forma como você descreve tudo, se me deixa com água na boca


Victor 24/11/2015minha estante
Melhor resenha!


gabð 03/09/2023minha estante
Vc sabe qual e o segundo livro?




Fernanda1389 14/07/2012

Caminhos de Sangue é um livro forte e diferente de tudo que eu já li até agora. Quando comecei a ler, percebi uma narrativa muito diferente e estranha. Saba é a protagonista e a narradora, por ser ignorante no sentido de não saber ler ou escrever, ela fala tudo errado. Então expressões como "num sei", "tô falano", "tá sabeno" são muito frequentes da narração. Além disso, os diálogos são inseridos sem travessões ou aspas para dividi-los.

Isso me incomodou muito de início. Mas depois de algumas páginas fui me acostumando com a narrativa e entrando de cabeça na história. E que história!

A Terra que conhecemos, não existe mais. O que vemos em Caminhos de Sangue, é uma paisagem desértica e árida em sua maioria. Mas vemos também vestígios do que havia um dia, como nas histórias dos Devastadores, que foi passando de geração para geração.

Os personagens são cativantes. Saba pode ser cabeça dura, mas possui muita coragem e disposição para conseguir o que quer e além disso é muito inocente em seus atos. Emmi é a irmã caçula, e me encantou de um jeito muito especial e é essencial para a história, embora Saba não goste dela e esse motivo você saberá após ler. Jack é o típico galã que conquista qualquer uma, e é muito bom pra ser verdade, mas gosto desse estilo de mocinho. Nero é o corvo de Saba, um pássaro muito inteligente e super importante em muitos acontecimentos.

A história é meio de gladiador e acho que é por essa parte que ele é um pouco parecido com Jogos Vorazes, mas apesar de os dois possuírem protagonistas fortes e se passar em um mundo pós-apocalíptico, as semelhanças param por aí. Também tem uma crítica enorme ao tráfico de drogas e escravos, mas o livro não é como eles querem derrubar isso e sim como Saba quer encontrar seu irmão. E, apesar de ser uma série, esse livro possui começo, meio e fim.

Ao término eu fiquei bem satisfeita com o rumo que a história levou, sei que vai acontecer muita coisa ainda e mal posso esperar pela continuação.
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Blog MVL - Nina 12/07/2012

Em uma mistura de passado e futuro, ficção científica e drama, Moira Young narra uma estória que poderia muito bem ter sua origem nas lutas de escravos romanas que deram origem aos Gladiadores. Só que dessa vez é uma garota armada no comando.

Em “Caminhos de Sangue” o leitor é introduzido ao universo árido, hostil e letal onde a protagonista Saba nasceu e viveu a maior parte de sua vida. Aos dezoito anos a jovem sobrevive junto ao pai e aos dois irmãos em um deserto longe de tudo, onde falta água e comida. Saba possui uma ligação intensa com o irmão gêmeo “Lugh”. O pai é um homem supersticioso que acredita na sabedoria das estrelas, para ele, tudo o que precisamos saber sobre o presente, passado e futuro está escrito no céu. Quando cavaleiros de preto chegam a sua casa, assassinam seu pai e levam seu irmão amado, Saba é forçada a deixar de lado tudo o que conhecia para reaver Lugh. Embarcando em uma viagem em busca do irmão, Saba acabará encontrando mais do que esperava, inclusive que seu pai sempre estivera certo sobre as estrelas e que o seu destino como guerreira já estava escrito.

Sol, sertão, fome e pobreza. Eu poderia estar falando de grandes clássicos da literatura brasileira, mas estou me referindo ao livro “Caminhos de Sangue”, publicado pela editora Intrínseca em Junho deste ano. Utilizando uma linguagem com elementos folclóricos e informais, a autora aproxima o leitor da realidade dura de seus personagens. Estabelecendo uma estrutura narrativa onde os diálogos estão mais agregados aos pensamentos da protagonista do que propriamente definidos (não existe travessão ou aspas para identificar uma fala). Imagino que não tenha sido uma tarefa simples traduzir o livro e tiro o chapéu para Fábio Fernandes, o tradutor responsável. Era imperativo que ele preservasse a singeleza da prosa. Moira Young apresenta uma obra atemporal, que poderia se passar em qualquer parte do mundo, em qualquer era da história. A série “Dustlands” poderia ser classificada como sui generis, por englobar muitas ideias diferentes – distopia, pós-apocaliptico, ficção científica -, e assim se tornando único em seu propósito.

