Resenhas - Um Lugar para Ficar

tiagoodesouza 13/07/2012

Um lugar para ficar | @blogocapitulo
Um lugar para ficar vai contar a história do amor obsessivo de Christian Nilsson por Clara Oates. A narrativa é em primeira pessoa e foca o ponto de vista de Clara em dois momentos de sua vida. Os capítulos são intercalados quando Clara nos mostra como conheceu Christian e começou a amá-lo e o momento presente, em que ela e o pai decidem partir para uma outra cidade durante o verão em busca de tranquilidade e distanciamento dos problemas causados por conta desse relacionamento.

Aparentemente, o livro parece que será uma leitura pesada e densa. Mas a autora conseguiu mostrar com a dose certa de humor o namoro complicado de Clara e Christian. Além de obviamente algumas passagens envolvendo outros personagens, o humor é destacado bastante nas notas de rodapé com as explicações de Clara sobre alguns nomes, pessoas e situações.

(...) Havia muitas razões para guardar as coisas pra gente mesmo., e elas, geralmente, não são coisas boas, nem coisas felizes.
Pág. 37.

Os personagens são bem contruídos e suas histórias são bem definidas. Clara é uma garota que, apesar de ter passado por um outro relacionamento conturbado, ainda está apredendo a amar. Christian é a personificação do amor obsessivo. Clara não é só a garota que ele namora. Ela é dele e só dele. Inseguro, acha que qualquer pessoa que se aproxima de Clara é uma ameaça. Contrabalanceando, nós temos Finn Bishop, parente do fundador da cidade Bishop Rock e marinheiro ao lado do irmão no barco de turismo Obsession. Irônico, não?

Bobby Oates, pai de Clara, é um escritor bastante conhecido. Ele é humorado, divertido e muitas vezes parece mais um amigo do que um pai. Seu relacionamento com o mar guarda um grande segredo. Algumas pessoas não entendem bem por que ele decidira se refugiar com a filha ali por causa desse segredo de seu passado. Eu gostei bastante do pai de Clara e queria ter um assim - confissão. Apesar de algumas vezes deixá-la envergonhada, ele entende bastante sobre o que a filha passa e sente e busca ajudá-la da melhor maneira possível.

Alguns personagens não possuem uma participação maior na história, como Jack e Cleo, irmãos de Finn. Shakit, por exemplo, uma grande amiga de Clara, mal aparece mas quando aparece faz algo de suma importância para a história.

Recomendo para quem procura uma leitura rápida, envolvente, com um tema relativamente forte e bem desenvolvido não ficando algo difícil e cansativo de ler.

(...) É estranho, não é, como a ideia de pertencer a alguém pode parecer maravilhosa? Era algo tranquilizador, um modo de definir as coisas. Gostamos da ideia de estarmos protegidos, até que ficamos sufocados demais. Gostamos de ter segurança, até que ela signifique que não existe mais uma saída. E gostamos de pertencer a alguém, até percebermos que não somos mais nós mesmos.
Pág. 64.

Fernanda 03/10/2012

Resenha: Um Lugar para Ficar
Confira a resenha completa aqui:

http://segredosemlivros.blogspot.com.br/2012/10/resenha-um-lugar-para-ficar-deb-caletti.html

Em Um Lugar para Ficar conhecemos Clara Pea, uma adolescente de dezessete anos, que conhece Christian Nilsson em um jogo de basquete. Os dois se sentiram atraídos desde o primeiro momento, e ela se entregou totalmente, como nunca havia feito antes por ninguém. Ela estava sentindo tantas emoções, que se deixou levar pelas sensações intensas.

“Meu foco tinha mudado por completo. Por um momento, perdi ele de vista. Então ele apareceu, e foi como se meu corpo e minha mente estivessem vibrando com excitação, esperança e incerteza. Você vive momentos banais, mais momentos banais e ainda mais, e então de repente, algo monumental acontece na sua frente. Você vê o passado e o futuro se colidindo com o presente, seu próprio e pessoal Big Bang e nada mais será igual a partir dali. Pg. 08

Clara o imaginava como um garoto perfeito e único. Mas aos poucos foi percebendo o quanto ele era uma pessoa insegura, instável, possessiva e agressiva. E o amor dos dois e a própria Clara, acabaram se tornando algo obsessivo na vida Christian.

