A Idade da Razão

A Idade da Razão Jean-Paul Sartre




Resenhas - A Idade da Razão


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Gustavo.Rubim 09/01/2022

Acabei esse monumento, nunca pensei que fosse tão fácil e prazeroso ler Sartre.

O que sentiram com relação a Boris, Daniel e Ivich? E, em especial, Mathieu.
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André L. Pavesi 08/01/2022

Sartre, um dos grandes nomes da filosofia existencialista do século passado, compõe um quadro instigante, recheado de questionamentos e conceitos ligados ao seu pensamento. Uma verdadeira aula existencialista na forma de literatura.
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boemillys 09/12/2021

Único
Uma experiência nova foi a de ter contato com esse livro. Sartre traça uma narrativa a partir do conceito de liberdade e foi brilhante na construção disso, me fazendo refletir sobre até que ponto a minha liberdade é livre da responsabilidade. Passei dias tentando concluir algo digno pra descrever a experiência de ter contato com essa narrativa e, ainda hoje, acredito que não haja nada a ser concluído aqui; Sartre me proporcionou questionamentos que não sei se um dia poderei finalizar com uma resposta. Foi um livro único.
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Isabellla 17/06/2021

Esperava muito mais
Quis ler esse livro depois de ver sobre a filosofia existencialista e me interessar pelo trabalho do sartre, estava esperando um livro para estudar e aprender sobre essa filosofia, mas me decepcionei, o livro é muito mais uma história com algumas questões filosóficas mas nada muito profundo que tenha me ensinado alguma coisa, o livro não é ruim ele prende e tem personagens muito legais e complexos, você realmdente se interessa para saber o que vai acontecer na história. Eu recomendo você a ler se quiser uma história, a escrita dos Sartre é muito boa, mas se você quer uma filosofia aprofundada não irá encontrar nesse livro.
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Jimmy 30/04/2021

Liberdade e responsabilidade: A idade da razão de Sartre.
O que é ser livre? É não se apegar a ninguém? É ir contra a moral vigente?
“A idade da razão” é um romance de densidade reflexiva. Tem como personagem principal Mathieu Delarue, um professor de filosofia de Liceu e funcionário público. Porém, Mathieu vem de uma família burguesa e luta para se desvencilhar de seus hábitos e visões de mundo de sua origem. Mathieu não quer se casar nem ter filhos, é membro do partido comunista francês, mas não é engajado. O seu grande dilema ao longo do livro é o aborto do filho que poderia ter com sua namorada, Marcelle. Aliás, todo capítulo parece ter uma decisão a ser tomada, um dilema de ordem moral. Desde o aborto, a homossexualidade, o roubo, a juventude versus a maturidade, o amor e a política. Todas as escolhas possíveis e suas consequências. Em todos os capítulos há diálogo, entretanto, as personagens têm um raciocínio bem mais elaborado em suas consciências do que em suas falas. Há a dificuldade de transpor a própria consciência. A alteridade de Mathieu, por exemplo, é construção filosófica. Ele não sente realmente o outro, ele constrói o outro em sua consciência e isso lhe custa caro.
O que fazer com a liberdade? Já que a todo instante é um (des)conhecer-se (dis)saborear-se. A comodidade nos ilude com sua aparência de liberdade? Em que atos fomos mais pela comodidade do que pela liberdade? Mathieu rejeita a moral burguesa, mas é um burguês. Ele simpatiza com os comunistas, mas nunca se engajou na causa. Ele defende princípios, mas, aparentemente, não sabe lidar com as consequências de suas escolhas. Mathieu é imaturo para sua idade de 34 anos, segundo seu irmão Jacques. Para esse último, era uma contradição ter pendores revolucionários e ser funcionário público.
O sentimento de vazio e de distanciamento do mundo é grande em Mathieu. Um dia ao ler um jornal, ele se sente numa “gaiola sem grades”. Impotente para quebrar a barreira das necessidades e acontecimentos cotidianos de sua vida e sentir ou existir alhures. O ódio ou dor pelo outro lhe é exercício imaginativo. Para Mathieu, a Segunda Guerra é algo distante. Ele queria um destino heroico, uma causa para lutar. Assim o fez Brunet: dotou sua vida de sentido ao escolher lutar e até sacrificar sua vida pela causa comunista. Mathieu inveja essa liberdade, sua vida tão sem sentido em comparação a de Brunet. A sua liberdade o sufoca ao invés de libertá-lo. Trocaria a sua liberdade por uma convicção para poder esquecer-se de si. Uma fé lhe daria honra, o massificaria, o despersonalizaria na multidão de fiéis comunistas. Pobre Mathieu, já não tinha mais os laços burgueses e nem conseguia ainda comungar com o proletariado. Será que conseguiria abandonar-se e redescobrir o senso de realidade perdido com a tentativa de ser livre? Esse senso de realidade não seria mais uma construção ideológica? Não o aprisionaria mais uma vez?
Em vários momentos as personagens desejam ser outras, transcenderem suas existências. Suas consciências pesam, pois entram em constante conflito com a moral burguesa. São desajustados. Sentem que desperdiçaram suas vidas, que não fizeram nada de útil, que ninguém depende deles, que não fizeram nada de memorável. Por isso, o outro parece ser a salvação de suas existências. Ser outro seria um alívio. É a mulher madura que namora um jovem, é o intelectual que quer deixar de ser burguês, é a moça solteira que quer se casar, é um homossexual que tem vergonha de si. A vida parece ser uma tragédia e uma farsa. Não ser nada ou representar ser o que se é? Mathieu não vive a jornada do herói, o seu romance não é o romance de formação como o Fausto. Sua existência lhe parece medíocre. As coisas se dão ao acaso, seus atos não parecem ter consequências, a vida é uma eterna sucessão de esperas. Para ser livre, Mathieu não percorreu o caminho comum, preferiu esperar. Sua espera o deixou com uma sensação de nunca ter feito algo. Ainda assim, o tempo passou, tem uma vida ordinária paralela a sua “vida de espera” no descompasso entre as expectativas e seus feitos.
Ao final, Mathieu não se sente livre, pois seus atos parecem gratuitos, sem peso, sem consequências. Os acontecimentos de sua vida não foram transformadores e não lhe preparou para as futuras tomadas de decisão. Até a filosofia lhe parece uma consolação para o malogro inevitável de sua vida do que um conhecimento que o guiasse no futuro. Nesse sentido a filosofia não lhe foi útil. E como poderia ser se a existência é caótica e irrepetível?