Saba é uma protagonista de natureza dúbia. Ela é capaz de benevolência a altruísmo, mas também possui violência e crueldade na mesma medida, ela também é bastante divertida em alguns momentos já que vive em constante estado de rabugice. A voz da personagem é tão forte que suas emoções praticamente se tornam parte do leitor, é uma ligação que acontece desde a primeira frase do livro e se estende até a última. Sua determinação e paixão são características que conquistam o, mesmo quando ela solta uma torrente de maldições e libera seu mau humor crônico. E é claro, para a cereja do bolo temos Jack. O cara metido e irreverente que não consegue ficar muito longe de Saba. Há um Q de Han Solo na personalidade do personagem que o faz praticamente irresistível para o público feminino e a química entre ambos, suas discussões, e a forma como ele derruba cada muro emocional que ela constrói é memorável.

“Caminhos de Sangue” é um livro extraordinário, a continuação Rebel Heart (Coração Rebelde) chega aos Estados Unidos em Outubro deste ano. Ainda existem muitos enigmas a serem solucionados e a batalha de Saba, Jack e Lugh ainda não acabou. Com o fechamento desse primeiro volume a autora evidencia que a guerra está apenas começando.

Leitura obrigatória, saia de sua cadeirinha e vá comprar o livro. Depois volte aqui e me agradeça.

Marina Moura | http://www.minhavidaporumlivro.com.br/
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gleicepcouto 10/07/2012

Boas cenas de ação, porém, mais do mesmo
www.murmuriospessoais.com

***

Caminhos de Sangue é o primeiro livro da série Dustlands da atriz e cantora canadense Moyra Young. A obra ganhou o Costa Awards e, ninguém mais, ninguém menos que Riddle Scott (Blade Runner e Alien) adquiriu os direitos para uma adaptação cinematográfica.
Moyra estreou na literatura com uma distopia. Em Caminhos de Sangue temos um mundo árido, quente, de população escassa, onde também há falta de itens essenciais para sobrevivência, como mantimentos e água. Lagoa de Prata é assim, e é onde vivem Saba e Lugh (irmãos gêmeos e inseparáveis), com seu pai e irmã mais nova. A vida, mesmo sendo difícil, tornava-se menos sofrida para Saba com Lugh ao seu lado.

Quando, porém, misteriosas pessoas vestidas de negro chegam junto com uma tempestade e levam Lugh, e matam uma pessoa querida, o mundo de Saba desaba. Só restava a ela ir atrás de seu querido irmão. Passando por diversas situações sobre as quais não tem controle, Saba embarca numa busca desenfreada por Lugh, mas também por si mesma: se descobrindo uma lutadora destemida, capaz de brigar pela sua sobrevivência ferozmente. Nessa aventura, Saba tem que aprender a lidar com seus próprios rancores e medos, além de aprender a confiar nas pessoas e a aceitar ajuda delas, pois nenhum caminho é feito para ser seguido solitariamente.

Pensando no histórico de atrizes/cantoras que se tornaram escritoras (Hilary Duff, Madonna... Oi?) não me animei muito pelo livro. O fato de vir escrito na capa que o livro era "perfeito para fãs de Jogos Vorazes", também não ajudou muito. A despeito desses meus preconceitos, pude constatar com a história em si que a obra é... Isso mesmo o que esperava: meia-boca.

Caminhos de Sangue tem um quê de Mad Max 3, mas com hormônios adolescente. Já vi isso antes. E se não gostei quando era mais jovem e isso era novidade, imagine agora. Mesmo a história sendo batida, podia ser bacana se os personagens e a narrativa da autora colaborassem... Infelizmente, não é o que acontece.

Os personagens são caricatos. A protagonista audaciosa e durona. A irmã mais nova emotiva. O irmão revoltadinho que some. O homem misterioso e belo que ajuda a mocinha. As amigas da mocinha valentes. E voilá... Um ringue de luta sangrenta onde o objetivo é ninguém sair vivo dali. Ops, dejá vu?