(...) Continua resenha no blog: http://segredosemlivros.blogspot.com.br/2012/10/resenha-um-lugar-para-ficar-deb-caletti.html

gleicepcouto 28/09/2012

http://murmuriospessoais.com/?p=4368

***

Um bom exemplo de como um livro com uma premissa interessante pode se transformar em algo insosso, se não for bem escrito. Primeiro que pensei que a protagonista era adulta, vide capa e não referência à idade da mocinha na sinopse oficial. Mas aí, dou de cara com uma jovem de 17 anos (¬¬). Segundo que, pela sinopse também, achei que Christian era um monstro e fazia coisas terríveis à Clara; e que por isso, óbvio, ela havia fugido. Mas a obsessão do cara se resume a uns gritos e ameaças. E a menina ainda foge com o pai, que é um escritor best-seller excêntrico (e caricato). No novo lar deles, novas amizades e… amores. Sim, poucos dias após o tal trauma, Clara se apaixona novamente. Trauma fraquinho, hein? Enfim, gente. O que salva no livro é a narrativa de passado e presente se intercalando entre os capítulos, de forma que faz com que você fique sempre curioso sobre o que realmente aconteceu entre Clara e Christian. O ruim é que quando você descobre, vê que não é nada demais.

cibelefrahm 20/01/2022

A história é bastante interessante e até que bem desenvolvida, apesar de alguns trechos meio corridos e por vezes parecer que a Clara tem mais de 17 anos, pela maneira como ela age.

RUDY 19/09/2012

RESUMO SINÓPTICO:
RESUMO SINÓPTICO: Clara Pea era uma adolescente comum aos 17 anos. Estudava, tinha amigos e levava uma vida tranquila. Resolveu acompanhar Shakit, sua melhor amiga, a um jogo de basquete e lá conhece Christian...
Christia Nilsson era um garoto estrangeiro que não gostava de nada que os americanos faziam. Apaixonou-se por Clara e passam a viver um romance intenso e diferente de tudo que já haviam experimentado; porém, a proximidade constante e o relacionamento contínuo fez com que Christian cultivasse uma obssessão por Clara.
Bobby Oates é um escritor renomado e pai de Clara. Após dois anos da obssessividade de Christian, resolve afastar a filha da cidade e de seu abssessor onde moram e vão passar alguns meses em uma casa de praia. Lá vai tentar superar seus próprios traumas e escrever mais um livro.
Mesmo sem comunicarem a ninguém onde estão, Christian consegue encontrá-los e traz o medo e o tormento uma vez mais a Clara, que acredita que nenhum lugar será longe o bastante para afastar Christian... ele jamais a deixará.

CITAÇÃO: "-Uma das tarefas mais difíceis do ser humano é saber quando ter a mente aberta - meu pai falou. - E quando não a ter." (pág. 84)

Para er a crítica e análise sobre o autor, visite e comente nos blogs:

BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2012/09/resenha-55-um-lugar-para-ficar-deb.html


BLOG CRL: http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/2012/09/resenha-um-lugar-para-ficar-deb-caletti.html

Saleitura 06/10/2012

Alguns segredos são fortes o bastante para destruir você
Este é um romance com tema pesado, mas contado de uma forma leve. Afinal, é um livro sobre adolescentes, e acredito ser dirigido para este público também, porém com muita sensibilidade.

Há um tempinho atrás falei sobre dominação no meu blog, e alguns amigos da blogosfera falaram que uma pessoa que se faz de vítima também podia ser uma dominadora. Esse é o caso de Christian Nilsson, um adolescente com uma relação difícil com os pais, que desenvolve uma obsessão por Clara Oates, sua namorada. Na minha opinião, a relação frágil que o rapaz teve com a mãe se refletiu no namoro dele. Chris tinha um medo patológico de ser abandonado e Clara estava fascinada demais com a beleza dele para enxergar como ele a controlava.