site: https://writingnous.wordpress.com/2021/04/30/lendo-literatura-1-liberdade-e-responsabilidade-a-idade-da-razao-de-sartre/
Sam 20/01/2022minha estante
Excelente resenha amigo. A parte da espera foi profunda, Mathieu não vive, só espera. Espera um nada, apenas vazio.




Allyson 02/03/2021

As reviravoltas do livro são verdadeiramente obra de um autor singular. A Odisseia de emoções descritas no texto, imensuráveis. Sartre, poeta, filósofo ou jurista ? Todos juntos seria melhor dito. Contudo, este livro revela-se um dos maiores romances século XX
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Camiyuki 14/02/2021

Sou suspeita a falar pois Sartre é meu filósofo favorito hahahaha amei o livro! Promove uma grande reflexão sobre a liberdade, as escolhas que fazemos ao longo de nossas vidas e suas respectivas consequências, afinal: O ser humano é condenado a ser livre, e a liberdade reside na escolha!
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Daniel Andrade 02/02/2021

História ótima, personagens nem tanto.
Tive certos problemas para me conectar aos personagens (talvez apenas Daniel em alguns momentos conseguiu me despertar alguma coisa), mas toda a ambientação, a filosofia, os dilemas e tabus morais do enredo me conquistaram. Com certeza vou continuar a trilogia e com esperança de que os próximos livros serão melhores.
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Prico 20/01/2021

Ótimo começo
Como o primeiro livro da trilogia a " idade da razão" faz uma ótima apresentação dos personagens , suas características e fraquezas , os mostra como pessoas possíveis com erros e dúvidas . Ótima leitura
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Gabms 20/01/2021

O que é ser livre?
Sartre traz reflexões sobre o que é a liberdade e
quais suas consequências através da história de um professor francês de filosofia que, o engravidar sua namorada, tenta fugir do casamento pois não quer deixar de ser livre. Em uma conversa com seu irmão, Jacques, o mesmo diz a Mathieu: "Eu imaginava que a liberdade consistia em olhar de frente as situações em que a gente se meteu voluntariamente e aceitar todas as responsabilidades" e, para mim, essa é uma ótima definição do que é o existencialismo de Sartre.

