A viuvinha / Cinco minutos

A viuvinha / Cinco minutos José de Alencar...




Resenhas - Cinco minutos - A viuvinha


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Biiah-chan 26/12/2013

Cinco Minutos
Em 1856 foi publicado em forma de folhetins pelo Diário do Rio de Janeiro o primeiro romance de José de Alencar: Cinco Minutos. Romance? Claro que sim! Mas pode ser que você ouça falar dele como uma novela, pois está em formato de carta e é uma narrativa breve. Depois de alguns meses, quando todos os capítulos foram publicados, fizeram o livro impresso, apenas os assinantes do jornal ganhavam como brinde, porém, muitas pessoas começaram a pedir e procurar o volume para ler.

É uma carta escrita para uma prima denominada D... relatando a história de um rapaz que se atrasou cinco minutos e perdeu o seu ônibus habitual e pegou o seguinte. Dentro do ônibus senta-se do lado de uma moça, que não sabe se é feia ou bonita, pois tem um véu em sua face. Durante a viagem ela não diz palavra, mas os braços ficam roçando-se e ela até aperta a mão dele em determinado momento. Entre todos esses toques o ônibus para e a moça desce, sussurrando antes em seu ouvido: “Non ti scordar di me!...”. A essa altura ele já estava apaixonadíssimo por ela. Não queria saber se era feia ou bela, velha ou jovem, pois estava encantado pelo perfume e pela voz doce e apenas com isso começou a procurá-la por todos os cantos.

Por 15 dias ele a procurou sem sucesso entrando em todos os ônibus do horário daquele mesmo dia. Certa vez, quando estava recostado a uma porta com os olhos fechados sente um leve tocar em seu braço e a bela frase “Non ti scordar di me!...”, mas na rua havia muitas pessoas e não soube distinguir quem era a sua amada e ele começa a se achar louco por amar apenas uma sombra por mais de semanas!

Depois de mais de um mês, a encontra novamente em uma ópera e dessa vez é melhor, pois ela deixa-lhe uma carta e assim ele descobre seu nome: Carlota. A infelicidade é que ela diz que se mudará para uma cidade distante, mas, além disso, não lhe deixa endereço e nada mais.

Esse não é o final do romance, mas vou deixar vocês curiosos para que leiam até onde Carlota levará esse homem apaixonado por uma sombra. Este livro abriu as portas para Alencar na sua vida de escritor, pois todos gostam de uma narrativa curta, mas que te prende do começo ao fim e é exatamente isso que Cinco Minutos é.

site: http://www.queridaprateleira.com.br/
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Carol 03/09/2014

"Non ti scordar di me"
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Jersianny Lucena 01/01/2015

A Viuvinha, um clássico de Jose de Alencar, um romance surpreendente, que envolve mistério, amor, reconhecimento, amizade.

Leia mais: http://analfabeto0.webnode.com/news/cinco-minutos-e-viuvinha/
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Zanza 07/09/2021

Admirável!!
Comecei esse livro sem muita vontande. Mas ao decorrer das histórias fui me envolvendo cada vez mais.
As duas histórias tem uma perspectiva diferente sobre o amor e isso é maravilhoso!
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camilla 25/08/2021

história de como conheceu o amor da sua vida...
que história linda
li esse livro por causa de um trabalho e acabei gostando
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Alessandra 30/07/2021

Me surpreendeu!
Primeira vez que consigo concluir uma obra de José de Alencar (pasmem). Li a história e depois descobri que se tratava da história de seu casamento com a Sra. Carlota.

Achei muito bonito!
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july 13/07/2021

Para o meu clássico favorito
cinco minutos é uma das primeiras obras de José de Alencar e de longe a 80km de distância minha obra favorita dele (apesar das oitras serem geniais) o livro é envolvente apesar da linguagem antiga, requintada e algumas referências em outras línguas(que o livro explica a cada página, amei a editora por isso) a sensação da leitura foi fantástica, eu realmente senti tudo oque aquele romântico emocionado sentiu, o nome do livro e a relação com a viuvinha é incrível, José um gênio nas referências
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Jaine 08/06/2015