A coisa começa de mansinho. Um olhar, uma pessoa ou uma janela aberta eram motivos para uma briga absurda, e um ciúme ainda mais extravagante. Logo Clara parou de cumprimentar o ex namorado, teve que mentir ser virgem, pois Chris não aguentaria ser o segundo em sua vida, e se afastar dos amigos. No final, Clara nem se conhecia mais.

Seu pai, um escritor famoso de romances de suspense, toma a decisão de levar a filha para passar o verão numa casa de praia. Mal sabia ele que tal casa traria fantasmas do passado de volta. Entretanto, apesar de ressuscitar algumas feridas, também traz alguns esclarecimentos. A viagem ajuda a personagem principal a entender o que ocorreu com ela, e entender os próprios sentimentos. No trecho abaixo, temos uma das reflexões de Clara, que por experiência própria, posso dizer que é uma das motivações para os dominados continuarem em relações doentias:
“Como explicar isso para alguém que não vivenciou a situação? Que você ainda sente aquela responsabilidade, aquela culpa? Eu estava afastada desta loucura há semanas, estava na praia onde a nossa mente fica mais limpa e percebi que Finn estava certo. Isso era loucura, e o modo como eu reagia era ainda pior. Porque quando aparecia aquele número de telefone, eu sabia que era ele digitando o meu número e ficava num estado de pânico” pagina 185.

A culpa é um veneno. Pessoas manipuladoras conseguem fazer o outro sentir culpa até por respirar. E quanto mais coitadinho a pessoa se faz, mas canalha você se sente. E é exatamente isso que ela quer, pois assim pode fazer de você exatamente o que ela quer: uma pessoa perfeita para atender as necessidades dela, um objeto.

Em outro sentido da culpa, temos nas pessoas que estão de fora da situação. Elas sentem facilidade em colocar a culpa no dominado, quando na verdade a questão não é de culpa. Uma pessoa se submete à outra por vários motivos: pode ser financeiro, pode ser por ter crescido sendo dominado por outra pessoa (e que por isso mesmo não sabe ser livre), pode ser pela culpa também, (pois quando a culpa é muito grande você não enxerga que é manipulado) e pode ser por não conseguir se perdoar, como a Jennifer Lopez naquele filme com o Clint Eastwood. O fato, é que atraímos o que precisamos, para suprir nossas carências. Clara Oates, por exemplo, queria se sentir forte, bonita e desejada, então ela encontrou alguém frágil para cuidar, que sugou até a ultima gota de paciência dela com um ciúme doentio.

Eu gostei desse livro, porque me ajudou a me perdoar sabe? Há uns tempos atrás me meti em duas furadas. Uma era minha amiga, e não tinha uma vida familiar boa. O outro era um ficante que terminou comigo e depois resolveu me perseguir, e eu até hoje não entendo por que. Tinha culpa por ter sido grossa com eles na hora do rompimento, mas não colocava na balança dos prós e contras, que eles extrapolaram os limites da educação e do bom senso. Não desejo mal algum a eles, na verdade até sinto pena, porque se humilharam tanto! Prometeram mudar e não me machucar mais, mas dava pra ver nos olhos deles que era tudo mentira, pois uma hora diziam coisas lindas sobre mim, pra depois dizerem o oposto. Uma tática extremamente manipuladora. Depois que aprendi a reconhecer esse tipo de estratégia, vi que eles tinhamtanto medo de romper o vínculo, que recorriam a táticas muito emotivas e sem lógica alguma. Então, como a arma deles são nossos ouvidos e corações, a melhor reação é ignorá-los e andar com spray de pimenta na bolsa.

