ABC de Ariano Suassuna-

ABC de Ariano Suassuna- Ariano Suassuna
Bráulio Tavares




Resenhas - ABC de Ariano Suassuna


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Wagner 02/02/2019

SER QUIXOTESCO

(...) é desafiar inimigos reais e poderosos, é travar batalhas perdidas contra conglomerados financeiros ou megacorporações multinacionais, é achar que é possível propor uma guerra-de-um-homem-só contra a mistura do cinismo niilista, resignação apática e cumplicidade esperta que mantém de pé o Moinho que mói a todos nós (...)

in; TAVARES, Braulio. ABC de Ariano Suassuna. Rio de Janeiro: José Olympio, 2007. pg 177.
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Debora.Vilar 25/05/2019

Lição de família
Três é o número que representa continuação por excelência, por isso o alfabeto é representado pelo ABC com três letras, mesmo quando se diz de A a Z há três letras. ABC Ariano Suassuna é uma biografia, que propõe-se a contar a história do escritor usando descritores para cada letra do alfabeto.

A maior surpresa do livro foi descobrir que possivelmente existe um laço consanguíneo, entre Suassuna e eu, pois temos a origem de nossos antecedentes do meu lugar, e carregamos o Vilar como identidade (duas coincidências não pode ser casualidade!).

Ariano Villar Suassuna nasceu no Palácio do governo da Paraíba em 16 de julho de 1927. Seu pai João Suassuna governador da Paraíba, e sua mãe Cássia Dantas Villar origem sertão de Taperoá (igual a família do meu avô)*. A partir da ideia dos opostos que se atraem que se da o eixo narrativo, para que nada relevante seja omitido, concidentemente Suassuna era do signo de gêmeos, sendo a característica mais famosa desse signo a bipolaridade. O biografo trata de narrar a contradição do homem importante que desfrutou de posições privilegiadas, sem esquecer do sertanejo que dá duro para valorizar a terra e sua cultura.

Quantas vida é possível ter? Apenas uma? Um escritor certamente vive muito mais que uma vida. O ABC de Ariano enfoca-se na bipolaridade - embora ele viveu muito mais que duas vidas, e ainda vive cada vez que suas histórias são lidas e interpretadas. Ainda vive principalmente em Taperoá, João Pessoa e Recife onde sua memória segue mais forte.

O símbolo do teatro são as duas máscaras, a do rosto alegre e, do rosto triste, que representam a comédia e a tragédia respectivamente. E precisamente era a dramaturgia a maior paixão de Suassuna, sua necessidade de expressar-se, e de dar vida a imaginação, e assim fez do palco seu lugar para renascer suas vidas que são aplaudidas pelo mundo todo até hoje.

Assim como na simbologia do teatro, que configura a dualidade do ser, a lição que aprendi com Suassuna é que não precisamos limitar-se, se pode viver quantas vidas puder.

*A cidade de Taperoá foi fundada em 1886 e em 2010 chegou a ter 14 mil habitantes, acredito que na década de 20 com menos de 50 anos de fundação na época de nascimento de Suassuana era muito menos a quantidade de habitantes. Meu avô Juraci Queiroz Vilar nascido também em Taperoá na década de 20, sendo assim minha hipótese é que meu bisavô Sebastião Vilar (pai do meu avô) e Cássia Vilar eram primos. É a lógica considerando o lugar de origem de ambos, com o mesmo sobrenome.
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