A linguagem foi o que mais me irritou. Entendo o motivo da presença dos erros de português: os 'falano', 'odiano', 'num', 'tô', 'tá'. Em um mundo caótico, de pessoas miseráveis, onde o objetivo principal é sobreviver a mais um dia, quem se importaria com gramática correta? Mas eu não vivo nesse mundo e eu me importo. Ter um ou dois personagens falando de modo errado, você até suporta. Mas uma protagonista narrando em primeira pessoa desta forma... Socorro.
Outra bobeirinha, mas que me também me incomodou foi a ausência de travessões ou aspas para indicar os diálogos. Só sabia que alguém estava falando quando aparecia o inciso (mal) destacado por vírgula. O que custa fazer algumas coisas do modo tradicional, gente? Tudo isso atrapalha a leitura. Será que só eu penso assim? Sou um ET?

O início do livro é entediante. Saba e a irmãzinha são duas maletinhas sem alça. Na arena de luta a situação melhora, apesar da falta de originalidade. O livro chega ao patamar de bom quando o bonitão misterioso e cheio de si entra na história para ajudar Saba a encontrar Lugh. Nem é spoiler eu dizer que formam o casal no livro, né gente? Previsível ao cubo. Os dois, ao menos, funcionam juntos.

Algumas coisas, entretanto, se salvam no livro. Moira é muito boa em descrever cenas de ação, e considero isso tão difícil. Uma cena de ação mal escrita fica parecendo aqueles filmes com "defeitos especiais", sabe? As ações em Caminhos de Sangue fluem bem e são áridas como todo o clima do livro - chegando a combinar com a paisagem desértica.

Por fim, a história não precisava ser uma série. Percebemos isso claramente no final. A escritora podia ter respondido as questões acerca dos irmãos gêmeos e dos cavaleiros misteriosos neste livro. Até porque o gancho principal para a continuação do livro é fraquíssimo. É o que costumo dizer e as pessoas me chamam de amarga: amor não é sempre a solução mais forte para amarrar uma trama. Em algumas histórias funcionam, em outras não. Foi o caso dessa.

Autor: Moira Young
Editora: Intrínseca
Ano: 2012
Páginas: 352
Valor: $20 a $30
Extra: "Acho que num tô gostano muito disso..." - era o que pensava durante toda a leitura
Carol 11/07/2012minha estante
concordo, não dá para ler desse jeito.Não sei se em inglês é mais suportável.


Naldinh o/ 15/07/2012minha estante
Pelo visto se vc estivesse vendo um filme onde as pessoas também falassem errado vc também abandonaria esse filme, pois como vc mesmo afirmou, você não vive nesse mundo.
A escrita de modo tradicional, vc encontra em todos os livros (TODOS), esse é um diferencial, concordo com vc que a falta de travessão realmente atrapalha a leitura, mas creio que com o tempo nos acostumamos.
è algo diferente que encontramos em nossas livrarias, porque não variarmos um poukinho ??


gleicepcouto 09/10/2012minha estante
Oi, Glorinha!

De que adianta a autora 'inovar' na escrita (e isso não é inovação nenhuma usar linguagem coloquial) se não fez o mesmo na trama, que era o mais importante? O livro é irritantemente previsível.

Beijos


Michele 22/11/2021minha estante
Também não curti esse tipo de escrita. Sinceramente, pensei que fosse um erro grotesco da edição, o que explicaria eu ter encontrado o livro na promoção e bem barato. No início, me incomodei bastante, que cheguei a pesquisar sobre a editora para conferir, se havia um explicação, custei a emplacar a leitura. A história é boa, mas não pretendo ler a continuação, porque é incômodo ler as palavras erradas, um desserviço para a língua portuguesa.




Jacqueline 05/07/2012

Publicado originalmente em www.mybooklit.blogspot.com.br
Saba e seu irmão gêmeo Lugh são inseparáveis. Depois que sua mãe morre no parto de sua irmã mais nova Emmi, seu pai parece perdido, não se importando com nada. Eles vivem na Lagoa de Prata, mesmo após o solo ter secado quase por completo, e as tempestades de areia asolarem a terra desértica.
Para Saba, nem a aridez e a miséria do lugar, parecem incomodar desde que seu irmão esteja por perto. Eles sempre estão juntos e é isso o que importa.