Resenha feita pela Colaboradora Aleska Lemos

link postagem Saleta de Leitura

http://saletadeleitura.blogspot.com.br/2012/10/resenha-do-livro-um-lugar-para-ficar-de.html

Karina 09/08/2021

Final ruim
Muito potencial porém com desenvolvimento ruim e final péssimo, o tema é relacionamento tóxico e abbusivo, tinha tudo para ser pra pesado e denso, mas acabou de forma tão esquisita e decepcionante... mas serviu de alerta parar quem passa por esse tipo de coisa, sinais para identificar, foi útil em boa parte do livro!

Liliana 23/12/2012

Um Lugar Para Ficar
Por mais que a sinopse sugira uma trama previsível, "Um Lugar Para Ficar" se mostra sólido e envolvente.
A autora varia entre passado e presente para explicar a situação de Clara e explora muito seus sentimentos. O leitor se vê angustiado, aprisionado e sufocado, procurando a liberdade e a paz exatamente como a protagonista.
Sim, 'envolvente' é uma boa palavra pra descrever.

Leitora Viciada 01/01/2013

Um livro jovem que me surpreendeu. Devido à sinopse, confesso que esperava pouco da trama. Portanto nunca se deve julgar um livro pela capa/sinopse/título. Mais um excelente trabalho da Novo Conceito, sempre acumulando elogios sobre a qualidade gráfica e editorial.

A começar pela capa escolhida, imagem perfeita. A jovem de costas num litoral tranquilo, de cabeça baixa e com apenas os pés no mar observando o leve movimento da água. Um momento que deveria ser de puro relaxamento.
Simboliza toda a angústia e dúvidas da protagonista, que apesar de serem conflitos pessoais e familiares, existe uma forte ligação com o mar e com o local para onde ela e o pai se escondem: uma pacata cidade litorânea, rodeada de histórias de fantasmas.
O título também se enquadra bem porque a protagonista busca literalmente por um lugar para ficar, um local seguro e tranquilo.

São vinte e cinco capítulos quase sempre se alternando entre o presente e o passado recente de Clara, a responsável pela narrativa. No começo não gostei muito da forma como Clara conta a história, no entanto logo nos primeiros capítulos passei a achar interessante.
Ela coloca notas no rodapé, não como as explicações comuns de livros e sim observações sobre sua própria narrativa, com justificativas e detalhes; e algumas brincadeiras para quebrar o gelo.
Enquanto lia o presente, tinha curiosidade em como tudo chegou ao extremo. Desejava saber o porquê dela e o pai estarem fugindo do ex-namorado. Também fiquei empolgada com o que ocorria durante essa viagem, que foi mais que uma fuga e esconderijo: Foi uma busca interior, por respostas, um retorno ao passado de ambos.
E quando lia o passado, ficava cada vez mais alarmada com os fatos enfrentados por Clara, em como um simples relacionamento se modificava lentamente e se tornava algo negativo, sufocante e quase sem saída. Como uma bola de neve que rola, cresce e derruba tudo pelo caminho.

A ironia de tudo é que Clara sempre foi a boa moça nos relacionamentos anteriores. Sempre foi a namorada certinha, bem comportada e controlada. Quando ela resolveu ser ousada, escolheu logo um rapaz problemático - detalhe desconhecido, até porque ele aparentava ser normal e muito correto, nada bad boy. Pelo contrário, ele era charmoso e educado. A respeitava e possuía um jeito estrangeiro exótico e atraente. Um verdadeiro cavalheiro.
Clara age de forma intimidadora e inédita ao investir no rapaz que ela conheceu num jogo de basquete. Ela se sente poderosa ao perceber que pode ser a dominadora da relação, sensual e decidida. É ela quem toma a iniciativa.
Ela só não esperava que justamente por ela iniciar o relacionamento agindo de uma forma diferente das anteriores traria problemas.

Christian é muito ciumento e controlador. E por ela tê-lo abordado e demonstrado o interesse por ele, Christian pensa que Clara é promíscua, o que achei um total absurdo!
Entre uma gentileza e outra ele explode de ciúmes infundados. Por mais que Clara tenha olhos apenas para ele e demonstre seu amor, ele está cego e a vê muito mais poderosa e se sente inseguro. Sempre com receio de ser traído, rejeitado ou abandonado, seu controle e violência sobre Clara crescem ao ponto dela e seu pai fugirem para outra cidade. Férias forçadas.

