Os Maribondos de Fogo

Os Maribondos de Fogo José Sarney




Resenhas - Os Maribondos de Fogo


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Manuela 13/06/2014

Maribondos e Fogo
Fiquei, certamente, entusiasmada em descobrir que José Sarney era escritor, e, mais, que faz parte da Acadêmia Brasileira de Letras. Antes, para mim, ele era um mero político partidário que já foi presidente do Brasil - e de partidos, ganho distância. Estou numa saga pessoal de leitura de poemas e o livro "Os Maribondos de Fogo" me caiu como luva.

Mas não me ganhou.

Tenho até receio em dizer coisas desse tipo. Afinal, não há nada mais pessoal (ainda que anônimo) do que a leitura de uma poesia. É aquilo que Silviano Santiago chamou de singular. E coloque singularidade nisso. Então expor um posicionamento, extremamente pessoal, para outras pessoas, pode ser enervante.

De todo modo, a leitura foi particular então exporei aquilo que me cabe. Sem lirismos.

Separado em três partes, que se inicia com "Os Maribondos de Fogo", cujos poemas são numerados de I a XI, em romanos mesmo, "Campo Amargo" e "Romanceiro", o livro me parece um passeio pelas vias do Maranhão. Há muitas referências do Estado, muitas das quais sequer conheço, e há também um pedaço de um Sarney romântico que eu desconhecia - tudo bem que eu sequer conhecia o escritor (ressalvas).

Destacam-se, ao meu ver, "Amores de Sete Espada", p.62-72, do capítulo "Campo Amargo" e o poema X, do capítulo que dá nome ao livro, p. 29:

"[...]
DIZER-TE adeus não devo
largo chão que me persegues
pois foi em ti que eu amei
esse sonho que me esmaga
quando viajo no tempo
e vejo as turvas touceiras
de espinhos e de punhais
com os maribondos de fogo
que sangram, picam e devoram."

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