Mas após uma violenta tempestade de areia, um grupo de homens encapuzados aparecem em sua casa, e levam seu irmão como prisioneiro.
Disposta a qualquer esforço para encontrar o irmão, Saba irá atravessar todo o deserto para rever Lugh novamente, seu coração de ouro.

" Já ouviu falar da regra de três?, ele grita enquanto a gente corre.
Não!
Se você salvar a vida de alguém três vezes, a vida dessa pessoa é sua. Você salvou a minha vida hoje. Salva ela mais duas vezes e eu sou todo seu.
Vou ter que garantir que isso num aconteça, falo." (pág.171)

Sempre que pego uma distopia pra ler não me arrependo, e Caminhos de Sangue não decepcionou.
A príncipio o que mais me chamou atenção, é a forma como o livro é narrado. Não temos travessão iniciando os diálogos, e faltam pontuações, mas após as dez primeiras páginas eu já estava completamente familiarizada com o estilo.

Não posso negar que levou um tempo para me acostumar com a linguagem utilizada. Estranhei ler tantos "fazeno" "olhano" "trabalhano" e "num acredito", mas conforme a leitura foi avançado entendi o propósito de Moira ao utilizar uma gramática tão pobre. Saba foi criada apenas pelos pais, longe de qualquer livro ou estudo, tendo apenas a comunicação com seu irmão, pai e irmã para se guiar, sendo assim creio que a autora quis utilizar uma fonética diferenciada, para melhor caracterizar a falta de estudo e a simplicidade dos personagens. Eu achei fantástico.

O livro tem sido comparado com Jogos Vorazes, e já teve seus direitos de adaptação cinematográficos adquiridos por Ridley Scott (só por isso, já dá pra sentir o potencial que temos em mãos). Não vou comparar as obras, mas se você é fã de Jogos Vorazes, certamente irá desfrutar de Caminhos de Sangue.

A heroína Saba, assim como Katniss, não é uma personagem fácil de se amar. Saba pode parecer fria, distante emocionalmente e muito, mas muito teimosa, porém, o que a diferencia é a sua sinceridade e honestidade. Ela não esconde seus sentimentos, e nem mascara suas intenções, ela é aquilo e pronto. E nada mais me agrada do que uma personagem forte.
Todo amor fraternal e sua obsessão em encontrar o irmão me conquistaram. Nada como dois irmãos protegendo um ao outro para derreter de vez meu coração. O modo como ela tratava sua irmãzinha Emmi é revoltante em algumas partes, mas esse comportamento se modifica ao longo do livro, e o crescimento da personagem colabora para uma maior identificação.
Emmi, apesar de ter apenas 9 anos, foi em muitos momentos a sensação da história. A cada reviravolta, ela assumia um papel importante, e eu me afeiçoeei pela garotinha teimosa e muito esperta.

Eu gostei de todos personagens, sem exceção. Eles foram muito bem desenvolvidos, e cada um tinha uma personalidade bem diferenciada.
E o que falar de Jack? Ah Jack. Ele é engraçado e sarcástico - sem parecer forçado - e seu envolvimento com Saba é bem introduzido e nada meloso. O grande foco do livro não é o romance, mas os diálogos entre Saba e Jack (que sempre se provocavam) me deixavam com um sorrissinho bobo no rosto, e eu virara as páginas frenéticamente querendo mais. Parafraseando Stephenie Meyer: Querido Peeta, adoro você, mas vou passar o fim de semana com o Jack. Desculpe. Com amor, Jacqueline.

"Não. É por você. Você. Ele dá dois passos na minha direção. Você tá no meu sangue, Saba. Na minha cabeça. Você tá na minha respiração, nos meus ossos...Que Deus me ajude, você tá em toda parte. Desde o primeiro momento que pus os olhos em você." (pág.347)

A obra tem tudo para agradar aos fãs de uma distopia pós-apocaliptica: jaulas de combate, lutas, cenas de fuga, minhocas gigantes, surpresas e reviravoltas de viciar e não querer largar até terminar.
O que deixou a desejar foi a narração de algumas cenas de ação. Algumas ficaram bastante corridas, e não dava pra sentir o gostinho das lutas.
Apesar de ser o primeiro livro de uma trilogia, o livro tem começo, meio e fim satisfatórios, que é claro, deixa um gancho do que está por vir nos próximos volumes (mal posso esperar para conferir).