Mas será apenas esse o problema? Existem mais segredos entre pai e filha que os levam para uma cidade tranquila, afastada e com um litoral magnífico. Moradores simples que vivem do mar e de forma simples. Alugam uma casa na praia, mas será toda essa descrição e afastamento realmente seguros para Clara?

Numa cidade onde lendas e histórias de fantasmas e aparições sobrenaturais, incluindo de piratas e espíritos suicidas, os fantasmas que realmente assombram Clara e seu pai são muito reais. A verdade do passado, a história da família, o ex-namorado perseguidor e moradores dessa cidade - uma mistura que pode trazer segredos à tona e muitas dúvidas à Clara.
Ela se sente coagida, com medo, pânico e muitas perguntas e lembranças despedaçadas. Enquanto reconstrói sua autoestima, espírito e coração, ela tenta montar um quebra-cabeças que falta muitas peças. Ela percebe que essas peças estão justamente ali, naquela cidade que antes ela nem sabia que existia. Peças no passado, escondidas por várias pessoas e talvez até pelo próprio pai.

Clara conhece pessoas novas, velhos conhecidos do pai, um rapaz interessante, amigos e um mundo diferente. Entre um chá e outro, ela carrega o seu celular com medo de atendê-lo e ao mesmo tempo como segurança para avisar que está em risco, caso algo aconteça. As chaves do carro sempre no bolso, fechaduras e travas sempre fechando o carro e a casa, uma lembrança de uma corda e um sapato perdido.

O pai antes era forte, excêntrico, animado e seguro. Porém começa a desmoronar perante a situação e às memórias e segredos. Ele também enfrenta fantasmas, que vão muito além do mar ou lendas. Fantasmas que pesam cada vez mais e tentam afundá-lo.
Clara fica ainda mais perdida, pois percebe que ela e o pai estão presos à cidade e a fantasmas verdadeiros.
O pai parece até mesmo omisso em certo momento, se preocupando com seus próprios problemas. Mentiras e dores do passado o estão derrubando e quem perde com isso é Clara, que passa a ter de levantar a autoestima do pai e buscar ajuda com pessoas de fora.

As personagens são apresentadas de forma simples e se tornam complexas, embora não sejam muito carismáticas.
Gostei da responsável pelo farol, seu cão e da poetisa. Já o novo amor de Clara, o jovem marinheiro, não se destaca, justamente por ser normal, um bom rapaz e não uma caricatura como as demais personagens.
A trama parece infantil e com andamento lento, porém acelera e mostra mais que segredos revelados; mostra as diversas formas que o amor pode assumir.
Existe o leve terror psicológico, pois Clara está nitidamente traumatizada e permanece em alerta permanente, não relaxa e tem medo de tudo (e nada). Ela luta contra isso, mas o passado a persegue. Não apenas o ex-namorado obsessivo, mas segredos de família e dos pais.
Existe um pouco de ação, embora não seja nenhuma aventura incrível.
O romance está presente. Não é chato nem entediante, nem arrebatador, é apenas comum e natural. Justamente para causar contraste em relação ao relacionamento anterior. Clara encontra um novo amor, porém estará preparada para entrar em um novo relacionamento de forma sadia ou os fantasmas também assombrarão a moça mudada?

É o tipo de livro que aborda o tema com simplicidade e naturalidade, mas está cheio de mensagens nas entrelinhas. Eu achei a última página fabulosa, não exatamente pelo desfecho em si, mas sim pela mensagem deixada pela autora.
Eu adoro ler histórias assim, que no começo são sem pretensão de prender a atenção do leitor e, no entanto, se transformam e se desenvolvem de forma altamente atraente. Nem todo leitor notará isso: as mensagens por trás do texto.

