A Idade da Razão

A Idade da Razão Jean-Paul Sartre




Resenhas - A Idade da Razão


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Clio0 05/04/2024

O limite da Liberdade é a própria Liberdade.

Em A Idade da Razão, o primeiro volume da trilogia Caminhos da Liberdade, Mathieu é um professor de filosofia cuja amante, Marcelle, engravidou. Esse fato, aparentemente banal nos dias atuais, trazia uma série de consequências sociais como o ostracismo ainda vigente na França de 1950. A decisão de abortar ou se casar leva o personagem numa busca existencial em que a principal pergunta era "Quero ou não quero?".

Em sua decisão, mais que a fantasia de amor por Ivich ou a inveja de Boris, é a formação da pressão social e da moral que o impelem ora para um lado ora para outro. O autor, porém, infere a noção que Mathieu não levou em conta o livre-arbítrio dos outros personagens. Assim, ao finalmente tomar uma decisão, vê seus planos logrados por Daniel e Marcelle, ambos conscios de seus direitos de escolha.

É uma leitura densa, mais focada no Existencialismo do que na literatura. Absolutamente diferente dos romances-filosóficos atuais como O Mundo de Sofia e similares.

Recomendo aos apaixonados pelo tema.
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Rahul0 16/03/2024

Entre a Liberdade Dolorida e a Segurança que Silencia
A história trata da escolha do protagonista Mathieu , que pode parecer simples mas é avassaladora. O personagem permanece entre escolher a liberdade , que pode tanto lhe doer como revigorar , ou , uma vida segura mas totalmente limitada. Isso ocorre devido uma gravidez inesperada da mulher que o ama , diferente dele ; ao final desse paradoxo ele a deixa e corroi-se deixando-a.

A obra não trata só disso , mas também de outros amores inadmitidos ; arte ; embriaguez como fuga ; entre outras coisas.
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Yan Miranda 14/02/2024

Liberdade.
O protagonista toma suas atitudes e decisões com a falsa sensação de tá conservando sua liberdade, porém, não parece passar de uma ilusão que o deixa preso a uma falsa liberdade.
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Leitorconvicto 18/12/2023

Personagem vivo
Quando li esse livro a primeira vez o protagonista me causou aversão. O antagonista me causou admiração, um dos personagens mais bem desenvolvidos que li.
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I7bela 21/11/2023

A idade da razão de Sartre foi meu primeiro livro desse escritor e que aborda um tempo filosófico que muito assombra a humanidade: a liberdade.

Mathieu, o protagonista acredita que deve ser livre não importa o quê, mas o que é ser livre? Livre de fazer escolhas? Mas não fazer escolhas já não é uma escolha? Negar a burguesia e ser um burguês é fácil. Odiar o capitalismo e se aproveitar dele quando convém é melhor ainda, não? As ideias de Mathieu são contraditórias com seus atos. Sartre me fez sentir repulsa por seu personagem que escolhe não escolher. Ou simplesmente não se agarrar a nada, é odioso perceber que por vezes me sinto dessa forma. E é exatamente essa a função de um escritor, de um livro, fazer pensar.

Mathieu deseja que sua companheira faça um aborto, mas não questiona qual a sua vontade e em três dias vai do céu ao inferno para arrecadar dinheiro para tal ato. No caminho se mostra mais e mais desprezível e incoerente em sua filosofia de vida.

“Eu imaginava que a liberdade consistia em olhar de frente as situações em que a gente se meteu voluntariamente e aceitar as responsabilidades. (...) Desprezas a classe burguesa e, no entanto, és burguês (...)”

A piada é que na busca por liberdade absoluta Mathieu não fez nada. Viveu à margem e não assumiu responsabilidades, não assumiu consequências e sua escolha foi feita mesmo assim. É doloroso enxergar essa vida.