A diagramação deu um toque super original e característico ao livro, que traz um corvo no início de cada capítulo e também na divisão dos textos. Eu estava super curiosa para saber o significado do corvo, e me surpreendi ao saber nas primeiras páginas que ele era o "animal de estimação" da Saba, o Nero (fiquei desejando ter um corvo companheiro e esperto só pra mim rs).
Uma história original e absolutamente recomendada.
Lorena 10/07/2012minha estante
Não gostei dessa linguagem também. Muito estranha,mas me treinei pra quando aparecer "comprano" e "num" eu ver a palavra certa. Gostei muito da hitoria, mas a linguagem realmente estragou um pouco o livro.( o que a autora tem contra travesão?)




Naty 02/07/2012

www.meninadabahia.com.br


Choro pela Emmi. Pelo Pai. Pelo Lugh. Por mim.
Pelo que a gente era.
Pelo que foi tirado da gente.
Pelo que a gente perdeu para sempre.
Pág. 116


Caminhos de Sangue é o primeiro volume de uma série distópica. Se passa algum tempo depois que os humanos – conhecidos como Devastadores – destruíram a Terra. Rios são raros, supermercados e redes de lojas não existem. Há um rei, sua lei e a lei da terra, onde cada um faz a sua. Quase um caos completo. E claro, há o chaal – um tipo poderoso de droga. É com o chaal que o rei domina os súditos e os escravos.

Saba e Lugh são gêmeos, nasceram no solstício e inverno 18 anos atrás. Eles têm uma irmã mais nova, Emmi, de apenas nove anos. Sua mãe morreu ao dar a luz à ela. E ainda tem o pai deles, que vive bêbado e drogado, tendo visões e conversando com as estrelas.

Eles viviam numa terra, onde só eles moravam. Um grande deserto com um rio seco, praticamente sem vida. Eles vivam esperando a hora de morrer, de fome, ou de sede, visto que a chuva não vinha. Mas um dia, o céu fica vermelho, uma tempestade de poeira vermelha invade tudo, atrás dela homens encapuzados – os tontons. Eles vieram atrás de Lugh, o menino nascido no solstício de inverno. Segundo reza a lenda, uma pessoa nascida no solstício de inverno deve morrer no solstício de verão, para que a força dele vá para o rei. O que eles não sabem é que Saba é gêmea dele.

Eles sequestram Lugh e matam o pai. Saba promete vingança. Promete resgatar Lugh e proteger Emmi – que ela odeia por causa da morte da mãe. Mas ela promete e não vai desistir.

Caminhos de Sangue, de Moira Young (Intrínseca, 352 páginas, R$ 29,90), é uma aventura épica. Num mundo devastado, sem leis, Saba só aceita sua própria lei, andar sem parar e resgatar Lugh. No caminho várias coisas acontecem, atrasando-a. O dia do solstício está chegando, e ela está com medo de não dar tempo de resgatá-lo. Mas, não apenas coisas ruins acontecem, durante a jornada ela faz amigos e conhece Jack, por quem sua pedra do coração esquenta sempre que ele está próximo.

A saga de Saba é maravilhosa, ela é uma personagem forte, que esconde seu medo quando a fúria vem. Sua vontade de viver é mais forte do que tudo. Ela precisa está viva para resgatar o irmão. Ela vira o temível Anjo da Morte. Emmi é tão teimosa quanto à irmã. Não aceita ser deixada para trás e faz de tudo para seguir Emmi. Jack faz tudo por Saba. Ele tem algo de obscuro e secreto, que só devemos descobrir nos próximos volumes. Mas Saba sabe que pode confiar nele. E é o que faz.

