Suelen Mattos 04/01/2023
Decepcionante!
ANTES DE COMEÇAR: eu li esse livro em inglês também e, na resenha, eu coloquei o nome original da mocinha: Gillian (e não Sophie, como foi colocado na tradução da Nova Cultural)
Indo direto ao ponto, esse é um livro que não envelheceu bem. Escrito em 1996, os romances de época mudaram bastante de lá para cá. Afinal, nós mudamos também. Contudo, o romance é medieval e Nicholas é um brucutu do seu tempo, então com todos esses aspectos em mente, até tentei relevar algumas situações. Mas há coisas que não tem como aceitar. Nicholas é péssimo com a Gillian em praticamente todo o livro, e a justificativa da autora é que, pelo menos, ele não a feriu fisicamente, nem abusou sexualmente dela. Mas e o abuso verbal e psicológico? E o clima de constante ameaça? E o medo de ser, sim, abusada? A mulher vivia em perpétuo estado de pânico, por mais forte que tentasse ser. E quando Nicholas para de ser tão abusivo, ainda assim Gillian não encontra paz, pois não confia nele e só consegue pensar que essa é mais uma tática de vingança.
O livro começou ótimo. Tinha aquele enredo super cativante: Nicholas vai atrás de Gillian querendo vingança, acha que encontrará uma mulher disposta a sofrer tudo isso pacificamente e dá de cara com uma noviça rebelde, sem papas na língua, que deixa bem claro o quanto o despreza. Que briga com ele e o desafia constantemente (no início, pelo menos). Mas depois que eles chegam nas terras dele, a coisa é só ladeira abaixo. Gillian fica com medo demais para fazer frente às ameaças de Nicholas, e ele passa a agir mais como vilão do que mocinho. Nada no comportamento dele era digno de se apaixonar. Mesmo assim, Gillian se apaixonou por ele enquanto ele a maltratava e isso não foi legal. Não tinha clima nenhum para surgir o amor ali e não havia nada que me fizesse torcer por esse romance. Já Nicholas era uma toupeira de teimoso e precisou algo muito drástico acontecer com ela para ele, enfim, abandonar seus planos de vingança (seguido de um amor, da parte dele, vindo do nada; como se tivesse ligado uma chavinha). Contudo, mesmo depois disso tudo, ele ainda era muito insensível e continuava metendo os pés pelas mãos. A leitura só fica agradável mesmo no último capítulo e epílogo, mas aí já é tarde demais para cativar o leitor. Depois de Bodas de Fogo, eu esperava muito mais dessa história. Sobrou maldade e faltou romance.
Se eu tivesse lido esse livro quando o comprei em 2012, talvez tivesse curtido. Mas lendo hoje, não consegui engolir muita coisa nessa história e, no final, acabou não me agradando. Não tem como torcer para um relacionamento tão abusivo assim, com uma vingança que, para começar, nunca fez sentido. Leia apenas se tiver curiosidade. A autora tem histórias melhores.
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