Seja o atraso, seja a espera, seja o tempo...
Cinco minutos e Viuvinha são romances de José de Alencar da Editora Ciranda Cultural, possui 127 páginas e foi publicado no ano de 2009. Cinco Minutos inicia-se com um homem que por um atraso de cinco minutos perde o ônibus e tem que esperar o próximo, não encontrando onde se sentar vê que uma moça dá espaço para que ele sente, pouco tempo depois a jovem sai do ônibus sem que ele veja seu rosto. Passa toda uma semana procurando rever a moça, por fim a encontra na ópera e eles começam a se comunicar por cartas, em uma delas ela revela que já era apaixonada por ele e que sempre o observara, apesar de eles não terem sido apresentados. Ela viaja (na tentativa de fugir daquele amor, com receio da separação repentina.) e ele faz com que se encontrem. Em uma última carta ela revela seu nome (Carlota) e revela também possuir uma doença da qual não acredita poder se curar apesar da pouca idade, posteriormente a força do amor vence e eles viajam pelo mundo, se casam e em um último momento no qual ela pensara que seria seu último, recebe um beijo apaixonado do seu amor e incrivelmente se recupera, em poucos dias se cura da doença. Em Viuvinha, conhecemos Jorge que muito cedo ficou órfão e passa a ser criado por seu tutor Sr. Almeida, passa vários anos estudando quando termina os estudos, sente-se livre para aproveitar a vida e gastar o que seu pai havia deixado para ele, após três anos de curtição começa a sentir-se só resolve, então procurar a igreja. Lá encontra Carolina uma bela jovem que logo lhe chamou a atenção e então a pede em casamento, entretanto um dia antes de se casar recebe a terrível noticia estava falido. Se casa e na noite de núpcias dá um remédio para que sua esposa durma e forja sua própria morte, vai embora para Estados Unidos (Passa a ser chamado de Carlos), lá consegue construir uma pequena fortuna e posteriormente volta ao Brasil para limpar o nome de seu pai pagando todas as dívidas. Reencontra Carolina que agora é conhecida como a Viuvinha, tenta se reaproximar dela por meio de cartas, porém ela não permite, pois sente que ainda ama seu falecido marido, diante disso ele conta tudo a ela e eles se reconciliam e vão morar juntos em uma fazenda, distante da cidade. O motivo pelo qual as duas histórias foram escritas em um só livro, não sei. Penso que seja pela coincidência que vem a ter o número 5 nas histórias, por meio disso percebemos que tudo está planejado para acontecer em seu devido tempo, destarte não devemos nos apresar nem questionar. Devemos apenas viver o agora e aproveitá-lo ao máximo.
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Ana Ira! 19/07/2015

Uma graça, minha prima!
Aí gente, belezoca??
Hoje serão dois livros resenhados, que amoooo muito, e foi um dos primeiros que li!
Com vocês, Cinco Minutos (que você lê numa meia hora, rsrs) e A Viuvinha, do célebre e fofo, José de Alencar.



• CINCO MINUTOS
Cinco Minutos começa com o narrador-personagem contando como ele é péssimo em seguir horários, super não pontual, mas que pelo menos, ele não é regido por um relógio. Achei bárbaro isso! Que incrível percepção!
"Entusiasta da liberdade, não posso admitir de modo algum que um homem se escravize ao seu relógio e regule as suas ações pelo movimento de uma pequena agulha de aço ou pelas oscilações de uma pêndula."
Ao se atrasar, apenas cinco minutos, perde o busão kkkk e tem de esperar uma hora por outro. Chegando lá, ele que não presta muita atenção nas coisas, às vezes em algumas pessoas, às vezes nas conversas, noutras em sua própria vida, mas nesse dia, ele repara bem numa moça coberta com o rosto num véu sentado ao seu lado.

Essa moça então, pronuncia com todas as palavras num francês sem tradução que me deixou louca da vida, kkk que o ama e o quer, e ele fica estupendo, feliz e ao mesmo tempo surpreso com a tal revelação!

A moça desce num ponto. Ele fica. Sonha com ela quase um mês. E depois em uma baile, ouve as mesmas palavras e sente a mesma fragrância do perfume dela (que conseguiu absolver no ônibus). Gente, que percepção!
"É coisa singular, minha prima! O amor que é insaciável e exigente, e não se satisfaz com tudo quanto uma mulher pode dar, que deseja o impossível, às vezes contenta-se com um simples gozo d'alma, com uma dessas emoções delicadas, com um desses nadas, dos quais o coração faz um mundo novo e desconhecido."
Como é curtinho, vou resumir bem: ele segue algumas 'pistas' sobre quem é ela. ~ frisando ~ ele não viu seu rosto, não sabe como ela é, mas a ama, ponto final. kkkk Ele a encontra (ele, porque esse narrador-personagem não tem nome :( ). Quando ele a encontra, vê sua formosa face, ama-a mais ainda, porém, descobre um fato surpreendente: o destino pode findar o romance dos dois - uma doença, morte certa, sem tempo, um pouco de esperança, muita ansiedade e é claro, muito atraso te fazem prender a respiração até o fim desse inevitável talvez, mas lindo e genial romance de um dos maiores escritores brasucão!
"O mais tu sabes; eu te amava, e era tão feliz de ter-te ao meu lado, de apertar a tua mão, que nem me lembrava como te devia parecer ridícula uma mulher que, sem te conhecer, te permitia tanto."
Não tem como não gostar, não se apaixonar por essa história, é fofuxa, graciosa demais! Não percam!