Ele tira as botas e puxa a camisa por cima da cabeça. Eu olho pro peito dele. Num consigo virar os olhos pra outro lugar. Quando vi ele sem camisa antes, lá na Vila Esperança, só reparei nas cicatrizes. Mas agora tudo o que consigo ver é como ele é esguio e forte. Com ombros largos e braços bem musculosos. Ele num tem nenhum pelo no peito, num é que nem o Pai ou o Lugh. Os meus dedos coçam de vontade de tocar nele. Descobrir se a pele é tão macia quanto parece.
Cuidado, Anjo, ele fala. Quando você encara um homem assim ele poder ter algumas... ideias interessantes.
Fico imóvel.
Ele leva a mão até a braguilha das calças. Levanta uma sobrancelha.
Você tem três segundos, ele falou, e aí elas vão cair. Ele começou a contar. Um... dois...”
Págs. 189-190


Meu problema com a história foi a linguagem informal. Nessa nova ordem mundial, não existem livros – são raros – e eles não sabem ler. A linguagem é bruta e crua. Eles falam errado e a escrita retrata a forma de falar: “Viveno aqui. Morreno aqui.” Confesso que me deu nos nervos, logo no início; ao chegar ao fim, ainda não tinha me acostumado, mas a raiva passou.

Se prepare para ler, você encontrará minhocas assassinas gigantes, arena de luta – onde as mulheres precisam raspar os cabelos para terem chance de sobreviver -, navios de terra com salteadores que sequestram crianças para lutarem na arena, um corvo inteligente,... Tem de tudo e mais um pouco.

Caminhos de Sangue foi vencedor do Costa Children’s Book Award em 2011 e do BC Book Prizes 2012. Teve os direitos para adaptação cinematográfica adquiridos por Ridley Scott, diretor de Blade Runner – O Caçador de Androides e Alien, o Oitavo Passageiro.

Série Dustlands:
1. Caminhos de Sangue
2. Rebel Heart
Uill 11/07/2012minha estante
O pai deles não é bêbado em drogado. Só é atormentado por crenças cujas quais são supérfluas, e consideradas tolas aos olhos dos outros...


Naty 11/07/2012minha estante
Segundo o livro é sim e tb atormentado pelas visões, que Saba acredita, + Lugh não.


Eduarda751 27/08/2012minha estante
Naty, eu também não vi isso dele ser bêbado e drogado, até fui ler novamente o início do livro para ter certeza e realmente, ele é apenas um tipo de feiticeiro (que faz poções e simpatias - para chover por exemplo) e transtornado pelas suas visões e tristezas, mas não é drogado (ele até odeia as drogas que é representada pelo Chaal no livro) e também não vi nenhuma menção sobre ele e a bebida.




carolzina 01/07/2012

ruim
Eu acho que a autora quis brincar com a inteligencia do leitor, porque não é possível, ela quase inventou uma escrita paralela, teve algumas partes dolivro que eu nem estava entendendo o que estava acontecendo de tão chato, que era aquilo? Abandonei porque quase não estava etendendo o que estava se passando na história.
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Carol 30/06/2012

Caminhos de Sangue-Moura Young
Antes de começar a resenha sobre a história do livro eu quero abrir um parênteses, a linguagem do livro é extremamente difícil, não me refiro ao rebuscado do Guimarães Rosa, mas a autora dicidiu escrever frases assim "EU VOU CORRENO PRA OLHAR","EU NUM TAVA OLHANO",o problema dessa escrita é que a leitura não flui como deveria, não sei se era necessária apelar para essa linguagem para demonstrar que a protagonista é uma pessoa ignorante. Um dos motivos que me faz ler é para melhorar minha escrita, esse com certeza foi um deserviço mas enfim...cada um julgue o que quiser, somos livres para escolher o que ler...

Eu particularmente sou uma pessoa que acha amor fraternal, tão bonito quanto amor de homem e mulher, homoafetivo, etc...então gostei/achei bonito a protagonista se dispor a ir atras do amado irmão..mas demorou para começar a gostar dela, não etendia direito porque ela pegava tanto no pé da irmazinha..Mas prefiro protagonistas fortes e decididas como SABA do que bobonas como de outras séries que tem por aí...o nível de crueldade é dos Jogos Vorazes, outra série que eu particularmente gostei..e que talvez venha na moda atual de filmes como jogos mortais, que tanto faz sucesso..

