Psychobooks 07/03/2013
Classificado como 4,5 estrelas
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Bora explicar sobre a série: a série Nightshade é composta por três livros, Sob a Luz da Lua, Lua de Sangue e Bloodrose (que ainda não foi lançado no Brasil). Mas ainda existe mais dois livros que são uma Prequel de Nightshade, ou seja, seu enredo se passa antes de Sob a Luz da Lua, com personagens diferentes, porém, com a mesma mitologia, então temos mais dois livros: Rift e Rise. Tanto a série quanto a Prequel são histórias independentes, não há necessidade da leitura de uma para compreender a outra. Deu para entender ou não expliquei direito?
ATENÇÃO: Pode conter spoiler do primeiro livro da série.
Lua de Sangue começa exatamente onde Sob a Luz da Lua terminou. Após abandonar sua matilha e família, Calla, a alfa da matilha Nightshade, acorda no quartel-general dos Inquisitores, confusa por estar em meio a inimigos e continuar viva, leva um tempo para acreditar que eles querem apenas ajudar, mas só quando ela encontra Shay, são e salva, é que ela começa a pensar na possibilidade de estar ao lado dos Inquisidores. O mundo de Calla é abalado pelos fatos que os Inquisidores dizem ser verdade e a princípio, fica difícil saber em quem acreditar.
Minha leitura de Sob a Luz da Lua foi há mais de um ano, então eu não me recordava claramente dos detalhes da trama, mas a autora resolveu isso de uma forma tranquila. Como a Calla ficou desacordada por um tempo, suas lembranças do dia da fuga vão voltando aos poucos, em flashbacks, fazendo com que eu relembrasse dos fatos sem achar a narrativa repetitiva.
Novos personagens foram inseridos na trama e não posso deixar de destacar Connor, um jovem Inquisidor valente, sexy, sarcástico, porém, doce e compreensivo. Ele roubou a cena de todos os personagens masculinos em Lua de Sangue. Sim, isso quer dizer que Shay não foi explorado em sua totalidade, mesmo sendo o progênito e devo confessar que ele perdeu o 'brilho' e destaque que teve no primeiro livro.
Calla é uma personagem fantástica! A forma como ela questiona o que quer saber, enfrenta as consequências de seus atos, porém também tem suas dúvidas, a faz ser realmente uma alfa, ela amadurece nesse livro e com certeza ficará ainda melhor no próximo e último livro da trilogia, que promete ser eletrizante.
Muitas perguntas feitas em Sob a Luz da Lua, foram respondidas satisfatoriamente em Lua de Sangue, que contou com mais cenas de ação e menos romantismo. O ar de indecisão sobre quem está dizendo a verdade, quem é fiel à Calla ou aos Defensores permeia a leitura e faz com que o leitor não consiga desgrudar do livro, isso faz com que o ritmo de leitura seja bem acelerado.
Leitura mais que recomendada, para quem estava com medo da 'maldição do segundo livro', pode ler Lua de Sangue tranquilamente, Andrea Cremmer soube como continuar sua história sem deixar de lado a qualidade e com um final que vai te deixar ansioso pelo próximo livro, mas prepare-se para enfrentar a perda de alguns personagens...
"- E então ajudamos o Shay - disse, ainda perdida nos pensamentos sobre Ren.
- Ajudá-lo a fazer o quê?
- Salvar o mundo.
- Só isso? (...)"