• A VIUVINHA
A Viuvinha é outra coisa particularmente fofa e alucinante! Te dá raiva, esperança, ansiedade, amor pelos personagens, enfim, é uma coisa de louco!!!!! E profunda demais!

Carolina e Jorge são um casal grandioso. Sabe daqueles poucos casais que vemos por aí, que se comunicam pelo olhar?! Aqueles que de longe você percebe a sintonia, o respeito, a dignidade e o amor que nutrem?! Então! Eles são um deles!

Entrementes, o passado surge, como tantas vezes faz com a gente, da vida real, e vem, parece que com toda força e com vontade, de nos destruir, atacar, pestanejar, amaldiçoar a nossa felicidade presente, e caminhante para o futuro.

É o que acontece com esse casalzinho. Jorge era rico. Seu pai morreu e ele ficou sob a tutela de um grande amigo do pai, o Sr. Almeida, este que é pobre. Lembrando que naquela época havia uma divisão entre ricos e pobres muito grande (este livro foi publicado em 1857). Quando Jorge, ao atingir a maioridade, pode dirigir os negócios de seu pai, ele gasta tuuuuudo na esbórnia, faz mais dívidas, e esquece de pagar uma dívida deixada pelo pai. Resumindo: foi pra lama! Seu pai perdera a honra, iria ser marcado para sempre na sociedade carioca!
Na véspera de seu casório, o Sr. Almeida, bem chatão, porém sábio - por sinal, o avisa sobre sua falência, e Jorge fica enlouquecido, perdido.

Casa-se n'outro dia, mal escondendo sua tristeza e preocupação de sua esposa, Carolina, de sua sogra, dona Maria, e de uns dois ou três convidados, já que o casamento se passa na casa da noiva e da mãe - ambas também são pobres.

Na noite de núpcias, Jorge fica sem saber o que fazer kkkkkk, dá um negócio lá, Chartreuse, não sei bem que tipo de bebida é, mas no livro diz ser licor, deve ser estrangeiro, ok.

Carolina então dorme. E Jorge foge. No outro dia de manhã, recebemos, os leitores e a Carolina, o "aviso" que Jorge havia se matado, com um tiro no rosto, deixando-o desfigurado, com uma carta e um pouco de dinheiro pedindo (seguindo instruções da carta) para que quem o encontrasse, fizesse o seu enterro.
"A angústia e o desespero que se pintavam nas feições de Jorge tocavam quase à alucinação e ao desvario; às vezes, era como uma atonia que lhe paralisava a circulação, outras tinha ímpetos de fechar os olhos e atirar a matéria contra a matéria, para ver se neste embate a dor física, a anulação do espírito, moderavam o profundo sofrimento que torturava sua alma."
Cinco anos depois, aparece na cidade vindo direto dos Estados Unidos, um jovem de quase trinta anos, que trabalhou muitooooo interessando em comprar as dívidas de certo homem morto. Esse jovem, Carlos, como é chamado, têm dinheiro, embora viva num tipo de porão, come num lugar horrível (parece ser bem sujo), para economizar bastante, e não tem amigos, não conta a ninguém aonde mora, nem se envolve em nada da sociedade.

Você já deve suspeitar o porquê...
"Sonhava no passado; diferente nisso das outras moças, que sonham no futuro."
Como é um livro muito antigo e conhecido, muita gente já deve saber o final, mas não vou contar, não! Só posso dizer, que Carlos procurará Carolina, mas ela ainda ama seu falecido marido... E Carlos está desesperado para tê-la, mas com uma condição!
"Como o amor purifica, D...! Como dá forças para vencer instintos e vícios contra os quais a razão, a amizade e os seus conselhos severos foram impotentes e fracos!"
Quer saber que condição é essa?! LEIA!!!!!