Então ela sai em busca do irmão, por um mundo que não conhecia, e não sabia ser cruel, doloroso, que por outro lado é o que nos faz gostar da história, saber como ela vai se virar sozinha...

Não sei se lerei o segundo, talvez espere pelo filme do Ridley Scott, que por sinal é um dos meus diretores de cinema favorito..

carolzina 01/07/2012minha estante
eu parei de ler não estava entendendo nada.


Claudia Cordeiro 09/07/2012minha estante
Tb não gostei da linguagem, tb não sei se lerei o segundo (ainda estou na metade), tb não entendi ela implicar com a irmãzinha, tb prefiro esperar o filme...




Guilherme 30/06/2012

[Resenha] Caminhos de Sangue - Moira Young
Já faz algum tempo desde que terminei de ler este livro, mas eu ainda estou em estado de choque. De todos os livros que li, foram poucos os que chegaram a ser tão bons quando “Caminhos de sangue” – além de conter uma história extremamente cativante, senti coisas inexplicáveis durante a leitura. Pense em uma trama genial, com personagens bem elaborados e que em cada capítulo encontramos uma nova surpresa: tudo isso há de sobra no mundo criado por Moira Young.
Em “Caminhos de sangue” conhecemos Saba, uma garota que acaba de completar dezoito anos e que vive com seu pai, seu irmão, Lugh, e sua irmã, Emmi, em meio à miséria na Lagoa da Prata, um lugar isolado de tudo e de todos. Cada dia ensolarado no meio do deserto é um desafio para a família, mas é quando uma tempestade de areia surge do nada que as coisas realmente pioram: cavaleiros vestidos de preto capturam Lugh sem nenhuma razão aparente e matam seu pai, fazendo Saba jurar a si mesma que não descansaria até trazê-lo de volta.
A partir desse momento, acompanhamos ela e sua irmã numa difícil jornada em busca de respostas, onde a batalha pela sobrevivência é apenas o começo.

Moira Young é uma autora que se destaca por conter algo que poucas têm hoje em dia: a ousadia. Não se engane pensando que “Caminhos de sangue” é simplesmente mais uma distopia em meio a tantas outras – muito pelo contrário. A autora certificou-se de que seu livro se destacaria no mundo literário, não se limitando às barreiras que o gênero oferece.
Uma das coisas que mais reforçam esse destaque perante outros livros é a narrativa extremamente diferente – Moira não narra da forma que estamos acostumados a ver hoje em dia. Os diálogos não possuem travessão, e palavras como “não”, “fazendo” e “comendo” transformam-se em “num”, “fazeno” e “comeno”. Embora isso seja um pouco estranho, na medida em que a história vai evoluindo fica mais fácil ler a escrita um tanto quanto vulgar usada pela autora.
Outro fato que acho extremamente relevante são os personagens. Saba tornou-se oficialmente minha heroína preferida, pois são poucas as protagonistas que possuem tanta garra e perseverança quando ela. Sua sede em resgatar o irmão e sua determinação em fazer de tudo o que for necessário para cumprir seu intento é algo raro na literatura contemporânea. Esqueça aquele conceito de que personagens femininas de jovens adultos são chatas e irritantes – Saba está longe de ser assim. Ike, com seu jeito meigo e engraçado; Epona, Maev e Ash, sempre duronas e ao mesmo tempo emotivas; e até mesmo Jack, por quem Saba apaixona-se durante a aventura, também são personagens com personalidades distintas, o que dá um toque ainda mais gostoso no decorrer da leitura.
“Caminhos de sangue” é um livro que com certeza entrou para o topo da minha lista de favoritos. Além de ser belamente escrito e conter um ritmo incessante, com ele tive a possibilidade de viajar para um lugar totalmente diferente, embarcando em uma aventura que me fez rir, chorar, emocionar, e que certamente ficará para sempre marcada na minha vida.
Com tudo, poderia resumir o livro em apenas uma palavra: perfeito.

Resenha em: http://lendoepapeando.blogspot.com.br/2012/06/resenha-caminhos-de-sangue-moira-young.html#more
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