O pensamento filosófico que Sartre nos leva, atinge seu ápice ao fim do livro com muitos diálogos ótimos! Eu “achei” esse livro em casa e foi uma deliciosa surpresa remexer minha cabeça à cerca da liberdade que tanto buscamos, mas a vida já está acontecendo, não? A escolha está feita quer queiramos, quer não.
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Balbino.Farias 31/07/2023

Mathieu, jovem professor de filosofia (que não se sente tão jovem assim), busca de todas as formas preservar a sua liberdade evitando apegar-se a tudo que possa, de alguma forma, fazer com que ele assuma um compromisso real, seja no aspecto político, ideológico, social ou até mesmo em seus relacionamentos pessoais. Mathieu se esquece, porém, que mesmo quando optamos por não tomar uma decisão, ainda assim, uma escolha é tomada. Somos condenados a liberdade.
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L. Gabriel 30/05/2023

"É horrível este rum. Não faz mal, me dá outro copo".
É indubitável quão marcante foi a obra de Sartre para a filosofia e para a literatura da França e do mundo, e este romance é um exemplo perfeito do porquê.
A estória acompanha Mathieu, um professor de filosofia, ao longo de três dias em que precisa arranjar dinheiro suficiente para pagar o aborto da gravidez indesejada de sua namorada. Porém, dividido entre ela e o amor que imagina sentir pela sua amante, sua ex-aluna Ivich, adentra cada vez mais em uma angústia levada pela incerteza de como agir não só em relação ao bebê, mas também aos relacionamentos com as outras pessoas ao seu redor. Um exemplo é o seu colega Daniel (autor da fala que usei para titular o texto), atormentado pela não aceitação de certos traços da própria personalidade, o que fortalece seu comportamento dissimulado e irritadiço em relação a tudo e todos, por vezes trazendo repulsa a Mathieu (e ao leitor) por suas atitudes, mas ao mesmo tempo sendo solícito quando lhe convém. No meio disso, Mathieu também sente culpa pela sua aparente inércia diante da Guerra Civil Espanhola, cuja realidade chega constantemente ao seu conhecimento de uma maneira ou de outra.
Sartre apresenta cuidadosamente seus personagens, evitando trechos expositivos e deixando que compreendamos suas nuances e conexões ao decorrer da leitura. Mesmo com o foco maior da estória em Mathieu, conhecemos os pontos de vista e os conflitos de cada personagem, e como buscam preencher a realidade deprimente em que vivem de maneiras variadas, enquanto precisam tomar decisões sobre as próprias atitudes. Em alguns momentos, Sartre detalha bastante cenas lentas do livro, enquanto em outros, cita de maneira rápida uma passagem de um lugar para outro ou deixa bastante nas entrelinhas como funciona a relação entre certos personagens, o que pode trazer um pouco de confusão a um leitor desatento aos pormenores da escrita. No mais, este romance ilustra bem as características da filosofia existencialista e como as atitudes do indivíduo definem o seu ser.
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joaoggur 14/05/2023

Romances também podem ser existencialistas.
?A existência precede a essência.?, esta máxima de Jean Paul Sartre é uma de suas mais badaladas frases. Nela, o filósofo explica que o quer que nós somos, obtém-se por nossa existência, e não há uma essência humana que é inerente a nossa própria existência. Somos condenados a liberdade, estamos presos a sermos escravos de nos mesmos.

Muitos conhecem Jean Paul Sartre por sua filosofia (que tentei resumir de forma tenebrosa no último parágrafo), mas poucos conhecem seu viés como escritor literário. O autor deixara vários romances e peças de teatro além de seus textos filosóficos, e isto não significa que sua literatura ficcional não seja filosófica.

Em ?A Idade da Razão?, primeiro livro da trilogia ?Os Caminhos da Liberdade?, acompanhamos a história de Mathie, que após saber que sua namorada Marcelle está grávida, é acometido por uma cólera imensa; deverão ou não abortar a criança?

Vejam bem; a história do livro não é nada demais. Não há reviravoltas homéricas, muito menos recursos narrativos inovadores, o que faz a leitura perder certo ritmo. Admito que em inúmeros momentos me vi forçando a leitura. Em contrapartida, para aqueles ávidos consumidores de conteúdo do autor, temos um prato cheio. Há pouquíssimos escritores que conseguem passar sua própria filosofia de vida em seus livros (penso em Orwell, Camus? mas não são muitos), e Sartre consegue passar suas ideias com maestria.