Beijão!
Ana

site: http://elvisgatao.blogspot.com.br/2015/07/resenha-20-cinco-minutos-e-viuvinha.html
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Juju Pevensie 29/02/2024

Meu Deus, que livro especial é perfeito. A história é muito boa e bem articulada, envolta em dois contos de romance parecidos. Recomendo muito. É um clássico fácil de ler e entender.
Juju Pevensie 01/03/2024minha estante
e**




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Ana Ira! 01/06/2016

Amo, amo, amo!
• CINCO MINUTOS
Cinco Minutos começa com o narrador-personagem contando como ele é péssimo em seguir horários, super não pontual, mas que pelo menos, ele não é regido por um relógio. Achei bárbaro isso! Que incrível percepção!
"Entusiasta da liberdade, não posso admitir de modo algum que um homem se escravize ao seu relógio e regule as suas ações pelo movimento de uma pequena agulha de aço ou pelas oscilações de uma pêndula."
Ao se atrasar, apenas cinco minutos, perde o busão kkkk e tem de esperar uma hora por outro. Chegando lá, ele que não presta muita atenção nas coisas, às vezes em algumas pessoas, às vezes nas conversas, noutras em sua própria vida, mas nesse dia, ele repara bem numa moça coberta com o rosto num véu sentado ao seu lado.

Essa moça então, pronuncia com todas as palavras num francês sem tradução que me deixou louca da vida, kkk que o ama e o quer, e ele fica estupendo, feliz e ao mesmo tempo surpreso com a tal revelação!

A moça desce num ponto. Ele fica. Sonha com ela quase um mês. E depois em uma baile, ouve as mesmas palavras e sente a mesma fragrância do perfume dela (que conseguiu absolver no ônibus). Gente, que percepção!
"É coisa singular, minha prima! O amor que é insaciável e exigente, e não se satisfaz com tudo quanto uma mulher pode dar, que deseja o impossível, às vezes contenta-se com um simples gozo d'alma, com uma dessas emoções delicadas, com um desses nadas, dos quais o coração faz um mundo novo e desconhecido."
Como é curtinho, vou resumir bem: ele segue algumas 'pistas' sobre quem é ela. ~ frisando ~ ele não viu seu rosto, não sabe como ela é, mas a ama, ponto final. kkkk Ele a encontra (ele, porque esse narrador-personagem não tem nome :( ). Quando ele a encontra, vê sua formosa face, ama-a mais ainda, porém, descobre um fato surpreendente: o destino pode findar o romance dos dois - uma doença, morte certa, sem tempo, um pouco de esperança, muita ansiedade e é claro, muito atraso te fazem prender a respiração até o fim desse inevitável talvez, mas lindo e genial romance de um dos maiores escritores brasucão!
"O mais tu sabes; eu te amava, e era tão feliz de ter-te ao meu lado, de apertar a tua mão, que nem me lembrava como te devia parecer ridícula uma mulher que, sem te conhecer, te permitia tanto."
Não tem como não gostar, não se apaixonar por essa história, é fofuxa, graciosa demais! Não percam!


• A VIUVINHA
A Viuvinha é outra coisa particularmente fofa e alucinante! Te dá raiva, esperança, ansiedade, amor pelos personagens, enfim, é uma coisa de louco!!!!! E profunda demais!

Carolina e Jorge são um casal grandioso. Sabe daqueles poucos casais que vemos por aí, que se comunicam pelo olhar?! Aqueles que de longe você percebe a sintonia, o respeito, a dignidade e o amor que nutrem?! Então! Eles são um deles!

Entrementes, o passado surge, como tantas vezes faz com a gente, da vida real, e vem, parece que com toda força e com vontade, de nos destruir, atacar, pestanejar, amaldiçoar a nossa felicidade presente, e caminhante para o futuro.

É o que acontece com esse casalzinho. Jorge era rico. Seu pai morreu e ele ficou sob a tutela de um grande amigo do pai, o Sr. Almeida, este que é pobre. Lembrando que naquela época havia uma divisão entre ricos e pobres muito grande (este livro foi publicado em 1857). Quando Jorge, ao atingir a maioridade, pode dirigir os negócios de seu pai, ele gasta tuuuuudo na esbórnia, faz mais dívidas, e esquece de pagar uma dívida deixada pelo pai. Resumindo: foi pra lama! Seu pai perdera a honra, iria ser marcado para sempre na sociedade carioca!
Na véspera de seu casório, o Sr. Almeida, bem chatão, porém sábio - por sinal, o avisa sobre sua falência, e Jorge fica enlouquecido, perdido.

