DANIROMA 03/06/2020
Croatoan, Hatorask, Hatteras, Kinnahauk, história, lendas e romance
Esse livro estava em minha estante há tanto tempo, que senti até uma sensação de orgulho quando finalmente chegou a vez de lê-lo. Primeiro, devido as boas avaliações que me fizeram ficar curiosa com o romance e depois devido a descoberta que compunha uma série com mais 2 livros, Anjo Apaixonado e Mar de Desejo, por isso tive que caçar os outros exemplares para iniciar a leitura.
Adoro romances com temática indígena, queria que tivéssemos no Brasil livros que descrevessem as mais diversas tribos como acontece nesses romances americanos. Já li histórias com Navajos, Sioux, Comanches, Cheyennes e isso não deixa de ser uma forma de reverenciá-los e imortalizá-los para não esquecermos de sua história e cultura e como foram cruelmente dizimados pelos que se dizem cristãos e civilizados. Nesse romance o povo descrito é o Hatorask, que vivia pacificamente em um paraíso próximo ao mar, mas já no século XVII sentia a pressão dos ingleses e a certeza que os dias finais estavam chegando. As histórias com indígenas sempre me trazem certa melancolia, pois já sabemos como será o final.
Kinnahauk é tudo que esperamos de um mocinho índio, forte, destemido, guerreiro, corajoso e honrado. É o indígena mais hot que já li, ele mostra desde o início da história que entende de sedução e tem pegada. Já a mocinha foge um pouco do perfil usual, ela é tão sofrida, exatamente como gosto de personagens femininas e ao mesmo tempo é tão forte, o tempo todo fico com a certeza que nada parece derrubá-la, mesmo sendo frágil. Além disso, tem um lance meio místico envolvendo bruxaria e o conhecimento dela sobre ervas e plantas dá um encanto especial para Brigitte.
Quanto ao romance, nas primeiras 80 páginas não botei muita fé não, achei eles muito opostos para dar química, mas se tem uma coisa que não falta nessa história é paixão, inclusive o livro contém uma das cenas mais eróticas de romance que já li , e com a mocinha dormindo.O desenvolver dos sentimentos também é lindo, pois os personagens são muito intensos.
Infelizmente uma reviravolta na trama estragou a história para mim, pois achei que acrescentou um sofrimento e drama desnecessário, como se as autoras tivessem se perdido na condução do enredo, quando tudo poderia ter sido resolvido com a mocinha falando o nome de Kinnahauk, mas mesmo assim o final lindo com ela sendo salva pelo seu grande amor valeu a pena. Recomendo