O enredo é realista, embora possa não agradar a todos a forma como é desenvolvido. Aborda um problema muito mais comum que se imagina: Mulheres que se enrolam em um relacionamento negativo, não enxergam o perigo disso e acham que tudo é apenas exagero, imaginação ou uma fase que vai passar e ser superada. Que tudo voltará ao normal. E não volta. Ainda mais quando o sujeito realmente possui problemas psicológicos.
No caso de Christian, ele se faz de vítima, mas ataca. Finge estar sofrendo, mas sufoca. Ele é o típico psicopata: Se finge de bom moço, ninguém jamais desconfiaria de atitudes violentas ou terríveis por parte dele; é inteligente, educado, culto e aparentemente normal, mas se transforma para conseguir o que deseja - que no caso é manter Clara como um objeto seu, só seu. Ele age por impulso, não mede consequências, embora sempre contorne a situação a seu favor.

Muitas pessoas pensam que um psicopata é sempre um serial killer, assassino, estranho antissocial, criminoso, etc., enquanto na verdade muitos deles são pessoas aparentemente comuns, ponderadas, tranquilas e carismáticas. São gentis, caridosas e amigas.
Christian é assim: contido e discreto, mas um rapaz como qualquer outro. Ele não precisa necessariamente matar Clara para acabar com a vida dela! Afinal, ela é o item valioso dele, ela pertence a ele, no mundo irreal criado pela mente perturbada dele. Então ela a quer, mesmo que a machuque, mesmo que se machuque.
O leitor pode até se perguntar: "esse Christian é mesmo perigoso?" Bem, coloque-se no lugar da Clara e então avalie. Não pense como um leitor, pense em como mulheres perseguidas sentem medo. Pense nos pais de jovens que passam por isso. Lembre-se de notícias de assassinatos e violência contra mulheres, no suicídio de apaixonados que não aceitam um término.
Quantas mulheres não sofrem com relacionamentos destrutivos assim e permanecem presas e coagidas por muito tempo? Quantas demoraram a perceber que o perigo é real, está muito além de uma cena de ciúmes?

Gostei da abordagem do tema, sem exageros para chocar. A exposição do assunto é discreta. São acontecimentos na vida de uma moça que tenta esquecer e se livrar de um ex-namorado perseguidor.
Não espere uma aventura fantástica com cenas de ação intensa nem dramas familiares de se fazer chorar.
Não é spoiler, mas um aviso: o livro é um leve drama, não terror ou policial. Então não espere que Christian saia matando todos no caminho ou explodindo tudo para encontrar Clara. No entanto, ele é muito perigoso e inconsequente.
O livro é mais simples que um thriller de perseguição; é realista e cumpre o seu papel no alerta às mulheres sobre as consequências de um falso amor. A história poderia ter um desenvolvimento mais frenético, porém acho que a ideia da autora foi exatamente mostrar como esse tipo de situação pode ser sólida e não apenas histórias de filmes e livros ou lendas urbanas.
Quem ama dá liberdade ao companheiro, não o prende só para si.
O uso de um casal jovem foi bom, e tratar desse assunto com ar jovial também foi uma boa escolha. Isso serve para mostrar que adolescentes também podem ter relacionamentos doentios.
O final não é fantástico. Tem algumas surpresas, mas como eu já expliquei, é realista e simples. Uma história muito comum (embora perigosa) da vida real.

Gisele.Santos 18/01/2022

Pra ser sincera eu não gostei muito, achei que a história muito legal, fala sobre relacionamento abusivo. Mas aconteceu tudo muito rápido, ao mesmo tempo que demorou. A autora escreve muito bem, mas achei que o final deixou muito a desejar. É bom e razoável, mas não leria novamente.