Casa-se n'outro dia, mal escondendo sua tristeza e preocupação de sua esposa, Carolina, de sua sogra, dona Maria, e de uns dois ou três convidados, já que o casamento se passa na casa da noiva e da mãe - ambas também são pobres.

Na noite de núpcias, Jorge fica sem saber o que fazer kkkkkk, dá um negócio lá, Chartreuse, não sei bem que tipo de bebida é, mas no livro diz ser licor, deve ser estrangeiro, ok.

Carolina então dorme. E Jorge foge. No outro dia de manhã, recebemos, os leitores e a Carolina, o "aviso" que Jorge havia se matado, com um tiro no rosto, deixando-o desfigurado, com uma carta e um pouco de dinheiro pedindo (seguindo instruções da carta) para que quem o encontrasse, fizesse o seu enterro.
"A angústia e o desespero que se pintavam nas feições de Jorge tocavam quase à alucinação e ao desvario; às vezes, era como uma atonia que lhe paralisava a circulação, outras tinha ímpetos de fechar os olhos e atirar a matéria contra a matéria, para ver se neste embate a dor física, a anulação do espírito, moderavam o profundo sofrimento que torturava sua alma."
Cinco anos depois, aparece na cidade vindo direto dos Estados Unidos, um jovem de quase trinta anos, que trabalhou muitooooo interessando em comprar as dívidas de certo homem morto. Esse jovem, Carlos, como é chamado, têm dinheiro, embora viva num tipo de porão, come num lugar horrível (parece ser bem sujo), para economizar bastante, e não tem amigos, não conta a ninguém aonde mora, nem se envolve em nada da sociedade.

Você já deve suspeitar o porquê...
"Sonhava no passado; diferente nisso das outras moças, que sonham no futuro."
Como é um livro muito antigo e conhecido, muita gente já deve saber o final, mas não vou contar, não! Só posso dizer, que Carlos procurará Carolina, mas ela ainda ama seu falecido marido... E Carlos está desesperado para tê-la, mas com uma condição!
"Como o amor purifica, D...! Como dá forças para vencer instintos e vícios contra os quais a razão, a amizade e os seus conselhos severos foram impotentes e fracos!"
Quer saber que condição é essa?! LEIA!!!!!


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MF (Blog Terminei de Ler) 22/06/2020

O chato romantismo burguês de José de Alencar
“Cinco minutos” e “A viuvinha”, duas novelas do escritor brasileiro José de Alencar, publicadas numa mesma edição. Tratam-se das duas primeiras obras do autor, publicadas em 1856 e 1857, respectivamente.

Na trama de “Cinco minutos”, o protagonista (certamente o próprio Alencar) perde o ônibus por apenas cinco minutos de atraso. Ao embarcar no seguinte, senta-se casualmente ao lado de uma moça cujo rosto está coberto por um véu. Ela permite que ele segure suas mãos, mas não chegam a se apresentar, antes dela desembarcar. Então, nos dias seguintes, ele parte em uma busca para tentar reencontrar e saber a identidade da jovem que, mesmo interessada por ele, prefere se manter anônima.

Por sua vez, na trama de “A viuvinha”, conta a história de Carolina e Jorge, um jovem casal apaixonado. Ele está em uma situação financeira terrível e, no auge da dor, encontrará na morte sua redenção. Cabe agora à Carolina lidar com a viuvez precoce.

Alencar entrou para a história como o primeiro romancista que colocou, como temática, o Brasil no centro de suas obras. Ao longo de sua vida literária, procurou retratar diferentes aspectos da vida brasileira, geograficamente falando. Seus livros eram ambientados no sertão nordestino (vide “O sertanejo”, por exemplo), no interior do país (vide “Til” e “O tronco do ipê”), litoral cearense (vide “Iracema”), pampa gaúcho (vide “O gaúcho”) e, por fim, o ambiente urbano (vide “Lucíola”, “Senhora”, “Diva” e as duas novelas da presente resenha). Ao analisar essa postura do autor, é nítido que havia uma preocupação de Alencar em criar uma literatura brasileira de fato.

