Victoria (Vic) 16/03/2013Um livro superestimadoEu estava com uma expectativa enorme com o Culpa é das Estrelas. A capa é linda, só resenhas boas, e uma história interessante.
O seguinte: as pessoas idolatram esse livro. Tudo culpa do marketing. Começou a formar um conceito de que esse livro era o mais novo livro tocante do século 21, e que as pessoas iriam chorar muito, e guardar na estante como Livro Preferido. Então, muitos, ao ler, nem se importam com o livro em si, pensam "ah, o livro não é de todo ruim, e como todo mundo diz que é incrível VOU COMEÇAR A AMAR ELE".
O John Green é um cara que simplesmente tenta ser filosófico e divertido. Ou seja: traz toda hora teorias da relatividade e diálogos que tentam ser jogados para o lado da filosofia mas acabam por se tornar RIDÍCULOS. Para vocês terem noção, uma hora eles discutem o porquê de comer ovos mexidos no café da manhã. Tudo isso usando todas as maiores palavras do dicionário. Parece que o autor quis enrolar, para o livro não ficar tão curto. Isso sem contar suas piadas forçadas. Sim, teve horas que ri, mas outras que eu fiquei "isso foi uma tentativa de piada?"
O começo é bem apressado e logo Gus e Hazel se apaixonam. Crepúsculo feelings? Acho que sim.
Primeiro: não sei se gostei da Hazel. Ela é um pouquinho insuportável na verdade. O Gus? Detesto ele. É simplesmente um cara que não existe. Aquilo não é um amor real. É uma coisa totalmente forçada e rápida. Eu gosto de casais complicados (Rony e Hermione, Chuck e Blair) então, para mim, foi insuportável o tanto que esses dois eram decididos e pareciam ter diálogos na ponta da língua. Irreal, eu diria.
Acho que, de verdade, não gostei de nenhum personagem. Achei eles chatos, muito metidos a filósofos e coisa e tal. Poxa, porque eles não podem conversar como uma pessoa normal?
Além de que as milésimas referências a Uma Aflição Imperial começam a irritar. Hazel, vá ler outro livro, amiga. Esquece esse autor mau-educado.
O autor. Outro cara insuportável.
Acho que a única parte que realmente gostei foi a da carta do Gus sobre a Hazel no final. Simplesmente acho que salvou o livro. Se Green não tivesse pensado naquilo, juro que eu jogava o livro na parede.
Para resumir: esse livro é superestimado. Modinha passageira sem nexo. Leia, pode ler. Esse livro não vai te traz reflexões. Só uma eterna pena e um desejo de receber uma carta dizendo coisas fofas do tipo da contra-capa. Só.
Se estiver procurando um livro com uma escrita natural E REALMENTE filosófica, procure O Apanhador no Campo de Centeio, Vantagens de ser Invisível ou Revolução dos Bichos.
E não, eu não leria a lista de supermercado de Jonh Green.