Biel 06/03/2013

Um lugar para ficar de Deb Caletti nos relata a estória da jovem Clara que devido ao amor obsessivo de Christian decide fugir junto com o seu pai em busca de uma espontaneidade forçada. Entretanto, nenhum lugar é longe o suficiente para alguém que mantém um amor doentio. O livro escrito em primeira pessoa(incluí-se a onisciência), aborda as controvérsias e o estado em que vive a moça, bem como as aflições, os anseios e os seus sentimentos. A repetição de argumentos instiga a monotonia muito presente na obra embora o final bem tecido e deslumbrante excetue-se disso. Os personagens são bem definidos, a linguagem têm um toque de humor e a indicação é para um leitor mais maduro pois em suma, os inúmeros clichês presentes na obra induzem a não satisfação.

"E se não podemos conhecer uma pessoa o suficiente para adivinhar do que ela é capaz. Certamente não a conhecemos o suficiente para dominá-la, controlar seu comportamento, lutar, manipular, adular, cuidar ou acalmá-la para fazer o que deve ser feito ou não." Pág. 166

Anna.Alves 22/08/2020

O final me decepcionou
Fiquei bem presa a leitura até quase o fim. Mas as cenas finais me decepcionaram.

Jhosy 19/07/2014

Um Lugar para Ficar
O livro me deixou bastante apreensiva ao abordar o tema 'namoro abusivo' e até mesmo o descontrole psicológico que leva à obsessão, perseguição. Clara é uma adolescente comum que, na primeira vez que arrisca entrar em um relacionamento por iniciativa própria, acaba entrando em um relacionamento que mudará sua vida para sempre. O livro me fez refletir muito sobre o quanto podemos nos enganar com primeiras impressões e o quanto podemos errar ao julgar conhecer alguém.

Yasmin isabel 20/03/2015

péssimo
nunca me esforcei tanto pra ler um livro...
muito cansativo, não recomendo.

House of Chick 18/11/2012

A história de “Um Lugar para Ficar” gira em torno de Clara, uma adolescente que acaba se envolvendo com um garoto forte e muito bonito chamado Christian depois de conhecer ele casualmente em um jogo de basquete. Depois de um tempo, o relacionamento dos dois acaba se tornando em namoro. Tudo estaria perfeito se Christian não fosse um cara ciumento e obcecado por Clara. No início era até um ciúme simples, mas depois de um tempo ele ficou de uma forma que não dava mais para aguentar, e Clara já não sabia mais o que fazer em relação a isso.

Quando Bob, o pai de Clara e um escritor famoso, percebe que o relacionamento de sua filha está além do que deveria estar, dá um ultimato nela, a mostrando que o melhor caminho é o término. Quando ela o faz, percebe um outro lado ainda mais obscuro de Christian.

Clara começa a sentir medo do seu então ex-namorado e vai com o pai para uma cidade praiana e tenta recomeçar a sua vida como se nada tivesse acontecido, tentando deixar o passado para trás. Nessa pequena cidade, nossa protagonista conhece um marinheiro chamado Finn, um rapaz gentil e de bom coração que está disposto a mostrar para a protagonista que o amor dentro dela não está perdido, e que ele não é como seu ex mostrava ser, ajudando-a a se reerguer.

Assim que li a sinopse desse livro fiquei bastante curiosa a respeito da história e a capa do livro é tão bonita também que logo me vi pegando para começar a ler. Confesso que até passei ele na frente de alguns livros da minha fila de leitura, só para saber mais a respeito de Clara e sua vida. Agora, depois de devorar cada linha desta obra, venho contar para vocês sobre o que achei deste título.

O livro é narrado em primeira pessoa pela protagonista Clara e por isso temos uma relação maior com os seus sentimentos e com tudo que está acontecendo em sua vida. Compartilhamos com ela seu medo, emoção, tristeza, felicidade, entre outros sentimentos que estão presentes nessa leitura. Na narrativa temos o passado e presente sendo misturados e isso acabou confundindo um pouco tanto um quanto o outro, já que em cada capitulo tínhamos um tempo diferente. Mas, com a proximidade do final, conseguimos entender melhor a história e aproveitar mais a leitura.

Continuação: http://www.houseofchick.com/2012/11/um-lugar-para-ficar-deb-caletti.html