Andrea 16/02/2013Esse ano tá foda pra leitura. Ando lendo pouco e boa parte disso tá indo pra minha listinha de decepções.
Me indicaram esse livro e eu gostei da sinopse. Parecia meu estilo. E tem um comentário na contra-capa que diz "uma história de horror digna de Stephen King". Sei que não devo confiar nessas comparações, mas a história já tinha me chamado atenção e opa, será que dessa vez encontro outro bom autor de terror? Valia a pena arriscar, ainda mais que achei o livro pra troca.
Mas não, não foi dessa vez. E a semelhança com King passou looooonge. A história começa bem, melhora, e simplesmente cai a partir da metade. O final é totalmente inacreditável, mas de um jeito ruim. A história rodou, rodou, rodou pra chegar naquilo?! Pra terminar daquele jeito? E não, ela não fica sem fim. O desfecho é claro, mas não faz sentido com a proposta da história.
E a Claire, o que ela tava fazendo ali? Tantos personagens bacanas pra explorar e o autor me arrasta justo ela pro centro da trama. Só pra deixar tudo mais chato. Sabe aquele personagem que não acrescenta muita coisa? É ela. Poderia ser qualquer pessoa no lugar e não faria diferença. Quer dizer, poderia ter aproveitado melhor as cenas onde ela aparece e história seria um pouquinho melhor.
Apesar de eu ter gostado bastante da Anne, fiquei um pouco entediada nas partes envolvendo o tempo. Fala-se muito de tempestades, tornados e formato e cor de nuvens (juro!). Me surpreendi por, na aba da contra-capa, não falar que o autor estudou meteorologia, porque o tanto de detalhes que ele dá durante a história... Só isso justificaria.
Não é um livro que eu indicaria, muito menos pra quem gosta de terror - e gosta de King. Não tem aquele horror que te faz arregalar os olhos e se arrepiar toda. Tem um um pouco de suspense e é o que te faz continuar. Me lembrou um pouco O Hipnotista: muito potencial e pouco aproveitamento. Pelo menos, o Um Rio Muito Frio é mais coeso e faz mais sentido, mesmo que o final não seja lá grandes coisas.