Para aqueles que já conhecem o pensamento do autor, recomendo.
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Romeu Felix 11/03/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
"A Idade da Razão" é o primeiro volume da trilogia "Os Caminhos da Liberdade" do filósofo francês Jean-Paul Sartre, publicado originalmente em 1945, e que teve sua edição em português pela editora Nova Fronteira em 1972, com 335 páginas. O livro é um romance existencialista que apresenta uma reflexão sobre a liberdade e a responsabilidade humana.

A obra se passa em Paris, em 1938, e acompanha a história de Mathieu Delarue, um professor universitário de filosofia que vive uma crise existencial e tenta lidar com as escolhas e decisões que moldam sua vida. Mathieu se encontra diante de uma decisão crucial: deve aceitar ou não a proposta de casamento de sua namorada gravida, Marcelle?

Ao longo do livro, Sartre apresenta uma reflexão sobre a liberdade humana, mostrando como nossas escolhas e decisões são fundamentais para a construção de nossas vidas. O autor argumenta que a liberdade é uma condição essencial da existência humana, mas que traz consigo a responsabilidade por nossas escolhas e ações.

"A Idade da Razão" é uma obra fundamental do existencialismo e da filosofia política de Sartre. O livro apresenta uma reflexão profunda sobre a liberdade e a responsabilidade humana, destacando a importância das escolhas e decisões na construção de nossas vidas. A obra é indicada para estudantes e pesquisadores de filosofia, literatura, ciências humanas e áreas afins.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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Vinder 17/07/2022

O que é ser livre? Com um enredo que prende o leitor do início ao fim, Sartre fala sobre existência humana, liberdade e escolhas?
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Ketlyn Stefhane 17/06/2022

Que livro espetacular. Ao mesmo tempo que é um leitura leve, consegue instigar enormes reflexões. A forma como o autor conseguiu colocar tanto conteúdo e pensamentos em um curto espaço de dias(que se passam na história) é realmente admirável
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Ryann 13/06/2022

Sobre "Idade da Razão"
Esse livro divulga muito bem a filosofia existencialista de Sartre, o questionamento da própria existência, assim como ele cita no livro "Existir é isso: beber-se a si próprio sem sede". É um clássico que faz você refletir muito sobre seus valores morais, e que torna tudo que você lê um pouco mais reflexivo, e bro, que final foda.
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Antony.Trindade 04/05/2022

O livro é bom, mas não me atraiu muito? algumas partes eu fui lendo arrastado, mas a história é legal, deixa questões reflexivas que trata da liberdade e como essa busca pela liberdade de certo modo pode atrapalhar o nosso convívio com o outro.
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Davi.Ferreira 19/04/2022

Roteiro sobre liberdade
A forma como Sartre fala sobre a liberdade nós encanta e nos faz refletir sobre nossos sonhos e as escolhas que temos pelo caminho
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Gustavo.Cesar 23/01/2022

Liberdade, escolha e responsabilidade.
Umas das melhores e mais profundas obras e Sartre!, conta a história de Mathieu Delarue que trabalhava como professor de filosofia e tentava se desvincular de sua origem burguesa. A história começa quando a sua parceira,Marcelle, o notifica de uma gravidez indesejada.... Mathieu vai ao desespero e não sabe o que fazer, ele cogita inúmeras coisas, exceto ter o filho. Mathieu apresenta uma personalidade muito racional para a vida e vê um filho como um grande problema que só pode ser resolvido de uma maneira, um aborto. Grande parte do livro se passa na busca de Mathieu por dinheiro para a realização do aborto, porém, apesar dele muita vezes não conseguir apoio de seus familiares e amigos, ele é indagado sobre a questão moral de fazer isso, e, como qualquer obra de Sartre, o foco dos diálogos são em torno do tema "liberdade e responsabilidade".
Em síntese, o livro trabalha muito bem o existencialismo de Sartre, expondo claramente a tríade "liberdade, escolha e responsabilidade". O livro é sobre a negação de Mathieu com a responsabilidade de suas escolhas, tendo em vista que ele foi livre para toma-las.
Ana Carol 23/01/2022minha estante
Nunca li Sartre mas fiquei com vontade depois de ler sua resenha! Muito bem escrita, objetiva e ao mesmo tempo desperta a curiosidade de quem não entende nada do assunto! Rs




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