É inegável a importância de Alencar para a história da literatura brasileira. Contudo, isso não significa que sua obra seja imune a defeitos. Eis o caso aqui. O Romantismo, como estilo, possui como características predominantes uma idealização passional e um sentimentalismo exacerbado. Isso permeia todo o texto dessas duas obras. O Romantismo em si já é exagerado, mas nessas duas primeiras obras de Alencar beira ao ridículo. Uma pieguice exagerada que torna o texto intragável, devido à dose generosa de açúcar. Os personagens são tão irritantes que eu torcia para que eles tivessem um final infeliz.

Entretanto, há algo que torna a experiência pior: o universo burguês (que inclui o próprio autor). A sociedade burguesa do período do Segundo Reinado do Império do Brasil, tal qual todas as elites que ditaram os rumos do país ao longo das décadas seguintes, é desinteressante, enfadonha. Quando lembramos que o Realismo já dava seus primeiros passos na mesma época em que Alencar estreava, percebe-se o abismo que há entre as primeiras aventuras literárias do autor e as obras realistas que já se apresentavam ao público. “Madame Bovary”, do francês Gustave Flaubert, por exemplo, foi publicada no mesmo ano que “Cinco minutos”. Até mesmo obras do Romantismo produzidas no Brasil, em anos anteriores, tinham algo que já dialogava com o Realismo, tornando-as mais interessantes. Cito, por exemplo, o curto e genial "Macário" de Álvares de Azevedo. Perto de obras realistas, a trama de Alencar soa quase infantil, o que torna a leitura desinteressante, gerando enfado.

A originalidade de Alencar só veio a se manifestar depois, em obras onde retrata a cultura indígena como, por exemplo, em “O guarani” e na já citada “Iracema”’. Entretanto, por mais que quisesse, Alencar não poderia adentrar na alma do povo mais humilde, maior parte do Brasil desde sempre, dado o seu elitismo. Nas obras de Alencar, é visível uma contaminação por um olhar mais elitizado sob o todo, ainda que se manifeste de forma tênue. Burguês, Alencar era ainda conservador, tendo se tornado político durante o reinado de Dom Pedro II, ocupando o cargo de ministro da justiça. Nesse período, foi um ardoroso defensor da escravidão. Ele acreditava que o fim da escravidão atrapalharia o povoamento do restante do país (!). Ora, como uma criatura com visão tão racista e míope poderia ter a capacidade de escrever sobre a alma do povo brasileiro? Não podia. Simplesmente precisaríamos ainda de algumas décadas para ter um Ariano Suassuna ou um Jorge Amado.

Enfim, “Cinco minutos” e “A viuvinha”, embora bem escritas, são obras que representam os aspectos mais irritantes do Romantismo, redigidas por um autor que, devido à miopia de sua posição social, conservadorismo e posicionamentos retrógrados (até para a época), seria incapaz de entender a alma do povo brasileiro humilde, maioria que leva o Brasil nas costas, em suas obras seguintes.

Essas duas primeiras obras, embora sejam marcos iniciais na literatura brasileira, surgem tardiamente visto que o Realismo, mais maduro como estilo, já vinha se desenvolvendo na Europa. José de Alencar emula dos europeus, em forma de folhetins, um Romantismo superficial e ridículo, que só encontrava eco nas madames burguesas da elite carioca e paulista. O autor evoluiu com o passar do tempo, o que é natural e esperado, visto que não tinha como ele escrever algo tão chato quanto essas duas primeiras novelas.

É válida a leitura como curiosidade histórica e literária… e é compreensível que jovens desanimem de entrar no maravilhoso mundo da literatura quando, na escola, são estimulados e, às vezes, obrigados (como nos vestibulares) a lerem os primeiros textos de José de Alencar. Uma leitura regular, sendo generoso.

P.S.: Caso tenha gostado do que escrevi, visite https://mftermineideler.wordpress.com/
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Kleber Rafael 09/08/2016

Dois romances maravilhosos de José de Alencar. Um passeio pelo Rio de Janeiro do século XIX... O interessante do livro é que o leitor se sente um espectador ouvindo a narração entre o Autor e sua prima D. O Amor é o tema principal dessas duas novelas que acabam se conectando no final de A Viuvinha... Aqui a gente conhece um José de Alencar bem diferente de Iracema. São histórias curtas, mas, que acaba prendendo o leitor de uma forma surpreendente, um romance de primeira que chegar a tirar suspiros... Leitura mais que recomendada!
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Caroliny 24/03/2020

Achei o livro bem interessante ao contar a história dessas mulheres tão fiel a seus maridos.
Foi uma história que eu não tinha interesse em ler, estava lendo por obrigação, e ao final eu gostei muito.
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