A história possui um ótimo desfecho, Mathieu no final aprende sua lição e se vê preso na armadilha que ele mesmo armou.

Só não avalio com 5 estrelas por causa dos personagens. Não que sejam personagens ruins ou rasos, mas muitos são cruéis e isso me incomodou bastante. Mathieu ao passo que parece aceitar o que deve fazer, muda de ideia no minuto seguinte e faz tudo ao contrário, negando seu desenvolvimento. Pelo menos, foi essa a impressão que tive.

No mais, é um livro rico e interessante do ponto de vista existencial. Recomendo a leitura para aqueles que querem conhecer um pouco mais de Sartre.
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César 14/01/2021

Que é a liberdade?
Seria a responsabilidade e o compromisso algo antagônico à ideia de liberdade? Esta é a indagação que sintetiza esta obra e que, com muito propriedade, fornece subsídios à resposta sem pretender responder a questão. Mathieu se nega a assumir um compromisso com Marcelle após esta revelar-lhe sua gravidez. Prefere sujeitar-se a proezas indignas em vez de assumir uma responsabilidade paternal e matrimonial que o impeça de perpetuar sua concepção de vida voltada para a liberdade. Mas que liberdade é essa que o priva do amor e que o aflige, expressa em uma vida cômoda e letárgica, repetitiva e vazia. Uma liberdade imprecisa, não satisfatória, que preserva não o conteúdo mas apenas o título do que se almeja. E é por meio da auto-comiseração, da resignação e do estoicismo que Mathieu se mantém capaz de suportar uma vida insossa e inconsequente.
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Bia 02/01/2021

A liberdade é explicada a partir de uma amante grávida. Mathieu, o pai, se desespera pois pensa que uma criança vai atrapalhar sua vida monótona e previsível, ele gosta da liberdade e do sossego da vida.

Trama bem estruturada, calma e que consegue fazer com que um assunto corriqueiro vire suspense.

Personagens muito bem estruturados, bem pensados e que refletem que a liberdade ela é mais que uma dádiva, é uma obrigação.
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Ricardo 19/12/2020

O que é ser livre?
A história gira na temática sobre o que é ser livre e as consequências de viver em busca desse objetivo. Não é de leitura difícil e traz bons questionamentos.
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Gabri 09/12/2020

Leitura descompromissada
Comecei a ler o romance ao acaso, tinha acabado a minha última narrativa e estava solteiro de uma leitura. Dei uma fuçada nos livros antigos do meu pai no sótão e me deparei com essa obra prima.

A princípio, pensei que ia ser uma leitura penosa, já que não consegui passar do começo de A Náusea (que aliás pretendo dar uma segunda chance agora), mas tive a grata surpresa de estar errado.

Não fui tanto com a intenção de compreender Sartre, sei pouco do existencialismo, contudo ficou claro como a liberdade aparece como um motivo recorrente. Li em outra resenha que o homem estaria fadado a ser livre, acho que preso, também, aos efeitos decorrentes de suas escolhas.

Outra coisa que me chamou a atenção foi que a história parece o ocorrer em dois planos simultâneos: o interno e o externo, sendo que, de todos os personagens, Ivich aparece como um enigma, já que não temos acesso a seus pensamentos, porém, ao mesmo tempo, parece ser a personagem que mais "entrega" a sua interioridade... Ainda que não saibamos o que ela sente por Mathieu.
Todos os personagens possuem uma vida interior muito rica, aliás, e dão sentido ao mundo a partir delas, ainda que haja muita contradição entre o que um personagem aparenta e aquilo que ele pensa.

Enfim, história envolvente, achei o motor dela (a gravidez) como um excelente fio condutor da trama.
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Anderson 29/11/2020

Segunda leitura
Reli depois de muitoa anoa. Na peimeira vez senti vontade de sair da eacola por que queria ser livre de fato. Hj vejo que permaneço não sendo livre mas entendo que ninguém é.
Sartre estava muito a frente do tempo em 1945.
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